Pouco Além (A Harry Potter Story) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 33
A tempestade se aproxima


Notas iniciais do capítulo

De volta com mais um capítulo.

Agora que recrutaram o Professor Langdon, Harry, Matt , e seus amigos seguem rumo a seu objetivo na luta contra os Guerreiros do Apocalipse.



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                        O jato de Stick era do tamanho de um daqueles mini jatinhos de celebridades. Langdon ainda tentava não se impressionar, e se esforçava para absorver inteiramente o impacto da situação. Estava lidando, de certa forma, com algo inimaginável em sua carreira.

                        Ele olhou para Stick. O bruxo contemplava a janela. Eles já deviam estar cruzando o Atlântico.

— Então, você sempre foi católico? – perguntou.

— No começo, eu era apenas um católico por formação – respondeu Stick. – Só ia à igreja por que meus pais me diziam para ir e porque gostava de algumas músicas. Mas com o tempo, fui me tocando com o verdadeiro significado do catolicismo. Acho que ouvi o chamado de Deus.

— Pelo visto, você foi agraciado com a fé.

                        Stick sorriu.

— E o senhor, professor, acredita em Deus?

                        Langdon não respondeu. Não era a primeira vez que lhe faziam aquela pergunta, e não era a primeira vez que ele ficava sem respondê-la.

                        Stick não pareceu se importar.

— Talvez, depois dessa nossa missão, o senhor tenha uma visão melhor sobre Deus. Quem sabe eu também não tenho?

                        Langdon refletiu sobre o que o outro disse. O que mais o intrigava não era a volta dos Illuminati. Era esse tal terceiro inimigo. Ele revia todas as organizações cujos ideais batiam de frente aos dos Illuminati, mas a única coisa que lhe ocorria era a Igreja Católica.

— Acho melhor o senhor poupar sua massa encefálica, professor. – Stick mirava atentamente o raciocínio de Langdon. O professor tinha consciência de que ele podia ver além do cérebro alheio, mas não fez caso disso. – Não se preocupe com o terceiro inimigo agora. Vamos focar no Vaticano. Sinto que logo, logo iremos descobrir quem é o terceiro inimigo.

— Sr. Stick e convidado – anunciou o piloto. – Estamos iniciando o processo de pouso em Londres.

                        Langdon olhou espantado para a janela e depois para Stick. Já?

— Não se espante, professor. Está viajando com bruxos.

                        O simbologista se viu obrigado a concordar.

                        Stick e Langdon desceram da nave para uma área reservada do aeroporto. Londres não estava muito mais quente do que Cambridge. Um pequeno grupo aguardava a chegada deles.

                        Langdon conseguiu discernir dois rapazes e duas moças, até que uma delas veio na direção de Stick.

— MATT STICK! – ela bradou ao se atirar nos braços do bruxo. – Você tem ideia da preocupação que me fez passar? Seu filho estava morrendo de ansiedade...

— Por favor, Thaila, não foi nada demais. – Stick acariciou a cabeça da garota e virou-se para Langdon. – Só precisei buscar o Sr. Langdon. Professor Langdon, esta é Thaila, minha esposa.

                        Langdon se aproximou. A esposa de Stick também não parecia ter mais de 30 anos. Seu cabelo negro caía-lhe nos ombros e seus olhos escuros eram muito semelhantes aos do marido.

— Robert Langdon – disse, oferecendo a mão.

— Thaila Fadden – disse ela, cumprimentando-o.

— Hã... Seu sobrenome não é o mesmo do seu marido.

— Longa história, professor – afirmou Thaila. – Talvez depois eu lhe conte.

— E estes, professor – disse Stick -, talvez você os reconheça. Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger.

                        Langdon encarou os outros componentes do grupo de Stick. Um rapaz moreno, de óculos cobrindo seus olhos verdes. Uma moça de cabelo castanho de mãos dadas com um rapaz ruivo alto e de olhos azuis. Os três, assim como Thaila, usavam vestes da mesma cor que as de Stick, preto e dourado.

— Hã... Prazer em conhecê-los. – Mesmo que Stick lhe tivesse afirmado que o mundo mágico era real mais de uma vez, ainda era demais para Langdon aceitar tudo isso de maneira tão repentina. – Robert Langdon.

— É uma honra conhecê-lo, professor. – Hermione se adiantou e apertou a mão dele. – Já li tudo sobre o senhor. Como o senhor deve saber, eu nasci trouxa.

                        Harry e Rony também cumprimentaram Langdon. Ele se espantou ao ver o quanto eles eram parecidos com os atores que os interpretavam no mundo trouxa.

— São muito parecidos com eles, professor, de fato. – Stick olhava atentamente o rosto de Langdon e pareceu compreender o espanto. – Quem sabe os trouxas não fazem um filme em que eu apareço? Será que eles terão o bom gosto de colocar um ator parecido comigo? Mas ele tem que ser escocês como eu, ou ficarei muito aborrecido.

                        Ele riu de leve. Langdon cogitou que não seria difícil encontrar um ator parecido com Matt Stick, pois o próprio bruxo tinha cara de ator de Hollywood.

— Como está Will? – perguntou Stick a Thaila.

— Está bem. Acalmou-se depois que Kingsley contou que você estava voltando. Deixei-o com meus pais, lá em casa. Espero que não se importe.

— Tudo bem se o seu pai não beber todo o nosso vinho – disse Stick.

                        Thaila bateu de leve no braço do marido.

— Bom, agora que nossa equipe está completa – disse Harry -, não vejo porque não embarcamos logo.

— Tem razão, Harry – concordou Stick, e indicou a escada que levava ao jato. Harry e Langdon subiram, mas os outros hesitaram.

— Hã, Matt? – começou Thaila. – O Kingsley não nos avisou o que iria acontecer na missão. Disse que você explicaria antes de partirmos.

                        Stick olhou para os três, em seguida consultou o relógio.

— Estamos contra o tempo. Subam que eu explico. Então o Kingsley jogou tudo em cima de mim, não é? Quando voltarmos vou exigir um aumento a ele.

                        Contendo as risadas, Rony, Hermione e Thaila acompanharam Stick.

...

...

...

...

                        Em Roma, Moussa Meribá chegou à Igreja da Iluminação, o antigo covil dos Illuminati.

                        O movimento dentro do local era intenso, apesar dos trouxas do lado de fora não ouvirem devido aos feitiços Silenciadores lançados pelos Guerreiros do Apocalipse. Meribá era o comandante da operação no Vaticano, por isso os demais Guerreiros passavam-lhe as informações sobre os inimigos em primeira mão.

— Senhor Meribá? – Era Robbie do Fogo, do Trio Elementar. – O senhor Jambres deseja falar com você.

                        Meribá bufou. Jambres. Se havia uma coisa naquela missão que ele não entendia, era porque Excelência e o Mestre haviam lhe colocado para trabalhar com Jambres.

                        Ele chegou à sala principal. Vários Guerreiros estudavam mapas do Vaticano e de outros lugares, e discutiam sobre o planejamento dos ataques.

— Ah, Meribá – disse uma voz. – Você demorou. Seja bem-vindo.

                        Ele localizou, ao centro da sala, um homem de frente a um computador olhando-o.

— Jambres – disse Meribá.

                        Jambres era um dos mais antigos Guerreiros do Apocalipse. Era mais alto que Meribá, mas era magricela. Tinha olhos castanhos e uma longa barba negra. Sua pele era razoavelmente queimada, pelos anos de infância no Afeganistão. Jambres foi o responsável por difundir os ideais dos Guerreiros naquele país. Ao contrário da maioria dos membros, ele não era muçulmano e tampouco prestava culto às divindades do Egito. Era um adorador do deus romano Jano, senhor das portas, das escolhas e das indecisões. Diziam que o próprio Jambres só semeava indecisão onde passava. O bruxo guerreiro carregava consigo uma medalha do deus.

— Agora que voltou do reconhecimento, Meribá, não vejo motivo para retardarmos o início da operação. – Jambres tirou uma chave do bolso das vestes. – Sabe o que fazer. Leve os cardeais.

— Certo, certo, Jambres. Eu sei o que estou fazendo. – Meribá juntou toda a sua paciência para não suspirar. – Já fez sua prece a Jamus?

— Jano – corrigiu o outro. – Não se preocupe comigo, Meribá. Meu senhor está sempre me orientando. Você é que deve seguir seu caminho sem hesitar. Sua Excelência conta com você.

                        Meribá assentiu fingidamente. Jambres voltou-se para o notebook e o outro aproveitou para estirar a língua discretamente. Deu as costas ao colega e já ia saindo pegar seu carro, quando alguém tocou de leve seu ombro.

— Você parece bastante calmo, Meribá.

                        Dora Sabah surgiu das sombras ao lado do Guerreiro, que bufou.

— Você. Sabia que não é bem-vinda aqui? Eu estou no comando.

— Na verdade, querido, Lorde Pegasus enviou uma escolta para lhe auxiliar. Jambres aceitou sem discutir. Eu só vim acompanhando os Duelistas.

                        Meribá cerrou os punhos. Não era pra haver duelistas de araque sob a minha submissão. E Sabah está posando de poderosa só porque é a esposa do Mestre.

— Vou ver se saio para tomar um ar – disse Dora. – Roma é uma linda cidade. Tome cuidado, Meribá.

                        Ela se afastou. Meribá seguiu na direção oposta, sem se decidir sobre quem achava mais irritante: Jambres ou Dora Sabah.

...

...

...

...

                        Robert Langdon se acomodou no assento do avião de Matt Stick, olhando pela janela Londres ficar distante. Stick e Thaila sentaram nos bancos ao lado dele, mas naquele instante, o chefe dos aurores se detinha em explicar a Harry, Rony e Hermione a situação. Thaila tinha sido a primeira a ouvir, e agora contemplava a foto do filho William.

                        A moça estava muito séria. Decidido a socializar para tentar melhorar o clima, Langdon pigarreou.

— Então... Como você conheceu o seu marido?

                        Thaila guardou a foto de Will e ergueu o rosto para Langdon.

— Nós éramos da mesma turma em Hogwarts – ela informou.

                        A princípio, Langdon não estranhou tal informação; mas, passado um segundo, seu queixo caiu.

— Espere. Para vocês serem da mesma turma vocês teriam que ter a mesma idade... E ele disse que tinha...

— 44 anos – completou Thaila. – É a minha idade. Completei no último dia 14.

                        O simbologista arregalou os olhos. Tal qual o marido, a senhora Stick não aparentava a idade que tinha. Escoceses são bem conservados.

— Está no gene – afirmou ela. – Tanto a minha família quanto a de Matt eram bem conservadas. Lembro-me do dia em que conheci minha finada sogra. Eu achei que ela fosse 20 anos mais jovem do que ela era.

                        Nesse instante, Matt Stick veio sentar-se entre Langdon e Thaila. Harry, Rony e Hermione sentaram-se defronte a eles.

— Agora que todos já estamos a par das situações – falou Stick -, podemos aproveitar o resto do nosso voo. – Ele se virou para Langdon e sorriu. – Vejo que você e Thaila já se tornaram amigos, professor.

— Por assim dizer. – O professor de Harvard deu de ombros.

— Diga-me – pediu Stick. – Têm tido notícias do Leigh Teabing?

— Hm... Não muito. Continua preso, até onde eu sei.

— Coitado. Tentou abocanhar mais do que podia mastigar. Talvez isso o tenha ensinado a não mexer com a Igreja de Cristo. Não fez um bom uso do título de cavaleiro da coroa britânica... – Stick alisou o queixo, pensativo. – Quem sabe eu não me torno um cavaleiro britânico algum dia? Sir Matt Stick soa muito bem.

— Convencido – riu Thaila.

                        O avião foi perdendo altitude. Logo aterrissaram em Paris, a Cidade-Luz.

— Avante, amigos. – O chefe dos aurores se levantou. – Nosso destino não está tão longe agora.

— O que faremos aqui? – indagou Langdon.

— Vamos nos informar sobre os Guerreiros do Apocalipse – disse Stick. – Com uma amiga nossa, Samantha Leblou.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, que pode ou não pode demorar um pouco para sair. rs



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