Pouco Além (A Harry Potter Story) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 3
O sumiço de Hermione


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, obrigado de coração pelos reviews até agora. Espero que continuem gostando da minha história. Vejam agora, nesse capitulo, a chegada de Harry à Toca onde ainda há muitos mistérios no ar.

A turma de amigos bruxos na Toca se dá conta de que Hermione está desaparecida. Para onde a bruxinha mais inteligente da geração deles terá ido?



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Harry, porém, mal teve tempo de visualizar direito a Toca ou as pessoas nela. Isso porque sua mala, que ele havia largado ao cair, começara a flutuar e o ergueu do chão.

A mala conduziu Harry como uma vassoura desenfreada ou um hipogrifo descontrolado. Harry voou em ziguezague, na vertical, diagonal e horizontal. Somente quando ouviu uma alta risada atrás dele foi que se deu conta que era Matt que estava manipulando a mala com a varinha.

— Matt! – berrou Harry para o outro no chão. – Pára com isso, estou ficando tonto!!

Matt continuou rindo, mas fez a mala descer. Harry caiu outra vez no chão: a mala o despejou quando já estava perto do chão.

— Não teve graça, Matt – disse Harry furiosamente.

— Ora vamos, Harry – disse Matt, se recompondo. – Só uma brincadeirinha, nunca tive chance de fazer isso quando estávamos em Hogwarts! Um rapaz como você que vai fazer 18 anos ainda tem que saber se divertir!

— Certo, mas eu fiquei assustado, imaginando que havia alguém me atacando! – questionou Harry. – Você sabe o que passei nesse último ano, ainda tenho alguns traumas, sabe?

— Eu sei – disse Matt, e finalmente parou de sorrir, olhando para o chão. Por um instante a expressão dele pareceu endurecer, como se houvesse algo o preocupando, mas logo voltou a falar animadamente: - Mas vamos deixar isso de lado e entrar. Enviei um patrono para os Weasley antes de ir buscá-lo, disse que chegaria por essa hora.

Matt passou à frente dele. Harry se levantou e pegou sua mochila, que também havia caído, e recolocou-a no ombro. Então se virou para pegar a mala e não a encontrou.

Harry viu Matt acenar com a varinha e percebeu, tarde demais, o que iria acontecer. A mala que ainda flutuava atrás dele bateu nas pernas dele e ele caiu pra frente. Matt pareceu ter ouvido, porque disse:

— Vamos, Harry, você está muito mole pro meu gosto!

Anotando mentalmente para se lembrar de usar um Feitiço de Pernas Presas ou de enrolar a língua em Matt na Toca quando ninguém estivesse vendo, Harry levantou-se e seguiu o amigo, enquanto sua mala continuava batendo em suas pernas.

Finalmente, quando estavam quase chegando à porta de entrada, a mala que lutava para derrubá-lo o empurrou com mais força e Harry caiu com tudo numa poça de lama. A mala, depois de ter cumprido o que Matt lhe ordenara, caiu no chão ao lado de Harry.

Matt observou Harry se levantar e disse com a varinha ainda erguida:

Limpar. – A roupa de Harry ficou instantaneamente seca. – Não pude resistir – acrescentou o auror em tom de desculpas.

Harry apanhou a mala. Matt se adiantou e abriu a porta para ele.

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A garota de cabelo castanho que percorria o bairro de residências simples na Austrália sentia que estava chegando perto do objetivo. O sol que ainda iluminava a Toca já se recolhera na cidade onde ela se encontrava. A escuridão, no entanto, não era um empecilho; até estava sendo útil para ela. Era de vital importância que encontrasse a casa ainda hoje. Precisava muito do que havia lá.

Finalmente uma das casas destoou na escuridão. Tinha paredes azuis e janelas vermelhas. A garota olhou e seu coração ficou aliviado.

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A cozinha dos Weasley estava cheia de gente. Na ponta da mesa, o Sr. Weasley conversava com Percy. Rony comia uma fatia de bolo. Do outro lado da mesa, Gina estava entretida em uma conversa com a noiva de Matt, Thaila Fadden, uma moça da mesma altura do noivo, cabelo escuro e longo, olhos negros, e muito bonita. Hoje, estranhamente, estava usando óculos, coisa que Harry nunca a vira usar. A Sra. Weasley estava de costas, evidentemente preparando a comida.

Quando Harry e Matt entraram e fecharam a porta, o Sr. Weasley se virou.

— Harry, meu bom rapaz! – disse ele em tom paternal. – Seja bem-vindo!

O Sr. Weasley apertou a mão de Harry calorosamente e virou-se para cumprimentar Matt. Percy disse:

— Você vai bem, Harry, espero?

— Sim – respondeu Harry, e passou por Percy para falar com Rony, que se levantou e deu-lhe um forte abraço.

— Seja bem-vindo, Harry! – disse ele.

— Obrigado.

— Não é legal? Vamos morar juntos! Você pode me ensinar uns truques para eu me sair bem no curso de Auror.

— Já começou a estudar? – disse Harry, já sabendo a resposta.

— Não – disse Rony, e os dois riram. – Estou esperando o mês terminar... Quero curtir bem minhas últimas férias.

Os dois se viraram para a ponta da mesa onde estavam Gina e Thaila.

— Oi Gina – disse Harry, sorrindo. – Senti sua falta.

— Eu também – respondeu Gina (Rony se mexeu incomodado no lado da mesa). Harry olhou para Thaila.

— Oi Harry – disse ela num tom amável. – Divertiu-se com Matt?

— Bastante – Harry deu um sorriso amarelo. – Ele esteve me torturando...

— Sério? – Thaila lançou um olhar de censura ao futuro marido. – Depois eu dou um jeito nele.

— Por que os óculos? – perguntou Harry.

— São para ler – respondeu Thaila. – Percy está fazendo com que eu e Matt leiamos todos os relatórios para só então repassar ao ministro. Para não me esquecer de usá-los, estou passando o dia com eles.

— E por que o Percy não lê os relatórios? – indagou Harry; não imaginava Percy passando uma tarefa importante para outras pessoas, sendo o assistente do ministro.

— Os relatórios em questão são de várias partes do mundo – explicou Thaila. – Matt é cobra em idiomas. Sabe falar vários idiomas dos trouxas; além de inglês e gaélico, ele fala espanhol, italiano, alemão, português, francês... e tem me ensinado muita coisa. É por isso que, quando há uma missão no estrangeiro, nós dois sempre somos enviados.

— Mas isso não deixa os relatórios mais interessantes – disse Matt de repente, juntando-se ao grupo que conversava. – Se bem que estamos recebendo algumas coisas nos últimos dias que...

Mas Matt parou de falar; Thaila havia lhe lançado, outra vez, um olhar fulminante.

— Ah... Esquece – disse ele; nem precisou dizer mais nada, pois nesse momento a Sra. Weasley veio dar um abraço apertado em Harry que o deixou sem ar.

Depois que Harry e Matt terminaram de cumprimentar a todos, Harry acompanhou Rony e Gina até o quarto de Rony. Nesse instante Matt e Thaila foram falar com o Sr. Weasley e Percy.

— Sr. Weasley, você e a Sra. Weasley se importariam se eu e Thaila ficássemos aqui durante o verão? – perguntou Matt.

Percy ergueu as sobrancelhas, mas o Sr. Weasley não fez caso.

— Claro, claro, não tem problema – respondeu ele. – Molly fica encantada com visitas. Bill, Charlie e Jorge devem estar passando aqui nos próximos dias. E tem o aniversário do Harry, queremos fazer uma boa festa para ele.

— Naturalmente – disse Matt.

— Posso perguntar por que o casal quer ficar aqui? – perguntou Percy, parecendo desconfiado.

— Ora, Percy, tenha modos, vamos... – começou o Sr. Weasley, mas Matt o interrompeu.

— Não faz mal, Sr. Weasley, mesmo. Pode ser do interesse do Percy, tem muito a ver com os relatórios dele...

— E com aquele probleminha lastimável com... vocês sabem – disse Thaila, em voz baixa para a Sra. Weasley não escutar.

— Ai, ai, vamos ter um mês duro no Ministério – disse Percy, amarrando a cara.

— Com certeza teremos – disse Matt. – Kingsley já deve estar roendo as unhas dos pés. Vou enviar um Patrono para ele.

— Vocês ainda não disseram por que querem ficar aqui – disse Percy.

Matt e Thaila trocaram olhares apreensivos. Por fim Matt respondeu:

— Por causa do Harry. Explicamos a vocês mais tarde. Depois vou arrumar um jeito de avisá-lo.

...

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...

...

A garota de cabelo castanho sacou a varinha e murmurou o feitiço. A porta da casa se abriu com um estrondo. O casal dentro da casa se assustou ao ver a garota entrar friamente e olhar nos rostos de ambos. Então, a garota ergueu novamente a varinha e apontou diretamente para o casal.

...

...

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...

Harry abriu a porta do quarto de Rony e se largou na segunda cama.

— Achei que a Hermione estivesse com vocês – disse a Rony.

Rony e Gina trocaram olhares apreensivos.

— Que foi? – disse Harry notando o silêncio estranho deles. – Aconteceu alguma coisa com ela?

— Mione sumiu do mapa, colega. – O tom de voz de Rony era de choque; o amigo estava visivelmente abalado. – Os aurores revistaram a casa dela. Não tem sinal de luta. Ela não deixou recado nem nada.

— Pedimos ao Matt e a Thaila investigarem – explicou Gina. – Hermione disse que ia voltar pra casa depois do fim do trimestre. Rony escreveu uma carta pra ela e ela não respondeu. Escreveu outras duas, mas também não tiveram resposta.

Harry absorveu a notícia. Que diabos teria acontecido com Hermione? A amiga não desapareceria sem deixar notícia sem ter motivo. Ela não largaria o curso do Ministério por nada, e não havia possibilidade de um Comensal da Morte ter pegado ela, uma vez que estavam todos mortos, foragidos, presos ou exilados.

Então uma luz se acendeu na mente de Harry pela segunda vez naquele dia. A não ser que...

— Esperem – disse Harry. – Será que ela não foi atrás dos pais dela?

— É claro! – disse Gina, dando uma tapinha na própria cabeça, mas Rony não parecia ter entendido.

— Atrás dos pais dela? – perguntou abobado, o choque ainda visível no rosto. – Por quê?

— Por quê? – indagou Harry, surpreso. – Ora, Rony, ela alterou a memória dos pais dela antes de ir viajar conosco atrás das Horcruxes! Não lembra?

Rony fez cara de quem acordara de um pesadelo.

— Ah, é... – gaguejou desorientado. - Então ela deve estar na...

— Na Austrália – completou Harry, se levantando. – Foi para onde os pais dela viajaram. Rápido, vamos avisar o Matt!!

Os três saíram em disparada do quarto (Gina segurando Rony, ainda atordoado), descendo as escadas. Porém, quando Harry chegou ao primeiro andar, ouviu vozes cautelosas conversando na sala.

Eram o Sr. e a Sra. Weasley, Percy, Matt e Thaila, todos conversando em tom preocupado; e a Sra. Weasley parecia a mais aflita de todos.

—... Vocês não podem simplesmente ir dizer isso a ele! – ela ia dizendo, ofegando desesperadamente. – Sem mais nem menos! Ele nem completou 18 anos!

— Mas ele já é adulto, Molly – disse o Sr. Weasley tentando parecer calmo. – E está acostumado a enfrentar adversidades desde que era um bebê.

— Isso é diferente! – ofegou a Sra. Weasley. – É algo com o que ele jamais sonhou em enfrentar!

— Não há com que se preocupar, mamãe – tranqüilizou Percy. – Harry está seguro conosco. E Matt e Thaila estarão aqui.

— Mas e quando vocês saírem para trabalhar? – exclamou a Sra. Weasley ainda mais aflita. – Vou ficar sozinha com eles! Seremos alvos fáceis!

— Bobagem, Sra. Weasley – disse Thaila. – Podemos lançar os melhores feitiços de proteção em torno da Toca. Além disso, podemos sempre deixar alguém aqui com a senhora; tem o Bill, a Fleur, o Jorge, o Charlie...

— Mas isso é só para o caso deles se mostrarem publicamente – disse Matt. – O que ainda não ocorreu. Ainda não há com o que se preocupar. Digo mais: ouçam, independente dos feitiços que lancemos aqui ou das pessoas que estiverem aqui, enquanto o Harry estiver aqui ele está seguro. A magia do amor que a mãe dele invocou para protegê-lo de Voldemort permanece em torno dele, protegendo-o de tudo. Isso porque ele está cercado de pessoas que o amam: nós. E principalmente a Gina! Ela o ama de verdade. Harry me contou que pensou nela antes de deixar que Voldemort o atingisse. Penso que isso pode ter ajudado ele a se salvar da morte. Enquanto ele estiver morando no lugar em que ela habita, nada poderá afetá-lo.

— Mas e a Hermione, pelo amor de Deus!?! – exclamou a Sra. Weasley, que acompanhara o discurso de Matt em silêncio, mas depois ofegara. – Ela sumiu do mapa sem deixar rastros, e você sabe disso, Matt!!!

A paciência de Harry havia estourado. Sua cabeça estava confusa e novamente imersa num redemoinho, mas estava na hora de mostrar mais uma vez que era um adulto. Pigarreou alto e entrou na sala, seguido por Gina e Rony.

O casal Weasley se sobressaltou, mas Percy, Matt e Thaila se esforçaram para parecer calmos.

— Matt, preciso falar com vocês – disse ele decidido. – Agora. É urgente.

Percy lançou um olhar astuto a Harry, mas este não ligou.

— É a Hermione – continuou Harry. – Acho que sei onde ela está.

— Sabe? Mas como? – indagou Matt.

— Antes de viajarmos em busca das horcruxes, Hermione disse a mim e ao Rony – ele indicou o amigo, que concordou -, que havia alterado a memória dos pais dela para que eles a esquecessem. Dessa forma Voldemort não poderia ir atrás deles para tentar descobrir o nosso paradeiro. Também nos disse que o mandara para fora do país.

— E você sabe dizer para onde eles foram? – disse Thaila. Harry percebeu que ela também estava tentando agir normalmente, e seguiu na deixa.

— Para a Austrália. E me ocorreu que, se o Rony mandou a carta para a casa da Mione em Londres, é lógico que não respondeu por que não estava lá. Ela é genial e tudo o mais, mas mesmo assim ainda é jovem e levaria um tempo para chegar à Austrália. O fato de ela ter nascido trouxa também a ajudaria a chegar lá sem que o Ministério tomasse conhecimento. – Ele fez uma pausa para recuperar o fôlego, pois estava falando rapidamente. – Por que não manda alguém para lá?

— Bem pensado. Genial, Harry – disse Matt, sorrindo forçadamente. – É por isso que eu digo que você dará um grande Auror.

— Vou ao Ministério – anunciou Percy olhando o relógio no pulso. – Ainda deve haver gente por lá há essa hora.

— Avise Kingsley, por favor, Percy – pediu Thaila. – Acho que um destacamento imediato de Aurores será o suficiente para ir até a Austrália.

— Claro, farei isso – disse Percy, e saiu rapidamente da sala.

O Sr. Weasley e a Sra. Weasley (tremendo de aflição) foram à cozinha preparar um chá. Harry, Rony, Gina, Matt e Thaila foram até a janela observar Percy desaparatar.

Assim que o estalo lá fora informou que Percy havia partido, um silêncio tenso recaiu sobre os ocupantes da sala. Matt e Thaila sentaram-se no sofá, mas Harry, Gina e Rony ainda os encaravam, como se os avaliassem.

Matt evitava olhar para Harry ou qualquer pessoa que fosse. Harry se aproximou do amigo e se ajoelhou ao lado dele.

— Está tudo bem, Matt? – perguntou Harry, mas ele sentia já saber a resposta em seu interior.

Matt Stick ergueu a cabeça, fitou Harry seriamente por um instante, então forçou um sorriso.

— Tudo bem, tudo bem – disse por fim.

Harry, porém, sentiu que o amigo não estava sendo honesto com ele.


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Notas finais do capítulo

Hhehehehe! Obrigado por lerem...



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