Pouco Além (A Harry Potter Story) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 15
O trio elementar


Notas iniciais do capítulo

Novos Guerreiros do Apocalipse são designados para atacar Harry e seus amigos. Alguns deles conseguem encurralar Harry na saída do trabalho, mas o rapaz consegue encontrar refúgio num local bastante familiar. Logo, seus amigos aparecem em socorro e armam um ótimo plano para depistar, pelo menos por enquanto, seus adversários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263990/chapter/15

Harry estava saindo do Ministério. Era um dia quente do fim de junho. A tarde já caía. Nosso amigo Potter estava bastante contente. Havia acabado de ser aprovado no curso de Auror.

Nada parecia incomodar Harry. Os Guerreiros do Apocalipse não se mostravam desde a morte de Kaebi. Rony aproveitara um golpe de sorte (na verdade, Harry suspeitava que houvesse ocorrido uma “cooperação” de Hermione nesse caso), e conseguira a aprovação dois dias antes. Mas Matt dissera a Harry para não desanimar, e não deu outra: lá estava o garoto saindo pela cabine telefônica, à entrada de visitantes do Ministério, com o certificado de aprovação no bolso das vestes, rumando para o Caldeirão Furado, onde Rony, Hermione e Matt haviam prometido fazer uma comemoração com Harry.

Ele seguiu caminhando, até que notou o ar tremulando ao seu redor. Então três vultos negros surgiram nos ares e aterrissaram na rua, que àquela hora estava deserta, atrás de Harry.

Eram três rapazes, mais ou menos da mesma idade que Jorge Weasley. Tinham expressões semelhantes no rosto, e todos tinham olhos castanhos, mas o do meio era ruivo, o da direita era louro e o da esquerda era moreno. E o pior: sobre as vestes escuras, os três exibiam correntes de prata com o símbolo das Relíquias da Morte.

— Harry Potter! – disse o ruivo, dando um sorriso debochado. – Estivemos esperando uma oportunidade para abordá-lo.

— Quem são vocês? – perguntou Harry, sacando a varinha.

— Sou Robbie, do Fogo! – disse o ruivo.

— Sou Henry, do Ar! – disse o louro.

— Sou Jonas, da Terra – disse o moreno.

— Somos o trio elementar dos Guerreiros do Apocalipse – disse Henry orgulhoso. – Em qualquer lugar podemos evocar nossos elementos para atacar.

— Isso torna-nos virtualmente invencíveis! – bradou Jonas, e os três sacaram as varinhas. – Prepare-se para morrer, Potter.

Jonas agitou a varinha, e dois blocos enormes de concreto saltaram da rua, e avançaram sobre Harry.

Protego!!— disse Harry, e o escudo bloqueou os blocos, que continuaram forçando-o, tentando atravessar.

— Ah, o menino é versátil, rapazes – disse Robbie, não parecendo surpreso. – Vamos nos divertir mais com ele antes de matá-lo.

Antes que os três agissem, Harry correu na direção oposta, mas Robbie, Henry e Jonas voaram magicamente devido a um aceno de varinha de Henry, e se postaram em frente a Harry, bloqueando o caminho.

Então ocorreu a Harry uma idéia. Mas para executá-la precisava retroceder, na direção das pedras controladas por Jonas. Correu para seu escudo e o desfez; os três lá atrás riram com gosto, quando as pedras voaram para Harry, mas ele estava preparado.

Reducto!!

O feitiço de Harry saiu tão forte que arrebentou as duas pedras. Ele não parou de correr, porque estava muito perto do seu objetivo. Entrou num parque arborizado, e ouviu Robbie dizer aos outros dois:

— Não o percam de vista!!

Harry, porém, já ia longe, mesmo ouvindo Henry usar o ar para arrancar troncos de árvore e arremessá-los, mas Harry jogava Feitiços Escudos de costas; parecia estar dando certo, pois ouvia os troncos se partindo. Robbie disparava jatos de fogo contra Harry, mas o garoto usava mais Feitiços Escudos. Henry arrancou mais árvores com a força do vento, e Jonas fez as pedras grandes do bosque voar, mas Harry usou Feitiços Redutores para detê-las.

Finalmente, ele chegou ao fim do bosque, que dava para um largo com casas adjuntas de dois andares. Ele podia ouvir os outros três lá atrás, gritando feitiços e ordens para pedras e árvores, mas mentalizou rapidamente: A sede da Ordem da Fênix fica no Largo Grimmauld, número 12.

Rapidamente, uma casa surgiu entre os números 11 e 13. Harry correu para a soleira da porta, abriu-a com um chute e bateu a porta, no momento em que Robbie, Henry e Jonas irrompiam do bosque, procurando seu alvo.

Harry ouviu o grito de fúria e decepção de Robbie e os berros dele para os outros dois, dizendo-os para procurá-lo pelas redondezas. O garoto suspirou aliviado, e contemplou o corredor de entrada da casa.

Já fazia mais de um ano desde que visitara o local pela última vez. Tudo estava normal dentro da casa dos Black. Harry esperava ser recebido pelo espectro de poeira, mas achou que o feitiço já devia ter se extinguido.

Ele se deu conta da jogada de sorte. Os Guerreiros do Apocalipse não sabiam da existência do Largo Grimmauld número 12. Harry caminhou pelo corredor, hesitou diante do retrato oculto da Sra. Black, então seguiu para a cozinha, onde desabou numa cadeira. Estava exausto e faminto.

Então veio outra idéia.

— Monstro? – chamou ele, hesitante.

Um estalo, e sobre a mesa surgiu o velho elfo Monstro, envolto num avental verde.

— Meu senhor – disse Monstro, fazendo uma profunda reverência. Então olhou em volta. – O que o trouxe de volta à casa de minha antiga senhora?

— Não tive opção – ofegou Harry. – Monstro, você precisa me ajudar. Por favor, será que pode trazer alguma comida lá de Hogwarts para mim? Estou morto de fome.

— Como desejar, meu senhor – crocitou Monstro, curvando-se novamente. – Mas receio que terei de preparar sua refeição sozinho. Alguns elfos estão simpatizando com as idéias de sua amiga.

— Alguns? Que bom – suspirou Harry, quase sem forças. – Hermione deve estar bem contente. Por favor, se apresse Monstro.

Monstro se curvou mais uma vez, e desapareceu num estalo. Alguns minutos depois, ele voltou. Harry conseguiu esperar sem adormecer, e pode comer os empadões de carne e os pudins de caramelo à vontade.

— Monstro – disse Harry, mordiscando um pedaço de pudim. – Preciso que me faça outro favor. Vá até o Caldeirão Furado e procure Rony, Hermione, Matt Stick e Thaila Fadden. Avise a eles que fui atacado pelos Guerreiros do Apocalipse e que me refugiei aqui. Por favor.

— O senhor foi atacado? – perguntou Monstro.

— Não foi nada, estou bem. Vá depressa, Monstro, eu vou ficar bem.

O elfo se curvou penosamente, e sumiu em mais um estalo.

...

...

...

...

Harry adormeceu sentado à mesa do Largo, assim que o prato de Monstro se esvaziara, e ficou ali por quase uma hora. Lá fora, na rua, a noite já caia.

De repente, ele ouviu dois barulhos: um estalo e uma batida.

Acordou instantaneamente, com Monstro puxando suas vestes.

— Meu senhor! Acorde! – crocitou o elfo. – Eles chegaram!

Harry levantou-se imediatamente. A varinha havia caído de sua mão durante o sono, mas Monstro apanhou-a e entregou-a a ele.

Harry saiu para o corredor, e ouviu outra batida na porta.

— Está tudo bem, meu senhor! – crocitou Monstro nervosamente. – São seus amigos!

Harry hesitou, em seguida dirigiu-se à porta da frente. Encostou a mão na maçaneta e girou-a.

Deu de cara com um casaco felpudo enorme que envolvia uma massa disforme.

— Hagrid! – exclamou Harry, e o amigo gigante sorriu.

— Fale baixo, Harry, ou vai acordar a rua toda! Vamos entrando...

Ele se afastou, e outras pessoas passaram: Rony, que abraçou Harry e perguntou: “Quantos eram?”; Hermione, que deu um abraço tão forte que Harry achou que só Hagrid ou a Sra. Weasley poderiam superá-la; Gina, que beijou as duas faces de Harry e recomendou que, da próxima vez que ele fosse lutar contra os Guerreiros do Apocalipse, levasse-a com ele (ela ainda estava mordida pelo incidente com Nessy). Então, uma voz nem um pouco animada disse:

— É, ele está muito bonito. Por que não tentamos tirá-lo daqui antes que o matem?

Harry olhou por cima da cabeça de Gina e notou Matt Stick olhando-o com um tipo de olhar que o auror jamais havia usado: era severo e frio. Matt passou por Harry como um tufão, e se dirigiu ao Monstro.

— Bom trabalho. Venha conosco.

— Não ligue para o Matt – disse Thaila, surgindo à porta que Hagrid mantinha aberta. – Ele está meio furioso pelo fato de ter deixado você sozinho no Ministério hoje.

Harry achou que “meio furioso” era um eufemismo para descrever como Matt estava, mas não tempo de pensar nisso, porque Matt, que já estava à porta da cozinha, voltou-se para Thaila.

— Você tem ciência do que mais poderia ter acontecido?? Não vamos diminuir o mérito do Harry, claro, mas enfrentar três Guerreiros do Apocalipse ao mesmo tempo sempre é perigoso. Eu estou escrevendo livros sobre ele. Muito bem, e se os Guerreiros tivessem obtido alguns exemplares? Eles saberiam tudo sobre o Harry. Saberiam todos os prováveis locais onde ele poderia se esconder. Como você imagina que eu me sentiria se soubesse que minha obra foi utilizada pelo outro lado? Ele sozinho aqui, só com o Monstro; como é que eu e Kingsley ficaríamos tranqüilos com isso??

— Relaxa, Matt – disse outra voz, e Bill Weasley surgiu na soleira da porta. – Ele está inteiro, não é? É o que importa.

Matt bufou.

— Como queira, monitor-chefe. – E ele entrou na cozinha.

Atrás de Bill, surgiram Fleur, Jorge, Angelina, o Sr. Weasley, Percy, e por fim Hagrid fechou a porta e entrou, empurrando um vulto baixo e careca com insistência.

— Mundungo? – exclamou Harry. – O quê...?

— Dunga estava fugindo dos Guerreiros do Apocalipse – informou Hermione. – Esses mesmos que vieram atrás de você. Ele afirma que sabe como detê-los.

— Vocês não entendem! – bradou Mundungo, aterrorizado. – Uma coisa é saber o que eles fazem, outra é partir pra cima deles!!

— O negócio é que Matt e Thaila decidiram usá-lo – disse Rony -, para dar um jeito no Trio Elementar. Mas o Mundungo não quer.

— Eu não posso simplesmente me atirar para a morte certa!! – exclamou Mundungo. – Tenho meu comércio...

— Clandestino, seu covarde – rosnou Hagrid, e Mundungo se encolheu.

— Céus, Mundungo, mostre alguma utilidade – disse Gina.

— É a sua chance de se redimir, Mundungo – disse Harry. – Pelo ano retrasado. Por Olho-Tonto.

Todos concordaram. Mundungo, enfim, viu-se sem saída. Olhou para todos os presentes, e depois para Harry.

— Olhe, cara, eu nunca me ofereci para morrer por você. Você é incrível e tudo o mais, mas não estou disposto a me sacrificar. Eu vou, embora forçado, só pra ver no que isso vai dar.

Eles seguiram Thaila até a cozinha. Matt estava de pé, na extremidade da mesa, com Monstro ao seu lado. Thaila e Percy ficaram ao lado de Matt, e Bill e Fleur do outro. Algumas pessoas se sentaram, mas Harry se aproximou da ponta da mesa, ainda de pé.

— O plano é simples – começou Matt. – Para sairmos daqui, é fácil, mas para chegarmos à Toca, nosso objetivo, é mais complicado. Os três ainda devem estar aí fora, com vassouras, na espreita. A idéia do Mundungo foi ótima. Eles serão facilmente confundidos.

— Confundidos? – indagou Harry.

— Justamente – disse Matt. – Eles não conhecem esse truque. Creio que já conheça essa mistura.

Harry entendeu antes mesmo de Matt tirar do bolso um frasco longo e fino com uma poção cor de lama dentro.

— Não. Nem pensar - disse o rapaz.

— Eu avisei – disse Hermione.

Matt encarou Harry antes de falar:

— Olhe, Harry, nós estamos aqui dispostos a te guiar em segurança. Por um acaso não confia em nós? Eles não sabem desse truque. Acredite, Harry, não haverá outros Olhos-Tontos hoje à noite. Por favor, Gina.

Harry não teve tempo de reagir, e Gina puxou um punhado de fios de cabelo e levou-os para Matt, que os despejou na poção.

— Ai. Droga, Gina – murmurou Harry.

— Ótimo – disse Thaila. – Os chamarizes, fiquem desse lado.

Rony, Hermione, Gina, Fleur, Angelina e Mundungo (com relutância) ficaram à direita de Harry.

— Vamos definir as duplas – disse Matt. – Ronald, comigo. Gina, com Thaila. Fleur com Bill, Angelina com Jorge, Hermione com o Sr. Weasley. O verdadeiro Harry vai com Hagrid na moto voadora. Percy, você cuida do Mundungo. Fique atento a esse infeliz.

— Pode deixar.

— Os guardas, lembrem-se da formação – disse Thaila. – Eu e Matt voaremos direto para a Toca, com Hagrid um pouco à nossa frente. Os idiotas virão para cima de nós. Quando dermos o sinal, surpreenderemos eles.

Harry olhou para Rony e Hermione. Nenhum deles parecia seguro quanto à parte de “surpreender”.

— À exceção de Hagrid, todos irão de vassoura – disse Matt. – Agora bebam a Poção Polissuco. Sr. Weasley...?

— Trouxemos sacolas com vestes iguais às do Harry – disse o Sr. Weasley, enquanto os chamarizes bebiam a poção. – Rony e Hermione já estão vestidos, então os outros devem se trocar.

Harry deu as costas à cena. Por um momento, sentiu-se de volta à Rua dos Alfeneiros, à noite em que Edwiges e Olho-Tonto haviam morrido. Rony e Angelina diminuíram; Gina, Hermione e Mundungo cresceram; o cabelo ruivo de Rony e Gina tornou-se moreno, assim como o cabelo louro de Fleur. O cabelo das garotas diminuiu, e a careca de Mundungo sumiu. Surgiram cicatrizes em forma de raio nas testas de todos. Havia sete Harry Potter na cozinha do largo Grimmauld 12.

À exceção de Rony e Hermione, que ainda usavam as roupas do Ministério, todos trocaram as roupas por vestes pretas com linhas douradas, enquanto o Sr. Weasley guardava as roupas nas sacas, e entregou óculos aos Potter impostores.

— Argh, de novo! – disse Fleur, evitando olhar para Bill.

— Nossa, Harry, você não enxerga nada mesmo – disse Gina.

Saíram pelo corredor. Hagrid havia estacionado a moto voadora de Sirius em frente ao largo.

— Eu e o Sr. Weasley consertamos – disse Hagrid, contente. – Vamos lá, Harry, arrebentar em homenagem a Sirius.

Matt, Thaila, Jorge, Percy e o Sr. Weasley acenaram com as varinhas, e seis vassouras surgiram. Harry subiu no sidecar da moto, enquanto os outros Potter subiam na garupa das vassouras.

— Hagrid vai à frente com Harry! – disse Matt para o restante do grupo. – Thaila e eu vamos depois, seguindo eles; eu à esquerda e ela à direita. Os outros vão por outras direções, como combinamos.

— Hagrid – disse Harry -, qual é o plano?

— Você vai ver – disse Hagrid, animado. – É genial. O Matt tem ótimas idéias.

— Ei, Hagrid. A idéia foi minha – disse Thaila, um pouco atrás.

Matt olhou para o alto, descrente, mas também animado. Hagrid deu uma risada um pouco alta demais, mas depois teve o bom senso de se calar.

— Ei, Perce, se tiver que amarrar Dunga à vassoura, não hesite – disse Jorge, sentado na vassoura com Angelina, num último conselho animado antes da partida.

— Em suas posições! – disse Thaila. – Monstro, ao meu sinal!

Monstro obedeceu, curvou-se e desapareceu num estalo.

— Agora, Hagrid! – bradou Matt.

Harry tratou de segurar firmemente no sidecar quando Hagrid deu a partida. Os dois subiram no ar, deixando o largo Grimmauld para trás. Alguns segundos depois, Thaila e Matt os seguiram, levando Gina e Rony.

Bill e Fleur foram em seguida, pelo caminho mais longo. O Sr. Weasley partiu com Hermione pela esquerda, e depois Jorge foi com Angelina pela direita. Por último, Percy, com Mundungo, partiu para se juntar ao grupo principal, posicionando-se embaixo da moto de Hagrid, a uma distância boa.

Quando estavam as três vassouras escoltando a moto, seguindo em frente, rumo a oeste, ouviu-se uma gargalhada ao longe, atrás deles.

Harry se virou. Robbie, Jonas e Henry voavam em suas vassouras, a toda velocidade, distantes do grupo uns cinco quilômetros. Henry sacudia a varinha; o ar empurrava o trio para frente.

— Morderam a isca!! – bradou Matt. – Prepare-se, Hagrid!

Hagrid segurou a moto com mais firmeza, e aguardou. Ainda olhando para trás, Harry percebeu que Rony e Gina imitavam seus movimentos. De repente, Robbie, Henry e Jonas notaram os três Potter, e mais o quarto que era Mundungo, que Percy havia obrigado a ficar de costas. O Trio Elementar pareceu confuso.

Então ouviram outro estalo, e Monstro surgiu no colo de Harry, e se agarrou ao braço dele.

— Meu senhor! – crocitou o elfo, nervosamente. – Vai dar tudo certo!

Mal ele terminara de falar, Hagrid apertou um botão roxo no painel.

Matt e Thaila se afastaram da moto quando um jato enorme de fogo foi atirado contra o Trio Elementar: o fogo do dragão. A moto de Hagrid se afastou em alta velocidade, deixando o grupo para trás.

O Trio Elementar conseguiu se esquivar do fogo de dragão, mas deu de cara com Thaila, Percy e Matt.

Protego Maxima!!— disseram os três ao mesmo tempo.

BUM! O Trio Elementar deu um encontrão em algo que parecia uma parede sólida e transparente; Henry perdeu o controle sobre o ar, e os três desceram pela parede invisível projetada pelos aurores e por Percy.

— Deu certo! – exclamou Thaila maravilhada.

— Ei Thaila! – berrou Matt. – Agora que nos livramos deles, que tal uma corrida até a Toca? Duvido que você vença!

— Ah, é? Pois prepare-se para sua humilhação, Matt Stick!!

— Sério? Vem cá, tá com fome?

— Fome?

— É. Porque você vai comer poeira.

E Matt deu uma guinada na vassoura antes que Thaila pudesse reagir. Ele e Rony voaram velozmente até avistar os campos verdes de Ottery St. Catchpole.

— Segure firme, Ronald! – bradou Matt. – Estamos quase chegando!

Rony não conseguiu responder, mas Matt estava decidido a superar Thaila. Eles avistaram a Toca. Matt desacelerou, até que por fim eles aterrissaram.

— Viva! Conseguimos, Ronald! Chegamos antes delas! – Matt sorria e gritava como uma criança de 10 anos.

— Eu não teria certeza disso, Matt – disse uma voz atrás deles.

Eles se viraram. Thaila e Gina, que voltava a sua aparência normal, vinham andando até eles.

— Ei! Como você... – Matt ficou mudo por um instante, depois engoliu em seco. – Rony. Desça da vassoura.

Rony obedeceu sem hesitar e se atirou de costas na grama, também voltando ao normal. Matt olhou seriamente para Thaila, saiu da vassoura e jogou-a no chão.

— Ah, vamos, Matt, aprende a perder – disse Thaila, ainda sorrindo. – Veja o lado bom. Chegamos em segurança...

— Hagrid! Harry! – exclamou Matt de repente. – Onde eles estão?

— Acalme-se. – Thaila apertou o ombro de Matt e apontou para o céu.

A moto de Hagrid dava voltas pela Toca, até que chegou ao solo, e Harry e Hagrid desceram da moto.

Thaila e Matt abraçaram Hagrid, enquanto Gina e Harry ajudavam Rony a se levantar.

— Nunca mais – ofegou ele – vou voar com o Matt.

Percy chegou com Mundungo, e o Sr. Weasley com Hermione e Jorge com Angelina, e depois Bill com Fleur. Os falsos Potter já haviam voltado ao normal. Matt olhou para o velho amigo e deu um sorriso cansado.

— Anime-se, Matt – disse Thaila. – Você ainda é o melhor artilheiro de Quadribol que eu já vi.

Matt pareceu se animar um pouco. Deu um beijo na bochecha da noiva e foi cumprimentar Bill. Hermione fez menção de abraçar Rony, mas o garoto ainda estava enjoado.

— Vamos levá-lo para dentro – sugeriu Harry. – A mãe dele pode dar um jeito.

Harry e Hermione seguraram Rony pelos ombros. Mundungo implorava algo para Percy e o Sr. Weasley.

— Na certa, está implorando para ficar aqui – disse Gina, andando ao lado de Harry. – Nunca vai deixar de ser covarde. Algumas coisas nunca mudam.

Harry sufocou uma risada.

— Mas ele sabe que vai haver muita gente por aqui nesses dias – ponderou Hermione. – Ele estaria bem escondido dos Guerreiros do Apocalipse.

— Muita gente? – indagou Harry. – O que vai haver aqui?

— Não é óbvio, colega? – disse Rony com a voz pesada. – O casamento de Matt e Thaila.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gente!
Abçs e obrigado por ler!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pouco Além (A Harry Potter Story)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.