Pouco Além (A Harry Potter Story) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 12
A Casa do Juízo


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo temos uma reunião dos inimigos (Guerreiros do Apocalipse) para discutir os próximos passos da guerra contra o Ministério que está apenas começando.


O líder dos Guerreiros do Apocalipse enfim dá as caras, e reúne alguns dos principais membros da organização para discutir seus próximos planos de ação para enfrentar o Ministério da Magia.



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Em algum lugar longe da Toca, um homem examinava um salão extenso, nesse momento iluminado à meia-luz por velas. O homem andava de um lado para o outro, conferindo se a sala estava de acordo com seus desejos.

Passou por um recorte de jornal que noticiava a prisão de Regarry, um Guerreiro do Apocalipse que invadira a casa da família Weasley fazendo-se passar por Gina, a filha mais nova da família. Porém Harry Potter e seus amigos haviam desmascarado o intruso, que agora estava trancafiado em Azkaban aguardando julgamento. O homem amassou o jornal e o atirou numa lixeira.

O homem voltou-se para uma cadeira enorme semelhante a um trono que ficava um pouco acima do resto do salão, e de onde se tinha uma vista completa do aposento. Num dos braços da cadeira, estava uma caixa com uma varinha. Na caixa havia os dizeres: “Excelência” em letras garrafais.

O homem deu uma risadinha. Excelência era como ele era conhecido entre os Guerreiros do Apocalipse, por ser o maior entre eles em poder.

Poucos Guerreiros do Apocalipse conheciam seu verdadeiro nome (no caso, os chefes de facções da irmandade, espalhados pelo mundo), e aqueles que sabiam evitavam pronunciá-lo em voz alta e na presença de Guerreiros inferiores. Excelência não era britânico; fora criado e educado em outro país.

Excelência havia estudado em Dursmtrang. Seu pai considerava-a a melhor escola de magia. O pai de Excelência fora um grande bruxo. Porém, o chefe dos Guerreiros do Apocalipse recebera recentemente a notícia de que seu pai fora morto na miséria, na humilhação. Não havia recebido o devido valor nem o devido respeito.

Excelência era alto e forte, à semelhança do pai. Era louro e tinha olhos profundos e verdes. Vestia-se com um casaco azul-piscina sobre camisas pólo e calças jeans. Apesar de sua aparência jovial, conseguia intimidar qualquer um ao seu redor.

Naquela noite, Excelência traçaria o planejamento dos Guerreiros do Apocalipse para os próximos anos. Então, a porta da sala se abriu e o Mestre entrou.

O Mestre era um dos chefes da irmandade que conheciam o nome de Excelência. Seu próprio nome também era desconhecido pela grande maioria das tropas; somente Excelência e os demais chefes tidos como importantes compartilhavam essa honra. O Mestre jamais mostrava seu rosto por completo, e quem tentasse desmascará-lo sofreria com seu poderio mágico.

O Mestre sempre usava uma capa enorme e preta que ocultava praticamente todo o seu rosto (exceto os olhos: cinzentos e frios) e seu corpo (exceto as mãos e pés). Para todos os efeitos, ele era o segundo em ordem de importância e liderança dentro da irmandade.

O Mestre aproximou-se cautelosamente de Excelência. Este autorizou que se aproximasse e falasse. O Mestre, então, parou a uns dois metros do líder.

— Vossa Excelência – disse o Mestre. – Eles estão aí.

E indicou a porta enorme e dourada do salão.

— Perfeito – disse Excelência.

— Vossa Excelência está a par dos recentes acontecimentos? – perguntou o Mestre.

— De fato estou – respondeu Excelência.

Na última semana, três Guerreiros do Apocalipse haviam tentado tirar a vida de Harry Potter: o egípcio Nessy, o iraquiano Bakram e o irlandês Regarry. Nessy e Bakram haviam perecido nas mãos de Potter e seus amigos. Regarry estava preso. A irmandade inteira enchia-se de fúria com o garoto.

— É necessário, Vossa Excelência, que mandemos Guerreiros mais preparados – prosseguiu o Mestre – para eliminarmos Potter e sua trupe. Não quereis que vosso exército seja dizimado por um garoto de 18 anos.

— Com certeza – disse Excelência. – Mas hei de argumentar que nossos três generais agiram de maneira irresponsável e impulsiva, e findaram encontrando a morte ou a prisão.

— Senhor, há voluntários – retrucou o Mestre. – Voluntários dignos e capazes de encontrar e aniquilar Potter.

— Já discutimos sobre isso, Mestre – retrucou Excelência. – Já sabe de minhas intenções.

— Sei perfeitamente bem – disse o Mestre. – Mas rogo-lhe, Vossa Excelência, que ouça as palavras dos meus convidados.

Excelência fitou o Mestre por um momento.

— Pois bem – disse por fim o loiro. – Você tem argumentos fortes, Mestre. Que assim seja.

O Mestre se curvou perante o outro e em seguida, virou-se para a porta e bateu palmas.

As portas se abriram rapidamente, mas se fecharam em seguida; tempo suficiente para dois homens entrarem no salão.

Um deles, branco e mais alto, tinha cabelo em forma de capacete, castanho, e olhos azuis. O outro, moreno, de cabelo rebelde prateado e olhos mesclados de azul com castanho, era bastante robusto. Os dois usavam capas pretas típicas dos Guerreiros do Apocalipse, além dos símbolos das Relíquias da Morte. Os dois se curvaram rapidamente para Excelência, que olhou de um para o outro por um instante.

— Ó Excelência – exclamou o Mestre – apresento-lhes os Duelistas Seto Kaiba e Marik Ishtar.

A facção dos Guardiões de Tumbas, Excelência pensou com desprezo. Essa facção estava sediada no Egito. Utilizava cartas de monstros, mágicas e armadilhas como principais armas. Excelência estivera uma vez com eles no Egito, onde pudera aprender tudo sobre o jogo, tornando-se mais forte do que Seto e Marik. Sempre é bom se prevenir.

— Você voltou bem rápido, Seto – falou Excelência.

— Surgiu uma excelente oportunidade – declarou Seto. – Nós nos dispusemos a nos submeter às suas ordens visando à captura de Potter.

— Ou morte, se preferir – acrescentou Marik. – Estamos totalmente preparados. Acharíamo-lo em tempo curtíssimo.

— Suas intenções estão bem voltadas para os interesses da irmandade – ponderou Excelência, e Seto e Marik sorriram convencidos enquanto o Mestre suspirava de alívio. – Porém, eu tenho meus próprios planos para o garoto e o Ministério.

— Se o Ministério também lhe interessa, Excelência, podemos sitiá-lo com igual rapidez – argumentou Seto. – Tenho vários seguidores, conhecedores de magia, e Marik conta com seus irmãos Ishizu e Odion...

— Também tenho meus seguidores – disse Marik. – Se unirmos forças, derrubaremos o Ministério sem esforço.

— Não cabe a vós se precipitarem – retrucou Excelência, superior. – Ou querem acabar como Nessy, Bakram ou Regarry?

— Vossa Excelência – disse o Mestre de repente. – Ouçais os Guardiões. Estão entre os mais capacitados Enviados do Juízo, e co-lideram a facção comigo e o Sr. Maximillion Pegasus.

Pela primeira vez, Excelência pareceu se interessar na conversa, ao ouvir o último nome.

— Pegasus está metido nisso? – indagou Excelência. – Uma boa notícia. Muda minha visão sobre suas reclamações.

— Está nos confiando à derrota de Potter? – perguntou Seto, esperançoso. – Pois Pegasus e o Mestre também possuem tropas respeitáveis.

— Não – disse Excelência balançando a cabeça. – Vós não compreendeis. Enviarei soldados meus atrás não só de Potter, mas também do controle sobre o mundo bruxo.

Seto e Marik abriram a boca para argumentar, mas Excelência ergueu a mão pedindo silêncio.

— Contudo, vocês devem estar preparados – continuou Excelência – pois, se um deles falhar antes do fim da missão, vós deveis substituí-lo.

A perspectiva de ser a “força de reserva” não pareceu agradar nem Seto nem Marik. Seto resmungou audívelmente e Marik cerrou os punhos e os dentes.

— Hoje vós reclamais – prosseguiu Excelência, percebendo a indignação de ambos. – Porém chegará o dia em que confiarei minhas tropas a vocês.

A promessa não fez Seto e Marik se conformarem. Eles olharam para o Mestre, como se aquilo fosse culpe dele. O Mestre, porém, reconhecia a causa perdida.

— E quem são esses formidáveis Guerreiros – disse Marik – a quem Vossa Excelência confiais gloriosa tarefa?

Excelência fez sinal para o Mestre abrir novamente a porta. O Mestre se encaminhou lentamente para a porta e os portões se abriram com seu aceno de varinha.

Ouviu-se um bater de portas. Três homens haviam entrado e se postado entre Excelência e seus súditos. Os três fizeram pomposas reverências ao chefe, que estudou cada um deles.

Um deles era de estatura mediana, barba por fazer, olhos verdes frios, musculoso e cabelo castanho. Parecia ser natural do Norte da África. O segundo tinha a pele excessivamente branca, quase albina, olhos cinzentos e cabelo grisalho, embora fosse jovem. Devia ser proveniente da região montanhosa da Europa Ocidental. O último era moreno como Marik e igualmente robusto, com olhos castanhos e cabelo curto e negro. Devia ser do Oriente Médio. Os três exibiam o símbolo das Relíquias e ostentavam capas que mais pareciam mantos negros. Os três olharam, desdenhosos e com ar de riso, para Seto e Marik, como se os desafiassem a perguntar por que não haviam sido escolhidos.

— O trio do Apocalipse – disse Excelência orgulhoso. – Instruirei vocês de suas missões, mas seu treinamento poderá levar anos. Estais prontos para tal honraria?

— Sim – responderam os três, firmemente.

Excelência soltou uma pequena risada de satisfação e olhou para o trio.

— Usaremos nossos métodos mais árduos – disse ele – para derrubar o mundo bruxo e submetê-lo a nossa vontade. O Ministério vai cair duro no chão quando vir o que temos aguardando por eles. Cabe a vós liderar os três exércitos mais poderosos do Juízo.

Os três se curvaram novamente para Excelência em forma de agradecimento. Excelência fez sinal para o Mestre dispensar Seto e Marik.

O Mestre conduziu-os até a saída. Quando voltou, Excelência pôs-se a passar as tarefas para os três Guerreiros.


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Notas finais do capítulo

Agradeço pela leitura!



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