Filha De... Tem Certeza?! escrita por Mrs Darcy


Capítulo 7
Vou me adaptar


Notas iniciais do capítulo

Gente, não vou tentar me justificar, quem viu meu perfil sabe que odas as minas fics estavam em hiatus, mas estou voltando para o Nyah e vez agora
Leiam, apreciem e comentem!



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Sentamos os dois na cama, um de frente ao outro de forma a podermos nos comunicar facilmente. Eu estava nervosa, sentindo meu corpo tenso, como que em antecipação. Meus pés balançando, batendo no beiral da cama, era um sinal claro de do quanto eu tinha medo. E se meu pai dissesse que eu não poderia ficar aqui? Não- uma
vozinha em minha cabeça insistiu em falar.- Se ele não a quisesse aqui não teria se preocupado com você.

- Não precisa se preocupar, filha- ele parecia ter ouvido meus pensamentos.- Nada que você não queira será feito- jurou.

Consegui regularizar minha respiração, aos poucos, então Hefesto começou a falar.

- Estamos com um problema- começou.- Por mais que eu tenha tentado, não consegui descobrir nada do que ocorreu. Não sei quem está envolvido, quais olimpianos participaram de tudo. Tenho medo de que, se souberem de sua existência, tentem algo contra você. Você é filha de dois deuses poderosos, e ter a deusa do amor contra você não é bom, qualquer que seja o caso.

- O que quer dizer?- perguntei respirando profundamente e forçando minha voz a permanecer firme.- Eu vou ter de ir embora?

- NÃO!- gritou me sobressaltando. - Tem outro jeito. Mas foi o único que pude pensar. Você terá de ficar aqui. 

- E o que tem de ruim aqui?- ele estava me deixando confusa.

- Não sei se você sabe, mas... Eu não moro aqui. E você não poderá sair do quarto.

- Como assim?- perguntei curiosa. - Porque você não mora aqui? Pelo o que eu vi todos os olimpianos moram, se você excluir Poseidon e Hermes, claro, que tem reino próprio. E porque eu não vou poder sair do quarto?

- Por mais que eu tenha um lugar de direito no Olimpo como filho de Zeus e Hera, minha casa nunca deixará de ser as forjas. É lá que eu me criei, é lá que fica meu palácio, minha oficina, é lá que me sinto em casa. E quanto ao quarto... Aquele é meu quarto na casa de meus pais; o usei apenas algumas vezes logo que casei, Afrodite insistiu em ficar
aqui e atendi o pedido dela por alguns anos... Até que...- a expressão de Hefesto mudo rapidamente de melancolia para raiva.

- Mas eu vou ficar entediada- disse.- E preciso ver a luz do sol de vez em quando, sabe? Sou meio hiperativa...

- Eu virei lhe visitar sempre que possível, e sua vó o fará todos os dias. Uma das portas do quarto da para um jardim e outra para uma oficina.

Fiquei animada instantaneamente.

- Você tem uma oficina no quarto?

- Você não achou mesmo que eu passaria quase 3 anos sem uma oficina, não é?-ele riu e me vi obrigada a retribuir.

- Mas e o jardim?- perguntei.- Não vai me dizer que também não conseguiu passar esse tempo todo sem o aroma de algumas flores?

- Não tive esse problema não- ironizou.- Mas sua mãe insistiu.

Não pude evitar de retesar o corpo diante o termo que ele usara para definir o parentesco entre eu e aquela mulher.

- Certo. Eu aceito tudo- concordei.- Com 2 condições.

Ele acenou a cabeça indicando que eu continuasse.

- A primeira é que você virá mesmo me visitar.

- Eu juro. Pelo riu Estinge se você quiser, filha.

- E a segunda... Prometa que vai parar com isso, pai- pedi.- Parar de correr atras da minha mãe me se humilhar desse jeito. Prometa que não vai deixar mais ela te atingir e não vai ser infeliz por culpa dela. Prometa que vai se dar uma chance.

Silencio seguiu meu pedido e eu não o quebrei, pois sabia que tinha ido longe; mas era necessário, eu sentia que desse jeito ele só ia piorar.

- Tudo bem, Amy-disse, a voz baixa e rouca.- Prometo que vou tentar.

- Por enquanto já é o suficiente.

...

Ficamos conversando até noite, Hefesto me contou o que aconteceu enquanto eu dormia, que eu descobri ter sido por 2 dias. Disse que teve de procurar Apolo e suborná-lo para que ele arrumasse uma jeito de alimentar uma deusa dormindo. Deusa. Ainda era estranho ouvir essa palavra se aplicando a mim. Mais tarde Hera entrou no quarto, avisando o filho que Afrodite estava a sua procura. Ele se despediu de mim e saiu do quarto com a promessa de voltar o mais breve possível. Fiquei somente com Hera, que logo me desejou boa noite e disse que viria tomar café comigo no dia seguinte.

...

A manhã seguinte passou diferente de qualquer outra, comigo conversando sobre casualidades com minha vó. Ela me contou tida a sua história, e acabou sobrando pouco tempo para que eu fizesse o mesmo, ao que agradeci. Mas ela era a rainha dos céus, e logo após o almoço o dever falou mais alto e ela teve de se retirar.

Resolvi explorar os cômodos ainda desconhecidos do quarto, apostando na terceira porta, que logo abriu para uma imensa oficina. Ela tinha todos os materiais necessários para eu fazer o que quisesse, mas carecia em material de informática, mas isso eu logo resolveria. Precisava também de algumas reformas para tornar tudo mais pratico, mas uma boa faxina e alguma habilidade com maquinas solucionaria tudo.

Certamente no final do dia tudo estaria melhor. 

Tinha coisas tão fantásticas, e demorei tanto tanto colocar lá tudo o que tinha lá dento que acabei perdendo noção da hora, já passava-se das nove quando ouvi a voz de uma mulher na porta do quarto principal e permiti sua entrada.

Era uma ninfa, como as que vi hoje cedo servindo os outros deuses. Seus cabelos eram loiros e seus olhos de um verde muito claro e suave, quase assemelhando-se ao cinza. Seu corpo era magro e sua pele morena, era muito bonita, porém não devia ter mais de 14 anos e parecia assustada, como se não estivesse acostumada a isso.

- Minha Lady- ela fez uma profunda reverencia, ainda mais nervosa. - Lady Hera mandou-me aqui para servi-la, serei sua criada particular.

Tudo bem, isso era muuuuuuuuito estranho.

- Qual é seu nome?- perguntei, sem saber por onde começar.

- Ayla, senhora.

- Quantos anos você tem, Ayla?- talvez isso justificasse o comportamento dela.

- 13.

Mais nova do que pensei.

- Porque está trabalhando com essa idade?

Todas as ninfas começam nessa idade; quando a completamos vamos até o castelo do Senhor dos Céus para que nos digam para que deus iremos trabalhar. Eu fui destinada a senhora- explicou parecendo surpresa de eu não saber isso.

- Desculpe o interrogatório, eu sou nova nisso- falei. Logo me peguei contando minha vida inteira a ela, era bom poder conversar com alguém de minha idade e me identifiquei com Ayla imediatamente. La pelas 11 da noite ela foi buscar meu jantar, que fiz no jardim, e insisti para que jantasse comigo. Durante a refeição ela falou-me um pouco sobre o que gostava e os deveres da raça dela, embora não tenha perdido o respeito em nenhum momento, insistindo que eu era sua senhora e ela devia mante-lo.

Assim passaram-se os dias, eu intercalava minhas horas na oficina com as visitas diárias de Hera e as refeições com Ayla. Eu gostava muito das duas, mas nada podia se comparar as visitas de meu pai. Nos últimos 3 anos nossa relação cresceu, ao ponto de nos tornarmos inseparáveis, apesar de ele nem sempre conseguir me ver. Eu me surpreendi ao não me sentir entediada em todo esse tempo, mantendo-me sempre no mesmo lugar. Mas eu tinha bons amigos, o que tornava tudo mais fácil. No meu aniversário de 15 anos meu pai me deu de presente o direito de fazer um pedido, que prometeu que realizaria.

Eu pensei por muito tempo, mas hoje finalmente diria a ele o que queria. Esperava que ele cumprisse o prometido.


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Notas finais do capítulo

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