Filha De... Tem Certeza?! escrita por Mrs Darcy


Capítulo 10
Conversa




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– Eu tenho uma filha- falei e eles me olharam surpresos e confusos. A parte da surpresa eu até entendia...

– Annn...- começou Adam.- Tá. E porque o senhor está aqui? - Perguntou abruptamente.- Não quero ser grosso- se apressou a justificar ele.- Mas mesmos que não seja normal você ter uma filha mulher, não entendo porque veio aqui só por isso.

– Como assim, "porque"? Estou aqui por causa dela. Preciso que vocês protejam ela. Ela tem 16 anos... E morou comigo parte deles. Agora Zeus está me obrigando a mandar ela para o acampamento, e vou ter de obedecer. Mas ela viveu muito tempo trancada... Tenho medo de ela não reagir bem em estar com tantas pessoas. Algumas podem não gostar dela...- falei pensando nas filha de Afrodite e Apolo, elas com certeza teriam ciúmes da beleza de Amy.

O clima no chalé ficou tenso. Apenas Adam parecia tranquilo e sorria levemente pela possibilidade de ganhar uma irmã.

– Quando ela chega?- perguntou Mathew.

– Amanha depois do café. Se não se importarem, gostaria que fossem comer mais tarde amanhã, devem estar lá quando ela chegar.

Eles concordaram e eu me encaminhei para a saída chamando Adam para e acompanhar. Ele me seguiu em silencio, mas não era difícil ver que estava se roendo de curiosidade. Entrei no bosque do acampamento, o mesmo começava agora a acordar e eu não queria que ninguém me visse por enquanto. Seguimos pelo meio da mata até chegar na praia em frente ao chalé de Poseidon, nunca tinha ninguém ali. Sentei na areia e vi meu filho se acomodar ao lado

– O que ouve, pai?- ele perguntou após alguns segundos de silencio.

– Chamei você porque me pareceu o mais receptivo a sua irmã- expliquei.

– Eu sempre quis ter uma irmã e minha mãe não queria ter outros filhos... Quando ela engravidou do namorado eu tive de ir embora, não cheguei a conhecer o bebê, mas sei que se chama Sophia.

– Desculpe por isso- pedi. Esse era o problema de nós deuses. Tendíamos a arruinar a vida de qualquer mortal com quem nos relacionássemos.

– Tudo bem!- ele falou tentando parecer animado.- Você que vai trazer ela amanhã?

– Eu até queria...- fiz uma careta.- Mas meu pai não permitirá. Por isso precisava de sua ajuda. Você pode busca-la no Olimpo e traze-la para cá amanhã? - Tudo bem- falou animado.- Que horas eu passo lá?
- Ela costuma madrugar... Acho que você pode passar lá às 6:30,você toma café com nós e depois a traz para cá.

– Estarei lá- ele sorriu.

– Agora me conte sobre aquela filha de Afrodite...- sorri com malícia.

...

Quando entrei no palácio de meus pais fui imediatamente chamado a sala do trono. Ela não estava cheia como na hora da reunião, os únicos deuses que estavam lá alem de Zeus era Apólo e Arthemis que ainda não haviam parado de brigar desde a reunião. O que não era novidade... Eles quase nunca conversavam civilizadamente, por isso os eclipses eram tão raros. Se você quer saber minha opinião, os dois se amam, só não sabem.

Me aproximei de meu pai e fiz uma ligeira reverencia antes de ir sentar-me no meu.

– Já resolveu o problema Hefesto?

Não sei se eu imaginei a ênfase no problema, mas não estava em condições de discutir. Quem pagaria é minha filha.

– Sim senhor, pai- confirmei.- Amanhã pela manhã um dos meus filhos do acampamento virá buscá-la.

– Só amanhã? Porque você não o mandou buscar agora.

– Por favor, Zeus-pedi.- Deixe-me só me despedir dela.

Ele suspirou.

– Só dessa vez. E não quero que esse caso se repita Hefesto. O lugar dos meio-sangues é no acampamento ou com os pais mortais.

– Não vai se repetir- falei, embora algo lá no fundo implorasse pela verdade.

...

– Amy?- chamei entrando o quarto.- Você está aí, filha?

– ESTOU NA OFICINA- berrou.

Ela estava debruçada sobre um de seus computadores. Era o mesmo protótipo em que ela vinha trabalhando nos últimos seis meses sem obter sucesso. Eu admirava a paciência dela para trabalhar em algo tão pequeno...

– Oi querida- cumprimentei e ela respondeu sem tirar os olhos do projeto. Era impressionante como todos os meus filhos se pareciam comigo nesse aspecto.

– Teve uma reunião hoje no conselho e o tema principal foi você.

Imediatamente ela largou tudo o que estava fazendo e ficou parada de costas para mim, em silencio. Eu somente ouvia a respiração dela, algo que ela tentava controlar de todo o jeito, mas mesmo assim estava cada vez mais irregular. Ela se virou, lentamente e me olhou com seus olhos azuis intensos.

– Eles já sabem da verdade?

– Bom... Metade dela.

Amy ergueu uma sobrancelha em humor.

– Talvez só a parte de que eu sou seu pai?- mais perguntei do que falei.

– Eles pensam que sou uma semi-deusa?

Ela pensa rápido.

– Sim- falei.- Achei que seria melhor assim- o nervosismo me fez continuar depressa.- teria sido uma confusão se eles soubessem da verdade. Sua mãe não pode saber de sua existência, ela já tentou algo contra você uma vez, se você se machucar eu não vou suportar. Alem, é claro, de você ser uma deusa poderosa, filha de dois grandes deuses, muitos vão se sentir ameaçados e irão tentar mandá-la para o Hades e eu...

– Calma- pediu Amy me interrompendo.- Eu entendo o seu lado, você não teve muita escolha... Fez o que achava melhor. Só quero saber, agora, no que vai dar tudo isso.

– Zeus ordenou que eu lhe mandasse para o acampamento meio-sangue. Serei obrigado a obedecer, por mais que não queira.

– Tudo bem- nada parecia bem- Quando eu vou?

– Eu pedi a um dos meu filhos no acampamento que viesse te buscar amanhã bem cedo - é lógico que omiti a outra parte da conversa.- Você poderá ser apresentada a todos ainda no café, quando a reconhecerei como filha publicamente.

– Mas hoje ainda podemos aproveitar o dia, não?

– Claro- eu sorri.- O que quer fazer?

...

Passamos o resto do dia juntos, revezando entre a oficina e o jardim. Amy me explicou bastante de suas pesquisa, como não fazia a tempos pela falta de tempo juntos. Ela me deu de presente um dos aparelhos dela, o que ela chamou de notebook, e disseque assim poderíamos nos falar a distancia sem incomodar Iris. Ele era pequeno e ela me explicou como usar tudo, tenho que admitir que era fantástico.

– Daqui a alguns anos os mortais criarão algo parecido. Vou dar um jeito de fazer com que eles descubram como fabricá-lo. Com o equipamento necessário, daqui a umas 4 ou cinco décadas todos terão um computador em casa. Ele será indispensável, tudo será feito com ele. Os jovens nascidos na era digital se acostumaram de tal forma a esse utensílio que aprenderão a muda-lo da forma que quiserem e logos estarão eles mesmo criando essas maquinas. Estava pensando também em criar uma versão menor...

– Menor que isso?- me surpreendi. Você não vai conseguir fazer tudo o que quer ocupando menos espaço. Você já criou um meio de fechar o computador, assim a tela fica encostada ao teclado, para diminuir mais você precisaria de uma tela e um teclado menores.

– Era assim que eu pensava até uns meses atras- ela sorriu.- então tive uma ideia.

Ela corre até uma estante ao fundo onde pegou uma chapa um pouco menor e mais fina que um caderno simples. A frente dele era toda de vidro e tinha somente um botão em baixo. Do lado do aparelho, que não devia ter muito mais do que meio centímetro de espessura, tinha mais dois botões, um deles obviamente ia controlar o volume. Ela pressionou o que ficava no lado oposto ao redondo da frente e a tela começou a brilhar, iniciando como um computador. E de fato era como um, percebi quando ligou. Parecia que eu carregava a tela de um notebook nas mãos. Era lindo, mas eu ainda não havia entendido como o usariam.

Amy, ao ver minha cara confusa, riu.

– Toque em um dos ícones na tela- falou.

Fiz o que ela disse, tocando em um que tinha uma nota musical no centro. Ele se abriu e uma lista de musicas apareceu, nas quais eu não resisti a tocar, quando entendi a funcionalidade do aparelho. Uma música começou a tocar baixa ao fundo e eu aumentei o volume para ouvir. O audio do aparelho era perfeito, não deixava nada a desejar, e fiquei curtindo o som, impressionado, quando sai das musicas com apenas um toque no botão da tela e continuei a ouvi-la tocar enquanto explorava mais coisas.

– Se chama tabblet- explicou minha filha- Ainda não está pronto; falta um ou outro detalhe, principalmente o fato de ele ainda ser muito sensível, eu queria torná-lo resistente a água e a queda.

– Se ele é perfeito agora, imagina depois de pronto- sacudi a cabeça, descrente, e devolvi o brinquedinho dela.- Vamos jantar? Logo eu precisarei ir embora.

...

Pov. Amy

Eu achava que teria uma noite conturbada, cheia de pesadelos, pois estava morrendo de medo do dia seguinte. Teria que dar um jeito de passar despercebida no acampamento, assim ninguem descobriria o que de fato sou. Mas, ao contrario do que pensei, minha noite foi bastante tranquila, e eu acordei no meu horário normal na manhã seguinte. Tomei um banho e me vesti, indo dar uma volta pelo jardim enquanto esperava meu pai, ele provavelmente ainda demoraria uns quarenta minutos.

Pouco tempo depois ouvi batidas na porta e fui abri-la pessoalmente, o relógio na parede marcava 6:15, eu nunca recebia visitas a essa hora. Abri crente que era minha avó querendo se despedir, mas parado no vão da porta estava um garoto moreno de olhos azuis, muito parecido com meu pai.

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Notas finais do capítulo

Hoje eu fui postar minha nova fic, no universo de Harry Potter para os interessados, e qual não foi minha surpresa ao ver que eu tinha uma nova recomendação aqui? Eu juro que não tinha visto!

MOMENTO PROPAGANDA DA NOVA FIC http://fanfiction.com.br/historia/397714/Por_Amor
Título: Por Amor
Sinópse: Severo e Lílian veem seu segredo posto em risco quando Harry Potter Snape vai para Hogwarts.
— Eu não posso perder meu filho, Lílian.
— Mas Harry sabe que não é seu filho de verdade, Severo, e mesmo assim o ama muito. Ele com certeza não vai lhe julgar pelo seu passado.
— Eu matei o pai biológico dele. Ele odeia o Lord das Trevas por tê-lo feito, mas o responsável fui eu.