P.D.V. Hestia.

Minhas pernas ainda estavam bambas, as dores pós-parto ainda eram terríveis, mas elas não puderam tirar o sorriso que eu tinha no rosto nesse momento.

O amor da minha eternidade segurando com carinho a minha pequena filha, a nossa pequena filha.

Hermia havia nascido há uma hora, uma garotinha que é capaz de fazer qualquer um se encantar a primeira vista. Os olhinhos doces e curiosos tinham me deixado apaixonada, ela era linda.

– Você se parece muito com a sua mãe, sabia? – Hermes falou enquanto olhava para a nossa pequena.

– Eu não concordo, ela tem a sua carinha de malandro, vai aprontar muito no futuro. – Minha voz ainda era rouca, mas eu não ligava.

– Pode até ser, mas ela tem o seu olhar meigo, o olhar pelo qual me apaixonei. – Senti minhas bochechas corarem automaticamente, Hermes riu baixinho para não assustar a nossa filha.

– Não deveria ficar envergonhada com essas coisas.

– Para com isso, você é muito mal sabia? – Falei me sentindo como um pimentão, ele apenas riu mais ainda.

Olhei ao redor, a nossa caverna era muito aconchegante, o canto dos pássaros e a temperatura maravilhosa deixava tudo com um jeitinho de lar, as vezes nem sentia falta da maluquice do Olimpo, mas mesmo assim sabia que não conseguia ficar muito tempo sem os meus malandrinhos.

Suspirei quando olhei novamente para a malinha da nossa pequena, tínhamos conversado bastante, tentamos achar alguma saída, mas com a correria dos casamentos de Atena e Ártemis vimos que não podíamos jogar mais essa bomba no Olimpo, teríamos que esperar ainda mais para podermos revelar a existência de mais uma deusa. Uma deusa filha de uma donzela.

Lagrimas começaram a escapar novamente, eu não queria deixar a minha menininha, queria cuidar dela e ama-la, mas não podia, era a única maneira.

Senti os dedos que eu tanto amava passeando pelas minhas bochechas limpando minha lagrimas.

– Não chora minha querida, eu também não queria que fosse assim, mas é preciso. – Assenti e olhei para a minha menina que havia virado seus lindos olhinhos verdes que imploraram por carinho.

– É a minha primeira filha, a prova que o nosso amor é real, eu não queria deixa-la como um nada, ela é especial para mim.

– Pra mim também querida, pode apostar, eu estou em prantos por dentro. – Não pude deixar de soltar um sorriso, Hermes sabia quando fazer graça.

Ficamos abraçados por um tempo, olhando para a nossa filha que dormia tranquilamente, parecia uma anjinha de cabelos vermelhos, minha anjinha, nossa anjinha.

Saímos da caverna assim que a lua tocava alto no céu, aproximadamente meia noite. Fechei os olhos por um momento, só abri novamente quando ouvi o som das risadas das ninfas do Acampamento Meio Sangue, o novo lar da minha filha, assim que fiz essa afirmação senti o meu coração afundar novamente. Hermes segurou a minha mão e fomos caminhando pela floresta até vermos a Casa Grande. Lagrimas banhavam meu rosto e por pouco não deixei cair a cesta que deixaria a minha Hermia.

Assim que chegamos na varanda da Casa Grande, me deixei cair sentada nos degraus, Hermes sentou ao meu lado com nossa filha nos braços e a cesta, agora em seu colo. Com cuidado ele colocou nossa pequena dentro dela e o meu bilhete em cima. Dei um ultimo beijo na sua cabecinha ruiva e na sua mãozinha pequenina. Bati na porta enquanto Hermes se despedia da nossa menina. Logo as luzes se acenderam na sala da casa e o som de cascos invadiu o ambiente.

Desaparecemos assim que Quiron apareceu na varanda e viu a pequena cesta com a nossa filha.

Reaparecemos no jardim do Olimpo, não tinha motivos para voltarmos para a caverna, lá a dor da perda da nossa filha só seria pior. Hermes se sentou no banco em meio ao canteiro de tulipas e me puxou para seu colo. Era tarde, a maioria dos deuses estavam dormindo, e outros fazendo coisas que nesse momento eu não conseguiria fazer, e nem poderia.

– Vai ficar tudo bem. Eu te amo, e isso nunca vai mudar. Um dia vamos poder falar que a amamos também, um dia.

E nem os deuses saberiam o quanto eu esperaria para que esse dia enfim chegasse.

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Deu 1000 palavras? Acho que não. =/

Enfim. Acabou, agora é oficial!

E os agradecimentos será aqui mesmo, quem não lê as notas finais não vai ver. U-U

Muito obrigada a cada um de vocês que acompanhou a minha fanfic, pode ter sido do inicio, do meio, ou até mesmo de agora que já está concluída.

Agradeço a todos que deixaram reviews e recomendações quando eu pedi ou até por livre e espontânea vontade, foram vocês que me deram coragem de continuar até mesmo quando eu não podia.

É, não sei agradecer direito então só vai ser isso ai mesmo. Mas ainda tem a continuação, olha que legal. Não sei o que você tá fazendo aqui ainda quando ela já está lá esperando por você.

Bem é isso.

E pela ultima vez (ou não)...

Beijos para os meus moranguinhos. ;D