POV Elena

Não passava das dez da manhã, estava chateada e nervosa com os Salvatore como eles podiam querer me tratar daquela forma? Disputar com esse tal outro vampiro para ver quem me conheceria primeiro, eu esperava mais dos dois e só de pensar que eles mentiram para mim, me deixando acreditar que fora só um acidente.

Estava indo para a casa da Caroline, Bonnie nos encontraria lá, eu precisava muito conversar com elas, afinal eu amava muito o Stefan, seria inteligente deixa ló ir por causa do erro?

Cheguei à casa da Caroline e bati levemente na porta, sábia que hoje a Xerife Forbes não estaria em casa, teria um turno na delegacia hoje.

- Oi Caroline – disse cabisbaixa assim que ela abriu a porta.

- Vamos entre, entre – disse ela me puxando para dentro.

- Tudo bem, calma – disse brincando.

- Você nem vai imaginar quem eu e Bonnie encontramos.

- Quem?

- A garota nova, que supostamente é sua parente.

Arregalei os olhos, mas, logo voltei ao normal para não levantar suspeitas.

- O que ela faz aqui? – perguntei desinteressada.

- Eu e Bonnie a encontramos com um corte no braço, e eu garanto que aquilo sangrava mais do que uma mordida de vampiro, ela perdeu muito sangue e caiu durinha no chão, então eu a trouxe para cá.

- Mas, ela está bem? – perguntei preocupada, afinal se ela não tinha morrido aquela vez, eu não deixaria que morresse dessa.

- Está, enquanto era dormia Bonnie conseguiu costurar o corte no seu braço ela fez um curativo também, era um corte muito feio – disse ela fazendo cara de nojo, Caroline sempre fora tolerante a sangue desde que éramos pequenas.

Nós fomos até a sala de Caroline, onde Bonnie estava sentada próximo a Verônica que estava deitada no sofá, branca como a neve notei a olhar seus braços que além das marcas de faca, em seus ombros tinha dois roxos como se alguém a tivesse apertado.

Ela começou a se mexer no sofá e de repende voltou a abrir os olhos, que estavam assustados e perdidos.

- O que eu estou fazendo aqui? – perguntou assustada.

- Eu disse que você precisava de ajuda – disse Caroline sorrindo.

- Eu tenho que ir – disse afobada até que ela olhou para mim e abaixou a cabeça.

- Ir para onde? – perguntou Caroline

- Para minha… Casa – a sua resposta saiu mais como uma pergunta do que como uma afirmação.

Verônica estava ao meu lado assim que se levantou Caroline que sempre notava de mais pra o tamanho dela disse:

- Uau! Como vocês são parecidas – disse

- Caroline! – Repreendeu Bonnie.

- É mesmo não é Elena? – perguntou indo em direção à porta – Obrigado Bonnie e Caroline.

- De nada – ambas responderam.

Então foi embora eu me joguei no sofá de Caroline, logo as duas fizeram o mesmo.

- Então que você descobriu? – perguntou Bonnie.

- O acidente com os meus pais, não foi um acidente.

- Como assim?

- Stefan, Damon e outro vampiro sei lá, estavam brigando para decidir quem iria me conhecer primeiro e nisso eles entraram no caminho do meu pai e vocês conhecem como a história termina – disse triste.

- Eu não fazia idéia Leninha – disse Bonnie.

- Nem eu – sorri – Eu só esperava mais do Stefan, ele logo ele.

- Você esclareceu direito isso? – perguntou Caroline.

- Eu não quero ver eles, pelo menos não por um tempo – conclui.

Caroline e Bonnie se olharam, Caroline pegou em minha mão e a acariciou com sua pele gelada.

- Podemos te fazer uma pergunta? – disse a moça.

- Tudo bem – sorri – Podem.

- O que a Verônica é sua? – perguntou Caroline.

- Diga a verdade você pode confiar na gente eu sei que vocês tem alguma coisa, eu sinto quanto estão perto – terminou Bonnie.

- Você só nos viu juntas naquela semana de aula – disse.

- Agora, quando estavam juntas algo forte emana de vocês duas – disse Bonnie.

- Prometem que isso não vai sair daqui e que vocês não vão se magoar?

- Prometemos – disseram juntas

- Agora nós diga, o que vocês são?

- Irmãs – disse baixo – Irmãs gêmeas para ser mais exata

- Como nunca soubemos disso, somos amigas desde pequena.

- Isobel e John tentaram matar ela quando tínhamos dois anos.

- Você nunca morou com eles, não é?

- Morei até meus dois anos e só depois disso eles me deram para os pais do Jeremy.

- Porque eles tentaram matar Verônica?

- E como ela está viva?

- Porque além de nos duas sermos a duplicata, ela desenvolveu um poder sobrenatural e eles a queriam morta, não sabiam se ela poderia ser perigosa ou não, eu não sei Bonnie não sei como ela sobreviveu.

- Que poder?

- Eu nunca descobri, eles queriam fazer um ritual com ela.

- Porque nunca nos disse?

-Porque Isobel me ameaçava toda vez que eu pensava em rever Verônica.

- Sabe Elena não justifica você não ter nos contado, sábia que podia confiar na gente que nós ajudaríamos você a passar por isso, nós confiamos em você para tudo, mas você parece não confiar na gente? – disse Caroline calma.

- Eu queria contar, mais eu tinha tanta vergonha por ter participado daquilo eu me culpo e sempre vou me culpar, como contar para vocês duas que eu tinha ajudado a matar a minha irmã?

- Nós teríamos te entendido Elena e com apenas dois anos de idade nós saberíamos que você ainda não pensava por si mesma e porque você tentou matar ela? Foi depois?

- Sempre soube que ela estava viva, ou melhor faz um ano, ela voltou para sermos irmãs de novo mas, eu recusei disse coisas horríveis para ela e quase a atropelei eu sinto tanto – disse com lágrimas nos olhos.

- Porque você não gosta dela?

- Eu a amo, mas, vocês não entendem? Eu achei que estava ficando louca, eu estava vendo minha irmã morta!

- Mesmo assim você deveria ter falado com ela – disse Bonnie.

- Ela vai me matar agora, porque eu não sei do que Verônica é capaz e eu não posso voltar no tempo e voltar atrás dos meus erros.

- Eu vou lhe ajudar Elena, vou descobrir o que sua irmã é e porque eles a queriam morta – disse Bonnie sorrindo.

Olhei para o rosto das duas e disse:

- Vocês estão decepcionadas comigo, eu sei – disse abaixando a cabeça.

- Só não esperávamos isso de você Elena, logo de você – disse Caroline, me lembrando das palavras que eu dissera ao Stefan noite passada.

- Logo você que é cheia de moral, sempre faz a cidade onde vivemos melhor, sempre nos diz como é importante entendermos as pessoas e como devemos perdoar, e com a sua irmã que ainda por cima é gêmea acho que isso não é certo – disse Bonnie.

 Elas tinham razão, como eu poderia falar dos outros e não conseguir fazer dentro de casa, eu deixei que a minha irmã fosse embora e a deixei passar tudo que ela passou porque eu fui egoísta, eu amava aquela garota que se pareça comigo mas, até quando eu conseguiria levar aquela mentira de boa garota?

- Eu sinto muito – disse olhando a elas.

- Não é para nós que você deveria pedir, mas nós aceitamos – disse Caroline abrindo seu lindo sorriso o que me fez sorrir também.

- Ela jamais vai me ouvir sem querer me matar – disse.

- Como uma amiga minha diz, nunca vamos saber se não tentar.

-Obrigado – disse lhe chamando para um abraço apertado.

- Prometa que se precisar vai falar com a gente –disse Bonnie sorrindo.

- Prometo – sorri

- Eu vou tentar descobrir sobre a sua irmã – disse Bonnie.

- Obrigado – disse.

Nós conversamos por mais um tempo, até que anoiteceu a Xerife Forbes chegou e eu e Bonnie fomos embora.

Andava naquela rua escura sozinha, uma névoa branca caia sobre mim olhava para baixo vendo meus pés se mover rapidamente querendo chegar a casa mais rápido, então comecei a ouvir um leve assovio e então eu olhei para cima.

E encontrei Verônica com os olhos negros sorrindo de uma forma macabra sobre mim, tocou rapidamente em meu pescoço e então tudo escureceu e eu cai no chão.