Dark Secrets escrita por Sky Salvatore


Capítulo 5
Capítulo 4 - Verdade ou Mentira?


Notas iniciais do capítulo

Queria a visar as leitoras de Born Of Darkness, que como todos queriam eu já começei escrever e já mandei fazer a capa antes do fim de semama eu posto !



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POV Verônica

Olhando do lado de fora da casa da Elena, sábia que ela estava sozinha por dois fatores, o primeiro era que apenas a luz do seu quarto estava acessa e segundo que o silêncio dentro da casa era assustador.

Não fora difícil fisicamente de entrar, mas psicologicamente fora. A casa não tinha mudado nada em 15 anos, os mesmo móveis as mesmas cores, o mesmo tudo.

Havia entrado tão sorrateiramente que certamente ela nem escutara, porque pelos barulhos de água ela estava tomando banho, seria agora que nós teríamos uma conversa depois de anos.

Sentei no banco que ficava grudado a janela do quarto que um dia também fora meu agora tinha apenas uma cama, mas, nem sempre fora assim.

Sentei com as pernas cruzadas, até que ela saiu do banheiro olhando para baixo enquanto secava os longos cabelos castanhos, então Elena olhou para cima e me encontrou sorrindo sarcasticamente para ela.

– Olá Elena – disse de uma forma sinistra.

– Verônica – disse em choque, afinal ambas estávamos nos olhando e era como se fosse ao espelho, conseguíamos ver nossas almas certamente à dela seria rosa e a minha negra.

– Quanto tempo não é? 15 anos para ser mais exata – disse.

– Você está morta – sua voz vacilou e ela deixou seu medo transparecer.

– Acredite ouve um tempo em que eu queria estar morta, mas achei melhor vir atrás de você e tortura-lá como fizeram comigo.

– Tínhamos apenas dois anos – tentou dizer – Você pode querer jogar a culpa em mim, mas sabe que foi Isobel e John.

A única coisa boa em brigar com a Elena é que mesmo tendo medo ela não baixava a guarda, sempre falava a altura.

– Eu voltei para procurar por você Elena, você era a única coisa que tinha me sobrado, mas na primeira oportunidade você fingiu que nem me conhecia.

– Eu não podia Verônica – disse aumentando a voz.

– Entendo que você queira ser a princesa desse castelo de papel que você construiu…

– Não é isso – disse-me interrompendo – Eu nunca quis machucar você de forma alguma.

– Então era o que? Aposto que não faz idéia de como é passar fome dia e noite porque o único vampiro que cuida de você fica dias sumidos, agora vai me dizer que para alguém de seis anos é fácil ir ao mercado e comprar comiga? De como é ser excluída, não sabe o que é ter marcas pelo corpo que lembram o pesadelo que foi sua vida, e principalmente nunca vai saber como é ter esse dom idiota que eu tenho – disse aumentando a voz.

– Eu não sábia… - disse ela magoada com sigo mesma.

– Pois é Elena, enquanto você vivia como uma princesa eu vivia fugindo das pessoas que me queriam morta por causa desses poderes, porque todas às vezes em que te procurei você me negou em Elena?

– Já disse que eu não podia – disse a voz baixa.

– Por quê? – perguntei gritando.

– Porque Isobel me ameaçou Verônica, me fez jurar que eu esqueceria você e nunca mais a procuraria, porque se ela descobrisse que eu fazia isso me deixaria viva para ver todo mundo que eu amo morrendo.

– Eu não fui nada não é mesmo? Mas, sabe minha querida irmãzinha será que as pessoas chorariam muito no seu funeral?

– Verônica você não entende o que aconteceu, Isobel não foi tão boa para mim como você imagina, quando eu completei seis anos ela sumiu do mapa com o John e me deixou com os pais do Jeremy, ela só ligava fazendo ameaças de que estava por perto e que era pra eu ficar longe bem de você.

– Uma vez Elena, sempre Elena – disse sombria – Acontece que isso não justifica sabe por quê? Se fosse por outra pessoa você iria aos limites atrás dela.

– Eu nunca deixei de pensar em você, nunca todos os aniversários que completaríamos juntas, as coisas suas que eu guardei você pode achar que eu não sofri nada mais não é verdade, aposto que você não imagina como é passar cinco, seis anos da sua vida conversando com uma foto e por isso as pessoas te levam ao psiquiatra porque acha que sentir saudade é loucura – disse Elena visivelmente alterada e gritando.

Em meu intimo tinha confessado a mim mesma que por essa resposta eu não estava esperando, sempre imaginei que Elena se tornaria rica e arrogante.

– Me poupe das suas mentiras – blefei – Vá correndo para os seus pais, ou coloque seu exercito de amigos atrás de mim.

– Pais? – perguntou irônica – Que pais? Isobel e John nunca foram pais nem para mim e muito menos para você e depois disso os pais de Jeremy morreram em um acidente de carro do qual só eu sobrevivi, e depois sabe o que aconteceu depois Verônica? Um vampiro original chamado Klaus matou minha tia por causa de um ritual, para ele se tornar um hibrido.

– Espera ai, você disse que o nome dele era Klaus?

– Porque isso é da sua conta em? – questionou-me

Simplesmente pelo fato de eu me lembrar desse nome, Calleb me disse sobre ele algumas vezes e disse que era para eu ficar longe desse vampiro, por causa do meu maldito sangue que tinha algo de especial, será o de Elena também assim?

– Deixe-me adivinhar, ele estava atrás de você porque você é uma duplicata? – perguntei lembrando-me exatamente do nome em que Calleb usara para descrever meu sangue e meu tipo.

– Como sabe disso? – Perguntou ela.

– Porque eu sou uma duplicata – sorri maliciosa – Ele deveria ter matado você, mas, já que ele não fez isso faço eu.

– Verônica… - disse vacilando a voz – Eu juro que eu não tive nada a ver com aquele ritual, eu não sábia o que iria acontecer, eu só me lembro daquele dia como o pior da minha vida e sabe por que eu sei que foi o pior? Porque Isobel além de me lembrar de todos os dias, pediu a alguém que fizesse um feitiço para eu nunca esquecer.

Eu queria falar que eu não fazia idéia daquilo, mas, eu não daria o braço a torcer Elena, ela me fizera sofrer. Mas, ao mesmo tempo eu sentia tanta saudade da minha irmã, da minha casa.

Elena olhara para os meus braços onde as marcas de facas, embora claras ainda estivessem lá, suas feições eram parecidas com as do Calleb a de dor.

– Não se preocupe logo vai ter as suas também – disse sorrindo sombriamente.

Mas, então ouvimos barulhos vindos da porta e duas vozes masculinas conversavam e uma eu até pensei que conhecia.

– Elena? – chamou um deles.

– Nós vemos depois… irmãzinha – sorri antes de usar a janela para sair da casa.

Comecei a andar a passos leves até que cheguei a minha casa que não ficava muito longe da dela.

Por fim quando cheguei, subi para o meu quarto e para variar eu estava sozinha novamente.

Deitada em minha cama imaginava, as coisas pelas quais Elena havia passado, será que ela não fora tão culpada quando eu imaginava que foi? Mas, eu não a perdoaria se fosse por outra pessoa que não eu, ela desobedeceria Isobel e viria falar comigo, mas eu não era tão importante.

Fechei meus olhos que ousar dar a graça de mais uma lágrima, que eu não deixei sair, então por fim peguei no sono e dormi.


POV Damon

Ouvimos vozes do segundo andar da casa, nos olhamos e Stefan chamou por Elena e logo as conversas em cima cessaram e nós décimos subir.

Quando chegamos ao seu quarto, Elena virou-se para nós com os olhos arregalados e a pele tão branca quanto à de um vampiro, a janela do seu quarto estava aberta e um vento forte entrava por ela.

– Elena? – chamou Stefan calmamente, ao que parecia sua namorada estava morta – Está tudo bem?

– Está – disse com sua voz chorosa, ela olhou para mim e um sorriso brotou em seus lábios – Damon?

– Não, o irmão mais velho do seu namoradinho – disse irônico.

Elena veio para me abraçar, não sábia como corresponder aquilo embora eu amasse muito aquela garota ela tinha deixado bem claro que ela amava o Stefan, eu admirava e respeitava isso nela, mas quem sabe ela podia mesmo ter sentido falta de mim, logo afastei aquele pensamento insano da minha cabeça.

Por fim ela se afastou e sentou-se na cama ao lado do Stefan.

– O que vocês querem? – perguntou voltando ao seu estado normal e sorridente.

– Acho que tem um assunto que você gostaria de saber – começou Stefan

– O que é? – perguntou.

– Lembra quando eu disse que salvei sua vida naquele dia do acidente?

– Claro, mas porque isso é importante agora? – Elena estava nitidamente nervosa por algo.

– Lembra quando Stefan e outras pessoas disseram que aquilo tinha sido um acidente – disse fazendo aspas no ar.

– E foi só um acidente Damon – disse cabisbaixa.

– Não, não foi Elena – disse Stefan – Pelo menos não um acidente da forma como você pensa.

– Como assim não foi um acidente da forma como eu penso? – questionou

– Eu e meu irmãozinho, estávamos tentando manter ele longe de você e acabamos entrando no seu caminho… - comecei a dizer.

– Isso não faz sentido Damon, ele quem?

– Calleb Saint Claud – disse Stefan sorrindo

– E quem seria esse?

– Vamos dizer que ele queria ou quer você, para completar um ritual – disse.

– Eu não estou entendendo nada gente e porque é tão importante que precisava vir os dois?

– Porque a culpa é nossa Elena – disse Stefan – Porque nós matamos seus pais.

– O que? Como? – perguntou

– No dia em que você voltava de carro com seus pais, tentávamos impedir que ele cruzasse seu caminho, que ele conhecesse você antes de nós, só que tudo saiu errado, enquanto brigávamos saímos para a estrada e o carro do seu pai apareceu magicamente na nossa frente, seu pai com péssimos reflexos não conseguiu desviar de nós três – disse eu calmo.

– Vocês mentiram para mim… - começou Elena.

– Então o único lugar que eu seu pai conseguiu desviar foi para o rio, eu não conseguia tirar eles, apenas você era quem eu consegui tirar com vida, e Damon continuou a procurar Calleb – terminou Stefan de contar.

– Eu passei anos acreditando que aquilo tinha sido só um acidente e que poderia acontecer com qualquer um,quando na verdade eram três vampiros disputando quem me conheceria primeiro?

– Não é bem isso Elena – tentei dizer.

– Então me explica Damon, porque pra mim é isso que parece – disse nervosa.

– Sinto muito Elena – disse Stefan.

– Eu pensei que eu não fosse um premio para você Stefan – disse Elena.

– E não é Elena – tentou argumentar

– Se viesse do Damon eu até aceitaria melhor, mas de você Stefan.

Se viesse do Damon? Talvez eu estivesse mesmo condenado a não ser amado por ninguém, mas, apenas abaixei a cabeça e quando estava quase saindo ela disse:

– Mesmo de você eu esperava mais – disse ela com lágrimas de raiva nos olhos.

– Eu não posso mudar o que você pensa sobre mim, então sinta-se a vontade para ficar sem falar comigo afinal, você não precisa de mim para nada.

Disse antes de sair do quarto, ainda a ouvi dizendo a Stefan.

– Preciso ficar sozinha Stefan – disse seca.

– Eu sinto muito – disse ele

– Eu quero ficar sozinha.

Então eu me transformei em um corvo e sumi na noite negra misturada a névoa branca.



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