POV Damon

Nunca entendi o significado da frase: Como é bom estar em casa, eu não sábia ao certo o que eu tinha vindo fazer novamente em Mystic Falls, apenas fora guiado pelo impulso ver Elena novamente, mesmo acostumado a idéia de que ela não queria me ver.

Os motivos pelos quais eu tinha ido não se dizia a respeito de ninguém a não ser eu, afinal quem se importava comigo? Quem realmente queria saber por onde eu andei? As pessoas só não queriam deixar o Damon fora de controle, porque ela faz coisas idiotas e sem pensar.

Mal sabia esse bando de idiotas que eu tinha salvado eles inúmeras vezes, mais como dizem essas meninas cheias de fogo do Facebook, vários acertos ninguém vê, um erro é motivo de condenação.

Eu começava a pensar que não estava só de passagem por Mystic Falls, algo estava acontecendo e antes de tudo, quem era aquela loira que era parecida com Elena? E depois o que Calleb fazia aqui?

Estava sentado no sofá da sala da Mansão Salvatore, esperando meu irmão chegar e me lembrava de como aquele cenário ela familiar, as tantas vezes em que estive aqui.

Stefan entrou com seu jeito elegante como sempre, então sorriu pelo menos ele sempre estava feliz em me ver.

– Nada de sentimentalismo – disse sarcástico e ele sorriu.

Ele se sentou ao meu lado e eu lhe ofereci um copo de uísque, de bom grado ele aceitou.

– O que precisava falar comigo Damon? – perguntou ele alegre.

– Você sabe quem está na cidade? Quem voltou para nos visitar?

– Não, ultimamente está tudo tranquilo de mais de que Klaus sumiu.

– Pois bem, Calleb Saint Cloud – disse rápido.

Stefan sobressaltou-se, ergueu uma das sobrancelhas e disse:

– O que ele faz aqui?

– É o que eu quero descobrir – sorri irônico – Faz anos que eu não vejo esse cara.

– Não o vejo desde o acidente da Elena.

– Sabemos que aquilo não foi um acidente nem há milhares de quilômetros de distancia.

– Eu sei Damon, quem não sabe disso é a Elena.

– E se depender da gente não vai saber

– É estranho ele ter voltado, acho que a Elena não se lembra dele – disse meu irmão.

– Não precisamos tortura-lá com aquelas lembranças, se a fizemos esquecer foi por um único motivo – eu disse.

– Eu sei Damon, eu sei – disse Stefan.

Então nós nos viramos para trás e lá estava Calleb parado, nos encarando com seu sorriso sarcástico se estivéssemos mais próximo eu lhe socaria o rosto.

– Vocês não se atualizam, a casa ainda está como dá última vez em que vim aqui – disse ele antes que pudéssemos pronunciar algo.

– Não entendi apenas uma coisa – disse arrogante – Quem quer você aqui?

– Damon e Stefan Salvatore – disse ele de vagar – Ainda protegendo sua pequena preciosidade a linda e doce Elena Gilbert?

– Como se fosse do seu interesse meu caro – disse Stefan rude.

– De todas as formas Calleb, Elena não está nem aí para você – disse erguendo uma das sobrancelhas.

– Como se ela estivesse aí para você não é Damon? Ela apenas não me conhece.

– E nem vai conhecer, até porque se ela descobrisse o que você fez vai querer ter distancia de você – sorriu Stefan.

– Eu tenho observado ela ao longe, ainda usa aquele colar que eu lhe dei – disse ele malicioso.

–Ela nem sabe quem deu apenas usa – conclui.

– Aposto que se ela souber vai esquecer os Salvatore, vamos concordar que eu sou bem menos complicado.

– E eu aposto que se você não fechar a boca vai acabar sem seus dentes dentro dela – disse indo em sua direção, mas, Stefan colocou sua mão em meu ombro me impedindo.

– Nos vemos por aí, acho melhor ficarem de olhos abertos – disse Calleb saindo pela porta.

Assim que ele saiu e fechou a porta atrás de si, nós dois nos olhamos e quase que ao mesmo tempo dissemos.

–Acho que temos que conversar com a Elena

– Ela não vai gostar – Stefan argumentou.

– Antes saber por nós do que por ele.

– Você tem razão, mas me responda uma coisa, por onde esteve?

– Pelo mundo, fazendo amigos – disse irônico.

– Você quer dizer transando com desconhecidas e depois matando as

– Dá no mesmo – sorri.

– Porque você foi embora?

Aquela pergunta estava demorando a chegar, se não viesse dele quem perguntaria seria Elena.

– Eu precisava de… distância de tudo isso.

–Damon… - tentou dizer, ao que parecia ele tinha entendido o motivo de eu ir, mas não era só esse que ele pensava.

– Não converse comigo, como conversa com aquelas crianças que você chama de amigo.

– Se os conhecesse saberiam que não são crianças como você pensa.

– Não tenho mais idade para fazer amigos ou muito menos para conhecer alguém e nem quero pensar em me importar com alguém.

– Você se importa com a Elena – disse baixo.

– Como se ela precisasse de mais gente cuidando dela e além do mais ela nem se importa engomadinho – disse irônico.

Eu e Stefan estávamos sentados no sofá, havíamos tentado ligar duas vezes para Elena, mas, ela não atendera em nenhuma das 300 vezes em que Stefan ligara, porém, não desconfiamos de nada porque era quase 23h00min da noite, certamente ela estava dormindo.

Fiquei alguns minutos mais olhando para o fogo queimar na lareira, depois subi para o meu quarto o que estava do mesmo jeito que eu deixara dois anos atrás.

Quando se tratava de Mystic Falls, até mesmo dois anos não pareciam passar para esses humanos, ou para ninguém que morava aqui, embora eu odiasse esses sentimentos inúteis humanos uma pergunta não saia da minha cabeça: Será que alguém tinha sentido minha falta?