POV Verônica

Elena continuava parecida comigo como sempre fora, exceto pelos cabelos escuros que ela preferiu manter o dela e eu os pintei de loiro e para mudar ainda mais fiz californianas roxas.

Quando eu completei cinco anos, não parava de olhar para as marcas de corte no meu corpo causadas pela Isobel e muitos deles ainda estavam sobre mim, eu sentia ódio cada vez que me olhava no espelho mesmo com Calleb dizendo que eu sempre fora linda.

Aos seis anos cortei meus cabelos longos e os pintei de loiro, eu não queria parecer com a Elena, eu não queria ser a Elena ela me negou tudo que podia.

Andava a passos tranquilos e silenciosos para ir embora, o mundo era silencioso quando não se tinha ninguém até que um vulto branco passou por mim, logo entrei em posição defensiva esperando que não fosse Calleb.

Mas, não era assim que me virei para trás era um vampiro disso eu tinha certeza, tinha uma beleza um tanto exótica era dos cabelos negros como o ébano dos olhos azuis como o mar.

- Elena? – perguntou o homem com a voz de veludo.

- Sinto muito decepciona ló mais eu não sou ela – respondi ríspida.

- Já que é assim sinto muito – disse sorrindo maliciosamente.

- Eu também – respondi.

- Pelo que?

- Por ter cruzado meu caminho com o seu.

Ele parou por um momento, era como se tivesse se lembrado de alguém ou algo que o machucou muito, mais o que eu tinha a ver com isso?

Quando estava passando por ele o vampiro passou por mim e parou em minha frente.

- Nova na cidade? – questionou curioso.

- É da sua conta? – perguntei ignorante.

- Só sou muito curioso – disse

- Então vá dividir sua curiosidade com quem goste de dela.

Continuava a andar, mas, ele era mais rápido só que se ele soubesse o que eu poderia fazer ficaria quieto.

- Como se chama? – questionou-me

- Não é da sua conta, quer que eu escreva? Porque parece que de ouvir você não é capaz de entender.

- Me deixa adivinhar – sorriu maliciosamente – Katherine? Olivia? Ou quem sabe Elena?

- Verônica – rangi os dentes por ter me chamado de Elena.

- Prazer Verônica, vamos nos apresentar eu sou Damon Salvatore – disse cordialmente.

- Não estou nem ai para quem você é.

Damon me olhava com malicia, seu jeito sarcástico era eminente só de ouvir sua voz pronunciar algo, por mais que eu andasse rápido ele conseguia me acompanhar.

- Qual é a sua em? – perguntei nervosa.

- Eu gosto de incomodar as pessoas – sorriu, tinha que admitir que fosse um belo sorriso.

- Sério? Nem imaginava – disse sorrindo como se tivesse dito uma piada.

Eu não queria, mas, ele era tão insuportável que eu fora mais rápida e toquei seu pescoço, no mesmo momento ele caiu no chão o deixei largado e continuei andando até que chagasse em casa.

Estava vazia e sozinha, aproveitei para colocar uma música no rádio moderno e comecei a arrumar as coisas em seus lugares tinham algumas caixas que eu trouxera, com coisas minhas.

Não demorei muito a fazer isso, então sobrou uma última caixa, mas, eu deixei para abrir depois do banho gelado que eu iria tomar e depois dele coloquei uma calça jeans e uma blusa preta.

Sentei na minha cama e comecei a tirar as coisas de dentro da caixa, eram coisas de quando eu e Elena brincávamos, tinha um diário o primeiro que nós duas havíamos decido escrever mesmo sem saber, então era praticamente desenhos mal feitos.

Havia também uma foto de nós duas pequenas em um balanço, o que me fazia pensar porque eles me odiavam tanto?

Ouvi a porta se abrindo lá embaixo, coloquei as coisas de volta na caixa e joguei embaixo da cama, a passos leves e sorrateiros desci as escadas com o intuído de descobrir quem entrara em minha casa.

Usei meus sentidos para seguir os passos do intruso, mas, então algo forte me levou até a parede não conseguindo ainda ver quem era utilizei da minha força para agarrar em seu pescoço e leva ló até o chão.

Estava com minhas penas em volta de sua cintura e as mesmas apoiadas no chão, até que ele sorriu.

- Nunca mais faça isso seu idiota – disse me levantando, era apenas Calleb.

- Quanto estresse – disse irônico – Estou aqui há um tempo, mas você só me percebeu agora, você tem que ser mais cuidadosa.

- Eu sei, eu sei é que eu estava cansada – disse bocejando.

- Porque demorou em voltar para casa?

- Tive que nocautear um vampiro – disse me sentado no sofá, logo depois ele veio e apoiou meus pés em seu colo.

- Um vampiro? – perguntou curioso – Esse vampiro tinha nome?

- Daniel, Danilo, Demétrio, Demettri, Damon sei lá alguma coisa Salvatore, eu acho – disse.

- Damon Salvatore? – questionou – Porque ele queria falar com você?

- Esse mesmo, me confundiu com Elena – revirei os olhos depois e depois sorri levianamente – O conhece?

- Só porque somos vampiros temos que nos conhecer, isso é tão Crepúsculo – sorriu, embora sempre se referisse à saga dizia que não gostava dela e achava uma piada, mas nós fomos ao cinema assistir Crepúsculo, embora fosse um filme para se vir com as amigas que eu não tinha, eu o arrastei para ir comigo – Mas, me conte como foi o seu dia?

- Normal – disse com desdém.

- Só isso normal?

- É só sei que eu e Elena estamos mais parecidas do que eu imaginava, quando ela me viu quase morreu e o namorado dela ou sei lá o que era, um pedaço de mau caminho.

- Prefiro sua resposta como Normal – disse irônico – Imagino, porque ela acha que você está morta.

- Eu ainda vou pega-lá desprevenida – sorri maliciosamente – Eu quero falar com ela, mas quero falar com ela sozinha.

- Você vai assombrar a pobre moça? – perguntou malicioso.

- De coitada a Elena só tem a cara, e além do mais ao que parece ela anda cheia de pessoas ao seu redor.

- Significa que ela tem medo, não sei do que mais tem – disse ele pensativo.

- Essa cidade é estranha, Calleb algo aqui me causa arrepios.

- São as lembranças que te trazem Verônica – sorri afagando minha perna.

- Não, é algo, além disso, as lembranças não me incomodam mais, eu me acostumei a ser esquecida.

Ele olhou para as marcas em meu braço, aquelas que foram causadas pelas facas de Isobel, logo levei uma das mãos a eles querendo esconde-lós.

- Não doem mais Calleb – disse fabricando um falso sorriso.

- Eu sei é só que… – tentou dizer – É que eu me lembro de ver aquela garotinha chorando e pedindo minha ajuda, mas sabe você estava tão coberta de sangue que eu só queria me alimentar de você.

- Eu não sou mais uma garotinha e não quero saber disso, eu estou aqui com um único objetivo caçar Elena.

- Você é má – sorriu – mas, agora tenho que ir.

Disse ele se levantando e indo em direção a porta

- Ir aonde?

- Resolver alguns assuntos

- Conhecer algumas amigas? – perguntei ironizando

- Não exatamente

Então ele saiu pela porta e bateu antes de sair, talvez estivesse na hora de eu fazer uma visitinha para minha irmã.