Amor Virtual: Ao seu encontro! escrita por Kellin Masayuki


Capítulo 4
Cine, terror e... Céu, cadê você?!


Notas iniciais do capítulo

Eu: *chegando de fininho, de óculos escuros e casaco preto*
Inner-K: *passando a vassoura no estúdio AVNS* Affs, mais de um ano sem história e a Kellin continua me obrigando a vir limpar essa imundície! Fala sério, ninguém me paga para tanto de trabalho...
Kiba: Shiu, K-chan! Você não está sozinha nessa, eu e a May-chan estamos com você... aliás, eu também estou sem salário, afinal, por que você acha que eu ainda não tive filhos? *tirando as teias de aranha no teto*
Inner-May: Você nunca teve salário, Kiba-kun! *passando pano nos móveis*
Kiba: EXATAMENTE *Chora*

Inner-K: ah chega de choro. Todo mundo sabe que você só não teve filhos, porque o Kishimoto não quis dar uma criança a um fracassado que nem você. Aliás, não se preocupe, você na Equipe-K nunca envelhece, você continua com dezesseis anos.
Kiba: ¬¬ Ah, ótimo consolo você me deu.
Inner-K: Não era um consolo u-u Eu só te digo carinhosamente as verdades de sua vida medíocre.
Kiba: *capota* Hey, aquela ali não é a Kellin-sama?
Eu: O_O
Kiba, Inner-K e Inner-May: ATRÁS DELA!!!!!!
Eu: SOCOOOOOORRRO *sai correndo*
~O QUE SERÁ QUE ACONTECEU(CERÁ) COM A KELLIN? VEJA NAS NOTAS FINAIS ;D~
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Dicionário:
1- Genken: são áreas que funcionam como um portal que separa a rua do interior das casas e de alguns espaços públicos, para que as pessoas guardem os seus sapatos antes de entrarem em qualquer local.
2- Surippas: Chinelos/ pantufas que os japoneses utilizam para usarem dentro das casas.



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Anteriormente, (N/a: Há dois anos x_x), em Amor Virtual: Ao seu Encontro...

Surpresa! Uma palavra que me definia bem naquela hora. Fiquei realmente besta com que acabava de ver. Meu queixo caiu. Realmente, aquilo me assustou um pouco. Mal sabia eu que ainda tinha muita coisa para se preocupar do que uma enorme casa, barra, mansão, barra, “só que não”.

A casa não era enorme. Era simples. Tão simples que eu nunca imaginaria cinco meninas morando naquele lugar. Será que realmente tinha algum lugar para mim? Pela cara que Sakura e Tenten fizeram, acho que nem mesmo um lugar para elas haveria. O que íamos fazer?

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Capítulo 4: Cine, terror e... Céu, cadê você?!

— Ino, você tá de brincadeira com a minha cara! – Disse Sakura, com seu semblante cheio de pânico ao ver o tamanho da casa. – Minha mãe ajudou com o dinheiro, não acredito que você escolheu uma casa tão pequena!

Ino não lhe deu ouvidos, ela apertou a campainha da casa e nisso saiu uma senhora. Quer dizer, de senhora não tinha nada, a mulher devia ter uns quarenta anos ou até menos. Uma Ino mais velha, com seus olhos azuis e cabelos loiros.

— Meninas! Quanto tempo! Não mudaram nada! – A mulher abraçou cada uma delas e nisso cruzou seu braço com o direito de Ino. Ela pareceu não me notar atrás de Sakura. – Vieram buscar a chavinha para sua casa, minha filha tem um ótimo gosto, vocês vão adorar!

— Espera, senhora Yamanaka, o que a senhora está fazendo aqui? – Ela olhou em volta, parecia reconhecer alguma coisa. – Aliás, onde NÓS estamos? – Perguntou a rosada para a mãe de Ino.

— Na frente da minha casa, é claro. – Ela falou sem entender e depois virou para a filha. Quando virei meu olhar para a loira mais nova, percebi que estava segurando o riso. – Não acredito, querida, você realmente as enganou!

— Vocês são realmente são idiotas de esquecidas! – Ino caiu na gargalhada – Tinham que ver seus rostos de pânico. Não acredito que vocês não reconheceram minha antiga casa...

— Você me assustou, Ino! – Respondeu Tenten ao cruzar o braço dela com o meu – Não brinca desse jeito, a Hinata-chan vai se arrepender de decidir vir morar com a gente assim.

Após o movimento de Tenten, a mãe de Ino pareceu me notar e sorriu a me ver. Senti minhas bochechas queimarem de vergonha. Fazia alguns anos que não vinha uma mãe dirigir um olhar de carinho em minha direção.

— Ora, ora, temos mais uma integrante em nosso grupo “I.S.T.T”. Como se chama minha jovem? Desculpe não ter te cumprimentado antes, não havia te visto.

— Mãe, ela é a Hyuuga Hinata, a prima do Neji – Disparou Ino em resposta, antes que eu abrisse minha boca. A mãe de Ino deu-lhe um cutucão.

— Querida, perguntei a sua nova amiga. Não a você!

Todas seguraram o riso após a loira revirar os olhos e bufar. Percebi que a sua mãe continuava a me olhar com um sorriso, esperando a minha fala. Foi então que notei que a mãe de Ino tinha uma personalidade um tanto forte e era do tipo de pessoa que iria ter àquilo que desejasse do modo que desejasse sempre que desejasse.

— Hyuuga Hinata, Yamanaka-sama, como sua filha disse, sou prima do Neji.

— Muito bem. Viu Ino? Ela fala! Você não precisa responder por suas amigas.

— Está bem, mãe. – Ino revirou os olhos novamente. – Me desculpe, Hina.

— Tudo bem. – Sussurrei para ela em resposta, enquanto todas ainda estavam segurando o riso. Parecia mesmo que, apesar da brincadeira da amiga em nos enganar, ela levou o troco de sua mãe.

— Okay, Ino. Por favor, podemos ir para a nossa casa? Meus pés estão realmente doendo. – Reclamou Sakura – Estou louca para curtir vocês, mas não vamos fazer isso tão cedo se continuarmos enrolando por aqui.

— Sakura-chan está certa, filha. – Falou a senhora Yamanaka – Aqui está a chave, querida. Suas amigas devem estar cansadas da viagem.

— Eu gostaria muito de já ter ido, mas mamãe queria muito me dar esporro na frente de todas as minhas amigas antes, né?

— Eu só falo para você aprender, querida. – Mãe de Ino estava com uma expressão de poucos amigos quando respondeu a filha. – Mas vai logo, amanhã a gente conversa direitinho, dona Ino.

— Ino está ferrada, hehe! – Sussurrou Tenten para mim e para Sakura quando a loira se afastou, segurando a chave que sua mãe a entregou, bufando.

Ino caminhava em passos largos agora, enquanto Tenten e minha nova amiga Haruno davam pequenas risadas da loira mais nova. Temari observava em silencio toda aquela situação. Por um momento, ela olhou para a minha direção e balançou a cabeça negativamente, de descontentamento. Eu estava realmente preocupada com o que a mais velha estava pensando. Aquilo foi alguma repreensão para mim? Tenten pareceu notar o meu rosto de preocupação, assim que desviei meu olhar de Temari para o chão. Ela que estava do lado de Sakura veio em minha direção e sussurrou:

— Não liga, Hina. Temari desconfia de todos sempre que conhece alguém novo, ela se preocupa muito com a gente.

— O que ela pensa que eu posso fazer? – Perguntei em resposta, baixo o suficiente para ninguém ouvir.

— Sei lá. – Tenten deu de ombros. – Temari não confia de imediato nas pessoas, até elas se mostrarem parecidas com ela ou até demonstrarem que são verdadeiras.

— Eu devia ter sido assim quando criança. – Abracei minha mochila, lembrando-me de Karin e sua perseguição nos Estados Unidos.

Tenten me olhou com certa curiosidade quando falei aquilo. Ela observou o aperto que dei em minha mochila, a qual eu guardava meu notebook. Nisso, ela a pegou.

— Deixa que eu te ajudo com isso. – Sorriu – Do jeito que você a segura, daqui a pouco seu computador se quebrará no meio.

— Como sab...?

— Eu reconheço o formato de um computador, quer dizer, um notebook quando vejo um. Eu ajudo minha mãe neles, arrumando roteiros e selecionando alguns sons nos filmes em que ela dirige. – Olhei para ela surpresa. – Ah, minha mãe é diretora de filmes...

— SÉRIO?!

Todas que estavam mais a frente nos olharam ao ouvir minha voz.

— Er.. Gomen!

Tenten dera risada de minha cara. Nessa altura, Sakura estava conversando com Ino e Temari mais a frente, enquanto nós duas ficamos para trás e caminhávamos até a suposta casa. Tenten me explicou como era ser filha de uma diretora de filmes e o quanto aquilo era cansativo e desgastante por um lado e o quanto era benéfico de outro. Os filmes que sua mãe fazia nunca foram muito conhecidos, mas, segundo Tenten, eram bem vistos pela crítica.

Conversamos sobre o assunto e o quanto eu era apaixonada por cinema todo o caminho até o nosso local de moradia. Era fácil conversar com ela, pois Tenten era agradável e engraçada. Isso fez com que me distraísse um pouco de minhas preocupações. Enquanto que, em minha mente, eu me preocupava se iria as atrapalhar, em meu coração me preocupava com a minha irmã do outro lado do mundo. Será que ela já estava na casa de nossos avós? Será que estava bem, se alimentou e sente minha falta? Será que vai chorar a noite? Meu coração estava profundamente machucado por não ter tido tempo ainda de ligar para ela.

Quando finalmente chegamos, Ino nem fez nenhuma menção ou brincadeira, pois ainda estava visivelmente constrangida pela mãe. A casa, de agora, era muito maior do que a primeira. Sua fachada era de um estilo clássico, daqueles que você somente encontra em filmes de romance antigo. Havia quatro janelas fechadas do lado da frente da casa, todas com algum jardinzinho abaixo, duas na parte de baixo da casa e duas na parte de cima, revelando que a casa tinha mais de um andar.

— Tive o prazer de escolher a cor da nossa casa, meninas. – Disse finalmente Ino, com um meio sorriso no rosto. – Gostaram? Qualquer coisa vocês pintam amanhã!

— Adoramos, Ino! – Falamos quase todas juntas. A casa era de um tom creme, quase como um amarelo bebê, só que não. Havia uma faixa branca entre as janelas, o que dava um tom a mais para as cores, dando uma simples elegância do lado de fora da casa.

A porta de entrada era uma porta Pivotante enorme preta, daquelas que você só vê em novelas brasileiras. Ino a abriu e antes de revelar seu interior, deu um sorriso de orelha a orelha.

— Bem vindas ao nosso lar, meninas!

— Por quê? Estamos mortas? – Brincou Tenten piscando um olho para o resto de nós. (N/a: Quero ver quem vai entender essa referência).

— Há-há-há. – Riu sarcasticamente, Ino. – Ainda não, mas sinto que vão morrer de amores por essa mansão linda!

— Abre logo essa porta, porquinha! – Falou Sakura a empurrando e entrando de supetão. – UOU, MENINAS, VEJAM ISSO!!

Entramos logo que a minha companheira de avião nos chamou. Assim que entramos na casa, ficamos de cara com a enorme sala, com uma cozinha estilo americana de conceito aberto, ambas estão no mesmo espaço. A sala havia três sofás brancos e dois pufs, um em cada ponta dos sofás. Um aparelho de DVD ficava em uma bancada ao lado de um aparelho de canais fechados. Uma televisão, com o adesivo ainda que indicava suas 80 polegadas, ou seja, aparelhos que eram novinhos em folha. Um tapete rosa felpudo alegrava a sala e os móveis que tinham cores neutras.

Fiquei tentando imaginar quanto saiu de ienes aquela casa, porém eu preferi não concluir a minha conta. Comecei a observar as pequenas e grandes decorações que Ino tinha feito somente naquele ambiente. Em uma das paredes da sala, havia um quadro enorme pintado por alguém, entretanto, não era qualquer quadro. Era um retrato das quatro meninas quando crianças. Ino pareceu notar a minha admiração pelos detalhes.

— Um amigo da mamãe nos deu esse presente. Lindo, né, Hinata-chan? Talvez futuramente possamos pedir um novo quadro, com você junto a nós!

— Ah, que isso, Ino-san! Vocês mal me conhecem, por que iriam querer algo tão simbólico e magnífico comigo junto?

— Como eu disse, talvez no futuro. Nunca se sabe, Hina-chan – disse ela colocando os braços em meus ombros – Nós podemos virar a sua nova família aqui, isso se você a aceitar.

— Cla.Claro que quero! Mas...

— Então nem use essa conjunção “Mas...”. Iremos nos conhecer e você vai ver! Logo, será uma de nós, como se fizesse parte do grupo desde a nossa infância inteira.

— Obrigada, Ino-san! – Falei baixinho. – Eu juro que não vou incomodar vocês e prometo arranjar um trabalho para ajudar nas despesas.

— Bem, não vou negar que todas nós precisamos de emprego para sustentar essa casa, mas não se preocupe agora com isso! Seja bem vinda ao seu novo lar, Hinata-chan! – Assenti com a cabeça e sorri para ela. – MUITO BEM, GAROTAS, TODAS ME SIGAM, POIS EU MOSTRAREI O SEGUNDO ANDAR DA CASA, A MAIS IMPORTANTE PARA TODAS... OS QUARTOS!

— Ainda bem! Eu já estava quase te enforcando, Porquinha! Meus pés estão ardendo de dor!

 - Pelo amor de Kami-sama, testuda! – Falou Ino revirando novamente seus olhos. – Tá enchendo o saco com essa história de dor nos pés. – apontou para os pés da amiga – Aliás, depois que você foi para os Estados Unidos perdeu os modos! Lembra que você tem que tirar a porcaria dos sapatos antes de entrar em casa, definitivamente? Para quê você acha que existem os Genkans*?

— Ah gomen!! – Falou assustada a minha amiga. Olhei para os meus pés e vi que também tinha me esquecido de tirar os meus sapatos. Ou Ino não os notou ou deixou que eu passasse por essa. A última hipótese foi descartada quando ela me deu um beliscão e apontou para o Genkan¹ da porta, insinuando que eu tirasse os sapatos também...

— Esses americanos, viu!

Temari e Tenten, que já estavam com os seus surippas² nos pés, deram pequenas risadinhas enquanto que Sakura e eu retirávamos nossos sapatos. Sakura, que arrumou os nossos sapatos no Genkan, bufou mais ainda quando a Ino pigarreou e girou o dedo, indicando que ela os arrumasse para o lado certo.

— Agora sim!  Bora para os quartos!

— Ino teve seu momento de glória, agora. – Sussurrou Tenten para mim. – Igualzinha à mãe dela!

— EU OUVI! – Ino, que tomava a frente da fila para subir as escadas, gritou.

~AV~

A escada dava para um extenso corredor com várias portas, as quais eram os tais quartos. Vi que cada porta havia uma plaquinha com uma bonequinha diferente e o nome da respectiva dona do quarto. Fomos até uma ponta direita do corredor e vimos o primeiro quarto, o qual tinha uma boneca igualzinha a Ino pendurada na plaquinha.

— Apresento-lhes o meu paraíso! – Falou Ino modesta.

Os quartos tinham a mesma estrutura, basicamente, o que mudavam eram alguns móveis e suas cores de parede central, na qual as camas eram encostadas. O de Ino era de um azul púrpura. A cama era branca, com os lençóis e cobertas azuis bebê, deixando o ambiente agradável. Um guarda-roupa branco ficava ao lado esquerdo da cama e tinha um enorme espelho nas portas de correr. Ainda no quarto de Ino, havia um tapete, igual o da sala, mas também azul clarinho, abaixo da cama, fazendo com que protegesse os pés da loira do chão gelado quando acordasse. Em cada lado da cama havia um criado-mudo branco. Segundo Ino, todos os quartos eram suítes, ou seja, todas teriam o seu próprio banheiro com direito a chuveiro e banheira. Todos os quartos havia sacadas para o lado de fora, mais especificamente para o lado dos fundos da casa.

Em seguida, caminhamos até o quarto ao lado, o qual, como havia mencionado acima, tinha a mesma estrutura do de Ino. Com o guarda-roupa e cama brancos, mudava as cores somente da parede, do tapete e das cobertas que completavam a cama. Aquele quarto era da minha companheira de viagem. Sakura ficou encantada com a cor rosa pastel na parede central de seu quarto e amou as almofadas listradas combinando em as roupas de cama também rosa, porém com a cor mais forte. Vi que Tenten discordava dos gostos da rosada e assoviava um “careta” para mim, enquanto que os olhos da amiga brilhavam a cada móvel do quarto. Não respondi Tenten, até porque achei fofinho o quarto de Sakura, um pouco exagerado no rosa? Talvez, mas era fofo.

Deixamos Sakura em seu quarto, quando partimos para o próximo ao lado. Novamente a mesma estrutura: a cama branca, os criados-mudos brancos, o guarda-roupa branco. O que mudava era a cor da parede e dos enfeites, os quais tinham um tom de vermelho vinho, deixando o ambiente o mais maduro até o momento. Aquele quarto seria o da Temari. Ino sorriu ao ver o rosto de satisfação da amiga e a deixou, sozinha, nos empurrando para sairmos para o próximo.

O quarto da Tenten era o mais diferente até agora, pois era o mais enfeitado dos outros três anteriores. Havia pôsteres nas paredes de banda e de um time que aparentava ser de basquete. Ela vibrou quando os viu.

— MEU DEUS, INO, VOCÊ LEMBROU-SE DE COLOCAR!

— Sim, gostou? Assim que você me enviou pelo correio as suas coisas, mês passado, as guardei bonitinhas só para enfeitar o seu quarto.

Tenten abraçou a loira de forma emocionada. Eu sentei em sua cama, observando o teto falso de um céu estrelado. Ino comentou que fora difícil conseguir alguém para grudar o papel de parede no teto, mas que no fim tudo deu certo. A parede central do quarto de Tenten era cinza com duas listas cruzadas em cada canto de cor verde musgo. Os lençóis brancos contrastavam com os cobertores verde-esmeralda.  Seu tapete era verde musgo e não era tão felpudo quanto de Ino, de Sakura e de Temari, justamente porque Tenten reclamou de alergias. De acordo com a Yamanaka, Tenten fora a única das três que a respondeu por e-mail, já que Ino mandou para todas, perguntando como queriam os seus quartos.

— Além de essa linda me responder, ela também enviou as coisas que ela queria que já estivessem no quarto quando ela chegasse. Isso me ajudou e muito a decorar o quarto dela. Tenten é um máximo!

— Eu sei! – Sorriu Tenten em resposta, abraçando novamente sua amiga de infância. – Mas você é mais!

— Fofa, aproveite o seu quarto. Hina-chan? – Ino me chamou, após abrir a porta do quarto de Tenten para sair.

— Oi? – Me surpreendi com o chamado, com medo de que eu tivesse que dormir na sala.

— Vamos conhecer o seu quarto!

— Meu quarto?

— Sim, não contávamos que você veria, mas contávamos em receber visitas, por isso compramos uma casa com cinco quartos. Tá que a nossa humilde casa tem na verdade seis, se contarmos o quartinho do primeiro andar, no qual vamos colocar quem ficará de castigo quando aprontar. – Riu Ino divertida. Sorri em resposta, um pouco sem graça por roubar um quarto de hóspedes.

— Queira me desculpar, Hina-chan, mas não enfeitei tanto esse quarto justamente por ser de hóspedes, mas é tão bonito quanto os outros.

De fato, o quarto era muito bonito. Havia a mesma estrutura que as outras, porém o guarda-roupa era mais simples, quase como se fosse de boneca. A cama continuava branca e bonita, porém não havia cobertores e somente um simples lençol. Para a sacada, não havia cortinas como nos outros quartos. Entretanto, havia os dois criados mudos e a parede estava colorida por um roxo muito clarinho.

— Parece que no fim eu estava certa em querer dar uma cor para esse quarto. – Disse Ino sorrindo e tirando a plaquinha que estava escrito “Quarto de Hóspedes”. – Farei uma plaquinha só sua, Hina-chan! E outra, pode deixar que eu arranjarei um cobertor para você ainda hoje.

— Não se preocupe Ino-san, tenho um para mim em minhas maletas. Afinal de contas, meu pai me mandou para morar por aqui.

— Okay então. Fique a vontade para arrumar as suas coisas e deixar esse quarto  a sua cara com o passar do tempo! Como sabe, naquela porta, – apontando – há um banheiro só para você, só preciso colocar uma toalha de rosto e papéis higiênicos lá dentro - Ino falou aquilo como se ela fosse fazer isso mais tarde, mas correu para pegar tudo e fazer imediatamente aquilo. Assim que voltou, continuou a me instruir. -  Não se acanhe em pedir ajuda ou transitar pela casa... Você faz parte do grupo agora e essa é a sua casa também!

— Novamente, muito obrigada, Ino-san!

— Só faço o meu trabalho, bebê! – Respondeu piscando para mim e deixando-me a sós, como fizera com as outras meninas anteriormente.

Suspirei longamente quando ela fechou a porta, finalmente eu estaria um pouco sozinha. Eu possuía duas maletas grandes com rodinhas e uma mochila, a qual eu carregava meu notebook. Ela eu coloquei em cima da cama. As maletas, eu abri por ali mesmo, ajeitando as roupas de acordo com suas peças na cama e as guardando dentro do guarda-roupa. Realmente, eu precisaria comprar um espelho para caso eu precisasse me vestir. Não que eu fosse muito vaidosa por não poder ficar muito tempo sem um, mas era mais por necessidade de esconder partes de meu corpo com as peças de algumas roupas. Senti a falta de um no momento em que retirei as minhas roupas de meu corpo – isso é claro, antes de certificar do quarto estar bem fechado.

Apenas de lingerie, procurei se ainda havia algum hematoma muito visível em meus braços, barriga ou pernas. Para a minha alegria, a mancha mais forte que era a mais recente, já estava um pouco róseo, perdendo sua tonalidade roxa. As mais antigas eram visíveis, porém nada alarmantes. Pensei então: “Provavelmente, dentro de uma semana, já poderei usar camisas de mangas curtas. Talvez alguma bermu... é, realmente eu não poderia utilizar, minhas canelas e coxas haviam ainda uma macha bem roxeada em cada uma”. Retirei a maleta vazia e a guardei em algum canto. Dentro da maior, na qual eu guardava um cobertor, meus livros, produtos para higiene e um álbum de fotos de minha família - época em que ainda era completa - tirei cada um dos objetos e guardei em seus devidos lugares. Procurei uma roupa nova e uma toalha para um banho, estava quase suplicando para aquilo.

Assim que saí do banho, botei meu pijama, pois estava determinada a conversar pelo resto da tardezinha com o Céu e ir dormir cedo, não me importando se era Sábado à noite e estava cheio de meninas e novas amigas para conversar. Eu estava exausta e, a última coisa que eu queria, era ficar mais tempo sem falar com a minha irmã e com o garoto que eu gostava.

            Nisso, deitei-me na cama e peguei meu celular para poder ligar para Hanabi. Procurei o número de nossos avós, o qual meu pai havia me entregado no aeroporto e disquei em meu telefone. Esperei alguns minutos, aqueles tuuuus’’ intermináveis, que me deixavam ainda mais ansiosa pela voz de minha irmã. Quem me atendera foi o meu avô, aquele que eu jamais esqueceria a doçura.

            - Alô? Gostaria de falar com quem?

            - Oi, vovô!

            - Hinata, Perolazinha, é você?!

            Sorri ao ouvir meu apelido. Que saudade que eu tinha dos meus queridos vovós. Eles me lembravam a minha mãe que se fora. O sorriso gentil, a paciência e a doçura que tanto me acalmavam quando eu era menor em dois senhores que estavam tão distantes de mim, naquele momento, fazia muita falta.

            - Sou eu sim, vovô. Como o senhor está? E a vovó?

            - Querida, é a Perolazinha no telefone – ouvi-o chamar minha avó antes de continuar a conversa, com um pesar de lamento em sua voz – Estamos muito bem, querida. Por que não vieste junto a sua irmã?

            - Essa é causa que eu liguei, vovô.

            - Hinatinha, você já comeu, fez boa viagem para Konoha? – Agora ouvia a minha avó do outro lado da linha. Sorri ainda mais, sentindo uma pequena lágrima cair em meu rosto. – Não vá comer muito antes de dormir, vai ficar com dor de barriga!

            - Mulher, deixa-me ouvir sua neta! – Meu avô falou parecendo irritado, mas pude perceber um sorriso em seu rosto enquanto falava aquilo. Meus avôs sempre foram bons companheiros, amigos e se amavam demais. – Não se preocupe, Perolazinha, sua irmã está bem! Ela estava com uma carinha de tristeza quando chegou e sente muita a sua falta. Gostaria de falar com ela?

            - Sim, sim, vovô, por favor. Quero falar com todos, um pouquinho, se for possível! – Antes mesmo de eu terminar o meu pedido, meu avô já havia passado o telefone para a minha irmã mais nova.

            Hanabi falou pouco no telefone, parecia ainda magoada pelo fato de eu ter ido embora longe dela. Nós duas choramos juntas durante a nossa conversa, tudo pelo o que o nosso pai estava nos fazendo passar. Nós somos irmãs, irmãs não deviam ser separadas assim! Não era justo.

Eu tive que manter a calma. Respirei fundo a fim de acalmar a minha irmã que, além de não me ter ao seu lado, ela também não teria seus melhores amigos para conversar e era disso que ela mais reclamava de ir morar com os nossos avós. Tentei convencê-la de que ela iria fazer novos amigos, para isso eu lhe contei que encontrei nosso primo e conheci algumas pessoas interessantes que me ajudaram muito. Se foi fácil para eu ter feito amigos confiáveis, para ela seria muito mais. Era só começarem as aulas na segunda-feira que ela já estaria rodeada de novos companheiros.

            Hanabi não parecia tão confiante, porém falei para não perder a esperança. Nós ainda iríamos ser irmãs e iríamos nos encontrar, assim que começasse a trabalhar e ter meu próprio dinheiro eu lutaria para buscá-la. Despedir-me novamente não fora fácil e depois de muitos beijos lançados pelos meus avôs, eu desliguei. Não podia continuar a ligação, afinal uma fora do país custava caro.

            Limpei meu rosto e liguei a música em meu celular, enquanto conectava meu login no site do chat em que eu conversava com Céu. (N/a: Se quiserem uma imersão maior em nossa fic, sugiro ouvir a música “Runaway” da P!nk) O engraçado era que a música parecia falar de fugir da família e da pessoa que amava, o que justamente meu pai estava me obrigando, bem, pelo menos era o que parecia para mim.

            A internet demorou em conectar, o que me fez pensar se tinha esquecido de conectar o wi-fi, coisa que foi a primeira coisa que vi em cima de um dos criados-mudos, a senha da casa. Lembrava-me de sorrir pela genialidade de Ino em conseguir deixar seus convidados à vontade. Infelizmente, Céu não estava online de novo, o que me deixou ainda mais ansiosa. Afinal, não converso com ele desde antes de sair de casa. Foi quando eu vi que ele respondeu ao meu recado off-line de ter chego ao Japão.

            “~Pérolas disse: Vc não entrou, então mando msm assim.. kk’ Estou no JP! Amanhã vou chegar em Konoha (sim, meu pai quis se livrar de mim + cedo) então, hora de começar nossa missão de procurar um e o outro. :3 : 02h20min”

            “~Céu disse: WOOOOOOOOOOOW Essa notícia é a melhor notícia que recebo em dias! ♥ Finalmente vou conhecer a Pérolas mais famosa de todo oceano! #VouTeAcharAntesdeVocêMeAchar MUAAHAHA : 02h50min”

            “~Céu disse: Tá agora eu pareci um psicopata maluco ‘-‘ juro que não foi intencional! Mas a promessa é verdadeira, ~Pérolas, eu quero descobrir quem é antes que descubra quem sou, afinal (Inner-K: Esse é meu jeito ninja :p ) (Kiba: ¬¬ shiu), não me apelido de Céu se isso não acontecer hehe : 02h51min”

            Sorri a sua resposta. Céu é determinado quando quer e sempre conseguiu tudo que queria quando era assim. Menos quando o assunto era uma prova escrita. Era incrível a sua dificuldade em aprender certas coisas, ele vinha sempre me pedir ajuda sobre algumas questões. Enquanto ele me dava um ombro amigo em meus dias tristes, eu lhe recompensava em pequenas aulas e tentava lhe ensinar aquilo que para ele não fazia sentido. Era engraçado pensar nelas naquele momento, afinal, se tudo der certo, iremos estudar juntos agora. Corei ao pensar àquilo. Uma batida na porta do meu quarto fez meu coração saltar e eu fechar o notebook com rapidez.

            - Posso entrar, Hina? É a Sakura!

            - Ah claro! – Respirei pulando da cama e indo abrir a porta.

            - Nossa, até que seu quarto ficou bonito, apesar de simples, bem simples! – Observou Sakura, diretamente nas paredes e tudo em sua volta. – Vejo que arrumou tudo por aqui, já!  Aliás, por que está de pijama? Eu amo a Pink, Deus, ela é maravilhosa!

            - Calma, Sakura-chan, uma coisa de cada vez! – Falei tentando raciocinar em medida que a animação de minha amiga trazia um novo comentário. – O quarto é ótimo! Sim, arrumei. Ah, estava pensando em ir dormir mais cedo, pois estou cansada da viagem e pretendia acordar cedo amanhã. E sim, eu também gosto das músicas dela.

            - Gomen, eu estou tão animada por finalmente ter a minha própria casa, ao lado das minhas melhores amigas, que estou sentindo A responsável. Meu coração parece não querer mais parar de pular de alegria!

            - Percebi. – Sorria para ela.

            - Mas, voltando ao assunto, NÃO. Tá tudo errado! Dormir cedo no sábado não combina e acordar cedo no domingo também não combina. Bora trocar essa roupa e vir comigo. As meninas chamaram a turma toda e vamos assistir ao um filme em nossa ENORME televisão da sala. CI-NE-MI-NHA HEHEHEHE

            - Sei lá, Sakura-chan, eu to tão cansada!

            - Ah, nem vem, Hina. Eu também vim do mesmo país que você e não estou cansada do mesmo modo que você. E nem venha com o papo que eu dormi no avião e você não. A gente descansou bastante no hotel antes de pegar a estrada.

            - Tá bom, tá bom! Eu estou indo...!

            - YES! Estarei te esperando aqui, enquanto se arruma...

            - Vou, se me deixar ir de pijama. – Cruzei os braços.

            - E os meninos?! – Perguntou ela assustada.

            - E dai? Não tem nada de sexy nessa roupa. Estou com uma calça maior que eu, uma camisa maior que eu e...

            - EXATAMENTE POR ISSO! SOCORRO, TEMOS MAIS UMA TENTEN!!

            Revirei os olhos e desliguei a música, enquanto que Tenten, também de pijama e um pirulito na boca, apareceu abismada.

            - O que tem eu?

            - AH SANTO GOKU! EU DESISTO DE VOCÊS!  - Sakura revirou os olhos, enquanto que Tenten e eu nos olhamos e começamos a rir.

~AV~

            Por fim, Temari e Ino, em solidariedade a mim e a Tenten, se vestiram com os seus pijamas e brincamos que iríamos participar de noite de pijama, arrumando os colchões na sala, com travesseiros e almofadas para todo o lado. Temari curtiu a ideia desde o início, já que também estava se preparando para dormir quando Ino apareceu em seu quarto a chamando para um filme.

            - Eu só assisto filmes de Terror, já vou avisando. – Disse a loira mais velha quando entregou a nossa amiga rosada o balde pipoca que recém preparara. – Não adianta fazer essa cara, Ino!

            - Só você gosta de levar susto, Tema! – Falou Ino abraçando sua almofada de coração, a qual eu percebi que, desde que se sentou em um dos colchões, não a largava. Era já previsão que Temari venceria essa discussão?

            - Não mesmo! Os meninos também vão querer ver filme de Terror. – Falou Tenten concordando com a amiga.

            - Você também, Tenten?! – Ino perguntou assustada.

            - Não gosto de filmes de terror, mas não tenho nada contra. Hoje em dia assisto tranquilamente. – A “Puquinha”, como era chamada pelas meninas, pegou um punhado de pipoca e colocou na boca.

            - RÁH! UMA ESTÁ COMIGO! – Falou Temari se levantando, se vangloriando. Era a primeira vez que eu ouvia a voz de Temari animada, depois da rodoviária ao se encontrar com suas amigas.

            - Se vamos decidir segundo os votos da maioria, duas estão comigo, Temari. – Ino falou também se levantando e encarando a amiga, com um sorriso no rosto, agora com esperança de que se livraria do filme de terror. Ela, então, apontou para mim e para Sakura. Vi que a amiga rosada concordava com Ino...

            - Err... Eu gosto de filmes de terror. – Falei, num sussurro, querendo que aquelas palavras não decepcionassem Ino.

            - Não seja boazinha com as palavras, Hinata-chan. – Tenten falou comendo mais pipoca. – Ela AMA filmes de terror. Ela estava me falando mais cedo que é apaixonada pelo gênero.

            - O QUÊ?! SÉRIO ISSO, HINATA? – Ino, escandalosa, gritou decepcionada. Eu ia falar mais alguma coisa, um desculpe, nem eu sabia o quê exatamente. Foi nesse momento que uma almofada bateu no rosto da loira mais nova e um grito de vitória foi ouvido por parte de Temari.

            - UHUL, TRÊS CONTRA DUAS! – Temari concordava sorridente. – Isso que dá você nunca deixar a Hinata falar! Não aprendeu nada com a sua mãe? – Provocou a de quatro rabos de cavalos, rindo da cara de descontentamento da amiga. – Valeu, Hyuuga! Ficarei te devendo sempre se conseguir fazer essa cara na Ino.

            - Hey! Isso não vale! – Ino cruzou os braços com beiço nos lábios. – Hina, não te quero mais, pode ir embora. – Claro que ela falou aquilo beiçuda e com voz de bebê, brincando.

            - Gomen, Ino-chan! Mas agora que você me deu essa família, não tem mais volta, vão ter que me engolir. – Sorri, entrando na brincadeira. Temari atirou mais uma almofada na amiga.

            - Shiu ai, porquinha! Hinata é das minhas agora, não vai tirar ela mais daqui, não.

            - Sério?! – Falei surpresa pela mudança que a Temari havia tido quando fiquei ao seu lado, na decisão do filme. Ela já não desconfiava mais de mim?

            - Falei que a Tema era fria assim com as pessoas só até ela descobrir que tem algo em comum com elas? – Tenten sussurrou para mim, alegre. – Agora você a virou a “best for ever” dela só por gostar do gênero favorito de filme dela também.

            - Estranho isso. – Respondi sinceramente. – Não sei se confiaria tanto assim, só por isso.

            - Por você pensar dessa forma, Hinata, que você ganhou ainda mais meu voto de confiança. – Temari apareceu do nosso lado, de intromissão à nossa conversa, fazendo meu coração saltar pelo susto. – No início, confesso que não fui muito com a sua cara de santa. Tenho meus motivos para não acreditar tanto nas pessoas só por serem de rosto fofinho ou por serem parente de meus amigos, mas acho que estive enganada. No momento que você não se intimidou pela brincadeira de Ino, percebi que você é das minhas. Afinal, não é fácil confiar nas pessoas hoje em dia e...

            - E era para se intimidar? – Sussurraram Sakura e Tenten em meus ouvidos, revirando os olhos, enquanto a mais velha se achava a heroína, com seus ensinamentos. Aparentemente, Temari não reparou, ela continuava com seu discurso sobre confiança.

            - Tá, parou Sabaku no Temari. Ninguém se importa. – Ouvimos uma voz mais grossa atrás da gente. Reconheci o ruivo, irmão da Temari, adentrar na casa, já com os seus surippas nos pés e os amigos com quatro caixas de pizza.

            - Achávamos que talvez vocês estivessem com fome – Falou Neji me dando um abraço e colocando uma das caixas no balcão da cozinha. – Mas aparentemente vocês conseguiram se virar

            - Claro, sabemos cozinhar! Acham que a gente é o que? – Disse Ino cruzando os braços.

            - É o mínimo, né? Qual mulher não sabe cozinhar? – Odiava o modo machista do Neji de ver as coisas, mas já havia uns anos que não conversava com meu primo, então relevei, mas aparentemente Tenten e Sakura não gostaram nenhum pouco.

            - Nós não sabemos, tem algum problema nisso? – Falaram Sakura e Tenten de braços cruzados.

            - Nenhum... – Neji sentou e iria continuar seu discursinho, se não fosse meu beliscão em seu braço. Então, o loiro que derrubou nossas malas no aeroporto apareceu comendo um pedaço de pizza e interrompeu qualquer chance de Neji continuar aquela conversa. Nunca agradeci mentalmente tanto alguém.

            - Mudando de assunto, antes que Neji seja espancado, por que estão de pijama, meninas? É alguma surpresa sexual para a gente?... ITAAAII, SAKURA-CHAN!

            Sakura que pareceu se tele transportar ao lado do amigo, deu um cascudo em seu pescoço antes que este finalizasse a sua frase. Aliás, ela era a única que estava de roupão em cima de sua roupa de dormir, pois segundo ela era uma camisola que não era apropriada de se usar com cinco meninos em sua casa. Só estava usando por pura pressão de Temari, Ino e Tenten.

            - Estamos fazendo uma noite do pijama, baka! Então respeite minhas amigas.

            - Porra, Sakura-chan, eu só estava brincando! – Disse o loiro massageando seu pescoço. – Já tem mais de seis anos que você não me vê e é assim que me recebe?

            - Own, querido, você não sabe, mas eu só não te dei umas boas porradas por ter derrubado todas as minhas coisas e os da Hinata na rodoviária, porque eu estava moooorta de saudade. – Sakura zombou do tal de Naruto, puxando suas bochechas. – Então não reclame, te tratei super bem até agora!  - Finalizou com uns tapinhas de leve nas bochechas onde havia dado uns puxões.

            - Posso saber o porquê de ser eu o encarregado de trazer os três refrigerantes? – o moreno que reconheci sendo o Shikamaru  apareceu, bocejando.

            - Era para o Naruto ter te ajudado. – Falou Neji levantando e o ajudando com os refrigerantes.

            - Naruto... – resmungou Shikamaru, o olhando ameaçador.

            - Nem venha com isso, eu já tive que pegar e pagar por eles lá no mercado onde trabalho. – o loiro deu mais uma mordida na pizza, dando de ombros. – O emo da turma ficou encarregado de ajudar o preguiçoso.

            - Affs, Naruto, você só faz cagada! – Reclamou a rosada. – Aliás, cadê o Uchiha?

            - Já está se preocupando com o “Sasuke-kun”, Testuda? – Ino afinou a voz para dizer o nome do Uchiha por algum motivo que eu ainda desconhecia, mas provavelmente estava a provocando.

            - Shiu, Porca, não sei se você percebeu, eu o chamei pelo sobrenome.

            - Isso não quer dizer nada... – assobiou Ino.

— Aah agora eu sei por que a Sakura está usando camisola por baixo do roupão, infelizmente não é pra gente, galerinha... – Naruto entrou na brincadeira.

 Todos, menos eu, fizeram um sonoro “huuuuuuuuum” de malícia, enquanto que Sakura respondeu Naruto com uma almofadada no rosto. Foi quando o loiro soltou a ordem definitiva com um grito, a qual começou a verdadeira confusão:

— GUERRA DE TRAVESSEIROS!!!!!!

E todos começaram a jogar uns nos outros os travesseiros que estavam por lá. Alguns ficaram com almofadas dos sofás. Naquele momento, eu, espantada, fiquei pensando em onde eu havia me metido! Que turma de maluco. De repente, uma almofada apareceu do nada, vindo em minha direção. Por um momento agradeci a perseguição de Karin, pois meu reflexo por coisas sendo lançadas em minha direção estava ótimo e consegui me abaixar a tempo. O problema era o Uchiha que havia chego na hora. Foi certeiro, Sasuke que carregava uma pilha de filmes, deixou cair tudo pelo susto.

— QUE MERDA FOI ESSA? QUEM FOI?

Foi quando todos apontaram para uma direção. Naruto estava coçando a cabeça e rindo envergonhado.

— Hehe. Foi mal, teme. Teme? Sasuke, amigão, o que você vai fazer com isso?

— Você nem faz ideia! – Disse o Uchiha esquecendo a almofada e pegando um sapato do Genkan, correndo atrás do loiro. – VOLTA AQUI, IDIOTA!

Naruto saiu gritando da casa e Sasuke atrás. Todos que estavam assistindo a cena e até mesmo eu, caímos na gargalhada por causa daqueles dois. Parece que nem precisaríamos revelar o gênero do filme escolhido, Naruto já estava assistindo o Terror ao vivo e às cores, com a terrível maldição do Uchiha.

FIM DO CAPÍTULO 04!

PRÓXIMO CAPÍTULO DE AMOR VIRTUAL- AO SEU ENCONTRO: Um domingo um pouco e nada normal.


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Notas finais do capítulo

YOO, MEUS AMORES VIRTUAIS O/ *desvia de pedradas* *leva uma* O.<
ME DESCUUUULPEM, GOMEN, I'M SORRY X.X
Eu sei que dessa vez nada se justifica a minha demora de postagem, mas posso justificar! Fiquei em um bloqueio de criatividade depois do meu TCC! Quase como uma depressão de escrita. Só em pensar em ligar o word, já me cansava. Para aqueles que não sabem, eu me formei no meio do ano passado e meio que era para ser em 2015. Infelizmente, muitos problemas rolaram, tive que fazer a formatura em 2016, tive a oportunidade de conhecer a minha irmãzinha virtual, - que aliás, eu conheci aqui no Spirit, na época ainda em que ele se chamava Anime Spirit - e passar o final de semana inteiro a atazanando, junto com o chato do meu outro maninho virtual ♥ Ela nunca mais vai querer a gente na casa dela HUAHAHHAHAHAHAHA ♥ Brinks, eu sei que ela nos ama, né Hale?
Bem, gente, me desculpem pela demora, sério, eu estava realmente desanimada com a escrita, mas de repente, ao me deparar pelo amor do grupo "Revolução NaruHina" do facebook ainda tem pelo casal, aquilo reacendeu a minha vontade de voltar a escrever essa fanfiction que eu NUNCA deixei de amar. Afinal, vocês são meus amores virtuais, jamais deveria deixar de escrever! Preparem-se, pois muitas surpresas ainda estão por vir!!

Agradeço a todos os comentários do último e desse novo capítulo! Agora sem parar até finalizar ;D
Obrigada, pessoinhas ♥



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