O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 6
Desentendimentos




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Cap.07 – Desentendimentos


A manhã estava fria, Riza fora acordada por Black que estava muito animado.


- se espreguiça – Bom dia...


Winry entra no quarto a pega o animalzinho no colo.


- Bom dia, Riza-san. Dormiu bem?


- Sim, muito bem. – a loira se senta na cama – Parece que ele gostou de você.


- Eu também gostei dele. – abraça o cachorrinho – Ele me lembra o Den, só que pequenino!


- ri – Realmente o Black ficou menor do que eu pensava, mas eu não abro mão dele...


- Riza-san...


- Sim...


- Aquela história de assalto é mentira, não é? – a voz da garota soou baia, quase um sussurro –


- Bem... Não totalmente, se não fosse o Edward eu não sei o que poderia ter acontecido.


- E vocês não pretendem contar ao general imagino...


- Não. É complicado demais para envolvermos o exercito sem ter certeza de tudo.


- Vocês suspeitam...


- Sim. Você sabe demais, sabia?


- Eu suspeitei quando vi vocês cochichando... Caramba, como o anão mente bem...


- em outro quarto – ANÃ É VOCÊ!


- Cara, que ouvido é esse. – as duas rindo –


- Bem, tenho que ir trabalhar...


- cara de gatinho do sherek – Deixa o Black aqui comigo!


- É que eu vou levá-lo para o quartel hoje...


- Deixa vai! – abraça mais o cachorrinho –


- Ok... Você pode ficar. Não estou mesmo a fim de agüentar o Breda dando piti!


- Valeu Riza! Eu e o Black vamos nos divertir muito!


- se arrumando – Você não tem curso hoje?


- Não. Hoje não.


- Então mais tarde eu venho buscá-lo... E Winry...


- Sim.


- Não fala para ninguém, sabe, nos deixe cuidar disso.


- Ok, minha boca é um túmulo.


-


-


Riza chegou ao quartel acompanhada de Edward, esse que esperava que já houvesse alguma outra pista.


- Então, o fagulha ainda não chegou?


- O general? Antes das nove? – Os rapazes caem no riso –


- Se quer falar com ele, Edward, terá que esperar um pouco. – Riza acomodou-se em sua mesa –


- E AI, NEGADA? CADÊ AQUELE MULHERENGO DO ROY?


- Ainda não chegou, Coronel.


- Cara, como alguém desse tipo pode querer chegar a funcher?


- Mas você o apóia. – a voz de Riza era calma, mas carregada de severidade –


- Pois é né... Maes ficou extremamente sem graça – Então Edward, o Roy me ligou ontem contando a história de um carro...


Riza segurou com mais força que o necessário a caneta e olhou com o rabo do olho para o loiro. O que ele iria dizer? Maes não era uma pessoa fácil de se engabelar, e principalmente sabia ler as entrelinhas. Um deslize e Roy ficaria sabendo de tudo assim que colocasse os pés na sala.


- Eu confundi o carro, era de um homem que passava pela rua... – Edward deu uma risadinha e coçou a nuca –


- Hum...


- Bem, vou passar no refeitório para comer alguma coisa, não tive tempo de tomar café. Se o fagulha chegar, falem que quero falar com ele.


Riza suspirou aliviada e voltou a se concentrar nos relatórios.


Roy só chegou as nove e meia e com uma cara de quem passou a noite na margaça. Um assassino estava a solta e ele se atracando com alguma “amiguinha”.


Uma raiva devastadora invadiu-lhe, e só depois de se controlar notou que o que sentia era mais que reprovação pelo comportamento pouco ético do moreno. Era ciúmes e inveja, quantas vezes não quis estar no lugar de uma daquela amigas... Uma única noite para tirar essa ancia de Roy que a corrompia.


Chacoalhou a cabeça para espantar esses pensamentos. Não queria ser mais um troféu na estante dele.


- Edward quer falar com o senhor...


- massageando as têmporas – Fale baixo! E mande o chibi para minha sala!


Seqüestra um café de alguém e começa a sair.


- Depois leve a pilha de papéis que eu sei que terei de assinar para mim, tenente.


Não foi preciso especificar a patente, sabiam que ele falava com Riza.


- O cara passa a noite na margaça, chega atrasado e ainda rouba meu café... Vê se pode? – era Havoc que reclamava –


- Como se já não bastasse ele roubar suas namoradas... – os rapazes caem no riso para o enfurecimento de Jonh –


- Vocês deviam trabalhar mais e fofocar menos.


- Cochichando – Ela está mais amarga que o normal...


- levanta o olhar – Deixem para falar de mim quando eu não estiver por perto.


- deram um pulo – Er... Pois é...


-


-


Riza entra tentando não fazer muito barulho.


- Aqui estão os papéis.


Roy estava afundado na cadeira com a cabeça jogada para trás.


- Não quero nem olhar a quantidade.


- Se tivesse chegado na hora não estaria com esse problema.


Mas Roy interpretou de outra maneira: Você não teria esse problema se levasse o trabalho a sério.


- Tudo bem, tenente... Eu já sei que não sou nenhum exemplo de militar e que minha ficha não será nunca tão impecável quanto a sua. A militar perfeita, o soldado perfeito. Sempre leal a seus objetivos, nunca titubeando... Eu sei e nem de longe queria ser assim.


Roy havia despejado toda sua frustração sobre a loira. Tudo. Até o fato de não saber o que fazer sobre o caso. Estava cansado de sempre levar sermão. A vida era dele afinal de contas.


- Voltarei mais tarde para buscar os relatórios assinados.


Assim que Riza saiu da sala, sentiu uma vontade imensa de berrar, chorar, se descabelar... As palavras de Roy haviam cravado fundo. Foram como uma facada no peito da loira. Ele não havia criticado apenas sua maneira de ser, ele havia criticado sua lealdade.


Sentiu-se a mais burra das criaturas. Tantos anos de dedicação e respeito. O seguiria até o inferno se fosse preciso. Fora as coisas que ele não sabia... Tantos amores que não viveu plenamente por medo de uma hora ele querê-la e não poder estar disponível. Não havia ido ao enterro do avô porque estava ocupada demais ajudando-o em outro caso.


Sua vida, no final das contas, havia sido dedicada a ele. Primeiramente, com observações escondidas de seu treinamento e depois como a pessoa que daria a vida para que ele chegasse onde tivesse que chegar.


Como havia sido idiota, ele a achava uma idiota.


- Aconteceu alguma coisa, tenente?


- Não.


Riza passou reto pelos colegas, abriu uma gaveta onde pegou uma arma que havia ganho do avô, uma nova versão da nove milímetros, mais eficiente mais silenciosa.


- Vou treinar.


- Hai.


Ninguém entendeu direito o que estava acontecendo. No fim, acabaram por achar que alguma mudança hormonal maluca. Coisa de mulher.


-


-


Foi para o campo de treinamento mais distante. O que raramente recebia atiradores. Quase ninguém se animava em cortar o quartel de canto a canto para ir treinar.


Estava completamente sozinha.


Começou a atirar nos alvos, coisa que parecia mais fácil que o comum devido ao tamanho de sua raiva. As lagrimas escorriam por debaixo dos óculos de tiro.


A quanto tempo não se permitia tal fraqueza...


Lembrou-se do avô, não havia tido nem tempo de sofrer por sua morte. A única pessoa que realmente se importou... Diferente do pai, diferente dele.


Haviam ido visitar o túmulo depois, mas algo muito formal. Roy não parecia ter se abalado com a morte dele que sempre havia tido uma admiração pelos ideais que pregava.


-


-


 Entra com tudo na sala, assustando os presentes que vagabundavam, para variar.


- Senhor! – deram um pulo –


- Onde está a tenente?


- Ela entrou aqui voando e saiu com uma pistola nova dizendo que ia treinar.


- Qual campo de treinamento?


- Não disse senhor.


- bate na mesa com o punho fechado – Kuso! Se a encontrarem digam para ir a minha sala.


Roy sai voando da sala.


- Brigaram de novo...


- Aff... Eles não eram assim.


- Ela deve estar cansada de ser o apoio da vida dele não estando na cama dele...


Havoc recebeu um olhar gélido de todos.


- Cara, você está falando da mulher que um soldado mais competente e leal que todos nós juntos. E a conhece a mais tempo que nós, devia pensar mais antes de falar.


- sem graça – Eu sei, mas é que me irrita ver o quanto ele é cego. Está na cara que ela é apegada a ele mais que só profissionalmente.


- Eu também já notei... E sinceramente, não sei ele a merece. Sei lá, o general é uma cara legal, mas não acho que saberia corresponder um sentimento tão intenso.


- Mas é melhor nós fazermos nosso trabalho, porque ele já exigente quando está bem... Agora que está nervosa é o cão.


- Com certeza.


-


-


Roy olhava para o relógio sem parar. Não entendia por que ela ainda não havia chegado. Riza nunca passava mais que uma hora treinando... Havia sido idiota. Estava frustrado e descontou tudo nela e o pior é que era o errado, como sempre.


- HI MAN!


- O que você quer?


- ergue a sobrancelha – O que foi agora?


- Eu briguei com Riza...


- Outra vez? Caramba, vocês andam brigando horrores!


- Na verdade, eu é que...


- Você fez o que?


- Descontei toda minha frustração e mau humor de ressaca nela.


- se joga no sofá – Você anda muito mala sem alça.


- Eu estava muito estressado, morto de ressaca e ela me vem com criticas subentendidas!


- E ela deve ter te critica do por esporte, porque você não deu motivos para isso. – Hughes usava a ironia com gosto –


- Olha, ela tem que entender.


- Ela não tem que fazer nada. Na verdade, acho que ela faz demais. Sabe, ela, de todos nós, é a que mais conhece suas qualidades e DEFEITOS... E mesmo assim é a pessoa que mais te admira. Você não é capaz de reparar o jeito que ela te olha... É devoção mais.


- suspira – Mas agora eu já falei e pronto.


- Esse seu jeito ainda vai te causar muitos arrependimentos.


Maes volta para sua própria sala, deixando Roy sozinho...


Continua...


 


 


 


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

E ai, pessoas?
Como vcs vem a coisa está cada dia mais feia...
E a lua cheia cada dia mais próxima...
Espero que gostem, estou adorando os coments e vou adorar mais se vcs mandarem outros!
kisss



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