O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 5
Por um fio




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Cap.06 – Por um fio


Como sempre, Riza deixou o moreno em casa, sempre em silencio, mantendo os olhos na rua e as mãos firmes no volante. Já Roy, encostava sua cabeça no vidro da porta e ficava observando a paisagem com cara de tédio.


- Chegamos, senhor.


- Obrigado, tenente. – o moreno sai do carro e entra em casa –


Riza acelera o carro e dirigi-se para sua casa. As ruas estavam vazias, o que não era normal para essa hora da noite, afinal, não era muito tarde. Realmente aquele assassino estava deixando todos apreensivos.


 Estava a alguns quarteirões de casa, quando o carro parou de repente.


- Que ótimo, só falta o pneu ter furado. – a loira desce do carro –


Tentando encontrar o motivo da parada repentina, Riza caminha envolta do carro tendo uma agradável surpresa. O pneu estava realmente furado, abaixou-se para ver o que poderia ter causado a perfuração.


- Arranca uma lasca grossa de gelo da borracha – Gelo?


A loira estava incrédula, aquela lasca deveria ter, no mínimo, dez centímetros e parecia um espinho, mas o carro parou de uma só vez, um pneu furado não faria o carro parar assim.


Abaixou-se mais um pouco e viu uma estaca de gelo atravessada na parte debaixo do carro.


- Kami-sama... – a voz dela saiu num sussurro –


Alguém tinha feito aquilo com alquimia. Levantou-se rapidamente e começou a olhar para os lados procurando alguém. Não havia ninguém na rua, onde raios estavam as pessoas daquela cidade? Pegou sua bolsa procurando seu celular, ter um aparelho com transmissão via satélite tinha suas vantagens, como nunca estar fora de área.


- Sem bateria? – aquilo só podia ser brincadeira – Preciso sair daqui, seja quem for, não posso lidar com isso sozinha.


Fechou o carro e começou a caminhar alertamente. Até que uma sombra apareceu na esquina. Não era muito alta, masculina, parecia se tratar de uma adolescente.


- sai da sombra – Algum problema senhorita?


- Meu carro quebrou e a bateria do meu celular acabou. – o que um adolescente estaria fazendo ali? –


- Bem, eu moro aqui perto e acho que não seria muito educado deixar uma militar na mão.


Aquilo era no mínimo estranho, mas quanto antes falasse com alguém do exercito, melhor. Além de que era apenas um garoto, que mal poderia lhe fazer? Era uma militar treinada.


Passaram a caminhar um do lado do outro.


- É estranho a cidade estar assim... Depois daquelas duas mortes, parece que todos estão com medo.


- Com certeza, o que me deixa mais curiosa quanto ao que um rapaz tão jovem faz na rua.


- O cara ataca mulheres, acho que não estou em perigo.


Alguma coisa lhe dizia que algo não estava certo. Estavam entrando em ruas mais afastadas...


- O que aconteceu com seu carro?


- Quebrou. Não sei o que aconteceu.


- Sabe dirigir, mas não sabe nada sobre carros... – sua voz era aveludada –


- Não é bem isso, apenas acho que o carro teve algo que estava além de meus conhecimentos. Você não disse que morava perto?


- Perto e longe é uma questão de pespectiva.


-


-


Ed caminhava pelas ruas desertas, com as mãos dentro dos bolsos.


- O carro que o fagulha anda? – Ed parecia confuso –


O jovem Edward caminha até o carro e o encontra vazio. Notando o pneu furado, procura algum sinal de Roy ou quem quer que dirigia o veiculo.


- Estranho. – pisa em uma pequena poça d’água – Água? Será que o carro...


O loiro abaixa e vê a estaca de gelo que se derretia.


- Alquimia! – Ed pega o celular e liga para Roy –


Ligação on


- Fagulha?


- Chibi?


- QUEM VOCÊ... Esquece, onde você está?


- Em casa oras, por quê?


- Quem estava dirigindo o carro que você costuma usar?


- O que está acontecendo do aço?


- Responda!


- A Hawkeye.


- Há quanto tempo ela te deixou em casa?


- Sei lá, quinze ou vinte minutos... Mas o que está acontecendo?


- Nada. Tchau.


Ligação off


- Pelo menos eu espero que não...


Ed corre e pula sobre um muro e depois sobre um telhado, onde começa a correr. Ela não podia estar muito longe e do alto ficaria mais fácil encontrá-la.


-


-


- Desculpe, mas já estamos caminhando a mais de dez minutos...


E não havia nem sinal de casas naquele lugar. Parecia que caminhavam por uma área industrial abandonada.


- Já estamos chegando. – ele sorriu mostrando todos os dentes –


Aquela vozinha chata gritava em sua mente dizendo que naquela área da cidade não havia casas. Era uma área semi-comercial e industrial.


- Acho melhor eu ir para casa mesmo. É só a quinze quarteirões daqui...


A loira tenta dar as costas e ir, mas a mão do rapaz a segura.


- Eu prometo que estamos perto, e também a essa altura já devemos estar mais longe...


Não, aquilo estava definitivamente errado. Mas antes de poder pensar em qualquer coisa algo “cai” na frente da loira e do rapaz.


- Tenente.


- Edward?


- O que a senhora faz por aqui?


- O carro quebrou e esse rapaz se ofereceu para me emprestar um telefone.


- Por aqui não há casas.


- Bem... Parece que a senhorita não precisa mais de mim. Eu já vou indo...


O rapaz permanecia na parte mais escura da rua, parecia que não queria que Edward visse seu rosto.


- Sua casa não era para lá? – aponta para o lado oposto do que ele estava se dirigindo –


- Eu vou ir para onde me dirigia antes...


Ele passa por debaixo da luz do poste e seu rosto é iluminado, antes que o jovem desaparecesse no meio na penumbra e das esquinas.


- Aquele cara de novo... – Ed reconheceu –


- Disse algo Edward?


- Não tenente, vamos apenas sair daqui.


-


-


O jovem rapaz andava apressadamente pelas ruas quando de repente um carro escuro para a sua frente com a porta traseira aberta.


- Entre.


- Hai.


O carro começa a andar.


- O que foi que aconteceu? Fiquei te esperando no local marcado.


- Apareceu um alquimista.


- Você só tinha que levá-la até o lugar combinado sem levantar suspeitas.


- Eu não sabia que ele ia aparecer, fora que ela já estava desconfiando.


- Você podia muito bem ter cuidado da desconfiança dela, já não havia testemunhas.


- Lá onde você quebrou o carro dela também não.


- Idiota. Poderia muito bem aparecer alguém, fora que poderíamos deixar rastros... Era para parecer que ela saiu para viajar sem avisar ninguém.


- Gomen...


- Primeiro você quase se revela seguindo aquela loirinha, agora deixa nossa Marie escapar...


- Não vai acontecer de novo.


- Espero que não. Já mandei consertar o estrago no carro, por hora é melhor deixá-los preocupados com o carro que vai aparecer sem nenhuma falha.


-


-


- Como você me encontrou, Edward?


- Estava caminhando e vi o carro que o fagulha usa parado no meio de uma rua deserta, estranhei, fui ver o que houve e não achei ninguém. Vi a estaca de gelo e na hora desconfiei de algo...


- Foi muito estranho, aquele garoto parecia estar me conduzindo para algum lugar.


- Liguei para o fagulha e ele disse que já fazia algum tempo que você tinha o deixado... Resolvi averiguar, não podia estar muito longe e realmente não estava... – dá um sorriso torto –


- Obrigada Edward, eu realmente acho que você me salvou de alguma coisa.


- Você acha que teria algo haver com...


- Aquele garoto? Não... Tudo está complexo demais para sair da mente dele. Fora que ainda falta muito tempo para a lua cheia.


- Melhor não arriscar.


- Eu sei...


A loira perde a fala quando vê o carro parado perfeitamente, em frente a sua casa.


- Mas o carro estava...


- Eu vi.


Os dois olham e nada parecia estar errado com o carro.


- Tem alguém querendo apagar os rastros.


- Deixe ver... – a porta estava aberta e chave na ignição – Não é o mesmo carro, a chave comigo e eu tranquei. – balança a chave –


- Então cadê o outro?


- Não sei...


- Tenente, não acho bom você dormir sozinha.


- Mas...


- É sério, vamos lá para casa, o Al e a Winry não vão se importar.


- Tudo bem, só preciso pegar algumas coisas.


-


-


- Al!


- Oi nii-san. Riza-san?


- Olá, Alfonse.


- O que está acontecendo aqui?


- Aconteceram algumas coisas e a Tenente vai dormir aqui hoje.


- O que?


Eles contam.


- Não é melhor contar para o general?


- os dois – Não.


- Mas...


- Alfonse, isso pode não ter nada a ver com o caso. Não acho bom misturar as coisas sem ter certeza... Podemos desviar as investigações sem motivo.


- Ok, mas o que diremos à Winry-san?


- Eu estava indo para casa, o pneu furou, o Edward passava por perto, me ajudou e insistiu para me acompanhar em casa, lá parecia que alguém havia entrado e ele ofereceu para que eu dormisse aqui.


- Boa.


- Oi Gente... Riza?


- Oi Winry...


- O que está acontecendo?


- Eu ajudei a Riza com um pneu furado e a acompanhei até em casa. Mas parecia que tinha alguém rondando a casa dela, achei melhor trazê-la para cá.


- Nossa! Que bom que o Ed estava com você, não que você...


- dá um sorriso amarelo – Eu entendi.


- Bem, vamos arrumar as coisas para você e essa coisinha fofa dormir. – acaricia Black que estava no colo da loira –


- sorri – Vamos.


Continua...


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Que tal pessoas?
Eu fiz o maximo para ficar legal!
Espero que gostem e comemtem!
Kissus!
bjo



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