Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 9
Capítulo 9




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Acordo e fico deitada na cama pensando na vida. Então, percebo que amanhã eu entrarei na arena. Meus dias de "paz" acabaram, mas o dia em que eu tanto esperei, finalmente chegou. Sorrio por um instante, mas então me lembro.

Cato. Não posso sair da arena com ele. Só um sobrevive. E, se eu sair daquela arena, sabendo que eu podia salvar ele, seria melhor eu ter morrido.

Tiro esse pensamento da minha cabeça, e em um pulo, levanto da cama. Tomo um banho, troco de roupa e desço para tomar café. Da sala de jantar, dá pra ver o estrago que Cato fez ontem na sala de estar. Sofás rasgados, lâmpadas de mesa no chão, mesa de centro quebrada. Rio discretamente.

Tomo meu café, e volto para o meu quarto. Ouço batidas na porta. E então, Sée entra.

– Vou te ensinar como se comportar na entrevista de hoje. -ela diz, sentando educadamente na poltrona. Ah, é. Ela tinha me dito que faria isso hoje. Como pude esquecer?

Ela tira de uma sacola que ela havia trazido, uma caixa de sapatos. Ela me dá os sapatos.

Um salto-alto preto simples, mas com o salto quadrado.

– Não preciso disso. - digo, calçando os saltos. Ando pelo quarto numa postura perfeita, sem cambalear. Sée faz uma cara de satisfeita. Acho que ela esqueceu que sou do distrito 2, onde a educação é muito rígida. Ela então diz que é para continuar com os saltos, que agora iria me ensinar como sentar como uma dama. Reviro os olhos.

– Observe. - ela, que estava com um vestido, pega as pontas dele, educadamente e delicadamente, se senta na poltrona dobrando as pernas. -Assim. Agora, repita.

Ai que saco. Repito perfeitamente, e ela fica me falando sobre como me comportar na hora, de que maneira responder as perguntas.

***

– Ótimo. Leonard e sua equipe de preparação virão para te arrumar para a entrevista. -ela diz chegando perto de mim. - Boa sorte. - ela então sai do quarto. Já vai tarde.

Tiro os saltos, e percebo o quanto eles me cansaram. Como ela suporta ficar com eles o dia inteiro?

Logo, a equipe de preparação chega. Lavam o meu cabelo, pintam as minhas unhas de um bege claro, e no meu cabelo, fazem um coque alto e deixam o resto solto. Passam sombra clara e batom neutro. Logo, Leonard chega, dispensando a equipe. Ele estava com um vestido tapado com uma capa preta nas mãos.

– Vista isso. - ele tira o vestido e me ajuda a vestir. Laranja pôr-do-sol, combina com a minha sapatilha vermelha. Ele ajeita a minha maquiagem e a roupa. - Linda! -ele diz, batendo palma. Não me sinto bonita, porque eu simplesmente não sou. Ele diz que eu tenho que ir logo, e me guiando pelos ombros, me leva até o elevador. Encontro Cato lá.

***

Chegando no andar da entrevista, Leonard me deseja boa sorte e vamos para uma fila, em que Glimmer e Marvel estavam em pé, Glimmer na frente e Marvel atrás. Eu e Cato ficamos na mesma posição, logo, o resto dos tributos chegam. Glimmer é chamada.

– Nervosa? -Cato pergunta. Ele segura as minhas mãos.

– Não. -é mentira. Não sei o que responder. Cato percebe que minhas mãos estão suadas.

– Tem certeza? -ele pergunta sorrindo.

– Não! -respondo. Marvel já tinha sido chamado.

E então seu tempo acabada, e sou chamada.

– Clove, Distrito 2! -Caesar diz animado e sorrindo, enquanto ando em sua direção. A platéia bate palma, e quando sento do lado de Caesar, as palmas cessam. -Bem-vinda, Clove.

– Obrigada, Caesar. -respondo sorrindo.

– Então, Clove, nesses dias em que você passou na Capital, o que mais te impressionou?

– Bem... -começo a dizer. Minha vontade é de dizer que nada me impressionou, mas então uma coisa vem na minha mente. -as facas, é. Pequenas ou grandes, arremesso ou corpo a corpo.

Caesar sorri.

– Nervosa para os Jogos? -ele pergunta.

– Não. -respondo naturalmente. - Estou ansiosa. Muito ansiosa.

Caesar me faz mais outras perguntas, mas o meu tempo acaba.

– Bem, nosso tempo acabou. Foi uma honra conversar com você, Clove, Distrito 2. -Caesar me diz, beijando minha mão.

Volto para uma salinha, onde Leonard e Enobaria me esperavam.

– Muito bem! -Enobaria dizia animada. Então Cato é chamado. Caesar o dá boas-vindas, e segue com a entrevista.

O seu tempo acaba, e ele também volta para a salinha. Ficamos eu, Enobaria, Cato e Leonard conversando, e então resolvemos subir. Vou direto para o meu quarto.

Chegando lá, olho para o meu armário. O abro. Nele, havia vários vestidos que a Capital deixa para os tributos. Preto, rosa, branco... Mas um me chamou a atenção. O tiro do armário, e guardo o vestido que eu usava ali. Visto o vestido que peguei do armário, e me vejo no espelho do banheiro.

Azul escuro, acima dos joelhos, mas não é curto. Decote nas costas, o vestido é brilhante. Solto o resto dos meus cabelos e os penteio.

Mesmo com tudo isso, não me sinto bonita. Eu não sou bonita. E então, me lembro que um dia eu ouvi Cato falando para Enobaria que Glimmer era bonita e radiante com aqueles cabelos dela. Uma lágrima escorre pela minha bochecha. Ora Clove, o que é isso? Chorando por causa de aparência?

Não consigo evitar, e começo a chorar. Sou uma idiota. Chorar por causa disso.

Então, a porta fechada do meu banheiro se abre rapidamente.

– Clove? –Cato pergunta.

– AAAH, CATO, SAI DAQUI! EU PODIA ESTAR NUA! –digo, tentando esconder as lágrimas. Ele me observa de cima a baixo, e então assobia.

– Pra que essa produção toda? – ele pergunta, e então percebe que estive chorando. Merda. – Porque isso? – ele diz, me puxando pela cintura me fazendo sentar na cama.

– Ouvi você falando de Glimmer... – digo baixinho.

– Que ela era bonita? E daí? Já viu como você é linda? – ele diz, levantando meu rosto.

– Não sou, Cato! Pare de me iludir! – digo, me afastando. Ele me segura.

– Pra mim, você é a menina mais linda do mundo. Eu te juro, você era a garota mais linda das entrevistas. – Porque Cato tem que ser tão carinhoso? –Aposto que você nunca percebeu o quanto seus olhos ficam lindos no Sol. Cinzas como uma tempestade. Seu sorriso alegra e ilumina meu dia. Se você está triste, eu também fico triste, mesmo sem saber o motivo. Clove, eu te amo.

– Eu também te amo. –sussurro. Nunca havia percebido, mas, Cato é o único que me faz sorrir, mesmo nos piores momentos. E então, entre lágrimas, o beijo, o fazendo deitar sobre mim. Ele desamarra o discreto laço do vestido no meu pescoço, e tiro sua blusa entre beijos. Ele coloca a mão nas minhas costas, onde estava o decote do meu vestido, e minha pele se eriça. Ele beija meu pescoço. E acabo tirando o meu vestido.



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