Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 8
Capítulo 8




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Acordo com batidas na porta. Estou prestes a perguntar quem é quando eu lembro que esse não é o meu quarto. Cato ainda estava com a mão na minha cintura, e não se moveu nem um centímetro durante a noite. Tiro sua mão cuidadosamente de minha cintura, e ele acaba acordando. Ele vai falar algo, mas a voz de Enobaria interrompe.

–Cato! Abre essa porta!

Ele levanta da cama e já vai abrir a porta, mas se Enobaria me ver aqui, estou ferrada. Me escondo debaixo da cama dele rapidamente, e ele abre a porta.

–Cato, sabe onde está Clove? Ela não está no quarto dela...

–Acho que ela tá tomando banho. -ele responde.

–É, deve ser. Agora, ande, hoje é o ultimo dia de treinamento. Se arrume rápido!

Ouço Cato fechando a porta. Saio debaixo da cama, mas acabo batendo a cabeça.

–Ai, merda! -digo, passando a mão onde bati a cabeça.

–Aaah, tadinha. Se machucou. -Cato diz, entrelançando seus braços em minha cintura. Ele beija o meu pescoço me levando em direção á cama.

–Cato. Para -digo, o afastando. Levanto da cama, e antes que ele diga algo, saio do quarto.

Vou rapidamente para o meu quarto, tomo um banho rápido e desço para tomar café. Lá, encontro Enobaria.

–Onde estava? -ela pergunta.

–Tomando banho.

–De vinte minutos?

–Eu tomo banho, ok? -respondo pegando um pão. Cato então chega. Olho para ele, e acidentalmente trocamos olhares. Enobaria vê. Ignoro e vou para o centro de treinamento. Chegando lá, Glimmer vem falar comigo.

–O que é isso no seu pescoço, Clove?

–Isso o que? -pergunto, passando a mão no meu pescoço. Ela tira um espelho DO BOLSO. Ela anda com um espelho! Na boa! Ela me dá o espelho e mostra a mancha vermelha meio roxa. Desgraçado. Me deu um chupão.

–Não sei. Acho que é mosquito. -respondo constrangida.

–Mosquito? Sei... isso aí tá muito grande pra ser mosquito. -ela responde rindo.

–Eu sei lá o que que é isso! -digo, dando o espelho pra ela. Ela sai rindo, indo na direção de Cato, que acabou de chegar. Lanço um olhar pra Cato de: "você me paga!" apontando discretamente para a mancha. Ele ri.

Vou falar com Glimmer, que falava com Cato. Ela me olha e me pergunta:

–Com o que você treina?

–Acho que você ainda não percebeu -digo com ignorância -mais eu atiro facas. E pequenos machados, mas ainda prefiro facas. E algumas outras armas pequenas.

–Ah. -ela responde de um tom de: "que bom, não sei nem porque eu te perguntei" e se vira para Cato. -e você, gato?

Como assim GATO? GATO? Glimmer, você vai ser a primeira a morrer na arena!

–Ah, eu uso espada, lança, clavas, machados, foices, e escudo. -Ele responde orgulhoso. Sim, Cato pode matar qualquer pessoa até com um escudo. Canso dessa conversa estúpida e vou treinar com minhas amiguinhas.

Pego uma faca particularmente grande, e a fico jogando nos alvos. Esse treino tá um saco, pois já sei como usar todas as armas. Fico treinando com as facas e com os machados pequenos, e o treino acaba. Então, o almoço chega. Todos os tributos vão para o refeitório, e sento com Cato enquanto Glimmer e o garoto do 1 não chegam.

–Seu infeliz! Olha o que você fez! -digo apontando para o meu pescoço. -Não te dei a liberdade! Enobaria vai ver!

–Não tenho culpa se... -ele responde rindo, mas a chegada de Glimmer o interrompe. Reviro os olhos, e percebo que os tributos do 12 estão conversando e rindo. Ah, até parece.

Acabamos de almoçar e subimos para o andar 2.

–Vocês dois... -Enobaria começa, mas olha com uma cara estranha para o meu pescoço. Sua expressão se alivia e ela continua. -Já sabem o que vão fazer na sessão particular? É hoje.

–Sim. -respondemos em conjunto. Ficamos conversando, e então Enobaria diz que devemos nos arrumar para as sessões. Tomo um banho, visto a roupa e desço junto com Cato até o andar das sessões. Lá, Glimmer e o garoto do 1 estão sentados lado a lado, e eu e Cato fazemos isso também. Depois, o resto dos tributos vão chegando.

Chamam o garoto, depois Glimmer. Quando o tempo acaba, Cato é chamado. Depois, finalmente, eu sou chamada.

Chegando lá, me apresento.

–Clove, Distrito 2. -alguns Idealizadores conversavam, mas a maioria prestava atenção.

Chego nos alvos, e com uma velocidade impressionante, jogo a faca no meio da testa deles. Depois, uso um machado pequeno, decapitando 3 alvos. Após matar mais alguns bonecos violentamente, sou dispensada. Subo para o andar 2, e encontro Cato e Enobaria sentados num sofá conversando. Ele me vê, e apenas comunicando com os olhos, vou para a cozinha. Pego um copo com água e começo a beber. Logo depois ele chega.

–Gato? -pergunto.

–O que foi? Não tenho culpa de ser tão irresistível. -ele diz, passando as mãos no cabelo. Começo a rir loucamente, tanto que eu acabo me engasgando com a água.

–Ah tá, Cato. Você pode ser comediante!

–E não sou? -ele pergunta, começando a tirar a camisa.

–Não. -digo, o cortando.

–Tem certeza?

–Cato! Isso é uma cozinha! Para com isso! -digo, saindo da cozinha. Sério, qual o problema do Cato?

* * *

–Cato! Clove! Andem rápido, vão anunciar as notas! -Enobaria nos chamava. Sée, descobri o nome da mulher da Capital, estava do seu lado, sentada no sofá. Nem lembrava que Sée existia, ela tinha sumido.

Aparece a imagem de Caesar, e ele faz algumas piadas. Depois, ele anuncia as notas. Marvel, o garoto do 1, que eu finalmente descobri o nome, tirou 9. Glimmer também. Anunciam a nota de Cato. 10. E finalmente a minha. 10, como esperado. Enobaria sorri, mostrando seus afiados dentes de ouro. Esquisita.

Começo a rir pensando na nota dos tributos do 12. Aparece a do menino. 8!

E como se não fosse para piorar, a menina, Katniss, tirou 11. ONZE. O-N-Z-E. Olho para Cato, e como esperado, ele soca a mesa de centro de vidro.

–Ah! -Enobaria solta um grito por causa do susto. Cato derruba a mesa, e começa a chutar a mesa.

–Como ela tirou onze?! -ele pergunta bravo. Cato derruba um abajur que estava do seu lado. Sim, já vi Cato irritado. Teve uma vez no centro de treinamento, que um garoto me chamou de ratinha. Cato ficou tão irritado (no dia eu não sabia porque, mas agora eu descobri), que chegou a socar tanto o garoto, que tiveram que chamar Pacificadores.

Mas, como ele não pode socar a menina, ele vai destruir a sala toda. Começo a rir. É engraçado ver ele assim. Menos quando você é o motivo.

–Faz ele parar! -Sée falava assustada. Só para zoar com ela, respondo:

–Não dá. Ele fica assim por muito tempo. Se você ficar encarando ele, você vira o motivo da raiva. E aí, tchauzinho. -digo séria, mas por dentro, estou morrendo de rir. Enobaria me olha com uma cara de "até parece" e fica assistindo a Cato destruir a sala. -Estou muito cansada. Vou dormir. -digo, passando tranquilamente por Cato.

Chegou no meu quarto, tomo um banho, ponho o pijama - ainda dá pra ouvir os gritos de raiva de Cato, mesmo do meu quarto -, e vou dormir.


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