Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 7
Capítulo 7




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Nunca me apaixonei.

Não sei qual é a sensação, não sei se é bom ou se é ruim.

Nunca tive tempo, nem oportunidade. Não tive tempo porque eu sempre tive que treinar. Nem oportunidade porque os garotos do treino tinham medo de mim. É, medo de uma garotinha baixinha.

Mas eu sempre tive Cato. Só que eu pensava que ele não tinha olhos para mim, já que ele sempre teve muitos amigos e as meninas do treino se derretiam nele. Como eu estava enganada.

No jantar, Cato não olhou na minha cara, e eu não tive coragem de falar com ele.

Acabo de jantar, tomo um banho e vou dormir.

* * *

Acordo com o sol batendo no meu rosto. Não tem problema, já são nove horas, tenho treino.

Levanto da cama, tomo um banho, coloco a roupa para o treino e vou tomar café. Depois, vou para o treino.

Chegando lá, encontro Cato treinando com uma espada. Ele é realmente bom. Ele decapita e tira partes do corpo dos alvos. E então, a loira azeda chega. “Nossa Cato, você é tão bom com espadas!” consigo a ouvir falando com ele.

Estou com tanta raiva de Glimmer, que a faca que eu joguei em um alvo acaba afundando.

Ok, pode ser ciúmes, mas não vou admitir isso para Cato. Sinto falta dele, -a última vez em que ele falou ou se quer olhou para mim foi ontem á tarde-, sinto falta de seu sorriso, sinto falta de suas palhaçadas. Sinto falta de nossas conversas, de seu abraço. E então, eu percebo.

Estou apaixonada por Cato. Estou apaixonada pelo menino que eu magoei. Sou uma idiota total.

O treino acaba, e eu e Cato subimos para o nosso andar, mas sem trocar uma palavra. Chegando lá para almoçar, encontramos Enobaria.

-Conseguiram aliados? –ela pergunta.

-Ambos do 1 –Cato responde. Enobaria faça de estratégias na arena, mas não presto muita atenção.

Eu não sei o que vou fazer para Cato me desculpar, ou se quer olhar para mim.

* * *

Já é meia-noite e não consigo dormir, pois não paro de pensar em Cato, e em o que fazer. Palavras? Nunca fui boa com elas. O jeito é ir no impulso. Levanto da cama, saio do meu quarto, de pijama mesmo, e silenciosamente, vou até a porta do quarto de Cato. Giro a maçaneta –a porta estava destrancada-. O quarto estava escuro, mas consigo achar ele deitado. Sento do seu lado cuidadosamente e silenciosamente, e o observo dormindo.

Mexo carinhosamente no cabelo dele, e ele abre o olho rapidamente. Ele não estava dormindo.

-Cato –o chamo calmamente. Ele se vira para mim. –Me desculpe, eu estava confusa... –estou quase cuspindo as palavras, mas Cato me interrompe e me puxa bela cintura. E me beija.

Nunca tinha beijado um garoto.

Agradeço mentalmente á Cato por ter me interrompido e me beijado, porque, sinceramente, eu não sabia o que falar para ele.

Não consigo ver direito seu rosto, mas ele sorria.

-Desculpada. –ele responde.

A noite estava fria, e sai do quentinho da minha cama para vir para o gelo do quarto de Cato. Ele percebe que estou tremendo de frio, e me puxa para o seu lado na cama. Ele me cobre com o seu cobertor, me dá um beijo na testa e dormimos abraçados.


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