Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Não gostei muito desse capítulo, mas ele é necessário para o próximo... ehe.
LEITORES FANTASMAS, APAREÇAM!!



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– Ãhn... Clove... Dá pra você chegar um pouquinho pra lá?

Abro meus olhos, que tentam se acostumar á escuridão das duas da madrugada.

– Cato, realmente. Você tem o sofá lá na sala te esperando. Você realmente TINHA QUE ME ACORDAR QUANDO FINALMENTE CONSIGO PEGAR NO SONO EM UMA POSIÇÃO CONFORTÁVEL?!

– Você já viu que eu estou caindo da cama?!

– Você já viu que eu estou com uma barriga ENORME carregando a Ally e não consigo arranjar uma posição boa para dormir?! - sento na cama e encaro Cato. - Quer saber? Não precisa.

Levanto da cama e vou em direção á porta.

– Não, Clove! Não precisa de dormir no sofá.

– Cato, por favor. Você realmente acha que vou dormir no sofá só porque você está bravo? Óbvio que não. Apenas estou com fome. Parece até que não me conhece. Eu hein.

Saio do quarto e vou para a cozinha, e pego um generoso pedaço da torta de sorvete que tive que fazer anteontem para saciar a minha vontade de comer um doce.

Minha mãe sempre dizia que o doce fica bem melhor no segundo dia. E mãe é mãe e sempre tem razão.

Pego outro pedaço da torta, mas nem tiro da forma, como direto dela. Depois de mais três "colheradas", guardo a torta no congelador. Volto para o quarto, e vejo que Cato ainda está acordado. Sento na cama com as pernas cruzadas.

– Vou ter que ir para o Distrito 1 hoje.

– Para quê? - pergunto.

– Uma reunião. Pacificadores.

– Ah. Vai ser que horas? Você me acorda junto para eu ter tempo de me arrumar.

– Você não precisa ir.

– Mas eu quero! - exclamo.

– Mas não precisa. É melhor ficar em casa.

– VOCÊ TEM OUTRA?! - grito, já com lágrimas nos olhos. - TEM SIM, E A GLIMMER ERA DESSE DISTRITO! VOCÊ TÁ FICANDO COM A IRMÃ MAIS NOVA DELA NÉ CATO!

– O quê?! Claro que não!

– TEM SIM QUE EU SEI, FIQUEI SABENDO QUE AS MULHERES LÁ DO DISTRITO 1 SÃO LINDAS!

– Você pode ir comigo...

Encaro Cato, e um sorriso atravessa o meu rosto. Minhas lágrimas cessam.

– Ah, que ótimo! Me acorde, hein. - dou um rápido beijo nele e deito na cama.

– Bajuladora... - ele sussurra.

– Não sou bajuladora. Sou apenas uma grávida. - digo, virando para o lado e pegando no sono.

* * *

– Chegamos. - ele diz. Saímos do trem oferecido pela Capital para ir para o Distrito 1. Ao sair, vejo árvores com folhas de um verde vivo e flores nascendo ao seu redor. Levanto minhas sobrancelhas.

Cato me guia segurando minha mão. Olho para as pessoas do lado, e vejo homens com luxuosos ternos e mulheres com vestidos caríssimos, cabelos loiros e jóias.

Chegamos em um hotel, teremos que passar a noite aqui. Cato se cadastra e vamos para o nosso quarto. Piso de mármore branco, as paredes brancas também, mas o quarto é enorme. Uma cama encostada na parede, com uma televisão enorme também em sua frente. A parede em que a cama está encostada é de um cinza meio azul, mas bonito.

Uma porta para o banheiro. Um frigobar. Uma escrivaninha e uma cadeira com rodas. Duas poltronas. Fim.

Sento na poltrona.

– Então... tchau. Boa reunião. - digo. Ele me dá um beijo sem vontade na testa e sai do quarto. Levanto as sobrancelhas e bufo. Ah, legal. Crise de casamento?

Ah, quer saber? Não vou ficar pensando no Cato e no por quê dele estar bravo assim. Estou em um hotel que, se eu pedir na recepção, leva comida pro meu quarto!

E, como grávida, tenho desejos, e Cato deve muito bem saber disso.

Vou até a escrivaninha, que tinha o telefone e a tabela de números de telefone do hotel. Vou até o numero do restaurante, e ligo. Rapidamente me atendem. Olho o cardápio que tinha na gaveta da escrivaninha, e peço um cozido de carneiro, arroz selvagem, pão, sorvete e outros doces.

Vinte minutos depois, a refeição chega. Peço para o cara que trouxe o carrinho com a comida no canto do quarto. Agradeço e tranco a porta. Cato disse que chegaria seis e meia da tarde, e como são duas horas, ainda tenho bastante tempo.

Primeiro como o cozido com o arroz e depois os pães. São apenas para não me deixarem com dor de cabeça - se como doce sem algo sagado antes passo mal -, e resolvo deixar o doce para depois.

Ligo a televisão e fico vendo um concurso de misses. Que merda é essa?

Mudo o canal e vejo um desfile de modelos. Mudo novamente, e vejo uma mulher ensinando a passar maquiagem. Esse distrito tem problema, sério.

Acho um canal de filmes, e começo a ver um filme chamado "Quem Roubou a Jóia?" que estava no começo.

Duas horas depois, o filme acaba. Falava de um assalto falso á uma loja de jóias e relógios caros, só que um assalto de verdade começou a acontecer, e então o cara que guardava as jóias é morto, e a loja fica trancada com todo mundo, inclusive um dos assaltantes, já que dois saíram do lugar com um saco cheio de jóia, e eles lá dentro fazendo vítimas, pra no fim a polícia chegar e explodir o lugar e não conseguir descobrir quem roubou a maldita jóia.

Volto para o carrinho de comida e pego um pedaço de bolo de chocolate. Fico vendo a televisão enquanto como.

~quatro horas depois~

Oito horas já, e nada de Cato. Já se passaram uma hora e meia do que ele disse que voltaria para o hotel. E então, uma idéia absurda passa por minha cabeça.

E se ele tiver me abandonado aqui?

Não sei. Do jeito que ele saiu bravo daqui...

Então percebo que estou chorando, sentada na ponta da cama e comendo descontrolavelmente meu sorvete de chocolate com pedaços crocantes de chocolate amargo. E me pego vendo um filme romântico.

No quê eu estou me tornando grávida?! Em uma mulher ciumenta, chorando por causa de amor enquanto come sorvete e vê filme romântico?!

Ouço a tranca da porta e vejo a maçaneta se abrir.

– Cheguei! - Cato exclama, entrando no quarto. Ele me vê que estou chorando. - O que houve? - ele se aproxima de mim, deixando uma mala no chão junto com um pacote.

– Nada! - digo, me afastando dele. Ele olha nos meus olhos.

– Está com ciumes.

– Não estou!

– Te conheço como ninguém. Por que está com ciumes? - ele pergunta, se aproximando novamente de mim.

– VOCÊ DEMORA UMA HORA E MEIA PARA CHEGAR, E LARGA SUA ESPOSA GRÁVIDA E CARENTE NUM HOTEL!

Ele olha ao redor.

– Chocolate? Pelo menos você teve algo para te consolar! - ele exclama.

– Não mude de assunto! Por que demorou tanto?! - pergunto brava.

– Eu queria te fazer uma surpresa. - ele diz, pegando o pacote branco e grande no chão e a mala. Ele abre a mala, e dentro, um estojo largo e preto. Ele tira o pacote branco, revelando um buquê de rosas brancas. - Viu, sua ciumenta?! - ele me dá o buquê e o estojo preto. Fuzilo Cato com o olhar.

– O quê você fez de errado para me tratar assim? - pergunto.

– Nada! - ele ri. - Acho que não tenho te tratado como devo tratar uma rainha.

– Menos, Cato. - recuso o elogio, apesar de achar fofo. Abro o estojinho, e vejo um colar de diamantes brancos. Arregalo os olhos. - O quê?! Como?! Por quê?!

Retiro o colar do estojo. Ele pega o colar e coloca no meu pescoço. Vou até o espelho.

– É tão bonito! - exclamo.

– Ficou ainda mais em você. - ele diz, indo até o espelho e me abraça por trás.

– Você me mima demais, sabia? - digo, indo até a cama e sento. Tiro o colar e o guardo de volta no estojo. Não faz sentido eu ficar com o colar dentro de um quarto de hotel. Ele sorri e senta do meu lado.

– Hummmmm... Isso aí é sorvete de chocolate com pedaços crocantes de chocolate? - ele pergunta. Confirmo com a cabeça. Ele pega o pote e a colher com que eu estava comendo. - O resto é meu!

– Não é não! Tem muito aí! - exclamo rindo. Pego outra colher no carrinho e como o sorvete junto com Cato.



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