Born To Die - Clato escrita por Sadie
Notas iniciais do capítulo
Agora saímos do prólogo aslkdjaskdj
Cato com 17 anos e ela com 15
Hoje é a Colheita.
Venho treinando há anos para esse dia, como todos os outros adolescentes do Distrito 2. Temos uma academia especial para isso, e como apenas uma garota e um garoto vão para os Jogos em cada ano, os treinadores se reúnem uma semana antes da Colheita e decidem quem vai ser o tributo desse ano. Venho treinando há anos para o dia em que eu iria me voluntariar. Esse ano, decidiram que eu quem deveria ser a voluntária. E eu aceitei.
Marquei de encontrar Cato ás dez horas no centro de treinamento, pois teriamos um tempo para conversar e treinar antes de ocorrer a Colheita.
Saio de casa e vou para o treino, esperando Cato. Estou passando por um corredor, quando encontro uma porta entreaberta. Resolvo ignorar, mas ouço a voz de Cato.
– Porque eu tenho que me voluntariar esse ano? Porque não pode ser ano que vem? - ele pergunta.
– Cato. Ano que vem não. Tem que ser esse ano. Você já está mais do que preparado para isso! – reconheço a voz. É de Enobaria.
Não. Cato não pode fazer isso. Ele me prometeu. Ele sabe que eu vou me voluntariar esse ano. Esse idiota não pode fazer isso comigo!
Minha visão começa a ficar embaçada. Lágrima estúpida. Não caia. Saio correndo, e acabo derrubando um vaso de flores. Olho para trás, e vejo que Cato estava saindo da sala. Saio correndo, ele não pode me ver assim.
Droga. Ele me viu.
– Clove! –ele grita. Ignoro. Saio do centro de treinamento e vou direto para a floresta. Pego a minha faca que eu escondo na minha bota e fico golpeando uma árvore.
Uma coisa me agarra por trás, bloqueando os movimentos do meu braço, e sei que é Cato.
– Sai daqui! –digo. Ele pega a minha faca e joga no chão. Ele me segura e me coloca em seu ombro, como se eu fosse um saco de arroz. Fico chutando ele na barriga, mesmo que isso não o machuque, ao menos vai irritá-lo.
– Clove! –ele diz. – Para com isso!
– Você é um mentiroso! Me prometeu que não ia se voluntariar! –digo, tentando bloquear meu rosto, que agora, estava cheio de lágrimas.
– Clove!
– Acho que você esqueceu que eu vou me voluntariar esse ano! –digo com ignorância.
– Não se voluntarie. – ele diz sério.
– E eu vou me prejudicar por você? Anos de treinamento, para chegar no dia, e eu não me voluntariar? – ele me põe no chão.
– Então nós dois vamos para a arena. – ele diz. Seu orgulho o venceu.
– Tudo bem então. – digo. Meu orgulho também me venceu. Ajeito minha blusa. Seco minhas lágrimas, pego minha faca e deixo Cato na floresta plantado com cara de: “sério mesmo?”
* * *
O sino toca, e todos nós somos obrigados a ir para a praça.
Chegando lá, vou para uma fila onde eles recolhem meu sangue para marcar presença. Depois, vou para a área das meninas com 15 anos.
Uma mulher da Capital – não a reconheço esse ano - sobe no palco. O salto dela é enorme, o vestido é azul e a peruca é verde. Argh.
Ela chama o prefeito e ele fala sobre o tratado da traição, ela diz como é uma honra estar aqui no Distrito 2, e vai até o recipiente em que está os nomes das garotas. Estou quase rejeitando a hipótese de me voluntariar por causa de Cato. Mas não preciso. Fui sorteada.
As pessoas abrem o meu caminho. Algumas sorriem para mim, algumas fazem sinais de “boa sorte” sorrindo. Chego ao palco, e a mulher sorri para mim. Olho em direção aos garotos, e encontro Cato. Fico o olhando, tentando mandar uma mensagem de: “não se voluntarie ou eu te mato antes de entrarmos na arena”, mas parece que ele tenta não fazer contato visual.
A mulher anda até o recipiente em que contém os nomes e ela tira um papel. Cato finalmente olha para mim, e me lança um olhar de: “me perdoe”.
– Eu me ofereço como tributo! – ele grita.
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