Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Agora saímos do prólogo aslkdjaskdj
Cato com 17 anos e ela com 15



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Hoje é a Colheita.

Venho treinando há anos para esse dia, como todos os outros adolescentes do Distrito 2. Temos uma academia especial para isso, e como apenas uma garota e um garoto vão para os Jogos em cada ano, os treinadores se reúnem uma semana antes da Colheita e decidem quem vai ser o tributo desse ano. Venho treinando há anos para o dia em que eu iria me voluntariar. Esse ano, decidiram que eu quem deveria ser a voluntária. E eu aceitei.

Marquei de encontrar Cato ás dez horas no centro de treinamento, pois teriamos um tempo para conversar e treinar antes de ocorrer a Colheita.

Saio de casa e vou para o treino, esperando Cato. Estou passando por um corredor, quando encontro uma porta entreaberta. Resolvo ignorar, mas ouço a voz de Cato.

Porque eu tenho que me voluntariar esse ano? Porque não pode ser ano que vem? - ele pergunta.

– Cato. Ano que vem não. Tem que ser esse ano. Você já está mais do que preparado para isso! – reconheço a voz. É de Enobaria.

Não. Cato não pode fazer isso. Ele me prometeu. Ele sabe que eu vou me voluntariar esse ano. Esse idiota não pode fazer isso comigo!

Minha visão começa a ficar embaçada. Lágrima estúpida. Não caia. Saio correndo, e acabo derrubando um vaso de flores. Olho para trás, e vejo que Cato estava saindo da sala. Saio correndo, ele não pode me ver assim.

Droga. Ele me viu.

– Clove! –ele grita. Ignoro. Saio do centro de treinamento e vou direto para a floresta. Pego a minha faca que eu escondo na minha bota e fico golpeando uma árvore.

Uma coisa me agarra por trás, bloqueando os movimentos do meu braço, e sei que é Cato.

– Sai daqui! –digo. Ele pega a minha faca e joga no chão. Ele me segura e me coloca em seu ombro, como se eu fosse um saco de arroz. Fico chutando ele na barriga, mesmo que isso não o machuque, ao menos vai irritá-lo.

– Clove! –ele diz. – Para com isso!

– Você é um mentiroso! Me prometeu que não ia se voluntariar! –digo, tentando bloquear meu rosto, que agora, estava cheio de lágrimas.

– Clove!

– Acho que você esqueceu que eu vou me voluntariar esse ano! –digo com ignorância.

– Não se voluntarie. – ele diz sério.

– E eu vou me prejudicar por você? Anos de treinamento, para chegar no dia, e eu não me voluntariar? – ele me põe no chão.

– Então nós dois vamos para a arena. – ele diz. Seu orgulho o venceu.

– Tudo bem então. – digo. Meu orgulho também me venceu. Ajeito minha blusa. Seco minhas lágrimas, pego minha faca e deixo Cato na floresta plantado com cara de: “sério mesmo?”

* * *

O sino toca, e todos nós somos obrigados a ir para a praça.

Chegando lá, vou para uma fila onde eles recolhem meu sangue para marcar presença. Depois, vou para a área das meninas com 15 anos.

Uma mulher da Capital – não a reconheço esse ano - sobe no palco. O salto dela é enorme, o vestido é azul e a peruca é verde. Argh.

Ela chama o prefeito e ele fala sobre o tratado da traição, ela diz como é uma honra estar aqui no Distrito 2, e vai até o recipiente em que está os nomes das garotas. Estou quase rejeitando a hipótese de me voluntariar por causa de Cato. Mas não preciso. Fui sorteada.

As pessoas abrem o meu caminho. Algumas sorriem para mim, algumas fazem sinais de “boa sorte” sorrindo. Chego ao palco, e a mulher sorri para mim. Olho em direção aos garotos, e encontro Cato. Fico o olhando, tentando mandar uma mensagem de: “não se voluntarie ou eu te mato antes de entrarmos na arena”, mas parece que ele tenta não fazer contato visual.

A mulher anda até o recipiente em que contém os nomes e ela tira um papel. Cato finalmente olha para mim, e me lança um olhar de: “me perdoe”.

– Eu me ofereço como tributo! – ele grita.



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