Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 17
Capítulo 17




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Quando acordo, parece que minha cabeça está prestes a explodir de tanta dor de cabeça. O calor contribui.

Saio da barraca, que parecia um forno. A brisa quente bate no meu rosto. Começo a ficar irritada.

Vou até Cato, que havia caçado um coelho e oferecia para mim.

– Não está com calor? - pergunto, vendo que ele ainda estava agasalhado.

– Não. - ele responde. - E você caça o almoço. - ele diz em tom de autoridade.

– Não.

– Cacei todas as refeições. Você não pode caçar uma?

– Você não manda em mim. -respondo com ignorância.

– Tudo bem. -ele responde com um sorriso falso. Ele se levanta, pega uma mochila que estava do seu lado e caminha calmamente em direção a floresta.

– Isso, vai embora mesmo! -grito para ele. E então, ele some em meio às àrvores. Era só o que me faltava, Cato me deixando aqui sozinha! Quem precisa dele? Ninguém precisa dele.

Jogo a faca mais próxima de mim na árvore que estava do seu lado. Ele vai voltar. Eu sei que vai. É só esperar até de noite.

Como o coelho, pego minha garrafa e vou até o lago para trocar a água. Troco a água. Sento na beirada do lago e coloco os pés nele. A água fria me relaxa, mas isso não dura muito. O céu escurece, e traz chuva com relâmpagos.

Vou para a minha barraca. Cato já deve estar voltando. Ele tem que estar voltando.

Meus espirros voltam, e começo a sentir frio. A chuva demorada passa, e nada de Cato. Ele pode ter ido caçar os tributos do 12. Ou pode ter me deixado aqui.

Eu preciso dele.

* * *

Acordo esperando ver Cato ao meu lado dormindo, mas tudo o que tem é o seu saco de dormir vazio.

A chuva volta ainda mais forte do que antes. Estou ficando preocupada com Cato, e se o garoto do 11 tiver matado ele e eu não ouvi o canhão por causa da chuva?

Saio da barraca, pego minha jaqueta e me protejo da chuva com ela. Vou na direção em que Cato saiu. A chuva fica mais forte, e vejo um barranco na minha frente. Só me falta ele ter caido ali. Então vejo o seu casaco em meio á lama.

– Cato! - grito. Nenhuma resposta. O pedaço de terra em que estou está se desprendendo, então resolvo voltar para o acampamento, com esperanças de que Cato esteja lá.

Mas não.

A noite cai e a chuva continua, só que mais forte. Os Idealizadores estão fazendo os dias mais quentes e as noites mais frias.

A chuva fica fraca, e então trompetes soam. Ouço a voz de Claudius Templesmith. Ele está nos convidando para um ágape. Não, obrigada.

– Esperem um pouco. Alguns de vocês já devem estar declinando meu convite. Mas esse não será um ágape qualquer. Cada um de vocês precisam desesperadamente de alguma coisa. Cada um de vocês encontrará essa alguma coisa na Cornucópia, ao amanhecer, dentro de uma mochila marcada com o número de seu distrito. Pensem bem antes de se recusarem a comparecer. Para alguns de vocês, essa será a sua ultima chance. – fala Claudius. Então, Cato vai estar dentro de uma mochila? Talvez ele compareça no ágape...

Proteção. Alguma proteção contra a garota do 12, já que ela roubou o arco de Glimmer, como Cato me contou. Então ela sabe atirar com arco e flecha, o que pode me matar rapidamente.

Sim, eu vou no ágape.

Ouço um barulho, talvez seja a chuva. Mas esse barulho não foi feito pela chuva. Isso foi uma pessoa.

Saio da barraca, e um vulto andava em minha direção. Ele me segura pelas mãos.

– Você não vai no ágape sozinha! - a voz era de Cato. Pego minha lanterna e ilumino o seu rosto. Sujo de lama e arranhado.

– O que houve?! - pergunto preocupada. Suas mãos também estavam machucadas.

– Caí do barranco. - ele responde sério. O conduzo até a barraca, que não era pequena mas também não era enorme, e o faço sentar. Pego a água da minha garrafa e limpo seu rosto da lama. -Você não vai no ágape sozinha. Me prometa.

– Vamos juntos. - falo, enquanto limpo suas mãos. - Pegaremos nossa mochila, talvez tenha algo que nos proteja da garota do 12, certo?

– Certo. - ele responde relutante.

– Ou você prefere que roubem nossa mochila? - pergunto. Pego a maletinha de primeiros socorros, a abro e pego algodão e soro.

– Não.

– Pare de se mexer. Como caiu do barranco? - pergunto, enquanto limpo os machucados de seu rosto.

– Não foi nada de mais. Nem está doendo. Não precisa de limpar.

– Quer uma infecção? - pergunto. Ele revira os olhos, e continuo limpando seus machucados.

– Esse machucadinho não mata ninguém. Aliás, nada dessa arena vai conseguir me matar.

– Convencido? Sim ou claro? - digo rindo. Ele fica sério. - Porque foi embora?

– Eu sabia que você estava irritada. Quando está irritada, briga com todos. Não queria brigar com você. Por quê? Achou que eu te abandonei?

– Não. - digo. Eu posso ter pensando por um segundo, mas não vou falar isso para ele. - Durma. Eu fico de guarda. Já dormi demais.

Obedientemente, ele entra no saco de dormir e dorme. O observo dormindo. Mesmo com os machucados, continua bonito. Um garotão, podemos dizer. Não sei como vai ser no ágape amanhã, e só quero que ele não se machuque.

Um relâmpago ilumina a noite, seguido de um trovão.

As horas passam, já deve estar de madrugada, e já estou ficando com sono. Ninguém deve ser doido de tentar matar outro tributo nessa tempestade, ainda mais quando está quase na hora do ágape. Não quero acordar Cato, então durmo ao seu lado.




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Notas finais do capítulo

fanfic acabandoooooooooooo, dêem sua opinião!



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