Only My Little Clove (Jogos Vorazes) escrita por Clove Flor


Capítulo 2
What's a soulmate? - Cap. 1


Notas iniciais do capítulo

WOOOWWWWW !
Quero agradecer a todos que comentaram o meu texto! Sério gente, um capítulo com 10 reviews?? EU NÃO ACREDITO!
Obrigada mesmo, e para recompensar, esta aqui o primeiro capítulo.



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What’s a soulmate? – Cap 1

Pov Cato (12 anos) (a Clove tem 10)

Já é o pôr do Sol. Clove ama ir à campina nesse horário. A campina fica perto de um vale, é um pouco longe de minha casa, mas eu não me importo. Há muitas poucas árvores nele, mas o suficiente para Clove ter alvos. Levo uma mochila em meus ombros, onde contém um cilindro de água, uma escova de cabelos de minha mãe e uma lâmina, se acontecer algo.

Ando devagar, quero fazer uma surpresa para ela, já que faz um tempo que não nos vemos, nem na escola, que estudamos em classes diferentes.

Miro Clove com seus cabelos negros ao vento. Ela atira facas no alvo imaginário da árvore. Sorrio. Saudades dela...

Aproximo-me mais, sem fazer barulho. Mas como sou um otário (apelido carinhoso que Clove me deu)  acabo pisando em um dos únicos galhos que há em meu caminho. Sem pensar duas vezes, Clove lança sua faca em minha direção, cortando o ar, cravando-se num tronco de árvore logo atrás de mim.

─Queria me matar? – indago assustado.

─ Queria? Eu quero te matar, querido. – ela ri, se aproximando e retirando a faca do toco da árvore.

─ E o meu abraço? – faço uma cara de triste, estendendo os braços.

─ E você merece?- ela arca a sobrancelha. – Okay. – Clove se rende e abraça-me. Por causa de sua ( e particularmente minha) altura, é como se ela abraça-se meu tórax, pois é aí que se encosta seu rosto.
Pego em uma mecha de seu cabelo, ainda a segurando em meus braços, e inalo o seu aroma.

─Cato?

─Sim, Clove?

─Pode... Pode me soltar agora?

─Ah, sim... – digo constrangido.

Ela levanta seus braços por um segundo, como se estivesse se espreguiçando. Olho para seus punhos por um segundo e logo os seguro com minhas mãos.

─O que é isso?! – indago olhando para seu punho, onde havia uma marca de três arranhões longos e profundos, onde escorria gotas de sangue pelos seus braços. ─Você andou se cortando?!

─Pare Cato! – ela tenta se livrar de minhas mãos.

─Vai! Me conte! – perco o controle com ela. É o que acontece quando você treina para ser um Carreirista. É uma técnica que seu treinador te ensina para a arena, mas logo você não consegue mais controlá-la.

─ Você não ia gostar de saber, esta bem? – Ela diz, soltando um grito abafado pela dor. Uma lágrima escorre por suas bochechas.

Nunca a vi chorar, e também nunca quis. Com isso, diminuo a força que uso, mas não. Eu me preocupo com ela, não quero que vire uma mania, entende?

─Eu não vou soltar... Até você me contar. – respondo com uma voz mais estável. Não parece que eu tenho apenas 12 anos, não?

─ É... É que você sabe como nunca recebo atenção de meus pais, apenas minha irmã, sabe como você é o único que conversa comigo fora ela, o único que... que se importa comigo, Cato. E fazia semanas que eu não te via! Semanas que ninguém conversava comigo! Que ninguém me dava um pingo de atenção! Estava com saudades... – Ela diz limpando algumas lágrimas ligeiras que escorriam pelo seu rosto.

Abraço-a novamente e sussurro em seu ouvido:

─Também senti sua falta, pequena. – solto-a, mesmo que não queira. ─Mas pare com isso. Venha, deixa eu te acalmar.

─ Como se você fosse calmo! –ela ri.

─Pelo menos controlo minhas emoções melhor que você, chorona! – ironizo, sentindo ela socar de leve o meu braço. Puxo-a para sentar-mos na grama macia, onde o pôr do Sol fica diante de nós.

Retiro de minha mochila a escova de minha mãe e espero Clove se acomodar em minha frente. Seus cabelos estavam lisos, e nas pontas uma leve ondulada. Ela os joga para trás, e começo a pentea-los. Sei que isso a deixa calma.

Começo com a mão vaga a entrelaçar meus dedos em seus cabelos.

─Cato... – ela chama com uma voz mais doce.

─Quer que eu pare? – pergunto, retirando minha mão.

─Não, não, eu gosto. Quero te fazer uma pergunta.

─Tudo bem. – digo, voltando a acariciar seus cabelos.

─ O que é soulmate*? – ela pergunta.

─Ér... – não sei o que responder, acabo deixando um silêncio desconfortável entre nós. Sim, eu sei o que é soulmate, mas me sinto estranho ao ter que responder, me sentirei constrangido. ─ Posso te responder outro dia, pequena?

─Pode... – ela parece desapontada.

Aproximo-me mais de seus cabelos e sorrio ao sentir o cheiro de cereja. Sabe... Eu gosto de cerejas.

*Soulmate: alma gêmea


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Notas finais do capítulo

Achei esse capítulo meio enjoativo, o próximo é bem mais legal, e se eu receber 3 reviews no próximo eu posto mais um, que foi o melhor escrito até agora modéstia a parte.
Bjss !!