No longer is it enough?-Cap. 10

POV Cato.

>Música pro Cap. (: Depois vejam a tradução, é Clato asdfghjklç♥

Quer sentir dor maior que esta? Ouvir que sua pequena nunca foi sua, nunca pertenceu a você ou simplesmente... Agiu por impulso?

Sério, eu mereço?

Eu acho que sim.

Por não ter protegido-a suficiente, talvez?

Mas, céus, eu me voluntariei! Eu irei morrer só para a manter viva, quer proteção maior?

Todas esses pensamentos estão presos em minha garganta. Apenas continuo parado enfrente a porta do elevador, observando-a.

─Clove... – começo, respirando fundo. ─Eu não te entendo mais.

I'm still alive but I'm barely breathing

(Estou vivo, mas quase não consigo respirar)

Just prayed to a God that I don't believe in...

(Apenas rezando para um Deus que não acredito...)

Ela abre a boca para dizer algo, mas logo para.

'Coz I got time while she got freedom

(Porque eu tenho tempo enquanto ela tem liberdade)

'Coz when a heart breaks no it don't break even

(Porque quando um coração se parte, não se parte de verdade)

─Nós éramos amigos, Clô. Você era minha melhor amiga. Eu te protegia, eu conversava com você. Eu te ajudava em tudo.

─E-eu... – ela ia dizer algo mas solto a bomba:

─Eu me apaixonei por você, Clove. E, na realidade, esperava o vice-versa. Acha que eu to aqui pra quê? Pra lutar até a morte? – digo ironicamente, mas sentindo um aperto em meu coração enquanto ela me olha com seus olhos (lindos) esbugalhados.

What am I suppose to do when the best part of me was always you?

What am I suppose to say when I'm all choked up and you're okay?

I'm falling to pieces

I'm falling to pieces...

( O que eu deveria fazer se a melhor parte de mim sempre foi você?

O que devo dizer quando estiver engasgado e você estiver bem?

Estou caindo aos pedaços

Estou caindo aos pedaços...)

─Eu estava aqui para te defender. Eu iria morrer por você, pequena. – agora eu ergo os braços como se estivesse confuso. ─Mas isso é um jogo, não é mesmo? O mais capaz vence. Matar ou morrer! E sabe o que eu escolho? – eu vejo o tom de minha voz elevada e paro, suspirando.

Eu tenho de dizer isso. Eu tenho de mentir por ela.

Mas, mentir? Tem certeza que o que irei dizer é só mais uma mentira? Realmente estou omitindo a verdade ou estou mostrando-a?

─Matar. – minha voz soa como um sussurro, mas acho que essa era a intenção, já que chego bem perto de seu ouvido para dizer-lhe isso.

Viro as costas e entro no elevador, quando as portas estão se fechando, ouço-a murmurar:

─Você era doce.

─Você era minha. – eu murmurei e seus olhos cinzentos se encontraram com os meus no clima da tempestade, suas bochechas estavam vermelhas e algumas lágrimas escorreram por seu rosto.

Eu nunca fui doce e ela sabe disso.

Só que você cresceu. E então mudou completamente. Eu mesmo me assustei na colheita. Você estava feliz. Absurdamente feliz.

Mas por que você estava tão feliz? Não que eu não goste de ver Clove assim, eu amo. Mas mesmo assim, por quê?

Naquela manhã estávamos tão... alegres. Perdidos em sentimentos

Impossível.

Será que isso só aconteceu comigo?

─Nós? Apenas somos amigos. O... o beijo? Ér, foi só por impulso.

─Eu não sou sua, Cato. Nunca fui.

Por que suas palavras me machucam tanto?

Por que você a ama bocó.

Não, não a amo.

Ama sim.

NÃO amo.

...

Preciso do telefone de algum psiquiatra urgentemente.

Ela era inocente e até meiga.

Mas o tempo passa, a gente cresce, a gente muda.

Ela agora é fria. Pena que eu sei disso a muito tempo e poderia ter impedido.

Mas quem sou eu para dizer isso? Eu sou bruto.

E lindo, vamos dizer a verdade, não é?

Foco, foco e foco.

─Como foi o treinamento? – Brutus estava sentado no sofá, e quando me dou conta já estava dentro da sala de televisor.

─Legal, me sai bem. – digo.

─ Ótimo. Guarde pra batalha a força toda.

─Claro.

Entro na cozinha e pego uma fatia de torta de maçã feita por nossos Avox.

─Cato. – uma voz me chama. ─ Precisamos conversar.

─Eu não quero conversar com você. Me deixa em paz. – digo saindo da cozinha , até que uma mão pequena e delicada segura meu punho.

─Por favor.

─Quer me humilhar mais? - dou uma risada nervosa, virando-me para Clove. ─Já não foi o bastante? – olho em seus olhos, e vejo-os verdes como nunca. ─Impulso. Só isso, eu também agi por impulso.

─Eu não agi por impulso, Cato. Só precisava de uma desculpa. – sua voz fica fraca.

─Desculpa? Pra quê?! – exalto-me.

Essa baixinha linda está tirando uma com a minha cara?

─Para esconder meus sentimentos por você.