Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 9
08 – Eu Sabia Que Ela Sabia


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Desculpe pela demora, eu ia postar o capitulo ontem, mas foi aniversario do meu tio e teve uma pequena festa...
Eu queria agradecer a Filha de Persefone pela recomendação nessa fic, MUITO OBRIGADA, fiquei imensamente feliz com ela *-* e ao Alan Wesley pela também incrível recomendação em FDZ, cheguei a incrível marca de 51 recomendações nessa fic, MUITO OBRIGADA Alan *-*
Agora eu espero que gostem do novo capitulo ^-^ Enjoy...



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Eu vou te dar uma dica para quando você for dar uma má, má, muito má noticia mesmo a uma filha de Atena que ainda por cima é mãe. Preste bastante atenção.

Você deve amarrar ela bem forte em algum lugar que você saiba que nem um ciclope poderoso poderia destruir para escapar. Sim, faça exatamente isso. Você não vai fazer ideia de como essa dica vai lhe ser útil até você presenciar um momento como esse.

Infelizmente na hora que deram – juro, não fui eu quem contou para Annabeth sobre o que tinha acontecido com Nina e Damon. – a má noticia à Annabeth eles não tinham feito isso.

Nico tinha acabado de acordar alguns minutos depois do sonho que eu tive. Eu chamei Michael Yew até o chalé de Poseidon como ele tinha me pedido para fazer quando Nico, ou Annabeth acordassem para ele examinar e ver como eles estavam.

Nesses meses Michael recuperou um pouco da sua memoria de quando vivia aqui no acampamento. Se lembrou das aulas de arco e flecha, dos ensinamentos de Quiron sobre as curas, dos cânticos a Apolo para ajudar na recuperação dos pacientes, enfim, de varias coisas.

Aos poucos ele estava voltando a ser como era.

Eu tinha saído do chalé para pegar umas ataduras que Michael pediu, ele resolveu trocar os curativos de Annabeth, deixa-los os mais limpos possíveis para não correr nem um risco, e na hora que eu estava saindo do chalé de Apolo com as ataduras foi quando eu vi uma Annabeth furiosa sair do chalé de Poseidon destruindo completamente a porta do chalé.

– Annabeth! – chamei alto por ela, porem ela não me deu ouvidos e saiu correndo em direção à arena de combate. – Annnabeth? – gritei, mas foi em vão. Ela já estava longe.

Michael saiu do chalé de Poseidon com Nico logo atrás deles. Ambos estavam com caras de culpados quando olharam em minha direção.

– Desculpa cara. – pediu Michael abaixando a cabeça envergonhado.

– O que aconteceu? – perguntei preocupado.

– Sem querer acabamos contando para ela. – disse Nico olhando receoso para mim.

– Oh merda. – praguejei mais alguns palavrões que prefiro não colocar aqui. – Mas o que ela foi fazer indo em direção a arena de combate?

– É que... Bom, conseguimos capturar três mercenários que estava lutando contra a gente. – respondeu Michael. – Eles estão sendo mantidos na arena de combate. Estamos esperando por Quíron e pelo Sr.D para saber como vamos... Ei, Percy...

Soltei as ataduras que estava na minha mão e sai correndo atrás da minha noiva sem esperar Michael terminar de falar. Eu estava sentindo um pressentimento que algo daria errado.

Quando eu fui no chalé de Apolo buscar as ataduras Austin, filho de Apolo, tinha me contado sobre os mercenários que capturamos, mas não havia me dito a onde eles estavam sendo mantidos e eu nem estava me importando muito com isso.

Agora vejo que devia ter perguntado, mas o que Annabeth iria querer com esses mercenários? Eles não poderiam nós dar nossos filhos de volta e nem nós dizer a onde eles estavam. Anfitrite e Oceano não seriam tão descuidados assim a ponto de dar informações a meros mortais como eles.

Mas, se eu levar em conta como Annabeth deve estar se sentindo no momento e como sua cabeça deve estar cheia de coisas, acho que ela não pararia para pensar em algo assim.

Assim que cheguei à arena de combate nem precisei perguntar a onde estava Annabeth, um campista logo me apontou na direção que ela tinha ido, uma sala a onde ficava o arsenal de armas e algumas armaduras, e pelo som que eu ouvi vindo de lá não poderia significar coisa boa. Para os mercenários.

Quando entrei na sala vi que Annabeth, de costas para mim, estava com uma faca pressionada contra a garganta de um dos três mercenários que, assim como os outros dois, estava amarrado fortemente contra uma pilastra de mármore.

Seja lá qual for o olhar que Annabeth estava lançando para aquele mercenário estava fazendo o cara suar frio, tremer de medo da cabeça aos pés, e para completar, e fazer o meu pedido aos Deuses que eu nunca recebesse um olhar desses dela, o mercenário tinha mijado nas calças de tanto medo. O cara tinha o dobro do tamanho da minha sabidinha.

Tinha alguns meio-sangues na sala junto com a gente, provavelmente eles estavam encarregados de ficarem de olho nós mercenários.

– Me diga agora para onde levaram os meus filhos. – ordenou Annabeth aos gritos. Se eu tinha alguma intenção de me aproximar dela, agora eu não tinha mais.

– E-eu n-na-não se-s-sei pa-pa-para on-nde eles fo-fo-foramm le-leva-vados. – disse o mercenário gaguejando nervosamente. O cara estava mais do que apavorado com o que Annabeth estava fazendo com ele. – Ju-juro. Na-não sei. – balançou a cabeça freneticamente em forma de negativa o que acabou causando um ferimento em seu pescoço.

Se eu não soubesse tudo que ele tinha feito, que ele é um dos que ajudou em tudo para capturarem meus filhos, eu até sentiria pena dele. Ele e todos os mercenários que estão ajudando Oceano e Anfitrite deveria pagar caro por terem se aliado a eles. Ou no caso, terem sido subornados por eles.

Mas, eu não podia deixar Annabeth assassinar alguém assim. Justiça não se paga com a morte mesmo que a pessoa quem a recebe seja alguém que tenha matado alguém. Eles têm que pagar por seus crimes na terra enquanto viverem e depois eles serão julgados pelos juízes no Mundo Inferior, fazendo a justiça nos dois mundos.

– Annabeth, solte-o. – falei calmamente ainda não me atrevendo a me aproximar dela.

– Não! – gritou ela sem nem olhar para mim. – Ele vai me falar a onde estão Damon e Nina. De um jeito ou de outro ele vai.

Assim que Annabeth falou essas palavras ela se afastou um pouco tirando a faca da linha do pescoço do mercenário que começou a gritar de dor e suar sem parar.

Os outros dois mercenários que estavam um de cada lado do mercenário que Annabeth tentava tirar informações a base de tortura, presumo eu que essa gritaria que o mercenário começou a fazer foi pelos novos e desenvolvidos poderes psíquicos da minha Sabidinha, começaram a chorar feito bebês.

Os meio-sangues que estavam a nossa volta deram vários passos para trás, só não se afastaram mais porque encontraram as paredes da sala, assustados com o que Annabeth estava fazendo e eu também estava.

Eu nunca imaginei que Annabeth tivesse desenvolvido seus poderes a esse ponto. Ela somente tinha me dito que estava aprendendo a controla-los e nunca havia feito nada que infligisse dor a outra pessoa.

Não gosto de pensar que ela mentiu para mim, o que eu tenho certeza que ela não fez – Annabeth pode omitir um fato, mas nunca mentir – então fico com a teoria do que acontece com todos os meio-sangues que adquirem certos poderes vindos de seus pais olimpianos.

Quando ficamos com raiva, ou somos pressionados perdemos o controle de nossos poderes e acabamos por fazer coisas sem pensar muito nelas. O monte Santa Helena é uma prova de quando eu extrapolei um pouco.

– Eu não sabia que Annabeth podia fazer algo assim. – disse um dos meio-sangues que estava perto de mim com a voz tremula, apavorado.

Ele é um filho de Hermes, Jonathan Holmes se não me engano, e provavelmente estava revendo se valia a pena fazer qualquer brincadeira com o chalé de Atena futuramente. Se eu fosse ele já teria descartado a ideia de fazer qualquer brincadeira com o chalé 6.

– Annabeth pare com isso agora. – falei indo em direção a ela, mas ela não me ouviu.

O mercenário continuou a gritar sem parar, sangue começava a escorrer por suas orelhas e nariz. Se continuasse com isso Annabeth mataria o cara em questão de segundos.

– Não sabemos de nada, não nós matem. – gritou um dos mercenários olhando amedrontado para Annabeth. – Somente fomos pagos para atacar o acampamento. Não nós disseram nada sobre sequestrarmos crianças. Eu juro.

– Annabeth, pare. – falei passando os braços sobre a cintura dela, prendendo seus braços rente ao seu corpo. Imediatamente Annabeth relaxou ao meu contato e ouvi um sôfrego suspiro de alivio vindo do mercenário que ela torturava.

– Não, eles têm que me dizer a onde levaram Nina e Damon. – disse Annabeth em fúria tentando se soltar de mim e novamente o mercenário voltou a gritar de dor.

– Eles não sabem, Annabeth. – falei com a maior calma que eu conseguia no momento.

Puxei Annabeth para trás a afastando do mercenário. Estava tentando leva-la para fora da sala, espero que o poder dela tenha um limite de alcance porque se não o mercenário vai dessa para melhor se eu não conseguir acalmar minha Sabidinha.

– Eles têm que saber. – contra argumentou ela ferozmente.

– Acha mesmo que Oceano, Anfitrite ou qualquer inimigo que queria que seu plano de certo contaria algo para meros mercenário? – perguntei virando Annabeth de frente para mim e a abracei com força enquanto ela ainda tentava se soltar de mim.

– Eles têm que saber!? – repetiu ela com a voz um pouco tremula mais como uma pergunta do que com uma afirmação. Parecia que finalmente minha Sabidinha estava voltando a raciocinar sobre o que estava fazendo, mas ela ainda tentava se soltar de mim.

O mercenário parou de gritar o que foi um grande alivio, mas segundos depois de pensar isso eu gostaria mais de ouvir ele gritar do que o próximo som que eu ouviria.

– Eu também queria acreditar nisso. – falei a abraçando mais forte quando ela se apoiou totalmente em mim. – Mas pense Annabeth, acha que eu estou errado? Eles contariam algo como sua localização para esses mercenários?

Annabeth enfim parou de se debater contra mim e começou a chorar fortemente. Partia meu coração ouvir Annabeth chorar assim e tudo que eu podia fazer no momento era conforta-la e tentar confortar a mim mesmo.

– Veem, vamos sair daqui. – falei pegando ela no colo. Olhei para Jonathan. – Chame um filho de Apolo para ver como esta o mercenário, eles ainda pode saber de alguma coisa. – ele assentiu saindo imediatamente da sala.

Os outros meio-sangues que ficaram na sala começaram os primeiros socorros no mercenário que parecia que tinha perdido a consciência enquanto que os outros dois continuavam a chorar agora silenciosamente.

Sai com Annabeth no colo indo em direção ao chalé de Poseidon. No caminho vários meio-sangues, sátiros e ninfas nós olhavam intrigados e começaram a tirar suas próprias conclusões do que tinha acontecido com Annabeth para eu a estar carregando, mas passei por eles sem me importar com o que estava fazendo ou falando.

Michael estava encostado contra a parede do chalé 3 e assim que viu Annabeth e eu rapidamente abriu a porta, ou devo dizer cortina já que a porta foi destruída minutos atrás e agora tinha um lençol pendurado em seu lugar, do chalé dando passagem para a gente.

Nico estava recostado contra a cabeceira do beliche com uma bandeja em cima do seu colo com um prato de comida e um copo em cima. Quando ele viu Annabeth e eu imediatamente colocou a bandeja de lado e levantou da cama com um pouco de dificuldade.

– Me desculpa, Annabeth. – pediu o filho de Hades abaixando a cabeça envergonhado. – Eu não pude fazer quase nada para impedir que...

– É minha culpa. – disse ela entre os soluços interrompendo Nico. Sua voz saiu abafada por estar com o rosto escondido contra o meu pescoço. – É tudo minha culpa. – ela passou um braço sobre o meu ombro e me abraçou forte.

– Ei, não fale isso. – sussurrei rente ao seu ouvido. – Nada do que aconteceu é sua culpa.

– Annabeth, com tudo que estava acontecendo não tem como isso ser sua culpa. Eu não pude fazer nada por eles. – disse Michael com a voz um pouco abalada. – Fomos pegos de surpresa. Não sabíamos o que estávamos enfrentando.

– Por isso é minha culpa. – disse ela me deixando confuso. – Me coloque no chão, por favor, Percy. – pediu e assim eu fiz.

– Annabeth não tem como...

– Eu sabia que eles nós atacariam aqui no acampamento. – disse Annabeth interrompendo Nico deixando ele, Michael e eu espantados. – Eu sabia que eles viriam nos atacar aqui para pegar Nina, Damon e o Leo.

Engoli em seco com o que Annabeth havia acabado de nós dizer. Eu sabia que ela sabia de alguma coisa, mas era isso que ela sabia? Era isso que ela estava escondendo de mim?

– Melhor explicar isso direito, Annabeth. – minha voz saiu tremula. Eu não podia acreditar que Annabeth tinha omitido algo assim de mim.

– Eu não posso dizer com clareza para vocês como eu sei disso. Somente sei. – disse ela desviando o olhar, preferindo encarar o chão a mim.

– Sabe que isso não é o suficiente. – falei colocando a mão em seu rosto fazendo ela me encarar. – Me diz como você sabia sobre o ataque.

– Tem muitas coisas em jogo que poderia arruinar a única esperança que tenho de que Damon, Nina e os outros fiquem bem enquanto estão com eles. Não posso falar nada. – continuou ela. Com o olhar ela me mandou uma clara mensagem.

Eu podia até sentir a lâmpada imaginaria acendendo em cima da minha cabeça com essa mensagem e com o que Annabeth tinha dito. Podia ser que o que eu estava compreendendo com essas informações fosse um pouco diferente do que realmente estava acontecendo, mas algo dentro de mim gritava que eu estava certo.

– A gente vai resgatar Nina e Damon. – falei abraçando Annabeth. Olhei para Nico. – Vamos resgatar todos. Nico fica ainda mais emo-tivo quando não esta com a Ashley.

– Ei. – gritou Nico indignado fazendo Annabeth, Michael e eu rirmos descontraindo um pouco a atmosfera pesada que nós rodeava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me desculpem mais uma vez por ainda não ter respondido todos os reviews, estou tentando, mas tem dias que não consigo responder... Semana que vem eu vou atualizar OKoL, postando o ultimo capitulo e deixando um recado importante nele, e vou atualizar TaL.
Se quiserem, é claro, mandar reviews e recomendações eu agradeceria muito...
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^