Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 2
02 – Vamos Morrer


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^ Estou muito feliz com os reviews que recebi só no primeiro capitulo. Muito obrigada a todos.
Queria também agradecer ao Juliander da Silva pela recomendação em EL e também ao Alucard Leo pela primeira recomendação nessa fic, muito obrigada aos dois eu amei as recomendações.
Espero que gostem do segundo capitulo... Enjoy...



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Eu devia ser o cara mais azarado do mundo, pelo menos quando se trata de arranjar novos inimigos e encontrar velhos inimigos que querem acabar comigo.  Porque monstros não simplesmente morrem? Pelos Deuses.

Nem um monstro que eu matava, ou participava de sua morte ficavam muito tempo no mundo inferior. Primeiro teve o Minotauro, não se passaram nem três anos para o bicho vir atrás de mim de novo. Ainda teve a Medusa que apareceu ano passado acompanhada de mais algumas de suas novas amizades e agora esse monstro, a Manticore.

Lembro que foi graças ao Sr. D que saímos vivos quando vi a Manticore pela ultima vez. O que lembra que daquela vez o Deus do vinho me chamou pelo meu nome correto. Raridades assim acontecem de vez enquanto até mesmo para mim basta pedir por favor, algumas vezes.

Mas o mais importante no momento. Eu não podia acreditar que um monstro estava parado no meio do meu apartamento. Eu estava tentando entender como isso podia ter acontecido, mas nada me vinha na cabeça.

– Pelo jeito causei boa impressão em vocês, se lembram de mim.  – disse dr. Espinheiro sorrindo para a gente como se estivesse em frente a sua próxima refeição. O que eu não duvidava muito que era isso que ele pensava de nós.

– Foi tão boa que me sinto mal por não te oferecer chá com biscoitos, sentar em volta de uma linda mesa e conversar pela sua adorável visita. – disse Nico sarcasticamente.

Tão rápido quanto eu me lembro vi um projetil sair de algum ponto atrás do dr. Espinheiro e ir em direção a Nico. Com rapidez Nico batei a mão em seu pulso a onde estava o relógio/escudo que Tyson havia lhe dado um tempo atrás.

O escudo não se formou a tempo, estávamos muito perto da manticore, mas o pouco que o escudo tinha se expandido foi o suficiente para alojar o projétil antes que o acertasse.

– Ser sarcástico não é muito educado. – disse dr. Espinheiro. Seu rosto se transformou ficando horrivelmente demoníaco com seus olhos castanho/azul refletindo a pouca luz que vinha do abajur da sala o que me lembrou da primeira vez que nós vimos.

Um recordação não muito agradável devo ressaltar.

– Educação eu só demonstro para aqueles que são educados também. O que não é no seu caso. – esbravejou Nico colocando a mão em sua cintura do lado esquerdo.

A espada negra feita de ferro estígio de Nico se expandiu envolta de sua bainha presa na cintura de dele. Ele desembainhou sua espada e apontou ela para Espinheiro que arreganhou os dentes para o filho de Hades.

– Acho que posso brincar um pouco antes de pegar a bebê. – disse dr. Espinheiro olhando desdenhoso para a espada de Nico.

Ele bateu uma mão na outra fazendo um eco correr e as luzes da sala acenderem. Nico resmungou ao meu lado jogando diversas pragas em grego antigo. Teria que falar com ele depois, usar esse tipo de linguajar não deveria ser permitido em hipótese alguma.

– Para vocês verem tudo. Não perderem nada enquanto eu mato vocês e levo a bebê comigo. – continuou o monstro com um sorriso convencido no rosto.

Travei o maxilar e trouxe Nina mais de encontro a mim com cuidado olhando para ela e vendo como tranquila estava sua respiração e sereno era o seu rosto enquanto dormia.

– Se bem que poderia levar os dois bebês. – disse a manticore pensativa. – Afinal um dos filhos de Zeus esta aqui também. – um sorriso cruel tomou conta do rosto demoníaco do dr. Espinheiro. – Literalmente terei o ar que nós falta junto com a pequena gota de água.

– Terá que me matar para pegar meus filhos e isso você nunca vai conseguir. – falei com raiva.

– Isso nós vamos ver. – rosnou dr. Espinheiro.

Seu rosto se tornou mais demoníaco ainda, mas ainda humano, enquanto se transformava por completo. Suas mãos se transformavam em patas laranjas, com garras enormes e seu corpo se transformou como o de um imenso leão.

Ouvi o som de um tipo de zunido e atrás do dr. Espinheiro eu pude velo balançar sua calda rija, semelhante à de um escorpião, que se erguia com espinhos na ponta. Uma saraiva de projeteis veio em nossa direção.

– Merda. – praguejei me encolhendo no chão de modo que não deixasse nem uma brecha para os projeteis acertar minha filha, mas infelizmente eu era acertado por todos eles.

Mesmo que os projeteis não pudessem me ferir eu sentia uma pequena dor nos lugares em que eles me acertavam e não eram poucos não. Nico se escondeu atrás de mim.

– Literalmente um escudo humano. – brincou o filho de Hades.

– Isso é hora para brincar, Nico. – reclamei e finalmente a manticore tinha parado de nós atacar, me atacar na verdade. Suspirei aliviado.

– É, verdade. – falou dr. Espinheiro. Olhei atentamente para a manticore enquanto Nico sussurrou algo no meu ouvido. – Me contaram que você mergulhou no Estige. Me sinto obrigado a dizer que tem coragem por ter feito tal feito, Jackson.

– Não se sinta obrigado a isso. – resmunguei e assenti a contra gosto levemente com a cabeça. Nico deu um leve cutucão nas minhas costas sinalizando que entendeu meu sinal.

Esse plano que Nico tinha rapidamente sussurrado para mim era bem bolado, Annabeth ficaria orgulhosa de Nico ter pensado nisso em um curto espaço de tempo depois de ensina-lo algumas coisas sobre estratégias, mas só tinha um problema que até Annabeth concordaria comigo nisso, pode acreditar.

Nina ficaria basicamente exposta, correria perigo mesmo que minimamente em meus braços. Somente alguém com uma incrível pontaria poderia acerta-la.

Dr. Espinheiro poderia não ser um filho de Apolo, ou uma caçadora de Ártemis, o que era impossível, os melhores em pontaria que eu conhecia, mas ele era um monstro que esta vagando na terra a sei lá quantos mil anos e tem experiência de lançar seu principal ataque usando esses projeteis por sua calda que são venenosos também.

– Preferiria que estivesse se sentindo incomodado e resolvesse sair do meu apartamento. – continuei. – Eu amaria se fizesse e amaria ainda mais se você se jogasse no Tártaro, me pouparia trabalho, ou de outro semideus, de te mandar para lá de novo.

– Ah, seu senso de humor. – dr. Espinheiro ri por entre as narinas. – Em vez de ser biológico marinho como eu ouvi que pretende ser deveria ter investido na carreira de comediante. Você em pessoa já é uma comedia, Jackson.

– Ha, ha, ha. – sorri sem humor enquanto que eu ouvia Nico tentar segurar sua vontade e rir.

Senti Nina se mexer entre meus braços e isso fez meu corpo todo ficar em alerta. Eu tinha que acabar com isso logo, só espero que o plano de Nico de certo e ele vai ter que me explicar como ele faz esse truque depois.

– Mas a brincadeira... – o rosto da manticore ficou seria. –... acabou.

O monstro avançou com suas garras expostas em minha direção. Nico aproveitou a oportunidade e pulou o sofá que não estava muito longe de nós.

Desviei das garras da manticore e tirei a tampa de contracorrente. A espada reluzente de bronze celestial se formou em minha mão bem a tempo de bloquear uma patada do dr. Espinheiro que rosnou para mim.

– Vai ser corajoso que nem da primeira vez que nós vimos. – um sorriso demoníaco tomou conta do rosto do dr. Espinheiro. – Se me lembro bem não terminou muito bem as coisas para você. A filha de Atena teve que pagar o preço e agora sua pequena bebê vai pagar.

– Você fala muita asneira. – empurrei-o com toda a minha força o afastando de nós.

– Se verdade for asneira para você, então sim. – disse ele com divertimento, mas logo seu rosto se transformou em uma expressão confusa quando ele tentou movimentar seu imenso corpo e agora eu estava sorrindo. – Mas oque...

– Esta na hora de lhe ensinar como ser educado. – ouvi Nico dizer ao lado do dr. Espinheiro.

Quando a manticore virou seu rosto para o lado Nico usou seu escudo e deu uma “escudada” na cara dele com força que se o monstro não estivesse “preso” ao chão com certeza ele teria caído e essa foi a minha deixa.

Pulei o sofá e fui em direção às escadas para tirar a minha filha do perigo, mas como eu temia o dr. Espinheiro resolveu me atacar com uma saraiva de projeteis venenosos.

Correndo um serio perigo se algum projetil acertasse meu ponto fraco, virei às costas para impossibilitar que qualquer projetil acertasse minha filha e andando de lado o mais rápido que pude fui em direção às escadas.

– Você esta trapaceando, filho de Hades. – urrou a manticore ferozmente e um projetil passou rente ao meu rosto se alojando na parede a minha frente e percebi que vários projeteis tinham se alojado na parede.

Mal pisei no terceiro degrau quando ouvi o urro de dor do dr. Espinheiro e o grito de alegria de Nico. Me virei e vi o momento em que a manticore se transformava em pó. Nico apontou sua espada para a onde estava o resto do pó do dr. Espinheiro.

– Se tivesse feito arremessos de salvamento, teria ganhado mais cinco e talvez vencido. – disse Nico divertido me deixando confuso e aliviado ao mesmo tempo.

– O que você quer dizer com arremesso de salvamento? – perguntei me sentando na escada e abraçando minha filha com cuidado. Dei um beijo em sua testa e suspirei aliviado ao ver que ela estava bem e dormia tranquilamente.

– Esquece. Teremos problemas maiores. – disse Nico, sua voz tremeu um pouco o que me fez olhar imediatamente em sua direção. Nico estava bem mais pálido e eu tenho certeza que não tem nada haver com a luta que tivemos há pouco. – Muito maiores.

Nico olhou em volta da casa e eu acabei fazendo a mesma coisa.

– Salvei meus filhos para morrer. – murmurei melancolicamente e Nico assentiu.

– Eu também. Irei ver o meu pai de uma forma que eu não gostaria tão cedo. – disse Nico tristemente e deixou seu corpo cair no chão. – Espero que Annabeth tenha pelo menos pena de nós por termos salvado os pequenos e não nós mate dolorosamente.

Esse nosso drama todo não era exagero. Annabeth realmente iria querer fazer picadinho de nós dois quando chegasse ao apartamento e visse o estado em que ele se encontrava.

Tinha projeteis de manticore em todos os lados. As paredes da sala estavam cheias de buracos. Da TV estava saindo fumaça. Os sofás estavam fora do lugar e um estava todo rasgado, sem salvação, o outro ainda seria possível usa-lo.

A única coisa inteira era a mesinha de centro que não estava na “altura” para receber os ataques do dr. Espinheiro. Tem horas que deve ser bom ter pouca estatura.

Nico rapidamente ficou de pé respirando pesadamente. Ele olhou para trás e seus olhos se arregalaram. Segui seu olhar e vi o que o estava afligindo. Lindsey estava estirada no chão em volta de uma poça de seu próprio sangue.

– Droga. – praguejou Nico enquanto corria em direção a garota e se ajoelhava ao seu lado sem se importar com a poça de sangue que estava ao redor dela. – Preciso de um kit de primeiro socorros. – pediu me olhando enquanto arrancava a manga de sua camisa e pressionava no pulso da menina que gemeu assim que o pano entrou em contato com o ferimento.

– Um minuto. – disparei para o quarto das crianças. Annabeth deixa um kit de primeiro socorros em todos os quartos e banheiros. Tem um na cozinha também.

Coloquei Nina em seu berço e corri pegar o kit que ficava no armário. Fazendo o possível para não fazer barulho sai do quarto, eu não queria que Nina acordasse de jeito nem um.

Literalmente pulei as escadas e joguei o kit para Nico que imediatamente abriu-o e pegou gazes limpando o ferimento que ainda saia um pouco de sangue. Ele segurou o pulso com uma gaze pressionada no ferimento e eu usei atadura de crepe e a enrolei no pulso de LIndsey com força prendendo ela com esparadrapo micropore.

– Isso vai ser o suficiente por enquanto, mas vamos precisar leva-la ao hospital. – disse Nico, sua voz saiu tremida. – Ela perdeu muito sangue e vai precisar de transfusão se não ela não passa dessa... Achei que ela iria morrer.

Fiquei quieto. Por mim ela poderia morrer. Sei que eu não deveria querer isso e que alguma coisa com certeza estaria por trás do que tinha acontecido e Lindsey poderia nós dar algumas explicações depois que melhorasse.

Mas ela ameaçou a minha filha, um bebê de três meses de idade. Eu realmente deveria me sentir como em relação se ela vivesse ou não? Uma pessoa que ameaça matar o um ser tão inocente para concluir seus propósitos mundanos deveria realmente estar entre nós?

Chacoalhei a cabeça tentando espantar esses pensamentos nada comuns para mim.

Ouvi o som da fechadura da porta se abrindo e o som de risadas quando a porta foi aberta preenchei o silencio que estava reinando. Uma Annabeth com um lindo sorriso no rosto entrou acompanhada da minha mãe e de...

– O que ele esta fazendo aqui? – perguntei me levantando rapidamente não escondendo nada meu descontentamento ao ver aquele brasileiro novamente e ao lado da minha garota.

Os sorrisos de todos sumiram assim que olharam o estado do apartamento. Os olhos de Annabeth se arregalaram enquanto ela adentrava ao apartamento olhando chocada para a destruição que estava.

– PERSEU JACKSON! – os olhos de Annabeth faiscaram em minha direção, mas logo sua expressão de fúria deu lugar a de medo enquanto olhava atentamente para mim.

Seus olhos caíram em direção ao Nico, Lindsey e a poça de sangue no chão. Seu corpo tremia enquanto ela dava mais alguns passos para perto de mim. Minha mãe que estava sendo amparada por Daniel estava estática parada perto da porta quando os dois viram para onde Annabeth estava olhando.

– Pelos Deuses, o que aconteceu aqui filho?


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado do capitulo.
No próximo vou explicar o poder que Nico usou, é mesmo que ele usou nas caçadoras em FDZ e eu acabei não explicando sobre ele naquela época.
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^