Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 18
15 – Cara A Cara Com O Filho Do Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Só se passaram duas semanas para eu atualizar a fic, não demorei tanto assim né?
Se estão procurando um livro bom para ler eu indico O Clã dos Magos, esse livro é MUITO BOM, INCRÍVEL, mal posso esperar para começar a ler A Aprendiz continuação de O Clã dos magos. Eu também li o primeiro livro de Academia de Vampiros, O Beijo das sombras, muito bom também, adorei a Roze e gostei bastante do Dimitri e do Christian ^-^ Comecei a ler Fallen, mas...
Hum, ainda estou indecisa sobre esse livro....
Sem mais enrolação espero que gostem do capitulo... Enjoy



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Engoli em seco vendo a cena que se desenrolava a minha frente sem acreditar nela. Annabeth conhecia o cara acorrentado e o cara acorrentado conhecia minha Sabidinha. E por algum motivo eu não gostava nada disso, principalmente do fato dele, aparentemente, ter dado um apelido para a minha garota.

Nico estava inquieto e tenso ao meu lado, a luz de sua lanterna tremia levemente.

– É você mesmo, Art. – falou o cara sorrindo, seus olhos em um tom azul claro brilhavam ao olhar para Annabeth agora. – Sonhei tanto em...

Ele tentou se mover, mas as correntes o impediu e esse movimento chamou a atenção de todos para ela. O cara rosnou de raiva enquanto que a minha lanterna e a de Nico centralizaram as correntes em volta dele.

A luz por um momento batei em seu rosto e vi que ele tinha os olhos em um tom claro de azul e seus cabelos era castanhos.

– O que é isso, Nathan? – perguntou Annabeth olhando para as correntes.

Ah, então o nome dele era Nathan. Annabeth nunca me contou de Nathan nem um, se ele fosse alguém importante para ela, ela teria me contado sobre ele, talvez ele seja só um conhecido e como ela tem uma memoria de elefante ela se lembraria dele.

Mas porque ela tocaria gentilmente em um conhecido? E eu estou odiando minha cabeça por estar pensando em coisas assim em vez de fazer algo verdadeiramente produtivo.

– Uma prisão embolada. – resmungou o acorrentado.

– Venham aqui e tragam minha lanterna também. – ordenou Annabeth olhando para mim e Nico e isso fez o acorrentado rir.

– É bom saber que não mudou muito além da aparência, você ainda tem o ar mandão. – falou ele e Annabeth bateu em sua cabeça antes de voltar a olhar para as correntes.

– Você deve estar odiando isso. – falou Nico baixinho depois que se abaixou e pegou a lanterna de Annabeth. – E eu não te culpo.

Travei o maxilar com força. Eu estava odiando mesmo, mas infelizmente esse não era o momento para ficar fazendo perguntas, contudo, quem disse que eu faço as coisas conforme elas têm que ser feitas?

– Annabeth. – falei me aproximando deles que se viraram para me encarar.  – Você parece conhece-lo, mas... Eu acho que isso não é o suficiente nesse momento, nessas circunstâncias.

Minha noiva me encarava com o cenho franzido e parecia que algum debate interno começou a se “apossar” de sua mente enquanto que o cara acorrentado parecia que não tinha ido com a minha cara. Isso não importava nem um pouco para mim, eu também não tinha ido com a cara dele.

Annabeth agora direcionou seu olhar para o cara, para as correntes que o estavam o prendendo, atentamente. Vi ela morder o lábio inferior com tanta força que vi quando ela o machucou, um pequeno filete de sangue apareceu em seu lábio inferior e isso a fez balançar a cabeça e passar a língua sobre o lábio machucado.

Fui para seu lado e toquei em seu ombro. Senti ela tremer um pouco com o meu toque.

– Tem razão. – disse Annabeth se levantando direcionado um olhar serio ao cara no chão.

– Como assim ele tem razão? – perguntou o cara acorrentando olhando magoado para Annabeth. Eu sei que ele tem nome, mas quem disse que eu quero dize-lo, ou pensar, o que quer que seja? – Você sabe que eu não...

Ele fechou a boca ao ver Annabeth arquear uma sobrancelha duvidosa para ele o que fez um sorriso mínimo aparecer em meu rosto. Ele bufou e abaixou a cabeça assentindo.

– Eu confio em você, no cara que eu conheci há quase quatro anos em São Francisco que eu achava que era um cara mortal que só via através da nevoa. – começou Annabeth. – Contudo, olhei para você agora, Nate? Esta acorrentando com correntes feitas a partir de encantos escritos poderosos.

“Eu sei que você não é nosso inimigo, mas esta escondendo coisas de mim e mesmo que eu tenha sido instruída para lhe ajudar eu não vou fazer isso até que você me explique o porquê de você estar aqui, eu preciso saber.”

– Você foi o que? – perguntamos Nico e eu juntos encarando Annabeth abismados.

– Eu explico depois. – falou Annabeth abanando as mãos para nós dois. – Tem um assunto mais importante para tratar no momento.

Nico resmungou algo indignado ao meu lado e apesar de não ter ouvido muito bem o que ele disse eu concordava com sua indignação. Annabeth sempre escondendo algo de nós.

– Tudo bem. – se deu por vencido. – Deixo claro que eu ainda sou o mesmo cara, só alguns anos mais velho. – ele olhava diretamente para Annabeth. – O motivo de eu estar assim e por eu ser filho de quem sou, tanto por parte de mãe quanto da de pai. – ele respirou fundo antes de continuar. – Eu sou filho de Oceano e minha mãe é uma filha de Hecate.

O choque transpareceu no meu rosto, no de Nico e no de Annabeth também. Estávamos tão estarrecidos com o que ele tinha acabado de falar que ninguém falou nada, ou parecia estar pensando em algo, eu não conseguia pensar diante da revelação dele.

Ele era filho do Titã que estava sendo a pedra no nosso sapato nesses últimos anos.

– Olha, Annabeth. Eu sempre soube que você era uma meio-sangue, desde o dia em que você chegou à escola, finge que fiquei surpreso quando me contou. – confessou o cara quando ninguém se manifestou. – Já tinha visto vários meio-sangues e não foi difícil notar a postura sua, de alguém bem treinado em combate. Não existem garotas normais assim.

“E por experiência própria meio-sangues e meio-titãs não se dão bem. Não podia contar a você sobre mim assim como você não contou a mim sobre você, não ate você não ter outra escolha no dia da minha formatura. Era mais seguro assim no fim das contas, não falar sobre o mundo mitológico não o atraia.”

– Seguro? Atrair? – me ouvi perguntando desconfiado.

– Os monstros caçam filhos de Titãs do mesmo jeito que caçam os filhos dos Deuses, a diferença é que não temos um acampamento para ir, para nós ensinar a nós defender, os Deuses não permitiriam algo assim para os filhos de seus inimigos. – disse Nathan de forma acusadora. – E não é só com os filhos de Titãs.

“Todos aqueles que um dia tentaram manter seus reinados perante aos Deuses, ou apoiaram quem tentou lutar contra eles e perderam para eles não têm um lugar seguro para protegerem seus filhos com mortais e nem podem envia-los para o acampamento meio-sangue por motivos já citados.”

“Os filhos de Titãs e divindades nem chegam a completar quinze anos quando são feitos de lanches para os monstros, querendo ou não Titãs e divindades também têm que respeitar as regras de não se aproximarem de seus filhos com mortais. Eu sou uma exceção porque desde de pequeno fui treinado em vários tipos de artes marciais, esgrima, jiu-jitsu.”

“Minha mãe sabia dos perigos que eu sofreria quando ficasse mais velho porque ela mesma passou por isso. Ela investiu em meu aprendizado, me ensinando algumas coisas que eu nunca encontraria em livros feito por mortais.”

Engoli em seco pensando na mãe dele. Uma filha de Hecate que teve um filho com um Titã. Era um pouco difícil de assimilar isso. Minha mãe já teve trabalho comigo, teve que fazer coisas desagradáveis por minha causa, imagina uma semideusa com um filho de um Titã que pelo jeito atraia monstros tanto quanto nós, meio-sangues?

– Sua mãe viveu tantos anos para uma meio-sangue? – perguntou Nico, sua voz saindo rouca.

– Minha mãe me teve muito jovem, não foi algo consentido da parte dela. – o cara acorrentando fez uma cara amarga e raivosa. Ele pigarreou antes de continuar. – Assim como Annabeth aprendeu a fazer uma barreira magica para proteger aqueles que ela ama, minha mãe também aprendeu. – vendo como tínhamos ficado assustados com o que ele havia acabado de falar, o cara emendou. – Os monstros que tomavam conta de mim aqui gostavam de falar sobre vocês, parecia até que eu estava ouvindo aquelas novelas de rádios.

Pensando em tudo que ele tinha falado, uma pergunta martelo na minha cabeça.

– Porque não se juntou ao exercito de Cronos? Seu pai era um dos que o mais apoiavam. – perguntei tentando não soar acusador e pela cotovelada que eu recebi de Annabeth minha tentativa não foi um sucesso.

– Alguns fizeram juramento a Cronos quando ele tentou se reerguer a mais de dois anos e ao longo desse tempo. Fizeram o mesmo pedido a mim, mas... – ele olhou para Annabeth. – Eu não podia aceitar fazer parte de um mundo com o qual eles ansiavam. Não era correto, não era justo e o que Oceano fez a minha mãe não merecia nem um pouco da minha boa vontade para com ele, ou sua causa.

– Ah, Annabeth disse que se conheceram em São Francisco. – Nico levantou a questão tentando mudar o foco do assunto. Falar do que tinha acontecido entre a mãe do acorrentado e Oceano podia lembrar Nico de um outro assunto desconfortante e recente. – Se você não era aliado deles, porque foi morar lá? Em um lugar que tinha muitos monstros e se encontrava a base dos Titãs?

– Porque era um lugar seguro. – o cara deu de ombros e fez uma careta de dor ao sentir as correntes impedirem seus movimentos por completo. – Por causa da guerra contra o Olimpo, os monstros que ficavam no monte Tamalpais pararam de atacar os filhos de Titãs e divindades que estavam lutando à favor deles. Se não lutássemos contra eles, não éramos alvos deles, foi a condição que foi dada a quem negou o pedido de se aliar garantindo que iriam nós caçar e matar lentamente aqueles que derem as costas a boa fé deles e se juntasse aos Olimpianos depois disso.

“Eu conhecia mais três filhos de Titãs que se mudaram para São Francisco por essa segurança. É claro que agora eu não sei como eles estão. Estou preso aqui a mais de um ano depois que comecei a fugir.”

– Fugir? Então não foi para a faculdade como tinha me dito da ultima vez? – perguntou Annabeth e pude perceber um ar de irritação em sua voz.

– Bem, sim. – Nathan se encolheu perante o olhar fulminante que Annabeth lhe lançou. – Mas... Eu fui para a faculdade, comecei o primeiro ano de Direito, o caso é que depois de poucos meses que Luke se banhou no Styx alguns monstros começaram a vir atrás de mim.

“Eu não sabia o motivo até que eles me pegaram a mais de um ano, no final do ano retrasado. Passei um ano fugindo e lutando com uma horda de monstros até que não deu mais.”

– Se pensar bem, agora esta explicado porque os monstros não nós atacaram tanto no ano que sucedeu a luta contra Cronos. – falou Nico. – Estavam todos atrás de você.

– Porque justo você? – questionou Annabeth.

– Sou o único filho de Oceano sem falar que minha mãe é filha de Hecate e eu acabei herdando um pouco a facilidade em fazer feitiços dela. – respondeu ele amargamente. – Sou poderoso e me consideram um bom sacrifício assim como aqueles meio-sangues que eles sequestraram. Aproposito, sinto muito pela filha de vocês.

– Sacrifícios? – pronunciou Annabeth lentamente. Seus olhos se arregalaram em descrença. Seu rosto começou a ficar pálido na tênue luz das lanternas.

– Achei que soubesse. – falou o cara acorrentado parecendo estar arrependido pelo que tinha dito antes, mas sabia que agora não podia parar. – Eles pegaram cada filho de Deus que representa um dos quatro elementos, que controla-os, para fazer o ritual.

– Esta... – engoli em seco. A imagem do sonho que tive quando Luke voltou a vida veio a minha mente, as quatro mesas com um dos símbolos dos quatro elementos.

– Então os meio-sangues não foram pegos como prisioneiros de guerra? – perguntou Nico ultrajado. Era isso que todos estavam pensando sobre os sequestro, que eles teriam algo para “barganhar” com a gente.– Eles vão ser sacrificados?

– Alguns são mesmo, mas pelo menos quatro serão sacrificados. O filho de Hefesto, a filha de Perséfone, o filho de Zeus e... – ele olhou para mim e depois para Annabeth. – E a herdeira, o legado de Poseidon.

Meu coração falhou uma batida, senti um nó em minha garganta, meu estomago se embrulhou, podia sentir a cor do meu rosto sumindo. As duas lanternas que Nico estava segurando foram ao chão, seus olhos transmitiam raiva e impotência.

Ao meu lado Annabeth caiu de joelhos ne chão, lagrimas saiam de seus olhos tristes completamente diferente de como eu amava eles sem aquele brilho divertido, o mesmo que ela deu ao nós contar que tinha conseguido fazer a planta aparecer na sua caixa que faria Caríbdis dormir por décadas.

Ameacei me abaixar para abraça-la, mas Annabeth se moveu. Andando de joelhos ela pegou as lanternas que Nico tinha deixado cair e com as mãos tremendo ela colocou-as novamente nas mãos de Nico.

– Acho que agora estamos todos de acordo. – disse Annabeth segurando Nico pela gola de sua camisa o forçando a encara-la. Sua voz contida, mas mordaz. – Se quisermos salvar Ashley e os outros temos que soltar ele e seguir em frente para impedir o plano deles. Não temos o luxo de ficar aqui remoendo nada.

Respirei fundo caminhando em direção aos dois, engolindo minha vontade de chorar e socar a parede da caverna de raiva de mim mesmo por ter deixado eles pegarem meus filhos bem na minha frente.

– Annabeth. – toquei em seu ombro e senti ela tremer. A abracei fortemente virando ela de frente para mim, ela escondeu seu rosto contra meu peito e não parava de tremer segurando sua vontade de chorar. – A gente vai chegar a tempo e impedir eles.

– E eu vou ajudar vocês. – disse Nathan atrás de nós com a voz firme, seus olhos demonstravam determinação. – Eu vou te ajudar, Art. Juro pelo Styx. – senti o chão balançar sobre nossos pés.

– Você precisa solta-lo. – falou Nico, sua voz falhando um pouco. – Temos pouco tempo, não? Temos que salvar, Ashley, Damon, Nina e os outros o mais rápido que conseguirmos.

Annabeth assentiu e respirou fundo antes de me soltar. Dei um beijo em sua testa antes dela se abastar de mim e se ajoelhar perto de Nathan novamente. Nico e eu levantamos nossas lanternas para facilitar sua visibilidade das correntes.

Ela e Nathan começaram uma conversa sobre as correntes e encantos de como soltar ele delas. Eu não prestei atenção neles.

Eu iria resgatar nossos filhos e amigos e não deixaria que qualquer que fosse o plano deles se concretizasse, nem um monstro, divindade, ou Titã nem que para isso eu desse a minha vida.

Não imaginava que levaria isso ao pé da letra.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo ^-^ e semana que vem talvez eu atualize a fic de novo.
Reviews e recomendações são sempre bem vindos se quiserem mandar é claro, essa autora adoraria recebe-los.... ^,^ sahhsa
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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