Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 1
01 – Mamãe Socorro!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal que esta lendo isso aqui ^-^ Voltei com a nova, e talvez ultima, temporada...
Bom, antes de tudo, eu queria agradecer a vitória romani pela recomendação em FDZ. Muito obrigada, eu amei a recomendação *-* e também LEIAM AS NOTAS FINAIS...
Agora com vocês o primeiro capitulo de Sacrifício do Herói, espero que gostem... Enjoy ^-^



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Nada melhor do que acordar de madrugada com o choro histérico de um bebê. Espero que tenham reparado no sarcasmo excessivo que usei nessa frase. E o pior estava por vir, eu só não sabia disso ainda.

Virei para o lado e estendi o braço em um movimento automático. Por um momento eu fiquei confuso. Estava gelado. Abri os olhos rapidamente olhando para o lado vazio da cama.

– Annabeth? – chamei alarmado e assim que o nome dela saiu dos meus lábios eu me lembrei de que ela não estava em casa. Resmunguei baixinho quando olhei para o relógio em cima do criado e vi que já era quase cinco da manhã.

Annabeth estava no Hospital. Não, ela não tinha se machucado. Ela estava no hospital porque Anthony, pai da Ashley, tinha sofrido um acidente automobilístico ontem à tarde e para não deixa-lo sozinho Annabeth foi ficar com ele. E caso acontecesse alguma coisa ela era a mais chegada na família de Anthony principalmente depois do que aconteceu com a Ashley verão passado, mas ela voltava de manhã cedo quando a mãe de Anthony ia chegar de viagem e ira logo ao hospital ficar com ele.

O acidente não foi provocado por ele e sim por um cara bêbado que resolveu sair dirigindo e bateu em outro carro que foi para cima da calçada e acabou ferindo três pessoas, Anthony e dois pedestres que estavam passando na calçada ao mesmo tempo que o pai da Ashley, e duas pessoas morreram, uma delas era o bêbado e o outro era o motorista do outro carro. É o acidente foi bem feio.

Por falar no Anthony, ele ficou muito mal quando soube o que tinha acontecido com a Ashley. Ele só não deixou o emprego de lado e saiu procurando a Ashley porque Quíron interferiu e falou que estava fazendo o possível para encontra-la e mais um monte de coisas.

Um novo choro começou acompanhando o outro. Levantei da cama rapidamente, ato esse que me fez ter uma pequena tontura, mas mesmo assim sai do quarto cambaleando um pouco. Tanto pela tontura quanto pelo sono que eu ainda estava sentindo.

Fui a mais rápido que pude para o quarto das crianças. No nosso apartamento só tinha três quartos. O meu e da Annabeth, o do Nico e o dos bebês, Damon e Nina. Sim, Nina. Esse é o nome da minha filhinha.

Estávamos no mês de março, na semana do recesso de primavera, ou seja sem aulas e sem trabalho já que o meu patrão foi viajar com a família e deu folga para todos os funcionários. A melhor coisa que eu fiz foi ter mudado de emprego, além do meu patrão ser gente boa, o meu salario aumentou consideravelmente.

Sendo assim já haviam se passado três meses desde que eu me encontrei com Michael Yew, filho de Apolo, que para todos estava morto depois da guerra contra Cronos. Foi um tumulto e tanto quando souberam que ele estava vivo.

Michael, a pedido de Quíron, foi dois dias depois de nós encontrarmos para o acampamento. Ele não se lembrava de nada e nem se quer do seu nome quando acordou em um hospital, em estado de coma, cinco meses depois do que tinha acontecido em Nova York, a nossa luta contra Cronos.

Os médicos só lhe disseram que ele havia sido trazido por uma pessoa que o identificou como Michael Yew e depois foi embora sem deixar qualquer vestígio. Apesar de não se lembrar se esse era realmente o seu nome, Michale o manteve assim.

Ele tentou procurar saber sobre a família Yew, mas os únicos que ele encontrou pelo estado de Nova York não tinham nem um Michael na família e a policia não tinha recebido nem uma notificação de um Michael Yew desaparecido pelo país.

Era de se esperar já que Michael era campista de ano inteiro por sua mãe ter falecido alguns anos antes da guerra contra Cronos e ele não tinha parentes porque a mãe dele era órfã e sempre viveu em um orfanato até que tivesse a idade certa para sair de lá.

Como Michael era menor de idade naquela época ele foi mandado para um orfanato em Nova Jersey onde passou um ano até que uma mulher se tornou sua guardiã, Veronica Orsino, até que ele completasse a faculdade.

Apesar da perda de memoria em um ano ele conseguiu se estabilizar nos estudos, alcançando os garotos da mesma idade dele, 17 anos, e conseguiu uma vaga na faculdade na qual já cursa a um ano, Arqueologia. Ele estava em Nova York visitando uns parentes de Veronica quando foi atacado e nós encontramos.

Voltando a minha princesinha. Nina nasceu no dia 21 de Dezembro, no dia do solstício de inverno. Foi uma surpresa e tanto já que ela nasceu prematura, Annabeth estava com sete meses e alguns dias de gestação. Nico e Thalia serão os padrinhos dela.

Por falar em gestação, bebê e menina Clarisse também teve a sua filha, sim, Clarisse teve uma menina também no qual deu o nome de Mikaella Silena La Rue Rodriguez. Mikaella nasceu com nove meses, no dia 29 de Dezembro e tem como padrinhos Annabeth e Will Solace, filho de Apolo. Will e Chris são grandes amigos.

Pelo que Chris me contou Clarisse teve uma gravidez bem destrutiva, palavras dele. Pedindo coisas inimagináveis e destruindo coisas e batia em quem estivesse por perto quando se sentia “frágil”. Coitado do Chris e do pessoal do acampamento.

Clarisse não quis ir para casa da mãe dela preferindo ficar no acampamento para poder cuidar de Chris que felizmente agora estava bem melhor.

Annabeth quando se sentia frágil brigava comigo, ficava com a cara emburrada e comia varias coisas falando sobre assuntos que eu não entendia nem se quer as palavras que ela estava falando, parecia que ela estava falando português novamente. Um dia aprendo esse idioma.

Nina é a coisa mais fofa do mundo. Cabelos pretos e olhos que parecem mudar de cor com os da Piper, tem horas que parecem verdes e outras que parecem cinza.

O choro que me despertou foi o dela. Diferente de Damon Nina chora bem mais a noite e pelos dois estarem no mesmo quarto vira o que virou agora, os dois chorando bem alto.

– Ok, ok papai esta aqui. – falei abrindo a porta do quarto e acendendo a luz. Respirei fundo, eu estava um pouco receoso com essa situação.

Essa era a primeira vez que eu teria que cuidar dos dois sozinho e eu não sabia o que fazer. Geralmente Annabeth pegava um no colo enquanto eu ficava com o outro e tentávamos fazer eles pararem de chorar.

Damon estava em pé em sua cama se segurando na grade de proteção – Quando tivemos que mudar o quarto para colocar as coisas da Nina Annabeth achou que em vez de comprar um novo berço fosse melhor colocar uma cama já que Damon estava mais grandinho e de qualquer jeito teríamos que comprar uma para ele mais cedo ou mais tarde e colocamos grades de proteção para não correr o risco dele cair – e com os olhos cheios de agua ele apontava para Nina em seu berço.

Olhei da cama para o berço repetidas vezes. Quem eu deveria socorrer primeiro?

– Deuses, eu fico com o Damon e você com a Nina. – disse Nico aparecendo ao meu lado. Eu nem tive tempo de me assustar com sua aparição repentina já que ele me empurrou para o lado para passar por mim entrando no quarto.

Eu tinha até me esquecido que Nico estava no apartamento hoje. Em qualquer feriado e final de semana Nico vai para o acampamento ajudar nas buscas para encontrar Ashley e nesse recesso de Primavera não foi diferente.

Ele tinha ido dois dias atrás para o acampamento, mas voltou ontem à tarde sem dar explicações isso porque ele chegou, tomou banho e caiu de cara na cama apagando completamente.

– Valeu Nico. – falei suspirando. Depois eu perguntava para ele o que ele estava fazendo aqui, fiquei a tarde inteira curioso para saber porque ele tinha voltado tão cedo.

Fui em direção a cama de Damon e dei um beijo em sua testa e fiz carinho em sua cabeça antes de ir até o berço de Nina que chorava descontroladamente.

– Chora não, papai esta aqui. – falei quando cheguei ao berço.

– Nina. – disse Damon com a voz embargada e ainda chorando. Eu odiava ouvir ele falar assim.

– Certo, o Cabeça de Alga do seu pai cuida da sua irmã. Não se preocupe, ou talvez deva se preocupar afinal estamos falando do seu pai. – ouvi Nico dizer enquanto eu pegava Nina no colo a ninando em meus braços.

– Nico! – disse eu de forma reprovadora me virando para olhar para Nico. Meu primo somente riu e deu de ombros pegando Damon no colo e cochichou algo no ouvido do meu filho.

– Ba sorte papa. – disse Damon e fez joinha pra mim e depois tampou seus ouvidos usando suas duas mãozinhas e escondeu seu rosto no peito de Nico. Os dois saíram do quarto me deixando sozinho com Nina.

– Calma, amor. – falei ninando ela em meus braços. O choro dela diminuiu um pouco o que foi bom para os meus ouvidos. – Certo, hora de checar.

Choro de bebe de madrugada podem ser três coisas, pelo menos foram três coisas pelas quais eu já tive que lidar até agora. Fralda suja, fome e cólica. Espero que não seja fralda, apesar de eu saber trocar uma fralda prefiro preparar uma mamadeira, é mais fácil.

E cólica Nina não estava sentindo, ela não estava fazendo caretas, se contorcendo, ou encolhendo suas perninhas até a barriga como ela faz quando esta com cólica. Annabeth também faz aqueles exercícios com a Nina, como ela fazia com Damon, para prevenir ou aliviar a dor na hora das crises.

Sabe, fazer ginastica com as perninhas do bebê como se ele estivesse “pedalando”, massagear a barriga dela com as mãos aquecidas fazendo movimentos circulares durante uns dois minutos todos de quatro ou cinco vezes por dia e outras coisas que eu não me lembro. Esses dois eram os mais divertidos de se fazer.

Assenti sorrindo. Não era cólica.

Apoiei minha filha em meu peito e puxei sua fralda. Suspirei aliviado ao ver que a fralda estava limpa. Então agora só tinha mais uma coisa.

– Você esta com fome não é, princesinha? – perguntei indo em direção à porta. Nina não fez nada além de continuar a chorar.

Desci as escadas o mais rápido que eu consegui e fui até a cozinha. Em cima do balcão ao lado da geladeira estava a garrafa térmica que Annabeth preparou deixando uma mamadeira dentro com leite materno.

Essa era uma garrafa térmica diferente, você deixava ela ligada na tomada e ela conservava o que quer que esteja dentro dela na temperatura que você quiser somente apertando os botões que tem do lado e olhando para a pequena tela acima dos botões.

Ela foi um presente de Karl Montgomery, ele mora aqui no mesmo prédio. Em uma viagem de negócios, não me lembro bem pra onde, ele comprou duas garrafas e deu uma pra gente como presente ao saber que Annabeth estava gravida. Essa garrafa facilitou muito algumas coisas.

Com um pouco de dificuldade abri a garrafa e tirei a mamadeira. Tirei a tampa e só por precaução pinguei um pouco no meu braço e constate que ela estava na temperatura ideal. Quando Nina viu a mamadeira começou a chorar mais ainda virando o rosto para o lado oposto da mamadeira.

– Oque foi? – perguntei enquanto tentava dar a mamadeira para a minha filha e ela fechava a boca e tentava me empurrar. – Você não esta com fome?

Fiquei apavorado. Isso queria dizer que ela não estava com cólica, sua fralda não estava suja e ela também não estava com fome. O que pelo raio de Zeus minha filha tinha?

Rapidamente deixei a mamadeira em cima do balcão, corri até o telefone que ficava na cozinha e disquei o numero da minha mãe. O hospital em que Anthony estava era longe daqui e minha mãe estava mais perto, poderia me socorrer mais rápido.

– Atende. – falei nervosamente quando tocou pela quinta vez. Eu já ia desligar e ligar novamente quando ouvi aquele barulho de quando um telefone é tirado do gancho.

Alô. – a voz da minha mãe soou manhosa, também pudera. Já passam das cinco da manhã. Minha mãe só acorda as seis e como estamos no recesso de primavera ela costuma acordar um pouco mais tarde em dias de folga.

– Mamãe socorro. Me ajuda. – falei rapidamente.

Percy? Calma filho o... que barulho é esse? – sua voz soava preocupada.

– É a Nina, mãe. Ela esta chorando muito. – falei enquanto ninava minha filha tentando, completamente em vão, fazer ela parar de chorar.

Certo. Ela esta com a fralda suja? Pode ser fome, ou talvez possa ser cólica. – sugeriu. Minha mãe sabia que hoje Annabeth não estaria aqui no apartamento.

Rolei os olhos. Batia o pé no chão impaciente começando a balançar o meu corpo junto com o movimento do meu braço para ver se isso ajudava em alguma coisa. Resultado, não ajudava em nada também. Minha filha continuava a chorar.

– Nem uma das três alternativas. Já chequei, o que eu faço mãe? – perguntei desesperado.

Calma, Percy. Vou fazer uma ligação rápida e já vou indo ai.

– Obrigado, mãe. – falei. Me despedi da minha mãe e deliguei o telefone. – Xiii, princesa. Me diz oque você tem hein? – pedi olhando para a minha filha que não parava de chorar.

Os minutos foram passando e nada da Nina parar de chorar. Nico desceu depois que eu tinha telefonado para a minha mãe e depois de uma breve conversa, contei que nada tinha dado certo para ela parar de chorar. Nico voltou para o seu quarto depois de contar que Damon já havia voltado a dormir e que ele ficaria no seu quarto para não ter perigo dele acordar de novo enquanto levava ele para a sua cama.

Nina já estava ficando sem folego de tanto chorar e eu estava sentindo meu braço doer de tanto ninar ela em meus braços, Deuses isso era desesperador não conseguir fazer ela parar de chorar, quando ouvi a campainha tocar.

– Mamãe. – falei em um suspiro e fui rapidamente até a porta, mas quando abro a porta não é minha mãe que eu vejo. Uma menina de mais ou menos 15 anos cabelos e olhos castanhos vestindo uma jaqueta por cima de um pijama de ursinhos estava parada em frente a minha porta. – Lindsey?

Lindsey era uma babá que raramente às vezes, acho que só umas três vezes se não me falha a memoria, minha mãe chamava para ficar com Sam quando ela tinha alguns compromissos e não queria pedir para mim ou Annabeth ficar com Sam, não sei ainda por que.

Eu só tinha visto Lindsey uma vez na casa da minha mãe.

– Oi, Percy. – disse ela sorrindo. – Sua mãe me ligou avisando que você precisaria de ajuda e pelo jeito é essa lindinha que precisa de ajuda.

Franzi o cenho confuso, mas logo me lembrei que minha mãe disse que iria ligar para alguém. Não pensei que ela ligaria para Lindsey, mas pensando bem, faria sentido. Lindsey mora a duas quadras daqui. Chegaria bem mais rápido que minha mãe.

– Por favor, me diz que sabe como fazer ela parar? – perguntei e Lindsey sorriu e tentou dar um passo a frente para entrar no apartamento, mas em vez disso ela bateu o pé e depois a testa na barreira.

– Mais oque foi isso? – perguntou ela esfregando a testa.

Me repreendi mentalmente. Por um momento eu tinha esquecido da barreira protetora que Annabeth colocou no apartamento que impedia a entrada de qualquer um que não fosse convidado a entrar por nós – Annabeth, Nico e eu – além da barreira que impedia monstros de entrar no prédio. A barreira do apartamento era mais para impedir a entrada de mercenários.

– Desculpa, entra. – falei dando espaço para ela passar.

– Acho que eu estou meio paranoica, achei que tinha batido em um vidro. – disse ela rindo depois de esticar a mão tentando alcançar algo a sua frente, mas a barreira que a impedia de entrar já não estava mais ali.

– Pois é. – sorri pra ela enquanto fechava a porta.

– Agora me passa essa bebezinha que não para de chorar. – pediu Lindsey e eu passei Nina para ela. Sabe aquela sensação que no segundo seguinte você vai se arrepender do que tinha acabado de fazer? Pois é, senti essa sensação agora.

Quando passei Nina para Lindsey ela deu um sorriso tão macabro que imediatamente tentei tirar Nina de seus braços, mas Lindsey se esquivou de mim e correu para dentro do meu apartamento com rapidez.

– Oque que você esta fazendo? – perguntei engolindo em seco. Meu coração batia rapidamente contra meu peito. Eu estava com medo de que ela fizesse algo com a minha filha, aquele sorriso deixaria qualquer um assim ainda mais com sua filha no colo da pessoa que sorriu daquele jeito.

– Dorme, bebê. – disse Lindsey olhando para Nina e em segundos o choro da minha filha sessou e vi seus olhinhos se fecharem.

Eu não sabia se ficava agradecido ou preocupado por Nina ter parado de chorar, finalmente, assim tão de repente, mas o sorriso que Lindsey ainda mantinha no rosto fez a minha preocupação só aumentar.

– Lindsey, devolve a minha filha, agora. – ordenei me aproximando delas, mas Lindsey somente negou com a cabeça e colocou as mãos no bolso da jaqueta tirando de lá uma coisa que me fez parar imediatamente, era um canivete.

– Se eu fosse você, não me aproximava Perseu Jackson e não gritaria chamando o filho de Hades. Não vai gostar do resultado se tentar algo. – disse Lindsey, seus olhos brilharam perigosamente me fazendo dar um passo para trás.

– Droga. – resmunguei por entre os dentes. Eu precisava pensar em alguma coisa, mas nada me vinha na cabeça. – Oque você quer?

– Eu não quero nada. – Meus olhos se arregalaram quando vi Lindsey levantar a mão que estava com o canivete e leva-la em direção a Nina.

– Para, por favor. – pedi desesperado, mas ai ela fez uma coisa que me deixou aliviado e confuso ao mesmo tempo.

Ela passou a lamina do canivete em seu pulso no braço que estava segurando Nina, ela nem se quer pareceu sentir alguma dor quando fez isso, nem uma careta ou algo assim, Lindsey manteve seu sorriso macabro no rosto o que era ainda pior.

– Não se aproxime, Perseu. – disse ela passando limpando a lamina suja de sangue na roupinha de Nina. Travei maxilar e fechei as mãos em punho com força.

Eu não entendia o porquê que ela estava fazendo isso. Pelo que minha mãe me falou sobre Lindsey, ela era uma garota legal e gentil com todos, mas pra mim isso não importava mais. Ela estava ameaçando a minha filha, não teria piedade dela.

– Eu juro que vou te matar se fizer algo com a minha filha. – falei por entre os dentes com raiva. A miserável somente sorriu sínica para mim.

Lindsey trocou Nina de braço mantendo o canivete a mão bem mais próximo da minha filha e virou o pulso em direção ao chão deixando as gotas de sangue caírem livremente e começou a recitar um cântico em grego antigo que me deixou mais confuso ainda.

Como ela sabia grego antigo? Pelo que eu saiba ela é mortal e normal, mas depois do que acabou de acontecer eu não deveria duvidar de nada mais.

As gotas de sangue que caíram no chão começaram a “caminhar” formando um tipo de símbolo, ou algo assim, que não consegui distinguir nada e uma fumaça preta começou a sair desse símbolo.

Sorri aliviado ao ver Nico aparecer por trás de Lindsey pelas sombras, a única luz acesa era a do abajur que ficava do lado do sofá e isso só servia para poder enxergar um pouco. Com movimentos precisos Nico nocauteou Lindsey e pegou Nina no colo deixando Lindsey cair inconsciente no chão.

– Eu não sorriria se fosse você. – disse uma voz carregada com um sotaque, talvez francês, vinda da fumaça preta que me parecia horripilantemente familiar.

Nico deu a volta e me passou minha caneta/espada que eu tinha esquecido no meu quarto. Meus dedos se fecharam de forma tranquilizadora em torno da caneta e depois peguei Nina do colo de Nico que de repente arregalou os olhos em direção a onde estava a fumaça preta.

Estava, não esta mais e em seu lugar tinha um homem alto trajando um uniforme todo preto estilo militar com o rosto aquilino, cabelos grisalhos, perfeitamente barbeado e seus olhos, mesmo com a pouca claridade dava para distinguir, eram de cores diferentes – um castanho e o outro azul –, como os de um gato de rua.

Eu conhecia ele e não era alguém que eu queria ter conhecido. Péssimas – péssimas, péssimas mesmo –, lembranças dele.

– Há quanto tempo não vejo vocês. – disse o homem sorrindo sadicamente.

– Dr. Espinheiro. – disse Nico olhando ferozmente para o monstro a nossa frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capitulo. Deixem reviews para eu saber a opinião de vocês se devo ou não continuar, é muito importante, e se quiserem deixar recomendação ficarei mais do que feliz...
Enfim, eu vou postar essa fic de duas em duas semanas até eu terminar de postar a fic Eu Sou Pai?.! Ai eu começo a postar todo final de semana um novo capitulo. Eu tinha mais uma coisa para falar, mas eu não me lembro o que era... ... ...
Bom, muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^