Kuro Kurono escrita por Mika Okamura


Capítulo 95
095 - Reveal yourself, be the ultimate disgrace


Notas iniciais do capítulo

A partir daqui, Kuro Kurono entra em reta final



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NARRADO POR DIFERENTES PONTOS DE VISTA.

PONTO DE VISTA DE SAKURA

– Hmmm... Estou preocupada. – disse Hokona. – Eles estão lá já faz três horas. Será que estão bem.

– Calma. Uma batalha não dura um segundo, dependendo do adversário. Eles estão enfrentando os Sete Relojoeiros, e é normal demorarem, já que derrota-los é muito difícil. – respondi. Mas, eu também não podia esconder minha preocupação. Principalmente com o Shiro-kun. Já faz um tempo que comecei a gostar dele.

Nesse momento, a grande bolha se desfaz em uma explosão, espalhando fumaça.

– QUE PORRA É ESSA?! – grita Hikaru.

– O QUE ESTÁ ACONTESCENDO?! – grita Hokona.

– FIQUEM CALMAS! – gritei. Porém eu também estava assustada, com medo da realidade e do que poderia ter acontecido de ruim.

No meio da fumaça, vimos surgir quatro figuras. Ao ver quem eram, quase chorei.

– Yo! – disse Kurono.

– Olá. – disse Noriaki.

– PESSOAL! PESSOAL! – gritou Hokona, em lágrimas de felicidade.

– Ainda bem... Ainda bem... – Hikaru também choramingava.

Eu estava feliz e ao mesmo tempo surpresa. Eles haviam conseguido derrotar os Relojoeiros. Eles estavam bem. Feridos, mas continuavam vivos. Eu fiquei feliz. Uma lágrima desceu do meu rosto.

– Ainda bem... – falei.

095 - Reveal yourself, be the ultimate disgrace

PONTO DE VISTA DE NORIAKI

Estávamos cansados e feridos. A batalha havia sido longa, porém vencemos.

– Hey, eu só queria entender uma coisa. Por que me deixaram viva? – pergunta a jovem Alice. – Eu era uma dos Relojoeiros! Deviam me matar!

– Não podemos matar uma criança. – disse Natsuki. – Além disso, eu acredito que você ainda pode deixar desse papo de seguir Orochi, e vir para nosso lado.

Alice deu um leve sorriso.

– Talvez... Realmente haja outra forma de viver sem meus pais... Talvez eu consiga uma nova família...

Família... ?

– Ah! É mesmo! – exclamei. – Preciso ir, gente! Tchau! Tenho de fazer uma coisa!

Eu tinha de correr. Que merda! Ainda tenho que comprar um presente. Ainda eram 23: 05 e talvez alguma loja ainda estivesse aberta. Passei por várias ruas comerciais, tudo fechando. Até que vi uma ainda aberta, mas estava para fechar.

– Espera aí! Espera aí! – gritei.

Consegui chegar lá. Expliquei minha situação (claro que tive de mentir, o dono ia achar que eu era louco por falar que estava lutando contra um cara que podia matar deuses). Ele estranhou, mas acho que entendeu. Consegui comprar o que eu precisava. E assim, voltei para casa correndo.

As luzes da casa estavam apagadas. Já eram 23: 15. Entrei em casa, e vi Yumi e Mizuki sentadas à mesa, com uma pequena vela iluminando o ambiente. Havia uma arvorezinha de Natal no canto, com vários enfeites.

– Ah, o onii-chan chegou! – exclamou Mizuki.

– Hunf! Você chegou tarde, sinto muito, mas não temos mais ceia. Comemos tudo. – disse Yumi.

– Foi mal. Eu acabei me atrasando. – tirei da minha sacola duas caixas embaladas para presente. – Feliz Natal vocês duas.

– Oba! Presente! – disse Mizuki, alegremente.

Yumi pareceu surpresa.

– Você ainda teve a cara de pau de comprar presentes? – pergunta ela, incrédula.

– Cala a boca, e abra seu presente! – respondi.

– O QUE?! EI! VEJA COMO FALA COM SUA IRMÃ! – disse Mizuki, brava.

– EI! VOCÊ DEVIA DE FICAR FELIZ QUE EU TÔ TE DANDO ALGUMA COISA! – falei, também bravo.

Nós ficamos nos encarando. Até que caímos na gargalhada.

Mizuki abriu seu presente. Era uma embalagem pequena cor-de-rosa com um laço azul.

– Ah! É aquele chaveiro de ursinho que eu fiquei de olho! – exclamou Mizuki muito feliz. – Muito obrigada, onii-chan! Você é o melhor.

Yumi abriu o dela.

– Mas... Este é o colar que eu queria tanto comprar! – disse Yumi, espantada.

– Sim. – respondi. – Eu sabia que esse devia ser seu presente.

– Mas... Mas isso aqui custa uns ¥ 5.229*! – disse Yumi.

– É... Gastei todas as minhas economias... – falei.

Yumi sorriu.

– Obrigada. – Yumi coloca o colar. – É lindo.

– Combina com seu sorriso. – falei. – Feliz Natal.

– Feliz Natal. – disse Yumi.

–Feliz Natal, Onii-chan, Onee-chan! – disse Mizuki alegremente.

– Feliz Natal, Mizuki! – dissemos, eu e Yumi.

NARRADO PELO PONTO DE VISTA DE KURONO

Naquele dia, eu estava encima do telhado da casa da Natsuki, deitado. Era 25 de dezembro, e pelo o que sei, é Natal. Porém, no ocidente, ninguém trabalha. No Japão, é um dia comum e todo mundo trabalha. De qualquer forma, é um dia qualquer para mim, como qualquer outro. Eu dormi no telhado, não queria dormir dentro da casa.

Naquela manhã, todos nós iriamos nos reunir na sala para uma reunião. Satomi já estava aqui, ela também dormiu no telhado. O primeiro a chegar foi Noriaki, depois vieram Lion e Ayame. Hikaru e Kaoru foram as últimas a chegar.

– Bem, já que está todo mundo aqui, podemos começar a reunião. – disse Sakura. – Vejam bem, vocês, por derrotarem os Relojoeiros, portanto agora são os Novos Relojoeiros.

– Legal! Então agora eu tenho o poder de matar um Deus! – disse Shiro, animado.

– Não é só isso. – disse Alice.

Alice?... ALICE?!

– Que foi? Eu a deixei viva, agora ela está do nosso lado. – disse Natsuki.

– Como não tenho onde morar, vou passar a morar com a Natsuki-nee.– disse Alice. – Voltando ao assunto, eu não tenho mais interesse nos Relógios Infinitos. Agora a Natsuki-nee é a Nova Relojoeira que vai substituir o cargo deixado por mim. Mas, agora houve uma mudança nos poderes.

– Como assim?! – perguntei.

– Antes, os Relógios representavam os Sete Pecados Capitais. Mas isso porque estavam sendo usados para o mal. Agora, em suas mãos, eles representam as Sete Virtudes. – explica Alice. – Ayame é a Castidade. Satomi é a Abstinência. Shiro é a Paciência. Lion é a Diligência. Natsuki, a Caridade. Noriaki, a Generosidade. E Kurono, a Humildade. Vocês agora possuem um grande poder em mãos, que não sei se pode realmente matar deuses, eu nunca tentei. Mas, talvez seja o suficiente para derrotarem Orochi.

– Beleza! – exclamei. – pronto para enfrentar qualquer um!

Nesse momento, entra um corvo na sala. Ele sobrevoa o local. Todos levaram um susto. O corvo pousa na mesa, abre o bico, e projeta um holograma. Era Kenta.

Hello, pessoal. – disse Kenta.

– KENTA! – grita Noriaki.

– MALDITO, O QUE FAZ AQUI?! – gritei.

– Calma. Não vá matar esse pobre corvo que veio voando somente para transmitir minha mensagem. – disse Kenta. – Eu queria agradecer a vocês.

– Pelo o quê? – pergunta Hikaru.

– Por vocês terem me fornecido o material perfeito para realizarmos o ritual. – disse Kenta.

– Espera aí! O que você disse, Kenta?! – pergunta Alice.

– Oh, Alice-chan, ainda está viva? Pensei que havia morrido, junto com os outros Relojoeiros. – disse Kenta. – De qualquer forma, era tudo um plano.

– PLANO?! QUE MERDA É ESSA?! – pergunta Satomi.

– Nos explique direito! – disse Ayame.

– Ouçam com atenção... Aquela dimensão onde vocês lutaram tinha milhares de sensores que absorveram a energia de vocês! Absorvia tanto de vocês, como dos Relojoeiros. Toda a energia de seus poderes absorvida se tornou uma magia que poderá reviver o espírito de Orochi! Uma magia que além de ressuscitá-lo, vai lhe dar mais força, mais poder! Um poder que supera o poder dos Relógios Infinitos! – disse Kenta. – Não importa quem vencesse, no final, a energia espiritual e os poderes tanto dos Relojoeiros quanto os de vocês iriam ser absorvidas e fundidas em uma poderosa magia!

– KENTA! VOCÊ NUNCA NOS FALOU DESSAS COISAS! – grita Alice.

– Eu queria manter surpresa até de vocês. – riu Kenta.

– Então... Todos nós... Fomos usados? – pergunta Satomi.

– Fomos usados como peões para ajuda-los a alcançar seus objetivos?! – pergunta Lion.

– Podemos dizer que sim. – disse Kenta. Nesse momento, surge uma luz no Céu. A luz parece formar um ciclo. – Ah, tem mais um detalhe: o ritual será realizado no céu, não encima de um prédio, como pensavam. Bem, é só isso. Até mais!

O holograma desapareceu, e o corvo foi embora.

– Então... Fomos usados?!– Natsuki estava em lágrimas. – Em vez de salvarmos o mundo... Nós só...

Eu estou com muita raiva. Muita. Uma grande ira. Soquei o chão furioso, que até fez uma rachadura.

– Não acredito que fui usado... Imperdoável... – falei. – IMPERDOÁVEL! MALDITOS, FILHOS DA PUTA! NÃO VOU PERDOÁ-LOS POR ME USAR DESSE JEITO! NORIAKI!

– Certo. Entendi... – disse Noriaki.

– Espera, o que vocês vão fazer? – pergunta Hokona.

– NÓS VAMOS ATÉ O CÉU! – falei, furioso. – VAMOS ACABAR COM ESSA MERDA!

CONTINUA
NO CAPÍTULO 096


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Notas finais do capítulo

*¥ 5.229, aproximadamente R$ 57,00.
Kuro Kurono acaba de entrar na Saga da Batalha Final, a última saga. Ou seja, Kuro Kurono acaba de entrar reta final. Obrigado por me acompanharem e não deixem de comentar.