Acordei em um lugar claro. Não era mais a fronteira. Estava em uma cama. Vi que meus ferimentos estavam curados. E meu pâncreas também estava em meu corpo, junto com minha visão.

– Ah! O Noriaki acordou! – disse Ayame.

– Yo, Kido-kun! – disse Lion. – Você acordou.

Vi todos os meus amigos ali, ao meu lado. Todos.

Natsuki ainda chorava.

– Ainda bem... Ainda bem... – dizia Natsuki.

– SEU IDIOTA! – gritou Hikaru. – VOCÊ NOS DEIXOU MUITO PREOCUPADOS! – Hikaru suspirou. Saiu algumas lágrimas de seus olhos. – Seu... Seu idiota... Filho da...

– Desculpe-me. – falei. – Fiz você e a Natsuki chorarem.

060 - Saviour of the Nation / Killer of Demons!

– O LION ME ACHOU?! – exclamei.

– Sim. – disse Natsuki. – Quando contamos aonde você tinha ido, Lion foi correndo para ir te ajudar. No final, ele encontrou você e Kurono desmaiados e sangrando.

– Obrigado, Lion. – falei.

– Não há de quê. – respondeu Lion.

– Onde está o Kurono? Ele estava comigo, e ferido!

–Ele está ali! – disse Hokona.

Kurono estava parado diante de Yui Tiemi, que estava desacordada.

– E o que aconteceu com o Yahiro? – perguntei.

– Foi embora. – disse Hokona. – Sumiu.

Olhei para Hokona e para Hikaru. Sabia o que ela sentia por mim.

– Hikaru... Eu gostaria de falar às sós contigo.

...

– E então, o que você quer? – pergunta Hikaru. – O que você quer de mim.

– Hikaru... Eu já sei que você me salvou e me beijou! – falei.

Hikaru corou.

– QUE BESTEIRA! QUEM...

– Não adianta disfarçar. Eu sei a verdade.

Hikaru olhou para o chão.

– Idiota! Não queria que soubesse! – disse Hikaru. – Eu te amo.

Sorri.

– Sabia que você ia se declarar. – falei. – Porém, sinto em lhe
informar, mas, eu te vejo só como uma amiga. Não vejo você... Daquele jeito... Me desculpe, sei que deve doer, mas...

– Você está me dando um chute na bunda...?

– Não exatamente... Estou te dispensando.

– Você ainda ama a Hokona?

– Amo. – falei sabendo que nem sei mais se a amo.

– Entendo... Então nosso amor não é correspondente...

– Duas pessoas, mesmo que uma ame a outra, não podem ficar juntas, seria doloroso para as duas pessoas. Mas, eu fiquei feliz ao saber que você não me odeia. Por isso, peço para que você encontre um cara bem bacana, e que o amor de vocês seja correspondido.

Nesse momento, abracei Hikaru. Ela começou a chorar. Mas não sei se é de tristeza. Ou de alegria. Ou nenhum dos dois.

...

– Até quando vai ficar ai? – perguntei para Kurono, que ainda olhava fixamente para Yui Tiemi.

– Só até ela acordar. – disse Kurono. – Mesmo eu tendo perdido a luta, a Tiemi ainda não sumiu.

– Já disse. Nós dois perdemos.

– Tudo o que eu queria é que ela voltasse, para eu poder me declarar e poder ficar junto dela... EI! Espera!

Nesse momento, Yui abre os olhos.

– Nori... Aki... Kurono... ?

– TIEMI! – grita Kurono, que abraça Tiemi.

– Bem vinda de volta, Yui Tiemi. – falei.

– Que bom que acordou. – disse Kurono. – Vem, eu te ajudo a levantar.

Quando Tiemi ficou de pé, porém, um homem surgiu atrás de nós.

– Me desculpe. – disse o homem, que nos paralisou com um feitiço, e pegou Tiemi pela cintura.

– AAA! SOCORRO, KURONO! – grita Tiemi.

– TIEMI!!! – grita Kurono, que estava paralisado.

O homem sumiu com Tiemi. E o feitiço se desfez.

– Merda! DE NOVO! – Kurono gritou, quase chorando. – PERDI A TIEMI... DE NOVO!

– Calma, nós vamos achar uma solução.

– Atenção, humanos, e Kurono. – disse uma voz grossa e alta de algum lugar. – Neste momento, Satanás está atacando Tóquio, e o colégio Hanko está em guerra com ele. Enquanto isso, nossos sacerdotes realizarão o ritual para libertar nosso mestre! Vocês todos falharam. Yui Tiemi agora está sob nosso poder!

– Merda! É o meu pai! – disse Kurono.

– Kurono, se quiser ver sua amada, venha para o El Diablo, meu castelo monumental. Enquanto isso, Kurama cuidara da garota. E eu e me servos vamos realizar o ritual em Chiba!

– Bem, se é assim, vou para El Diablo! – disse Kurono.

– Espera! Pode ser uma armadilha! – falei. – Vou com você!

– NEM VEM! – gritou Kurono. – ESSA LUTA É MINHA! EU VOU ATÉ LÁ LUTAR CONTRA KURAMA E SALVAR YUI TIEMI! VOC~E E OS OUTROS VOLTEM PARA CHIBA, E IMPEÇAM O RITUAL!

Apesar de eu não querer fazer isso, sabia que era o certo.

– Vá.

Kurono sorri.

– Obrigado.

E assim, ele vai embora.

CONTINUA
NO CAPÍTULO 061