Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 5
Capítulo 04 - Severo Snape


Notas iniciais do capítulo

Bom, está fanfic é um pouco baseada no filme Barbie a princesa e a plebeia - eu gosto de Barbie! - então pode conter algumas falas do filme propositalmente! Novo personagem que vai mudar o destino das coisas!



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Entre uma machadada e outra eles tentavam encontrar algo. Precisavam achar algo ou o chefe ficaria bravo. Bravo seria pouco comparado ao que ele faria. Só se sabe que seus restos seriam atirados aos cachorros.

Draco estava coberto de fuligem, seus cabelos, normalmente loiros, tinham mexas cinzas. Estava suado e cansado, mas não poderia parar, não agora. Foi conferir o que já tinham no carrinho.

— Só isto? Só isto? - falou visivelmente decepcionado. - Aliás, quem foi o idiota que pôs isso aqui? - ele segurava algo redondo, parecido com uma pedra.

— Fui eu! - exclamou Crabbe dando um sorriso. Ele estava na mesma situação que Draco, a não ser pelos cabelos que continuaram da mesma cor.

— Vamos repassar, está bem? - Crabbe concordou. - Estamos roubando ouro! Isto é brilhante?

— Não.

— Valioso? - colocou a tal pedra próxima aos olhos de Crabbe.

— Não...

— Vai deixar o chefe feliz?

— Ah... Não.

— Preste atenção Vicent, você precisa de um cérebro! - deu as costas ao amigo. Ouviram um barulho. - Shh, vem vindo alguém.

Crabbe o olhou com pânico antes de agir. Apagou o candelabro que iluminava a mina e os dois pularam no carrinho.

...

Eram um homem temido por muitos. Nascido e criado na Bulgária, ele tinha acabado de retornar da guerra civil no país, que durou exatos cinco anos.

Ele demonstrava egocentrismo, muitas vezes, autoridade e prepotência por onde passava. Sempre usando roupas negras, acompanhado de seus cabelos negros oleosos e compridos, tanto que chegavam até a altura dos ombros.

Seu nome? Severo Snape

O caminho de terra levava até seu destino. Algumas flores atrapalhavam seu caminho. As eliminava pisando, sem dó e muito menos piedade.

Se assim era com simples flores, imagine como seria com quem pisasse seu caminho sendo indesejável.

Snape ajeitou suas vestes. Passou as mãos nos cabelos tentando ajeitá-los.

O lugar estava escuro, o lampião veio a calhar no momento exato. Riscou um fósforo na parede áspera e o acendeu. Seu sapato de couro italiano fazia eco no interior do local. Pouco se importava.

Escutou vozes. Como eram imprestáveis, poderiam ser mais discretos certamente.

Andou na direção dos ruídos, que cessaram quando seu sapato começou a fazer mais estardalhaço.

Ninguém, apenas um carrinho.

Foi até lá e os viu.

— Ah... Vocês ai estão. - sua voz imponente e inconfundível se fez ouvir por toda a mina. - Poderiam ser mais discretos, creio eu.

Chefe. — apressou-se Draco a dizer.

— O senhor voltou. Pensamos que morreria na guerra. Sabe, tiros para todos os lados. - Crabbe completou.

Snape os encarou com desdém. Por que tão idiotas?

— Tem certeza que está se referindo a mim? Estou certo de que nenhum dos dois sobreviveria um segundo lá, mas eu sou eu, e eu sei agir.

Draco e Crabbe poderiam ter falado qualquer coisa, mas a coisa mais inteligente que fizeram (talvez a mais inteligente de toda sua vida) foi calar-se.

— Agora, vamos aos negócios.

— Ah... Sim, sim. Tome senhor, o último ouro da mina real, não achamos mais nada.

— É, porque é tudo seu!

Draco mostrou-lhe a pequena pedra brilhante e valiosa. Snape a pegou e a avaliou por alguns instantes até dizer:

— Sim... Isso mesmo, é tudo meu!

Depois de tanto tempo tendo que servir como capacho, ele finalmente reinaria!

Chefe, poderia nos contar seu plano que com certeza é majestoso? - Draco pediu enquanto sai do carrinho, sendo seguido por Crabbe.

Snape os encarou. Será que poderia confiar? Bom, não tinha nada a perder, afinal, o que dois idiotas como eles fariam?

— Se vocês abrirem suas bocas sobre isso estarão perdidos! - nenhum dos dois se pronunciou, mas concordaram. - Bom, primeiro: Pretendo trazer meu filho da Bulgária... Ele terá que conquistar Hermione, de uma forma ou outra. Quando o tiver feito a pedirá em casamento e se tornará rei...

Era um plano perfeito. Depois seria fácil tomar o poder... Ele mandaria. Ele, apenas ele. Após tudo o que fez estaria realizado...

— Tá bom, mas... Ér... Desculpa, só que temos um probleminha, chefe. - Draco o interrompeu de seus devaneios.

— Qual? Diga logo!

— Ah... Claro, a rainha irá casar a princesa com o príncipe de Durmstrang em alguns meses. - completou.

— O que? - disse Snape de repente, fazendo Draco dar um pulo de susto. - Tomou a decisão sem mim? Quem ela pensa que é?

— Bom... A rainha!

— Seu idiota... - Snape os agarrou pelo pescoço. Cada um preso contra a parede tendo a mão do "chefe" como forca.

— Mas ela é a rainha! Tem uma coroa, um cetro e senta naquela grande e enfeitada. - Crabbe disse com dificuldade, devido à falta de oxigenação.

— Silêncio. - gritou.

Não poderia deixar isso acontecer, tudo deveria seguir seus planos. Vítor e Hermione deveria se casar, caso o contrário... Uma ideia repentina brotou em sua cabeça. E se... É... Genial! Isso... Isso... Ele deveria... Com certeza...

— Só um pequeno obstáculo...

...

— Eu só queria ficar sozinha!

— Mas não precisava me dar esse susto. Sabe o que eu passei?

— Eu estou bem? Estou, então não fique alarmada.

— Não fique alarmada, é o que ela diz. - Annelize riu como se aquela fosse a piada do ano. - Não? Você precisa ter responsabilidade, está noiva! Você terá um marido, minha filha. Não pode agir como se o céu fosse o limite. Coloque os pés no chão, você está crescendo, não aja como se fosse uma criança. Não fuja das suas responsabilidades. E... É difícil aceitar tudo isso, mas faça um esforço.

Elas estava conversando sobre o sumiço de Hermione do outro dia. Annelize teria feito isso em outra hora, mas não teve tempo, afinal era a rainha.

— Mãe... Queria que você soubesse como eu me sinto sobre isso. Eu entendo porque tenho que me casar, mas não aceito. Tem tanta coisa que eu queria fazer e não poderei. - ela deixou-se vencer pelas lágrimas.

— Filha...

— Eu também tenho sonhos, sabe. Eu queria viajar pelo mundo, conhecer lugares e pessoas novas...

— Você poderá fazê-lo...

— Duvido. Que marido gostaria de ter sua mulher viajando o tempo todo?

Annelize ficou sem ter o que falar. Por sorte, ou não, não precisou falar, a chegada de alguém interrompeu a conversa.

— Então essa é a minha recepção depois de cinco anos em guerra?

— Severo! - Annelize pareceu se animar com a surpresa. - Quanto tempo! - deram um longo abraço.

Hermione apressou-se a limpar o olhos molhados. Não queria que a vissem chorando, principalmente ele.

— Sentimos a sua falta!

— Hey Hermione, não vai me dar um abraço?

Não que Hermione não gostasse de Snape, mas não se sentia confortável em sua presença. Ele sempre foi gentil e bondoso demais com ela. Hermione aprendeu a desconfiar de pessoas assim.

A passos lentos foi até Snape abraçá-lo.

— Você cresceu, tinha 12 anos quando eu fui embora. Virou uma mulher!

Ela tentou dar um sorriso sincero, mas o que saiu foi algo forçado.

— Precisamos colocar as novidades em dia!

Snape tinha sido chamado para a guerra civil logo após a morte de Manuel, pai de Hermione.

— Vamos tomar um chá, assim pode nos contar sobre a guerra.

Era um costume deles tomarem chá todos os dias às cinco da tarde, mas estava deixando isso de lado. Aquele dia, em especial, teria chá da tarde, por conta da volta de Snape.

Por mais de uma hora Snape contou as duas moças o que pode sobre o combate.

— Se não fosse por mim, nosso território teria fracassado. Sorte a deles.

Hermione aguentou tudo aquilo calada, limitando-se a sorrir educadamente e responder a algo com monossílabas. Não tinha nada mais entediante do que ouvir Snape falando de suas conquistas, e coisas do tipo. Gostaria de entender como sua mãe aguentava.

Olhando distraidamente o jardim pela janela, notou um ipê vermelho que a fez lembrar-se de certa pessoa de cabelo ruivo... Ronald? Rony? É, Rony... Desde a partida de Harry, em todo seu tempo vago, pensava no ruivo.

Era estranho... Qualquer outra pessoa teria corrido atrás dela sabendo que é a princesa, talvez a sequestrasse e pedisse recompensa...

— Hermione? Mione?

— O que? - despertou de seu devaneio com um susto.

— Gina quer falar com você.

— Ah, oi Gina. - levantou-se notando a prima. - Desculpe, eu estava... Pensando. - acrescentou rápido levantando. - Com licença. - seguiu a ruiva pelos corredores e escadas até chegarem no quarto da castanha.

— Você tem que me contar tudinho. - Gina pediu.

— O que quer que eu conte?

— Como ele te pediu em casamento. Eu adoraria saber, essas coisas me emocionam.

— Não foi nada demais... - Hermione contou sobre a conversa que teve com Harry. - Ele não me pediu em casamento exatamente, sabíamos o que ia acontecer, então eu simplesmente falei que colocasse o anel em meu dedo.

— Você é tão anti-romântica prima, por mais que seja uma... Obrigação, poderia ter deixado o rapaz fazer um pedido formal.

— Não sou anti-romântica, apenas não gasto meu romantismo com pessoas que sequer conheço direito.

— Eu tenho que conhecê-lo, mas é incrível como em todas suas vindas eu tenho algo a fazer.

— Falando em conhecer... - Hermione falou sobre sua breve visita a floresta e seu encontro com um ruivo.

— Camponês! - Gina afirmou. - Devia estar colhendo lenha para viver. Eles vendem, ouvi dizer que não ganham muito, mas é um dos únicos jeitos de sustentar a família.

— Hum... Que pena.

— Por quê?

— Bom, se tirarmos a fuligem, e todo o tipo de sujeira era um bonito moço.

— Ah, sei...

— Não sei por que, mas ele me lembrou você um pouco. Estranho.

— Eu? Muito estranho.

Hermione encarou a parede oposta de onde estava. Não conseguia parar de pensar em Rony... Mal ela sabia, mas eles tornariam a se encontrar mais rápido do que ela esperava...


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Notas finais do capítulo

Ah sim, eu mudei a capa da fanfic, enjoei da outra... Estou ficando surpreendida com o que consigo fazer usando o Photoshop, embora essa não esteja perfeita, nada, nem ninguém é perfeito!
Próximo capítulo, Gina e Harry!
Reviews?
Beijos