Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 15
Capítulo 14 - Apaixonados?


Notas iniciais do capítulo

Só para dizer que eles estão apaixonados! Estou de férias, isto é ótimo, ainda mais depois da minha linda e querida nota em matemática que me deixou tremendo de felicidade! : ) Espero poder atualizar com mais frequência!
Ah... Quase esquecendo, fizeram meu amor por criar capas renascer, então, se quiserem, deem uma olhada na nova!



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— Não, não posso... Que coisa mais ridícula. - Rony pensava sozinho no escuro de seu quarto. Não conseguia dormir, pois toda vez que fechava os olhos a lembrança daqueles olhos castanhos amendoados vinha a sua cabeça.

Mais cedo ele quase beijara uma das pessoas mais importantes da cidade, se não a mais importante.

Revirava-se em sua cama tentando encontrar uma posição confortável.

— Acho que estou ficando maluco.

Maluco de amor, só se for. - disse uma voz em sua cabeça.

— Eu não estou apaixonado. De onde tirou isso? - era como se estivesse conversando com uma pessoa de carne e osso.

— Ora, se vê em seus olhos. A maneira como a olha, desde o primeiro instante que se encontraram. — rebateu a voz.

— O que você sabe sobre estar gostando de alguém? Até onde eu sei você é uma voz na minha cabeça. Voz que está me deixando doido.

— Diga o que quiser, mas eu tenho razão!

E dai que Hermione tinha os olhos mais bonitos que ele já vira? E dai que seus cabelos eram sedosos, embora nunca os tivesse tocado? E dai que tinha um rosto perfeitamente desenhado, feito sob medida? E dai que tinha uma pele legal? E dai? E dai?

Não poderia estar gostando dela por n motivos. Primeiro: Ela é uma princesa. Segundo: Ela é um princesa. Terceiro: Ele? Um simples camponês. Mas... Pensando bem... Se havia n motivos para não gostar dela, seria um indício de que estava gostando? Ninguém poderia o impedir de se apaixonar, o x da questão era ser correspondido.

Quem sabe ele apenas tinha receio. Uma vez se apaixonara por uma moça de apelido Lilá. Lavender era o que chamavam de bonita confusão. Loira ao natural atraia olhares por onde passava. Cobiçada e invejada por muitos. As mulheres a odiavam por natureza, apenas pelo simples fato de existir e encantar. Os homens, por outro lado, caiam aos seus pés com o mínimo charme. Por mais que fosse bela, causava diversas confusões. Causara brigas e até separações em todos os lugares. Para sorte de Rony (ou não), ela nunca se interessara nele, em sua família em especial. O fato de não terem muito dinheiro - e de todos saberem - talvez tivesse influenciado. Essa fora a única experiência amorosa do ruivo, e desde então, nunca se interessara por outra mulher.

Até agora...

Mas ele se questionava: o que uma princesa, bela, rica, inteligente, de casamento marcado, iria querer com ele? Pobre, aparentemente feio (porém não) e sem muita inteligência, sobre determinados assuntos? Claro que sua mãe sempre dizia que era lindo, não importasse o que as pessoas dissessem. Completara, pelo menos, o ensino básico, e dominava algum assunto. Mas Hermione, ela deveria ser a pessoa mais inteligente que tivera o prazer de conhecer.

E por quanto tempo ela ficaria ali? Por quanto tempo esta farsa duraria? Estavam a sua procura, e quando a encontrassem... Bem, as coisas não ficariam da mesma forma.

Perdido em pensamentos acabou adormecendo. Ao acordar, pela manhã, uma força estranha o atraiu até a janela. O sol nascia ao horizonte, as gramas cresciam verdes e... Hermione andava por entre as árvores de frutas no pomar. Naquele momento ele tinha duas certezas: além de ser a pessoa mais inteligente que tivera o prazer de conhecer, Hermione tinha o sorriso mais bonito que ele já vira, e faria o que estivesse ao seu alcance para ver aquele sorriso todos os dias.

...

Hermione encarou o céu. Ainda estava cedo. Quando morava no castelo não despertava antes das 9h:30min. Agora tudo era diferente. Dependendo do dia, acordava com o canto dos galos.

Estava adorando aquela vida. Como se fizesse parte da família. O pomar era seu lugar preferido. Tinhas as mais diversas frutas, e todas as suas preferidas. Desde maças à jambos. Cajus, laranjas, amoras, acerolas, todo o tipo de fruta que se imaginar. O mais estranho? Todas elas lhe lembravam dum ser de cabelos vermelhos, pois a cor das frutas ou era vermelha ou laranja.

Ora, mas a família Weasley tinha oito membros ruivos. Por que ela se lembrara justamente de Rony?

— Que besteira!

— Ah, você sabe por quê! - uma voz em sua cabeça falou.

— Isso é doideira!

— Não há nada de doido em falar com sua voz interior, querida! Estou aqui apenas para lhe ajudar!

— Certo, hum... Eu não preciso de ajuda!

— Se não precisasse eu não estaria aqui!

— Se você está dizendo... - ela começou a colher carambolas para que Molly fizesse suco.

— Vamos menina, desabafe, é para isto que estamos conversando.

— Bem, está certo então... Eu... O que devo falar?

— Sobre como se sente por estar apaixonada!

— Mas não estou apaixonada.

Negará? As pistas são óbvias! Você sente algo estranho quando estão pertos?

— Bom... Às vezes, talvez... Mas isto não quer dizer que estou apaixonada!

Será que não? Certo, Rony tinha os mais bonitos olhos azuis que ela vira, ela adorava seu cabelo ruivo e suas sardas. Mas isto nada significava.

Além do mais, n motivos impediam a união dos dois, exemplo: diferentes classes sociais, embora ela não se importasse. Ela era uma princesa, e ele um camponês. Sua mãe surtaria. Para ela essas coisas não definia caráter. Desde que fosse um bom e amoroso homem, estes seriam apenas consequências.

Desde quando ligava para a opinião de sua mãe?

— Mas então isto quer dizer que você nutre algum sentimento por ele...

Por falar nele... Rony rompia pela porta, pronto para mais um dia de trabalho. Cumprimentaram-se brevemente e logo Rony adentrou a floresta.

— Certo, você venceu. Acho que... Acho que gosto dele de uma forma diferente, e isto me assusta.

Afinal, como uma princesa teria um felizes para sempre, digno de toda história de príncipes e princesas, ao lado de alguém que a mãe não consideraria bom o suficiente para ela?

Sem contar que às vezes seu estômago se revirava em sua barriga, tanta a ansiedade. As famosas borboletas estaria fazendo a festa? Tinha medo... Sabia o que era amar, mas não o amar homem e mulher. Como ela saberia que este sentimento realmente existia? E se Rony não sentisse o mesmo? Um sentimento não correspondido? Ela aguentaria?

Estava tão absorta em pensamentos que não notou a aproximação de uma figura loira, com semblante sonhador.

— Olá! - ela quase pulou ao escutar aquela voz tão infantil. - Sou Luna Lovegood, moro aqui perto.

— Ah... Olá Luna, eu sou He... Mione! - cumprimentaram-se. - Já ouvi falar de você.

— Engraçado, nunca ouvi falar de você. - falou tão sonhadoramente que Hermione não sabia ao certo se ela realmente escutara. Estaria em seu subconsciente?

— Bom, Luna, prazer em conhecê-la, mas preciso levar esta cesta à senhora Weasley.

— Molly? A conheço. A caso vim vê-la. Você é da família? Com a quantidade de filhos não me admiraria.

— Não exatamente. - Não ainda, sua voz interior tornou a falar. - Então me acompanhe.

E assim Hermione e Luna se tornaram amigas e confidentes. Luna lhe contara que as pessoas, especialmente as garotas, não queriam ser suas amigas. Sabe-se lá por que...

Hermione tinha uma teoria, e muita excentricidade se encaixava.

 


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Notas finais do capítulo

E os meus capítulos preferidos se aproximam... Talvez seja a duvida de alguém, não sei... Mas, a história vai ter por volta de uns quarenta capítulos, e é a primeira vez que escrevo tanto, algo que me deixa feliz! Todavia, o número principal é 40. Isto significa que ainda há muuuuuito pela frente, tipo, uns 25 capítulos reveladores!
Obrigada à todas, pois são vocês quem fazem a história!
Beijos