Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 14
Capítulo 13 - Não Quero Voltar Para Casa


Notas iniciais do capítulo

Se tem uma coisa que eu não suporto é ansiedade, e esperar. As notas finais só sairão no final da próxima semana, e não queria deixá-las esperando tanto, pois não acho justo. A cena que mais interessa é a do final...



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Há duas semanas, Hermione tinha sido resgatada por Rony daquele lugar horrível, e estava sendo muito bem alimentada por Molly, que zelava pela saúde da família, e alegava que Mione estava um pouco magra demais. Não era para tanto, já que no castelo seguia a risca uma alimentação controlada. Nem um pouco menos, nem um pouco mais, nem um dedinho fora.

Hermione ajudava em tudo, como uma verdadeira filha deveria fazer. Ajudava na cozinha, colhia frutas no pomar, lavava algumas peças de roupa e, de vez em quando, pegava os ovos das galinhas. Evitava fazer o último porque saia cheia de penas nos cabelos e algumas galinhas lhe lançavam mau olhado.

Molly, Arthur e os filhos, principalmente Rony, diga-se de passagem, estavam adorando ter Hermione, ou Mione, como hospede. Ela dava um brilho diferente a casa, brilho que contagiava a todos. Gui partiria para a França, a pedido de seu chefe. Trabalharia no Império francês por um tempo, e logo voltaria. A família Delacour. Hermione os conhecia muito bem, a princesa Fleur Gabrielle Analise Beatriz Delacour, ou somente Fleur Delacour, era sua conhecida de muitos bailes. Gui teria uma longa viajem, embora Inglaterra e França ficassem razoavelmente perto, os meios de transporte da época não eram tão eficientes.

Hermione também ajudava Molly a entregar o almoço dos filhos nos respectivos trabalhos. Uma tarefa interessante, já que assim conheceria a floresta melhor e não se perderia no futuro.

A floresta era bastante imponente. Determinadas árvores tinham um comprimento tão extenso que seu final ficava fora dos olhares humanos. Há muito tempo, aprendera com Dumbledore a identificar os frutos que poderiam ser consumidos. Nem todos aqueles que os pássaros comiam eram próprios para o consumo. Belas flores de variadas espécies e cores alegravam o caminho. A única vez que Molly lhe pedira para levar o almoço a um dos filhos, fora no final da primeira semana em que tinha chegado. Naquele dia, outra vez, fora requisitada para essa missão.

Ao longe se ouvia o farfalhar das folhas, o único barulho naquela imensidão de floresta. De vez em quando, ouvia-se os pássaros levantarem voo e, quase inaudíveis alguns animais de pequeno porte andando pelo chão coberto de folhas mortas e galhos secos. Hermione caminhava tão suavemente que se surpreendeu por não fazer barulho. Nas mãos trazia um prato de comida ainda quente.

Rony carpintava madeira quando Hermione chegou sorrateiramente. Ela sentou-se em um tronco um pouco afastado e esperou que ele notasse sua presença. O azul do céu chamou sua atenção, a deixando perdida em pensamentos. Este azul lhe lembrava algo... Claro... Suas bochechas adquiriram um tom rosado ao lembra o quê. Seu olhar recaiu diretamente sobre esse o quê.

— Olá! - Rony falou cordialmente.

— Oi. - ela respondeu com um sorriso no canto da boca. - Sua mãe me pediu que te trouxesse o almoço.

Rony saiu de onde estava e com passos firmes foi de encontro a Hermione. Retirou o prato de suas mão checando o conteúdo. Ele balançou a cabeça em desaprovação.

— Ela sabe que eu não gosto de carne bovina! - Hermione riu de sua expressão. Uma mistura de querer e não querer comer. - Bom, eu não tenho outra escolha.

— Bon appétit! - Rony a encarou como se tivesse dito algo obsceno. - É bom apetite em francês. - ela falou como se fosse algo tão simples quanto um com um ser onze e não dois. - De qualquer forma, preciso voltar.

— Por que não fica? Quer dizer... Eu já estava indo, e... Bem, é perigoso andar por ai só. - ela ponderava enquanto Rony torcia para que suas orelhas não ficassem vermelhas.

— Certo, eu aguardo.

O tempo que Rony comia fora coberto por um silêncio chato e incomodo. Era estranho, e até mesmo desconfortante, a presença um do outro. Não tinham intimidade como amigos e muito menos como um casal.

O ruivo recolheu seus materiais e Hermione ficou de levar o prato. Lado a lado, silenciosamente refizeram o mesmo caminho que Hermione tinha feito.

— Eu estive pensando... - começou Rony. - Por que não quer voltar para casa?

— Bom... Eu não quero me casar... Harry, meu noivo — disse com escárnio. - Ele é legal... Eu gosto dele, mas como amigo. Nós conversamos diversas vezes, e só penso em amizade. Eu sei que é pelo reino, mas... A felicidade deles é o meu tormento. Todos sabem o que está acontecendo... Poderíamos achar outra maneira de resolver tudo! - ele a escutou pacientemente. - E além do mais, estou gostando de morar com você... Quer dizer, com sua família. - acrescentou rapidamente encarando o chão. - Sua mãe é legal. Acho que ela gosta de mim.

— Você é como a filha que ela nunca teve. - ele admitiu.

— Deve ter sido estranho para ele ter apenas filhos homens.

— Sim... - disse aéreo.

— Você tem sorte de ter essa família, eles se importam com seu bem estar, principalmente seus pais, e mesmo indiretamente Fred e George o amam muito. Não que eu não goste da minha família, os amo muito, mas às vezes, minha mãe age como uma inconsequente. Desde que meu pai se foi... - ela parou abruptamente de falar. Rony não a obrigou a prosseguir, somente esperou. Devia ser algo difícil com o qual lidar, falecimento de entes queridos. - Ele era o melhor pai do mundo. - ele a encarou, notando um brilho antes inexistente em seus olhos. - O melhor! Ele me ensinou tantas coisas. Valores sentimentais... Ele nos amava, a mim e a minha mãe!

— Continua amado, de onde quer que esteja. Eu tenho certeza. - naquele ponto eles já se aproximavam de casa.

— Rony... - ela o fez parar de andar. - Obrigada! Obrigada por ter me tirado daquele lugar que nem quero me lembrar, obrigada por me trazer a sua casa. Se não fosse você... Não sei o que teria acontecido.

Ela o abraçou sem pensar duas vezes. Primeiramente, Rony ficou se reação, mas logo retribuiu. Percebendo o que tinha feito, Hermione se soltou lentamente, mantendo os rostos próximos, tão próximos que Hermione poderia contar as sardas em seu rosto. Rony estava um pouco hipnotizado pelos olhos castanhos da garota. Sentia seu doce aroma como uma bela flor que acabara de desabrochar. Seus lábios avermelhados e entreabertos estavam bastante convidativos, aclamando por um delicado e doce beijo. Hermione fechou os olhos em antecipação. Podia até sentir a respiração de Rony em seu rosto. Mas nada aconteceu...

— Ah, ai estão os dois. - Molly veio do interior da casa, dando tempo para que eles se afastassem rapidamente. - Mione, querida, preciso que me ajude. Suas mãos são perfeitas para um servicinho, pequenas e delicadas, diferente das minhas.

Hermione ficou um pouco assustada com o momento anterior. Estaria ela ficando apaixonada por Rony?


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