Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 12
Capítulo 11 - A princesa e o plebeu


Notas iniciais do capítulo

Ei, oi! Então... Demorei né? Culpem minha internet, essa chata! Pelo menos o próximo capítulo não vai demorar tanto! Percebi que às vezes não respondo as reviews, não é porque eu quero, é falta de atenção, tempo e esquecimento, mas eu leio todos, e fico muito agradecida! : ) Bom, sem mais delongas...



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Você!

— Desde que nasci. - falou Rony com um sorriso maroto brincando nos lábios.

Ela ficou parada, estática, tentando digerir os acontecimentos. Não que não gostasse dele, mas Rony?

— Tenho muita sorte mesmo! De todas as pessoas que imaginei vindo me ajudar, você é a última em que pensei.

— De todas as pessoas que imaginei indo salvar, você foi a última em que pensei. - disseram juntos.

— Podia ter sido um Hércules, esses heróis da mitologia grega ou romana. Qualquer um.

— Assim você me ofende.

— Desculpe, não foi minha intenção!

— Você está pálida. - disse Rony, após um tempo de silêncio.

Ele tinha razão. Hermione não comia a, mais ou menos, dois dias, e não tinha ideia de como resistira. Acostumada a fazer várias refeições ao dia, e refeições entre as refeições.

— Reparando agora, estou me sentindo um pouco tonta.

— Tonta? - Rony riu. - É uma palavra de duplo sentido, sabe. Faz você parecer tonta, boba, ou tonta, passando mal.

— Você vai se dar muito mal na carreira de piadista. - zombou ameaçando desmaiar. Rony a segurou para garantir.

— Acho melhor você se sentar. - ele a guiou até um tronco de árvore, no qual ela permaneceu até a tonteira passar. - Me responde algo? - ela assentiu. - O que você estava fazendo ali?

— Qual a parte do eu fui sequestrada você não entendeu?

— Se sente melhor? - perguntou ignorando-a.

— Um pouco. Apenas estou faminta. - disse apertando a barriga.

— Eu te acompanho até o castelo, para me certificar de que estará segura. Não queremos que nada aconteça com a princesa. Mas antes, conte-me, como veio parar aqui, por favor.

— Bom, não sei como exatamente... - ela lhe contou desde o momento em que percebeu que Bichento estava miando até quando acordou na casa. - E depois só lembro-me de ter acordado aqui. Foi mais ou menos isso.

— Estranho...

— E você acha que eu não sei?

— Sim, mas... Alguém está vindo, e não me parece muito amigável. Venha. - ele a puxou para trás de alguns matos altos, que conseguiram escondê-los. - Olha, parecem dois bobões! - Rony apontou os dois homens desengonçados. Só podiam ser Draco e Crabbe, mas eles não sabiam. Os dois pareciam assustados com a cena que viram: a porta de entrada fora do lugar.

— Esses são os meus sequestradores? - Hermione perguntou pasma. Mas não sabia dizer se era por vê-los, ou por aparentemente serem duas pessoas com falta de inteligência. Rony fez menção de rir. - Não, não ria! - o ruivo esperou os dois entrarem na casa para saírem dali.

— Vamos. Teremos um longo caminho. Gostaria de ver como você terá de explicar tudo isso a sua família.

— Rony, espera. É que... Bom, eu... Não quero voltar para casa. Você sabe de algum lugar em que eu possa ficar? Se não for incomodo, é claro...

— Bom... - ele pensou um pouco. - Tem a minha casa. Ela não é uma coisa que se diga: minha nossa, que casarão, mas acho que serve. E não deve ser tão confortável para você quanto o castelo.

— Eu não me importo. Gosto de coisas simples. - ela lhe deu um meio sorriso, que foi correspondido.

— Lá você pode ficar com meus pais e meus cinco irmãos.

— Cinco? Tudo isso?

— Sim. - ele riu. - Isso porque uma vez pensei que minha mãe estivesse grávida mais uma vez...

— Como assim? - perguntou curiosa.

— Longa história, quem sabe um dia eu te conte. É melhor irmos logo, é um longo caminho.

E acrescente logo caminho a isso. Fora mais de duas horas andando, sem contar os instantes em que Hermione parou de andar por estar sem forças, precisando descansar um pouco.

— Afinal, onde você mora? Não sou acostumada a ficar andando tanto!

— Longe de onde estávamos. Tive que pegar um atalho para chegarmos mais rápido!

— Nossa esse atalho colaborou muito! - disse irônica.

— Minha mãe deve estar preocupada! - alegou fazendo careta. - Eu tenho hora para chegar em casa!

— Tem é? Um rapaz dessa idade tendo hora para chegar em casa?

— Melhor sair e ter hora pra chegar que ficar presa sem poder sair.

Hermione abriu e fechou a boca duas vezes, mas fechou sem ter o que contestar.

— Golpe muito baixo esse!

— Já estamos chegando. - anunciou.

O clima na floresta estava um pouco frio. As árvores, de vez em quando, formavam falsas sombras que assustavam Hermione, pensando ser algum animal. Certo momento ela esbarrou em um galho baixo de árvore e rasgou seu vestido.

— Nem gostava dele. - choramingou. Na verdade era um de seus vestidos prediletos. - Mas já que o estrago foi feito... - ela segurou onde tinha sido rasgado e terminou de rasgá-lo, deixando-o mais adequando para a caminhada.

— Existe doido para tudo mesmo! Olhe, é aquela casinha torta logo a frente! - exclamou.

Ao longe, para na porta da casa, via-se uma mulher gorducha, de cabelos extremamente ruivos e expressão mortífera segurando uma frigideira.

— Cacetada. - sussurrou.

— Sua mãe? - Rony assentiu. - Bem simpática, ela... - falou ironicamente.

A Toca, como chamava a casa dos Weasley, tinha sete andares e dilapidada. Se magia existisse, Hermione afirmaria que a casa ficava de pé provavelmente por conta de um feitiço. Os andares pareciam ser irregulares.

— Prepare-se - alertou quando estavam a uma distância favorável. - Ai vem o furacão Weasley. Tenho cinco irmãos, isso eu já disse, meu pai trabalha a tarde e a noite toda, só volta pela manha e por pouco tempo, mamãe fica em casa o dia todo.

Hermione começou a andar um pouco atrás de Rony, ficou com medo da mãe dele. Parecia ser uma mulher estressada.

— Mãe! - falou quando se aproximou o bastante de casa. - Saudades! - ele abriu os braços, pronto para receber um abraço, mas ao invés do esperando ganhou um "frigideirada" no braço. - O que?

— Claro que estava com saudades menino insolente, ficou praticamente o dia todo fora, nem um sinal de vida, e... - parou abruptamente de falar ao avistar Hermione. - Quem é esta moça tão bela? - ela corou.

— He... - Hermione pensou melhor, se dissesse seu verdadeiro nome ela provavelmente saberia que é a princesa, e no momento não queria isto... - Mione, apenas Mione. - sorriu. Não estava de todo mentindo. Muitas pessoas a chamavam de Mione.

— Um belo nome para uma bela moça. - sorriu de volta. - Sou Molly, querida. Mãe desse filho desnaturado. A que devo a honra desta visita?

Hermione encarou Rony. Ele deveria explicar, era sua mãe.

— Ok, mãe, não se assuste. Ela, digamos que brigou com os pais e precisa de um lugar para ficar. EU ofereci nossa casa, sabe.

Das diversas coisas que ele pensou que ela fosse dizer, coisas como "sem me consultar?" ou "como se atreveu a fazer uma coisa dessas?" ela fez a mais inesperada por ele:

— Eu sempre quis ter uma filha, ou uma companhia feminina. Será ótimo tê-la aqui!

Hermione fora recebida como uma verdadeira filha por Molly. Ganhando bastante comida e até mesmo um quarto no sexto andar da casa, que servia para visitas, mas a única visita que eles recebia era de Luna, ou às vezes o amigo de Rony, Neville. Porém este costumava dormir no quarto do amigo, em uma cama de armar.

A garota nunca provara uma comida tão boa. Molly perguntava incansavelmente se ela queria mais, em resposta recebia um: "Estou satisfeita, obrigada.".

Seria uma estadia interessante esta a de Hermione. Se não fosse ela, talvez muitas coisas ficassem sem explicação, e quem sabe nunca encontrasse a futura pessoa que mudasse sua vida. Ali encontraria o lugar em que se encaixava. Seu lugar, onde a maioria lhe compreendia e se importava com sua opinião.


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