O domingo amanheceu ensolarado e calmo. Hermione acordou e fez sua higiene matinal, ao sair do banheiro, encontrou Eileen e Patrícia se vestindo.

- Muito bonito! – exclamou – Porque me deixaram sozinha com o Riddle?

- Desculpe. – disse Eileen sorrindo culpada

- Isso não responde a minha pergunta.

- Olha Hermione. – disse Patricia e seu jeito, lembrou muito a Hermione sua neta Pansy - A verdade é que ouvimos o Tom falando com o Abraxas. Ele dizia ao loirinho que acha você muito bonita... Então achamos que talvez... Se vocês ficassem sozinhos rolasse alguma coisa.

- Pois não rolou nada! – disse nervosa – E parem de tentar fazer rolar algo! Porque não vai acontecer.

            Dito isso, ela se virou furiosa, e bateu porta atrás de si. Correu para fora do salão comunal sem olhar para ninguém e correu sem rumo, quando foi ver, estava sentada abaixo da grande arvore frente ao Lago Negro, com as mãos nos joelhos e as lagrimas rompiam impiedosamente por sua face.

            Porque chorava? Pela brincadeira de mau gosto feita pelas amigas, ou pelo fato de nada ter ocorrido com Tom?  Ela não sabia. Seu coração doía muito, nunca havia se sentido assim antes. Nem quando Rony beijara Lila. E olha que aquilo havia doido pra caramba. Mas a dor que sentia era mil vezes pior. Mas, por quê?

            Escutou passos atrás de si e se virou rapidamente. Ali, vindo em sua direção, estava a ultima pessoa que ela gostaria de ver. Voldemort em pessoa. Ele trazia um guardanapo nas mãos como uma trouxinha. Ela tentou em vão limpar as lagrimas, mas não adiantou muito, ele viu.

- O que foi? – perguntou ele se sentando ao lado dela.

- Nada. – respondeu rouca.

- Trouxe isso pra você. – ele entregou a trouxinha para ela.

            Hermione pegou com a mão tremula e ao abrir, viu um pedaço de bolo e duas torradas. Ela o olhou interrogativa.

- Vi que você não estava no café e resolvi te trazer algo para comer.

- Obrigada.

            Ela comeu lentamente, buscando estar sempre com a boca ocupada para não responder a nenhuma pergunta. Mas, nenhuma veio. Quando terminou encarou o lago, Tom fazia o mesmo. Ela sentiu seus lábios tremerem e as lagrimas caírem por suas bochechas novamente.

- Droga! – murmurou para si mesma e Tom ouviu.

            Ele a encarou. Aproximou-se e limpou as lagrimas de leve que caiam por sua face.

- Porque choras pequena? – perguntou docemente.

- Nada...

- Não tem problema nenhum em me contar.

- Bom... A Patrícia e a Eileen fizeram uma brincadeira nada legal comigo.

- E você esta chorando por isso? – indagou.

- Sim.

- Olha... – ele a encarou – Não sei o que elas fizeram, mas pode ter certeza Granger, que não foi por mal. Elas gostam de você.

            Hermione assentiu.

- Agora me mostre aquele sorriso que só você sabe mostrar. – disse ele

            Hermione sorriu. Tom puxou-a para mais perto e encostou a cabeça dela em seu ombro. A morena se sentiu mais segura, não sabia como ou por que. Mas se sentia mais segura. Sem se quer imaginar que um pouco longe dali, Erick, o grifinorio os encarava com raiva.

- Prepare suas armas Riddle. – disse a si mesmo – Porque as minhas já estão prontas, e vou vencer essa batalha. Pois Hermione Granger será minha.

            Virou decidido, e voltou para dentro do castelo, planos mirabolantes correndo por sua cabeça.