Eles adiaram o assunto por uma semana, até que Hermione resolveu contar a Dumbledore. E Tom, obviamente foi junto. O diretor ficou em estado de choque, mas por Tom estar presente, não falou nada a respeito com Hermione. E nos dias que seguiram também não falou com ela. Hermione achou estranho, porem não o procurou.

♦♦♦♦♦

(meses depois...)

            Os meses se passaram voando e as pessoas começaram a comentar sobre a barriga de Hermione. Ela se sentia envergonhada demais com isso. Mas, com Eileen, Patrícia, Tom, Abraxas e até Erick ao seu lado. Nada podia atingi-la, e isso a deixava extremamente feliz.

            Já Patrícia não estava tão bem assim. Abraxas e Catherine estavam dando um tempo do namoro. Mas ela não podia fazer nada. Queria ficar com ele, queria ele para ela. Mas, como poderiam? Sendo que ele já estava prometido a ela? Teria que aceitar e tentar esquece-lo.

            Por isso, que apesar de nos últimos tempos ter estado sempre ao seu lado, ajudando Tom e Hermione, não falara com ele. Não lhe dirigira a palavra. Seria doloroso demais.

            Ela estava passando frente a tapeçaria de Barnabas, o Amalucado, no sétimo andar, quando alguém gritou seu nome. Era ele. Abraxas, que vinha correndo em sua direção.

- O que foi? – indagou revirando os olhos, pronta para ir embora.

            Ele chegou perto dela, parando a sua frente, ofegante.

- Quer saber de uma coisa? – indagou respirando fundo – Eu cansei sabe? Cansei de fingir que não te amo, porque eu te amo sim. Quero você para mim Patrícia Parkinson, só pra mim. E quero ser seu, só seu. Para sempre, ou pelo menos, até quando você não me quiser mais. Dane-se Catherine, dane-se meus pais, dane-se a fortuna. Eu quero só você...

            Ela o encarou, estática.

- Não podemos... –sussurrou.

- Sim podemos, e queremos. – afirmou ele puxando-a pela cintura e selando seus labios em um beijo quente, cheio de volúpia.

            Patty tentou se soltar, mas Abraxas era visivelmente mais forte que ela. Ele a empurrou para um lado, e ela se sentiu mudar de ambiente. Ao abrir os olhos, se viu em um pequeno quarto, e quando Patty deu por si, estava deitada em um macio colchão e Abraxas estavam por cima dela.

Eles se separaram ofegantes.

- Não podemos... – repetiu ela, insistentemente.

- Patty... – suspirou ele a encarando intensamente – Só hoje, por favor. Esqueça de tudo e de todos. Hoje somos você e eu. Só. Sem mais ninguém.

            Patty tentou argumentar, mais sabia que ele não desistiria tão fácil. Então, resolveu ceder. Ela enlaçou o pescoço dele com os braços, puxando o loiro para mais perto e grudou seus lábios em um beijo apaixonado.

            Naquele lugar, naquela hora, eles se amaram. Tocaram-se intimamente como nunca haviam sido tocados. Amaram-se como nunca haviam se amado antes. Sentiram como nunca haviam sentido. Por uma única vez.

Eles sabiam que saindo daquela sala, tudo voltaria ao normal, ele com Catherine, e ela sozinha.

            Aquela era a única chance dos dois, a única oportunidade de estarem juntos. E eles iriam aproveita-la, do melhor jeito possível: se amando.