Allergic To Love escrita por Camila Dornelles


Capítulo 17
Capítulo 16




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            No dia seguinte, Hermione não queria se levantar. Mas o faria, se aquilo fizesse Eileen e Patricia pararem de matracar em seu ouvido. Enquanto as duas iam para o salão principal tomar café, Hermione foi para o lago negro e se sentiu a sombra da grande arvore que ali repousava serena. Não queria enfrentar ninguém, muito menos Tom. E ainda teria que agradecer a Abraxas, se não fosse ele, sabe-se lá o que Tom poderia ter feito.

            Estava ali quieta quando ouviu passos atrás de si. Fechou os olhos não querendo pensar em quem era.

- Olá Hermione.

- Erick. – disse simplesmente. – O que você quer?

- Saber se esta bem.

- Estou ótima. – disse com amargura.

- E seu bebe?

            Hermione arregalou os olhos.

- Como você soube?

- Ouvi a Prince e a Parkinson sussurrando antes de vir vê-la.

- Tapadas. – sussurrou Hermione.

- E ouvi que Tom fez um escândalo também. Eu te a...

- Por favor, - interrompeu ela – não diga “eu te avisei”.

- Se quiser eu não digo, mas que eu avisei, eu avisei.

            Ela lhe lançou um olhar irritado, mas logo relaxou.

Ele sentou ao lado e ficaram em silencio, olhando as pequenas ondas que se formavam na beira do lago.  O lugar a fez se lembrar de Harry e Rony. Eles nunca aceitariam .

As lembranças trouxeram as lagrimas de volta.

-Calma pequena.

Ele a puxou para seus braços, e a deitou em seu peito.

-Riddle é um idiota.  Ele não tinha o direito de fazer o que fez.

-Ele tem razão, a culpa É minha.

Ela sussurrou, cansada demais para protestar o contato.

-Não diga isso Hermione. Como você poderia prever?

-Eu deveria ter sido mais inteligente, mais me deixei levar por um amor inconsequente.

-Olha para  mim.

Ela o fez.

-Não é culpa sua.

-De todas as pessoas, é você que está enxugando minhas lágrimas. Quem poderia prever?

-Eu te disse Granger, eu te amo.

Brincou, sorrindo, e puxando-a para seus braços novamente.

-Deveria ter me apaixonado por você.

-Não é tarde.

-E sim Erick, você não faz idéia do quanto.

-Realmente que casal adorável.

Hermione amaldiçoou todas as entidades bruxas e trouxas por Tom estar ali naquele momento, e por estar vendo-a aconchegada em Erick.

Ela se levantou e o Grifinório a imitou.

Os olhos da morena ainda estavam manchados pelas lagrimas.

-Tom. O que faz aqui?

-Poderia te perguntar o mesmo.

-Desde quando isso é da sua conta?

Riddle parecia ter sido esbofeteado, e sorriu tentando disfarçar a surpresa pela resposta.

-E você Northman o que pensa que está fazendo mexendo no que é meu?

-Estou concertando seus erros.

-Não sou sua.

Os olhos de Tom faiscaram na direção da garota.

Novamente aqueles olhos sem alma.

-Não sou mais. Pensei que pudesse fazer de você uma pessoa melhor, achei que tivesse te conseguido mostrar o amor, e a amizade. Mas no fim, você é só um monstro.  E monstros não sentem.

Ele avançou na direção dela, e Erick não pensou em nada, ao se meter na frente e receber o golpe que era direcionado á ela.

-Seu babaca! Não vê que ela está com um filho teu na barriga?

Northman gritou, caído no chão com os lábios sangrando.

Tom deu as costas e andou até o castelo.

Tentando ignorar uma vozinha irritante em sua cabeça, que estava ouvindo pela primeira vez. Seria ela, aquilo que chamam de consciência?

-Meu deus!  Erick você está bem? Me desculpe.

-Desculpá-la por quê? Eu que me meti na frente dos punhos de alguém.

Ele brincou.

-Por minha causa.

-Faria de novo, e de novo, e quantas vezes fossem necessárias.

-Obrigada. Vamos entrar que eu cuido dessa boca em um segundo.

Ele riu, e ela se deu conta do que tinha dito.

- Palhaço. – estapeou levemente fazendo-o rir.

♦♦♦♦♦

            Tom andava a esmos pelo castelo. A maldita vozinha irritante martelando em sua cabeça sem parar. E o que ela dissera, sobre ele ser um monstro, um monstro sem alma e sem coração. Sim ele era, mas quando a conheceu, e sentiu algo estranho com ela, de algum jeito, sentiu que ela podia mudar aquilo, e teve ainda mais certeza quando se beijaram, quando fizeram amor, quando estavam juntos. Agora, ele era a pessoa que ela menos queria ver. E tinha certeza que o filho que ela carregava era seu. Nortman se pusera a apanhar para defende-la, aquele deveria ser seu papel, não o dele, quem deveria segura-la nos braços era ele, não o grifinorio. Quem devia apoia-la quando ela estava triste era ele, e não Erick. Como fora idiota! Como pode duvidar dela, Hermione não era como Catherine, Hermione era Hermione. Nem parecia uma sonserina em certos momentos.

            Agora, ela devia estar com seus amigos, Eileen, Patricia, Abraxas... Todos que gostavam dela deveriam estar perto, a apoiando, já ele, estava sozinho novamente. Como sempre fora. E ele não gostava daquilo.

            Dando meio a volta de seu caminho seu rumo, correu para a biblioteca. De algum modo, ele sabia que Hermione estaria ali. O lugar estava vazio, praticamente todos os alunos aproveitavam o dia livre brincando na neve que estava por derreter com o fim do inverno.   Ele correu por entre as estantes lotadas de livros e parou estático quando viu seu corpo inerte no chão.

- Hermione! – exclamou se ajoelhando frente a ela e a sacudindo, tentando reanima-la – Hermione! Acorde por favor! – mas ele continuava desacordada, fria. Tom logo pensou o pior – Hermione... Por favor, fica comigo, não me deixe... Eu te amo.

            Seus assustados olhos azuis desceram para a barriga ainda lisa dela, e ele a tocou por um momento, acariciando. Podendo jurar ser capaz de sentir algo se movendo ali. Seus olhos brilharam sentindo a emoção lhe preencher por completo. Ele gostava da ideia de ser pai.

            E para completar sua alegria, Hermione acordou.

- Tom? – indagou baixinho.

- Hermione! – exclamou aliviado – Me desculpe! Me desculpe! Eu te amo e...

- Tom... – ela o interrompeu – Eu ouvi o que você disse. E eu te amo. Desculpe por chinga-lo.

- Só se você me desculpar por ter sido tão... idiota, e monstro.

            Ela riu.

- Desculpado.

- Desculpada. – ele sorriu e a ergueu do chão com facilidade.

            Para assim, juntar seus lábios em um beijo loucamente apaixonado. 


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