Assim que Tom deixou a enfermaria, Madame Pomfrey veio vê-la.

-Como está se sentindo Srta. Granger?

-Estou melhor Madame Pomfrey.

-Fico feliz querida.  Diga-me tem se sentido um pouco enjoada e zonza ultimamente?

-Não.

Mentiu.

-Querida há a possibilidade de que esteja grávida?

-O que?

-Fiz alguns testes e aparentemente você está grávida Srta.

-Não é possível.

-Acredito que esteja enganada.

-Merlin! A senhora não entende, EU NÃO POSSO estar.

-Mas está Srta. E lhe aconselho á não se exaltar pelo bem do bebê.

“Bebê!” A garota saiu da sala completamente desolada, e sentindo um começo de enjôo subir por sua garganta.

Havia estragado tudo! De modo algum as coisas deveriam ter acontecido daquele jeito.

Ela não poderia estar esperando um filho de Tom Riddle.

Não era assim que devia ser.

Dumbledore á mataria.

Harry e Rony jamais tornariam á falar com ela novamente.

Todos á odiariam.

Tom á odiaria.

Não poderia continuar para sempre no passado, e uma hora teria que ir embora.

E então ele á desprezaria.

Não podia agüentar a indiferença de alguém que amava tanto.

Para piorar o encontrou nos corredores.

-Oi querida.  Parece nervosa, o que houve?

-Obrigada por ter dito isso.

-Não queria fazê-la chorar.  Por mim dedicaria á minha vida á só lhe trazer sorrisos.

Ela riu em meio ao soluço.

Depois da conversa com Erick, ela se sentia um pouco melhor.

Embora agora achasse que ele também a odiaria quando ficasse sabendo da gravidez.

Logo Tom chegou, fazendo-a temer aquela conversa, que teria que acontecer.

-Boa noite Hermione.

-Boa noite.

-O que aconteceu? Não te vi a tarde inteira.

-Estava cansada.  Temos que conversar Tom.

-Claro, senta aqui comigo.  Me conta o que está acontecendo?

-E-eu... Eu estou...

-HERMIONE! CADÊ VOCÊ?

Eileen gritava por ela, e em alguns segundos o casal dentro da sala puderam avistá-la passando pela porta.

-Vamos Hermione, temos uma emergência.

-Não posso Eileen, isso aqui é importante.

-A emergência também Granger.  As amigas antes do namorado. Vamos.  AGORA!

-Pode ir Hermione, depois conversamos.

Falou Tom soltando a mão dela e rindo de Eileen.

A contragosto ela seguiu a outra garota.

Sentia que o mundo estava conspirando contra ela.

-O que era tão importante Eileen?

-Patty está deprimida.

-E o que eu posso fazer a respeito? É do Abraxas que ela precisa.  Não de mim.

-Vamos lá Hermione, somos amigas dela, temos que animá-la.  É assim que funciona.

Tudo o que Eileen recebeu foi um muxoxo insatisfeito.

-Me diz o que está acontecendo com você Granger.

-Eileen eu... eu estou grávida...

-COMO É?

-Cala a boca sua maluca.

-Era isso que estava tentando contar ao Tom?

-Sim.

-Me desculpa. Se eu soubesse... Jamais teria... Desculpa...

-Tudo bem. Estou com medo Eileen.

-Eu sei querida. Eu sei. Escuta, volta lá e conversa com ele. Tom vai entender.

-Não. Ele não vai entender.

Novamente ela estava chorando.

-Entra lá, e diga toda a verdade Hermione. Não dizem que a verdade nos liberta?

-Isso é um ditado trouxa.

-Sim, mas não deixa de ser verdade.

-Obrigada Eileen.

Ela se despediu da amiga e correu de volta para a sala.

Tom lia um livro na poltrona, parecendo concentrado.

-Hey.

-Oi, senta aqui comigo.

Ele a puxou para seu colo, e ela descansou sua cabeça no ombro do namorado.

-Tenho algo muito importante para te dizer.

-Fala querida.

-Estou grávida.

E ela disse a verdade.  Não toda. Ela jamais poderia lhe contar tudo.

Só não esperava que aquilo tornasse tudo mais difícil.

Não esperava aquilo dele.  Nunca dele.

- Como é? – indagou tirando-a de seu colo e levantando.

- Estou gravida. Você vai ser pai Tom.

- Isso é impossível... – disse atônito – Como?

- Você sabe. – disse ela corando um pouco.

            Ele ficou em silencio. Seus olhos azuis buscaram o nada por um momento e depois faiscaram de raiva. Hermione tremeu, estava diante de Voldemort, não de Tom.

- É MENTIRA! – gritou ele – ESSE FILHO NÃO É MEU! Com certeza é do Nortman.

            Hermione se levantou, lagrimas caindo por seu rosto, ela levou um tapa no rosto de Tom com tanta força, que sua mão ficou desenhada em vermelho no rosto dele.

- Não me insulte Riddle! Como ousa dizer isso? COMO OUSA? DEPOIS DE TUDO O QUE PASSAMOS E CONVERSAMOS EM HOGSMEADE? Como depois de tirar minha virgindade tem a cara de pau de dizer que dormi com outro homem?

- NÃO GRITE COMIGO GAROTA! E A CULPA DISSO É SUA!

            Ele avançou para ela, que deu um passo a trás e caiu no sofá. Tom partiu pra cima, só não conseguiu tocar nela, pois dos braços o envolveram, e Abraxas o puxou para longe.

- Hermione! – gritaram Eileen e Patty se aproximando da amiga encolhida no sofá.

            As duas puxaram-na pelos braços e a levaram para o dormitório.

- Cara! – exclamou Abraxas para Tom – Acalme-se! O que você ia fazer?

            Tom o encarou meio perdido, sua consciência voltando ao normal. Ele caiu no chão sentado.

♦♦♦♦♦

            As duas sonserinas puseram Hermione deitada em sua cama e se sentaram uma de cada lado para apoia-la.

- Ele me odeia gente. – gemeu ela – Ele não quer o bebe. Acha que é de outro.

- Como é? – indagou Eileen franzindo a testa – Ele disse isso?

- Sim. – disse meio as lagrimas.

            Patty a olhou desolada, e ela achava que tinha problemas. Hermione estava muito pior.

            Eileen se levantou em um salto e correu para o salão comunal, encontrando Tom de pé encostado em uma parede, e Abraxas sentando em um sofá próximo a ele.

- Seu... INUTIL! – ela correu até ele e o socou – Tom... Maldito! COMO-PODE? – ela pontuava cada palavra com um soco, nos ombros, nas costas, no peito.

- Ai! – gemeu ele tentando afastar-se dela – Eileen! O que te deu?

            Abraxas correu até ela e puxou-a para tras. Mas Eileen era mais esperta e lhe chutou o meio das pernas. O loiro caiu no chão gemendo de dor.

- Isso é pela Patty. – disse olhando para o loiro e depois se virando para o moreno – SEU... RIDICULO! A HERMIONE TE AMA! JAMAIS FARIA UMA COISA DESSAS QUE VOCE INSINUOU! Cachorro... Sem vergonha... Insensível. TOM RIDDLE VOCE ESTAVA NA MINHA LISTA NEGRA. Seu... Safado, mal-acabado.

            Ela jogou os cabelos chaneis de um lado para o outro, chiando em desgosto.

- Homens. – sibilou dando um chute entre as pernas de Tom também – São TODOS iguais, só muda o endereço.

            E revirando os olhos, se foi para o dormitório, deixando os dois ali no chão, gemendo de dor.