Depois de uma semana, hyuk e hae foram chamados para ouvirem o veredito do Conselho Tutelar, como não foi encontrado nenhum documento anterior, foi fácil entrar com o pedido de adoção.

segundo o conselho, hyuk e Hae tinha condições de manterem uma vida boa para ele e Hae estaria sempre em casa, dando a atenção nescessária. e depois de toda a burocracia chata, Sungmin não seria só o garotinho que eu achei chorando na porta de casa, ele teria uma família, amigos, ele teria uma sobrenome, teria chance de ser alguém na vida, ele seria Lee Sungmin, o meu pequeno bebê. ( eu ainda acho que o Hae casou com o Hyuk e por isso ele tem o sobrenome lee e depois eles adotaram o Min como filho -qnnn).

Perguntei quando era o aniversário dele, e ele não sabia dizer. os papéis da adoção de Sungmin só saíram no final do ano, por isso decidimos que seu aniverário seria dia 1º de janeiro, o primeiro dia do ano.

Estávamos vivendo nossas vidas de forma tranquila, eu me preparava parao vestibular, Hyuk aumentou sua loja, Min estava indo para a escola, yunho e Jae montaram um escritório deadvocacia só deles, Teuk continuava trabalhando e vivia viajando e descobri que kangin trabalhava na administração de uma grande exportadora, mas trabalhava em casa e só ia até o trabalho uma vez por mês ou quado acontecia alguma emergência.

Era um dos poucos finais de semana que eu não passava estudando, Estava na reta final da escola e tinha acabado de receber o resultado do meu vestibular. Por algum motivo, me lembrei do primeiro dia de aula de SungMin, fuichamado para ir vê-lo umas dez vezes, demorou cerca de uma semana para ele se adaptar ao fato de que não poderia me ver sempre.

~~~~~~~Flashback~~~~~~

- Não quero ir! KYUUUU~ - Sungmin chorava no carro. essa era a primeira vez que ele fazia algo do tipo em público, nunca foi um menino fresco ou mimado.

- Min, seja um bom menino e vá para a escola - falei descendo do carro com ele no colo.

Ele continuava a dizer que não queria me deixar e me abraçava mais forte. Se ele continuasse assim eu provavelmente cederia ás vontades dele.

- Vamos Min, eu vou vir te buscar todos os dias. - falei.

- Promete? - Ele me olhou com aquele bico enorme que eu nunca resistia.

- Prometo - falei beliscando seu bico.

 partir dai eu sempre ia buscá-lo na escola e ele sempre me recebia com aquele sorriso enorme e me contava as cosas novas que aprendeu.

~~~~~fim~~~~

Subi para o apartamento onde o meu pequeno morava. bati na porta e Hae veio atender.

- Oi Kyu! entra ai - Ele compimentou dando espaço para eu passar. - Veio ver o min? Não deu sorte, ele está dormindo ainda - falou.

- Tudo bem - falei - Posso levá-lo para passear mais tarde?

- Não sei porque ainda pergunta, mesmo se eu disser não você vai levá-lo e ele ainda vai feliz da vida. - falou emburrado - ele está no segundo quarto á direita.

- valeu - falei indo pela direção que Hae tinha me indicado.

Andei até o seu quarto e abri a porta de vagar para não acordar o pequeno anjo que dormia ali. sentei-me ao seu lado na sua enorme cama de casal, Hyuk e Hae foram muito exagerados de comprar uma camadesse tamanho para m menino de oito anos que vai fazer novo daqui á uma semana.( são nove anos de diferença entre eles)

Deitei ao seu lado encaixando meu corpo no seu e fiquei acariciando seus cabelos, ele estava tão sereno e tranquilo que acabei dormindo com ele.

Acordei quando senti seu corpo se mexer  virar de frente pra mim.

- Bom dia dorminhoco - falei sorrindo para ele que esfregava os olhos cansado.

- Bom dia... - ele disse me dando um selinho. Mesmo depois de dois anos, ele continuava a me comprimentar assim.

- vamos levantar? Vou te levar para passear no parque - disse me sentando na cama.

- EBAAA!!! - levantou animado.

Hae trocou sua roupa e eu fui ajeitar a minha.

- Vamos Kyu! - ele disse vindo do corredor animado. Vestia uma bermudinha preta, uma camiseta branca e um casaco de tigre com orelhas na touca. A coisa mais fofinha que eu já vi. Aish gameKyu, você anda muito gay ultimamente. - Tchau appa!

- Tchau filho! - Hae disse da cozinha.

Levei ele para o parque de diversões que tinha perto de casa. por onde passávamos atraíamos olhares das mulheres que ficavam a cochichar e sorrir.

- Kyu! Posso ir no carrosel? - ele perguntou animado apontando para o rinquedo um tanto rosa demais. só alguns minutos de convivência com sungmin e você vai perceber que ele ama rosa tanto quanto qualquer garota no mundo.

O motivo eu ter levado ele para o parque é que eu precisava ficarmais tempo com ele antes de ir embora. ganhei uma bolsa de estudos na Inglaterra pelas minhas ótimas notas de graduação e no vestibular, não tinha como recusar uma oportunidade dessas.

Eu chorava quando lembrava que iria ficar sete anos longe do meu bebê, mas eu precisava estudar, para ter um bom emprego e ter condições de cuidar bem dele também. Não queria deixá-lo, mas não tinh outro jeito.

Ele voltou animado dizendo que queria ir em outros brinquedos. Passei o dia todo com ele, parando só para comer e descansar algumas vezes. No fim do dia, voltava para casa com ele no colo, porque se dizia muito cansado para andar.

Cheguei na minha casa e coloquei ele no chão para ir esquentar algo para comer.

- kyu! Que malas são essas? Tio teuk e Tio kangin vão viajar de novo? - Ele perguntou apontando para as minhas malas que eu tinha esquecido de esconder.

Levei ele para o quarto e me sentei na cama.

- bebê vem aqui... - estendi os braços e ele veio sentar no meu colo.- Sabe... o Kyu vai ter que ficar fora por um tempo.

- Vai trabalhar de novo? - ele perguntou.

- Não... O Kyu vai estudar em outro país Min. - nesse momento eu vi os olhos dele se encherem de lágrimas e quase me arrependi de ter contado á ele, mas seria muito pior se eu simplesmente desaparecesse do nada.

- Nãããoo... - ele falou me abraçando forte - não vai Kyu, não me deixa aqui.

- Sete anos passam rápido meu pequeno - falei encontando sua cabecinha no meu peito, não aguentaria ver ele chorar. - Não chora que se não eu vou chorar também.

- precisa mesmo ir? - ele perguntou.

- Preciso... mas eu vou voltar, e você vai poder falar comigo pelo computador sempre que quiser. - falei - é só pedir para o Donghae.

- Kyu... promete que o tempo em que você estiver lá, você não vai me esquecer? Que vai voltar pra mim? Que nunca vai me trocar? - Ele perguntou olhando para mim.

- sabe que eu nunca te deixaria, nunca te trocaria e que eu vou sempre voltar pra você - não poderia ir e deixá-lo com esse tipo de dúvida - Agora eu quero te pedir para ser fote, estudar, me deixar orgulhoso quando voltar. Me promete que ninguém vai roubar o meu lugar nesse coraçãozinho aqui - falei apontando para o seu peito.

Eu não sabia explicar o que estava sentindo, mas eu não queria ninguém perto dele, perto do meu bebê. e meu coração doía de pensar que algum dia ele não vai estar mais comigo, vai ter sua própria família, sua esposa para amar ele.

- Nunca Kyu, nunca vou deixar isso acontecer - ele sussurou no meu peito - eu vou fazer você se orgulhar de mim.

- Eu sei que vai - ele continuava a chorar baixo dando pequenos soluços. deitei ele na cama e o abraçei por trás.

No dia seguinte eu fui o primeiro á acordar. Hoje eu iria me separar dos meus amigos por sete anos e seana que vem, meu pequeno estaria completando nove anos. Como o tempo passou rápido.

Me levantei e tomei um banho demorado, fui para a cozinha tomarcafé e depois voltei para o meu quarto. Passei um tempo vendo Min dormir, até ver ele se remexer na cama, sabia que ele tinha acabado de acordar.

- Bom dia Min... - falei.

- Bom dia kyu... - falou levantando e coçando os olhos cobertos pela franja. - Kyu, posso ficar com o seu travesseiro?

- por que? - perguntei enquanto vestia um casaco.

- pra mim poder agraçar ele do mesmo jeito que eu faço com você quando to dormindo - falou envergonhado.

- Pode sim. - falei me sentando na cama - Vou deixar isso com você também - falei tirando meu anel de formatura, ele era prata e meio grosso - cuida dele pra mim, ok?

- tá bom... - ele disse segurando o anel que ficara deveras grande em seu dedo - Vou sentir sua falta...

- eu também.

- Saranghae... - ele falou envergonhado, ele sempre me dizia como eu era importante mais eu nunca ouvi ele falar que me amava.

- saranghae yo - falei abraçando ele.

Ele levantou a cabeça e colou nossos lábio num beijo simples e calmo, mas algo mais do que um selinho. seus lábios eram doces e gentis, do jeito que o de nenhuma garota chegaria a ser.

Eles me levaram até o aeroporto e leeteuk se matava de tanto chorar.

- TEUK! PARA DE CHORAR VEY! - Disse kangin que já tinha se estressado com o drama da minha Omma.

- Mas é o meu bebê indo para longe por sete anos!!! - falou se esgoelando de tanto que chorava.

- Teu bebê??? Esse moleque já tem dezoito anos!!! - yunho disse também se irritando.

- calma, ok teuk? - Dongahe tentava acalmar minha Omma histérica.

- Eu vou voltar logo, o tempo passa rápido - falei me despedindo de todos.

Os sete anos que passei longe deles foram os mais repletos de saudades que já vivi. passava horas no computador querendo saber como eles estavam, mas o fuso horário não ajudava. Eu não via a hora de voltar para casa.