Minha Nova Vida - Hermione R. escrita por Patronus Moonstone


Capítulo 9
Capítulo 7 - A Lealdade de Snape


Notas iniciais do capítulo

Desculpem ter demorado um pouquinho, é que eu tinha desafiado a mim mesma escrever um capítulo com mais de mil palavras só que ficou muuuuuito maior do que eu pretendia.
Julgo que ficou bom. Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/259581/chapter/9

Viado! Não deu nem pra tentar pular pra fora já estava mergulhada na imensidão verde, caindo, caindo, caindo, tudo que eu via era uma coisa de preto do meu lado e lareiras passando eventualmente. Fechei os olhos e me concentrei em não ficar enjoada, a mansão é tão longe assim?

Senti ele me segurar firmemente pela cintura e aterrissar, que droga, as cinzas da lareira me sujaram inteira, Snape não pareceu se importar e praticamente me arrastou pra fora da lareira. Agora segurando meu pulso ele está me puxando pelos corredores do que provavelmente é a mansão Malfoy.

Ele parou numa antessala com uma grande porta de madeira esculpida com as maçanetas e dobradiças em ouro. Fez um “evanesco” para nos limpar e com um aceno de varinha suas vestes habituais de tornaram em roupa de comensal. Pela primeira vez desde meu primeiro ano eu tive medo de Severus Snape. Bateu na porta e se voltou para mim:

— Não saia daqui — ele mandou, estava em choque demais para pensar em desobedecer quando ele passou pela porta. Fiquei parada lá por um bom tempo, trocava o peso de pé, olhava os desenhos do carpete, ficava encarando o vaso ornamental, quando meu tédio estava tão grande que estava contando quantas escamas tinha a cobra esculpida na maçaneta a porta se abriu. Ninguém saiu, ninguém entrou, pelo vão apenas passou uma voz sibilante:

— Entre… Hermione… — É Voldemort, tenho certeza disso, é o meu fim.

∞-∞-∞

— O que o traz aqui Severus ? Você sabe o quanto eu odeio que venham sem avisar — A voz gélida e furiosa chegou aos ouvidos de Snape — Principalmente quando estou no meio de reuniões importantes.

A sala na qual Snape entrou era uma sala de reuniões de tamanho médio se comparada com a principal, onde são feitos os grandes planejamentos, a que ele se encontrava tinha apenas uma mesa retangular para seis pessoas de cada lado e somente uma das pontas poderia ser ocupada. A mesa tem apenas dois ocupantes no momento, um deles é um homem de aparência aristocrática, com vestes negras de aspecto luxuoso que contrasta com sua pele clara e ainda mais com seus longos cabelos loiros quase branco, Lucius Malfoy, um comensal dos mais fieis que ofereceu sua maior mansão e bem mais precioso para abrigar seu mestre e usa-la como QG da causa.

Em uma das extremidades da mesa estava outro homem, este de uma terrível aparência ofídica, com língua bifurcada e olhos vermelhos contrastando com sua pele branca como cerâmica. Ele vestia preto assim como Lucius, talvez suas vestes sejam mais caras, exalava poder, medo, terror, perigo, trevas e morte. É Lord das Trevas, vulgo Voldemort.

— Perdoe-me Milorde, garanto-lhe que tive bons motivos — Disse Snape, ajoelhando-se diante dele e beijando a barra de suas vestes — Estou certo de que o senhor gostará de saber as novas que trago.

— Você terá que me dar motivos muito bons Severo… — a voz fria e cortante direcionava toda sua fúria para Snape, que permanecia ajoelhado diante do Lord — Ainda mais quando interrompe uma reunião particular onde você é o assunto principal — o som de engolir em seco produzido pelo mestre em poções foi alditível.

“Sua lealdade é duvidosa Severus, você é o espião dos comensais entre os capachos de Dumbleodore, ou o espião de Dumbleodore entre os comensais? Já venho te observando há um tempo e realmente fiquei em dúvida… — ele fez uma pausa — Por isso tive de pedir ajuda á aqueles mais próximos de você. É óbvio que não tive nenhum resultado… Até agora.

“Alguns, principalmente os mais jovens aparentavam ter mais medo de você do que de mim, ilário não? Já aqueles que conviveram com você desde Hogwarts me trouxeram algumas informações muito interessantes… Indo direto ao que interessa: sua lealdade está maleável desde aquele dia, no Dia das Bruxas a quase quinze anos atrás, quando eu não consegui cumprir com minha palavra de que a deixaria viva. Você a amava não amava? — Perguntou retoricamente, mesmo assim Snape confirmou com a cabeça.

“Estava certo disso. Pois foi pela dor que lhe causei que você se uniu a causa de Dumbleodore, confesso que desde aquele dia seu empenho como meu aliado sofreu uma grande depressão, julguei que já que havia se tornado espião ao lado de Dumbleodore não poderia criar suspeitas para faze-lo desacreditar que se unir a nossa causa foi seu maior arrependimento. Como fui tolo, não enxerguei aquilo que estava bem na minha frente, não suspeitei que desde que você foi aceito ao lado do velho meus planos começaram a serem frustrados cada vês mais. Achava que o velho tinha algum espião entre nós, desconfiei até do descerebrado Rabicho, mas ele não era capaz de tanto, jamais percebi que toda informação que chegou aos ouvidos da ordem da Fênix foi passada por você. — Snape permaneceu em silêncio.

“Você, por uns bons anos só trouxe informações inúteis mas de um tempo para cá você vem sendo de maior utilidade, então antes de me informar o que tanto me agradaria responda olhando nos meus olhos: Com quem está sua lealdade Severus Snape? — Assim como solicitado, olhando nos olhos dele Snape narrou sua história:

— Quando ainda estudava em Hogwarts o que mais almejava era servi-lo, Milord, e assim como desejava, fui atras de meu sonho. Saí em busca de uma forma de deixar no passado qualquer ligação com trouxas que corria em meu sangue, assim que encontrei me uni definitivamente a nossa causa. Houve apenas uma coisa que não consegui me desprender: meu amor platônico por Lilian Evans Potter — o desgosto ao pronunciar Potter era quase palpável — então quando lhe entreguei o que ouvi da profecia e soube que ela estava relacionada a Lily meu arrependimento e medo de perde-la foram tão grandes que me uni á Dumbleodore como espião e me tornei um comensal inútil. Não trazia informações úteis do meu trabalho de espião pois sabia que quanto mais fraca a ordem estivesse maior seria as chances de perde-la, ainda tinha esperança de que ela fosse um dia perceber o quão idiota Potter era e que não a merecia, que deixasse o muleque com ele e viesse viver comigo, me amar o quanto eu a amava.

“Isso jamais foi possível, pois ela os amava mais do que tudo, eu jamais tive chance de ser algo a mais do que ex-amigo de infância. Então meu lorde, eu traí sua lealdade e nossa causa, me mantive fiel à Dumbleodore como se isso fosse faze-la me perdoar, acreditando que isso diminuiria a culpa que carrego. Demorei tempo demais para perceber que ele jamais a traria de volta, ela estava morta, nuca teria seu perdão, e a culpa nunca se foi.

“Então de um tempo para trás venho analisando se realmente valia a pena deixar para traz o meu maior desejo desde garoto para traz para lutar por uma causa perdida. Não valia. Minha única esperança é de que um dia eu supere isso e encontre alguém disposto a ocupar o pedestal em que eu coloquei Lily Evans. Sou fiel a você e apenas a você meu Lorde. — olho a olho, Snape derrubou toda a muralha de oclumência que havia construído ao longo dos anos, aí Voldemort soube: ele não mentiu em nenhuma palavra.

A sala ficou em silêncio por minutos onde só se ouvia a respiração dos presentes. Voldemort estava imerso em pensamentos, tinha acabado de ter uma ideia mas jamais seria possível se ela não fosse encontrada logo. Lucius permaneceu sentado durante todo o tempo e não emitiu nenhuma palavra em todo o discurso. Severus depois de terminar sua narrativa permaneceu ajoelhado olhando seu mestre em espectativa.

— Você sabe que vai ser punido por isso não sabe Severus? — Indagou o Lorde

— Aceitarei de bom grado qualquer punição que você me designar meu lorde, mas tem certeza que não prefere ver o que lhe trouxe antes? — Disse Snape numa tentativa inútil de adiar aquilo que sabia que aconteceria.

— Boa tentativa Severus. Lucius — Ordenou implicitamente.

O loiro, mesmo surpreso por não ter sido o lorde a punir Snape, levantou-se e sem exitar proferiu a palavra do feitiço proibido:

Crucio — podem ter sido segundos, minutos, horas ou até mesmo dias, Severus não sabia nada a não ser a dor que estava sentindo, e a sala foi preenchida pelos gritos de dor daquele que era conhecido como o homem mais frio de todos, depois daquele-que-não-deve-ser-nomeado.

— Basta — a dor que ele sentia parou no mesmo instante, mas isso não impediu os espasmos involuntários de seu corpo pelo que sentiu a pouco. — Erga-se — Ordenou.

Severus quase não conseguiu levantar, mesmo de pé suas pernas tremiam e sentia que poderia cair a qualquer momento. Apoiou-se na cadeira, mas tratou de soltar ao perceber o que estava fazendo.

— Sente-se Severus — disse o Lord indicando o lugar a frente de Lucius, que havia retornado a seu lugar, assim que ele se sentou Voldemort ocupou a cadeira da extremidade mais próxima deles e prosseguiu — Agora me diga… O que de tão importante você me trouxe para aparecer aqui em dia letivo sem que tenha sido convocado?

— Eu a trouxe milorde, ela foi encontrada — Ao ouvir isso Voldemort demonstrou surpresa, mas foi apenas por um momento pois logo mostrou desconfiança.

— Como pode ter certeza? Como posso ter certeza?

— Veja com seus próprios olhos Milord, estou certo de que saberá que é ela. — Ainda desconfiado, abriu a porta com um aceno de varinha e em ofídioglosia disse:

Entre — “se ela for realmente minha filha, irá entender”.

Quando uma garota que aparentava estar em torno dos dezesseis anos passou pela porta, ele não precisou ver a cor de seus olhos ou a marca em seu braço para saber que aquela era sua filha, a sua própria magia a reconheceu.

Não havia dúvidas, sua filha, sague de seu sangue, finalmente havia sido encontrada. Se encontrava diante dele Hermione Riddle, a herdeira das trevas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

~tan tan tan taaaaan~ o que será que vai acontecer no próximo cap. ? morram de curiosidade, muahahaha.
Não não morram não porque eu preciso de leitores e se eles morrerem eu não vou ter =(
ashuashuashuaashu
Kises e Patronus