Daisuki escrita por AC3


Capítulo 7
Segundo Encontro... com Rin Kagamine!




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Estava de tocaia na entrada do shopping. Me encontrava sentada num banco, observando atentamente meu irmão: Len Kagamine.

Para não ser reconhecida, usava um sobretudo e um chapéu.

Ele estava encostado ao lado da grande porta, olhando repetidas vezes para seu relógio: seu namorado estava atrasado em cinco minutos.

Era sábado e nós dois cabulávamos nossa aula de canto. Ele, por ter seu segundo encontro e eu para observar o mesmo.

Por quê?

Para nenhuma Miku Hatsune aparecer do nada e estragar tudo. Além disso, queria conferir se meu irmão colocaria em prática as aulas de yaoi que eu dava. Ah, se eu observasse atentamente um casal gay num encontro, podia fazer fics mais realistas e receber mais reviews. Também não aguentava mais aquela professora do curso. E eu tinha que...

Enfim, eu não podia perder um encontro daqueles.

Em minha mão eu levava um bloco de notas para possíveis anotações. Na página em que estava aberto, eu tinha desenhado um pequeno placar. Nele, eu marcaria tendências de meu irmão para ser seme ou uke.

Ele esperou por mais dez minutos. Dez longos e intermináveis minutos...

O namorado chegou correndo. E era bom mesmo que estivesse! Depois de deixar Len esperando por tanto tempo...

— Me desculpe, Kagamine-kun. – ele arfava e apoiava as mãos nos joelhos. – Eu tive que despistar um amigo meu...

— Não se preocupe. – respondeu meu irmão, sorrindo largamente.

Esse era meu Len! – faço um traço no lado seme. – Ele estava seguro de si e ainda tinha conseguido olhar Shion-kun diretamente.

— Vamos? – perguntou meu irmão.

Mais um traço para seme.

Os dois seguiram andando pelo shopping e eu – óbvio. – os segui. Pude perceber que Len ainda estava com o rosto vermelho, só que confiante, e, Kaito, parecia nervoso.

Outro ponto seme.

— Kagamine-kun, – disse Shion-kun, quando passaram do lado de uma barraca de sorvete. – que tal pegarmos um sorvete juntos, dessa vez?

Hum... ele era um conquistador. – um ponto para uke.

Meu irmão afirmou com a cabeça e os dois foram para a fila. Olhei para os lados: nenhuma Miku Hatsune à vista.

Entrei na fila, logo atrás deles.

— Vão querer do que? – perguntou o atendente.

— Tem de banana? – é! Meu irmão adora banana. E sim! Eu sou uma idiota por ver mais que uma coincidência nesse fato.

— Tem.

— Então, um de banana. – essa conversa foi muito inútil, por que ele perguntaria do sorvete se não quisesse? Tipo: “tem sorvete de maça?” “tem” “então me vê um de morango”.

— E um de tutti frutti. – completou Shion-kun.

Os dois pegaram os sorvetes, acabando por aca um pagar o seu. Eles estavam se olhando, sendo que, se estivessem num anime, o fundo estaria rosa, repleto de flores e brilhinhos.

— Er... qual sabor você quer... senhorita?

— Hã?! – eu tinha me esquecido da fila. – Um de laranja.

Pego o sorvete, pago e saio quase correndo para alcança-los.

O shopping tinha três andares, sem contar o subsolo. O cinema ficava no terceiro. A praça de alimentação, no segundo. Já no primeiro, onde nos encontrávamos, só tinha umas lojas espalhadas.

Os dois não falavam nada. Nada! Estava para dar um soco neles. Quem vai para um encontro e fica calado?

— Como vai a escola? – finalmente!

Um ponto para uke, por não demonstrar iniciativa.

— Bem... – isso é resposta que se dá? – E a faculdade?

— Bem também... – lembram que eu tinha falado de existem conversas inúteis?

A monotonia tomou conta de minha observação. Aqueles dois precisariam de um empurrãozinho.

Sorte deles que esse empurrãozinho não foi dado por mim.

— Uau! – exclamou meu irmão, correndo para a vitrine de uma loja. – Eles já lançaram a nova versão!

Kaito o seguiu e eu fui logo atrás.

A vitrine estava recheada de cartazes, promovendo o lançamento de um novo jogo eletrônico. Para ter-se uma ideia de como esse fato demorou, todos nós já tínhamos acabado o sorvete.

— Do que? – perguntou Shion-kun, colocando-se ao lado do Len.

— Do The King of Fighters! – ele estava muito animado.

O namorado não havia entendido nada.

— É um jogo de luta. – disse meu irmão, percebendo a reação do outro. – Todos os personagens tem uma estória que vai evoluindo com o passar dos jogos.

Não sei se já sabem, mas meu irmão era viciado nesse jogo. Sério, beirava a obsessão. Se ele não tivesse focado esta para o Shion-kun, nem sei em que estado estaria agora.

— Que legal! – exclamou o universitário. – E dá pra jogar de dois?

É isso aí, Shion-kun! Essa indireta foi muito boa. Até anotei para usar numa fic.

Meu irmão ficou vermelho, voltando ao estado de vergonha que tinha quando andava com ele. Se eu pudesse tirar uma foto daquela carinha...

— Dá... – respondeu.

— Então a gente pode combinar um dia pra jogar, né?

Ele ficou mais vermelho ainda! – uke ganhou mais um ponto.

— É...

Eles ficaram na frente da vitrine, sem saber o que dizer. Depois de um tempo, voltaram a andar.

Não demorou muito para que os dois ficassem inseguros.

Andamos e andamos e andamos e andamos e andamos. Meus pés já estavam doendo.

— Shion-kun, posso segurar sua mão? – ele falou isso com a cabeça baixa, fazendo-me marcar mais um traço para uke.

O outro pareceu se assustar com a pergunta, ficando com o rosto avermelhado.

— Er... pode...

Eu tive de dar um ponto no lado seme. Shion-kun tinha ficado muito sem-jeito.

Meu irmão – gracinha de menino. – pegou na mão dele.

O outro, por sua vez, não falou nada ou se afastou. Ele não encarou Len ou reprimiu. Ele apenas continuou andando de mãos dadas com meu irmão, ainda com o rosto avermelhado.

— Droga! – exclamou Len, depois de certo tempo.

— Que foi, Kagamine-kun?

— Já são cinco da tarde. Tenho que ir! – nossa mãe chegaria em casa lá para às cinco e quinze, como ele iria explicar que chegou esse horário em casa, se a aula de canto acaba três e meia? – Tchau, Shion-kun! Muito obrigado por tudo!

E saiu correndo. Saiu correndo! Que tipo de final de encontro é esse?

Não demorei para perceber que deveria correr também, afinal, já era para eu estar em casa. Len não tinha a menor ideia de que eu o havia seguido.

Saio que nem uma desesperada. Quase trombando em postes e pessoas. Ao chegar em casa, coloco o sobretudo e o chapéu em qualquer lugar e me jogo em minha cama.

Não dá um minuto, escuto Len entrando apressado em casa, correndo para meu quarto. Ele entrou arfando no lugar, sentando-se ao meu lado.

— Você demorou... – comentei. – Como foi o encontro?

Mais tarde, conferi os resultados de minhas anotações: quatro para seme e quatro para uke.

Droga! Queria tanto saber...

 


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Notas finais do capítulo

Como foi narração de Rin?
Melhor que a do Kaito e do Len?
E qual será a "posição" do Len nesse relacionamento?



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