Daisuki escrita por AC3


Capítulo 19
Para onde Viajar?


Notas iniciais do capítulo

E, finalmente, os vocaloids tiram férias!!! (mas só eles mesmo...)



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Uma reunião básica no apartamento da Luka estava sendo feita. Agora que as aulas de todos haviam acabado e Kagamine-kun passara na prova final de matemática, era o momento de fazermos nossa viagem de verão.

– Quais são as opções, gente?

Todos nós sentávamo-nos à mesa de jantar da Megurine. De um lado, eu, Gakupo e a namorada, e do outro Miku e os Kagamines. Uma garrafa de refrigerante se repousava entre nós, com todo mundo bebendo pelo menos um copo.

Aquela virara uma espécie de tradição do nosso grupo. A mãe da Miku era quem organizava tudo e “cuidaria” – entre muitas aspas. – de todos nós durante o passeio.

– Minha fukasa disse que podemos ir para o litoral nesse fim de semana. Ela planeja passar uma semana em um hotel que fica na frente da praia.

– Praia de novo?! – exclamou Gakupo, com seu típico mal-humor.

A briga no restaurante estava esquecida e já se tornara uma página virada. Como ele, do nada, parou de tocar no assunto e voltou a agir normalmente comigo, decidi fazer o mesmo.

– Não tem mais nenhuma opção gente? O plano não era para o mês inteiro? – disse Kagamine-san.

– Sempre é.

– Não reclame, querido. – retrucou Megurine, com um perceptível tom de ameaça.

– Minha fukasa não tem dinheiro para pagar por um mês inteiro, muito menos folga no trabalho para poder ficar tanto tempo na praia.

Suspirei, no fim das contas ficaria por uma semana mesmo. A discussão era sempre a mesma e no final, todos gostavam. A única diferença, na verdade, era sobre a praia que iríamos. Se bem que eu achava todas iguais.

Algo encosta-se a minha perna. Olho para frente, talvez Kagamine-kun tivesse me chutado por engano. Ele me olhava sorrindo alegremente. Deveria estar feliz por conta do último encontro. Talvez estivéssemos nos tornando um casal.

Só que eu não conseguia me ver como o namorado dele. Muito menos um beijo entre nós. Eu gostava dele, cada vez que nos encontramos conseguia gostar ainda mais daquele menino, mas... não sei. Talvez seja apenas insegurança.

– Gente! Só tem essa opção?! – exclamou Kagamine-san. Era óbvio que ela queria dar um fim naquela reunião e já aprontar as malas.

Todos ficaram quietos. Ninguém ali tinha condições de oferecer algum tipo de viagem – decente, pelo menos. – para os outros. O único som era um barulhinho estranho, que parecia vir do chão.

Era, na verdade, o toque do celular que estava no meu bolso.

– Alô? – disse, atendendo o aparelho.

– Kaito-chan!! É você, né? – aquela voz era inesquecível. Uma mistura escrachada de uma mulher madura e uma bêbada inveterada.

– Senpai! Quanto tempo!

Todos na mesa me fitaram com cara de interrogação. Tirei o celular rapidamente do ouvido e disse o nome de minha nova interlocutora:

– É a Meiko-san.

A reação do pessoal foi bem diversa: Luka pareceu se animar um pouco, afinal, era senpai dela também; Gakupo amarrou a cara, despejando desgosto; Miku se mostrou interessada e curiosa pela situação; Kagamine-san ficou espantada, enquanto seu irmão continuava sorrindo como antes.

– Põe no viva-voz. – indicou Hatsune.

Decidi fazer o que ela pediu. Seria mais fácil do que explicar tudo que ela me falaria para todos. Deixei o aparelho celular no centro da mesa.

– Oi, meus amores! – disse a senpai.

– Oi... – respondemos.

– Então, vamos direto ao ponto. Eu liguei hoje por que minhas férias começaram e não queria passa-las sozinha. Afinal, passamos poucas e boas juntos, né? Iria ser a primeira viagem de vocês sem mim... Enfim, eu aluguei uma casa na praia durante um mês, para passar sozinha, mas ai me lembrei de nossas pequenas “aventuras” praianas e percebi que seria mais divertido se vocês fossem para lá, que tal?

Foi um jorro de palavras. Meiko-san tinha essa característica. Fazia mesmo bastante tempo que não nos falávamos e fazia sentido ela aproveitar uma folga que teve para passar um tempo conosco. Ela se formara na minha faculdade ano passado e buscava o estrelado. Fazia participações em algumas peças independentes e, dá última vez que nos deu notícia, conseguira um papel principal.

– Não sei não... – disse a gêmea loira.

– Quem sabe? – perguntou Megurine.

– Por mim, tudo bem. – respondeu o gêmeo.

– Tenho que falar com minha fukasa.

– Humpf!

A exclamação desgostosa fora de Gakupo.

– Meiko, você entra em cinco minutos! – disse uma voz ao fundo da ligação.

– Gente, desculpa, tenho que ir. As apresentações estão mais numerosas e mais cheias! – ela mostrava certa animação. – Depois vocês me ligam respondendo a minha proposta, ok? Beijos, amores! – e ela desligou.

Todos ficaram se encarando, um pouco perplexos e confusos.

– Acho que seria divertido irmos a casa da Meiko. E ainda, ficaríamos um mês na praia. – disse, em meio ao silêncio.

– Temos que ver. – observou Megurine. – É uma boa ideia, só que, se por um acaso, ela tiver convidado mais gente ou algum de nós não puder ir, é melhor desistirmos.

– Não podemos esquecer da minha fukasa! Ela pode não gostar de ser excluída das férias.

– Nem só por isso. – disse a Kagamine. – Nossos pais só deixam que nós viajemos porque a mãe da Hatsune vai junto, e se ela não for? Como fica?

– E a gente nem sabe como a casa é. – completou Gakupo.

Outro silêncio se seguiu. Todos acharam um empecilho na viagem. Era possível que se o lugar fosse um barracão na ponta de um morro qualquer, em que a praia é completamente deserta e sinistra.

– Alô, fukasa? – a Miku tinha ligado para a mãe sem ninguém perceber?!

Ela explicou toda a situação para sua progenitora. Depois, passou alguns minutos mais conversando com a mãe, provavelmente respondendo a algumas perguntas. A tensão no momento em que ela desligara era total.

– Ela disse que quer saber onde é e como é a casa. Se agradá-la ela pode passar sua semana de férias lá conosco.

– Mas e como fica a situação com nossos pais?

– A gente fala com eles, ora.

Foi estranho ver a irmã fazendo a pergunta e o irmão, a resposta. Há algumas semanas atrás, as falas dos dois teriam sido exatamente contrárias, será que Len estava puxando o estilo espevitado da irmã? Espero que não...

Saímos da mesa distribuindo tarefas: eu falaria novamente com Meiko e pegaria todas as informações necessárias, passando-as para todos, Miku conferiria a presença da mãe e os gêmeos perguntariam aos pais se poderiam ir, depois de estarem a par de toda a situação.

Agora, aquela parecia ser uma viagem de verão realmente promissora.


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Notas finais do capítulo

A Meiko, hein? Vocês estavam esperando por ela? Agora, com tanta coisa já tendo acontecido? Enfim, parece que eles tentarão ir nessa viagem. Vocês, meus caros leitores, acham que eles devem ir com a Meiko?



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