Daisuki escrita por AC3


Capítulo 15
Quarto Encontro... com Gakupo Kamui!


Notas iniciais do capítulo

É a vez do Gakupo... Xii...



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Lá estavam eles, no shopping de sempre, andando juntos. O de cabelos azuis sorria normalmente, o loirinho se mostrava apreensivo. Eu os seguia discretamente. Mas, como eu descobrira do encontro? Fácil, Kaito era um péssimo mentiroso.

Aqueles dois pareciam levemente namorados. Daqui a pouco estariam de mãos dadas, cantarolando abobalhado e saltitando por aí. Se bem que eu não tinha certeza de que o Shion era dessas coisas...

Não demorou muito para o interesse por sorvete atiçar a vontade de meu amigo. Eles compraram dois picolés e sentaram num dos bancos de um dos corredores. Não pude ver quais eram os sabores.

– Shion-kun? – disse o loirinho, olhando timidamente para o maior. – Você acha que o Kamui-kun me odeia?

Não acreditei. Ele perguntara a minha opinião sobre tudo aquilo?

– Ah, sai dessa, Kagamine-kun! – respondeu o de cabelos azuis. – O Gakupo não te odeia! Ele só ficou chateado por eu não ter contado a ele sobre você.

Hm... Assenti internamente. Se os dois não estivessem saindo, eu não odiaria tanto o Kagamine. Pena que a situação não era essa...

– Sério? – os olhos de Len tinham se iluminado.

– Claro, não tem porque você ficar assim. Além do mais, eu adoro seu sorriso. – completou ele, sorridente.

Como ele poderia ser tão fofo assim com aquele tampinha?! Uma raiva subiu a minha cabeça, fazendo-me quase aparecer lá e acabar com a brincadeira dos dois. Virei meu olhar para ver a resposta do louro e me deparei com um lindo sorriso que acentuava o azul-límpido daqueles olhos. Respirei fundo e me contive.

– Tem razão, Shion-kun. – disse ele.

Finalmente o tampinha havia superado aquilo! Depois de cinco dias da confusão, aquele rostinho irritante com tristeza excessiva saíra dali.

Eles terminaram os picolés conversando sobre várias coisas ao mesmo tempo. Depois, jogaram os palitos no lixo e voltaram a dar voltas pelo lugar, de mãos dadas... Enfim, esse povo não tinha mais o que fazer?

Estranhei quando eles pararam na frente da bilheteria do cinema local. Pelo que sabia, eles não iam ao cinema durante os encontros.

– Quer assistir a algum filme, Kagamine-kun?

– Ah, não sei... – respondeu ele, a antiga tristeza aparente desaparecera.

– E se for... aquele ali? – perguntou Kaito, apontando para o cartaz de um filme de terror da moda, deviam ser zumbis ou algo do tipo...

– Não gosto muito de terror, fico com medo.

Ah, dai-me paciência! O tampinha era tão shota assim? Era muito estereotipada aquela situação, já tinha visto em vários shoujos! Cadê a criatividade? Já tinha certeza que eles escolheriam o filme de terror e ficariam “abraçadinhos” o filme todo. Blé!!!

Esperei eles entrarem – sim, compraram ingressos para o de terror. – e comprei um ingresso para o mesmo. O bom daquilo era que, caso nos encontrássemos, poderia lançar a desculpa de ter ido ver aquele filme.

A sala ainda estava iluminada. Avistei-os na ponta da quarta fileira de poltronas vermelhas de cima para baixo. Não tinham comprado pipoca nem refrigerante. Ô pobreza... – se bem que eu não tinha comprado também.

Esperei o filme começar para entrar e me sentar. Por sorte, o lugar não estava muito cheio. Então decidi me sentar atrás dos dois, afinal, quem olha para trás em um cinema? E observei a “babação de ovo” que fora durante o filme

No começo, tudo bem, um do lado do outro, sentados normalmente. Dali a pouco, o tampinha se assustou e agarrou Kaito de um jeito que não iria soltar mais. Ardi de raiva! Como eles poderiam estar tão juntos assim?

O filme era muito desinteressante e sem enredo. Bastava uns adolescentes que mais pareciam ter passado dos vinte anos correr na direção do “monstro zumbi do espaço” – olha que “viagem”! – e uns gritos aqui e ali.

Quando o terror deu uma amainada, um pouco antes dos adolescentes burros se separarem, meu amigo saiu da sala, provavelmente fora ao banheiro. Finalmente! Menos agarração “inocente”.

– Calma, Len, calma! É só você se acalmar que vai conseguir. – sussurrou o loirinho.

Então ele tinha medo do Kaito deixa-lo... Hm, interessante e fofo, de certa forma. Ele tentava respirar fundo sem sucesso e procurava se concentrar normalmente no filme, também sem sucesso. Sorri.

Shion voltou sem grandes demoras e o filme decorreu como usualmente: todo mundo morreu. Nem acreditava que conseguiram lançar aquilo nos cinemas. Voltei minha atenção para o “casal” quando a última menininha começava a ser perseguida para a morte: o de cabelos azuis estava todo empolgado, adorando o filme, enquanto o tampinha tremia de medo, enquanto, obviamente agarrava ele.

Os créditos vieram pouco depois, anunciando o final do filme, os dois saíram conversando sobre como fora “fantástico”. Senti pena do loirinho, o coitado provavelmente não tinha estômago para ver as cruéis cenas de desmembramento que o terror mostrava, – a única coisa realmente inovadora naquele filme. – talvez mal dormisse durante a noite...

Eles andaram em círculos por mais alguns minutos e depois se despediram, devia ter passado umas três horas e pouco desde que se encontraram. Decidi que ficaria por lá mais um tempo, para não encontrar meu amigo no caminho de casa.

– Como eu suspeitava... – sussurrei para mim mesma.

Havia seguido aqueles dois juntamente com o Kamui-kun. Até me espantei quando o vi, mas depois tudo fez sentido. Comecei a andar atrás dele, muito mais interessada no por que dele seguir o casal. Durante o filme, sentei-me também atrás, e observei o quanto ele se enfurecera quando os dois se agarravam.

– Tsc, tsc, tsc. – tirei meus óculos escuros, revelando a cor azulada de meus olhos para o sol já poente.


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Notas finais do capítulo

Acho que ainda vai ter muita confusão por causa desse encontro, principalmente pro Gakupo, agora que a Rin percebeu tudo... Coitado kkk



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