Outros Universos, Outras Realidades escrita por Cíntia


Capítulo 5
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Eu estava um pouco desanimada em escrever. Mas recebi um comentário e me animei. Obrigada é sempre bom receber comentários e saber que tenho leitores. Esse capítulo é dedicado a Anna. Espero que tenha gente acompanhando e gostando da história. E espero que comentem, digam o que estão achando, isso faz muita diferença. Abaixo vai mais um capítulo narrado por Peter.



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"Eu vou te mandar para um lugar profundo, escuro, e vou me divertir fazendo isso!"

Ajuste Final

POV Peter

- Vocês se conhecem? – perguntou Wiliam confuso

- Acho que ele está me confundindo com alguém ...– ela falou de maneira fria, veio em minha direção e apertou a minha mão – Muito prazer, eu sou Anna Palmer

- Sim, eu devo está confundindo mesmo, e ela também ... – eu a olhei nos olhos, não estava confundindo nada, mas ela não queria demonstrar nada a Bell, eu iria entrar no jogo – Eu sou Peter Bishop. – mas ainda estava confuso com essa história de Anna

- Isso é estranho – William falou – mas vamos ao que interessa. Como disse, contratamos uma equipe para investigar o ataque ao seu pai. A polícia já interrogou o garçom que atirou contra Walter, e está fechando as investigações. Coisa que não concordo, já que ainda há muito a ser explicado. Anna pode te contar melhor os detalhes.

- Bem, o nome do atirador é Carlos Diaz, ele nasceu nos Estados Unidos, mas é de origem latina. Não tem antecedentes criminais , histórico de doenças mentais ou ligações conhecidas com grupos revolucionários. O que é muito estranho, já que o que ele alega, é no mínimo maluco. Ele diz que não queria matar o Dr. Walter. Mas que uma força "controlou" o seu corpo, que ele estava consciente, mas não conseguia responder as suas ações. Essa "força" o fez pegar uma arma que estava escondida em uma gaveta, com essa arma em mãos, ele foi forçado ir até o doutor, e atirar. –falou Anna

- Parece um conto de terror. Ele tem imaginação – falei frio

- A polícia encarou essa história como brincadeira ou uma loucura. Estão prestes a fechar o inquérito, colocando o senhor Diaz como o único envolvido nisso – falou William – Mas eu não concordo, há algo a mais nessa história, ou pelo menos mais envolvidos

- Você não está me dizendo que acredita no conto dele? – fui irônico

- Talvez, tenho a mente aberta para várias possibilidades, se você soubesse as pesquisas e as coisas que já vi na Massive Dynamics, também pensaria assim, rapaz. – falou Bell de maneira séria

- Você só pode estar brincando! – mal podia acreditar no que ouvia

- Peter, o senhor Diaz fez o teste no polígrafo e passou. Assim parece que está falando a verdade, acredita nisso ou tem um autocontrole tremendo. E eu também acho que dificilmente um homem como ele conseguiria fazer tal coisa sozinho. Então a nossa investigação tem andado nesse sentido, descobrir os cúmplices dele ou quem tenha realizado alguma experiência nesse sentido. A polícia não acredita em mais envolvidos, mas nós sim. E também achamos que você, seu pai, e o senhor Bell estejam correndo perigo. Parece ser uma ação às pessoas que controlam a Massive Dynamics– ela agia de maneira tão profissional, como me parecia diferente

- Opa, eu não controlo a empresa – falei na defensiva

- Na falta de seu pai, controla sim – rebateu Anna – Nós temos indícios nesse sentido, acreditamos que a segurança de vocês deve ser reforçada. Pelo menos até irmos mais a fundo nessa ameaça. Já implementos algumas medidas de segurança nesse Hospital. O senhor Bell está sendo vigiado por alguns agentes da nossa equipe, e se você quiser sair daqui, pedimos que seja acompanhado por algum segurança nosso.

- Não ... Isso beira a paranóia. Só por que Walter... Não... Não quero todos os meus passos vigiados. –falei aumentando um pouco o tom

- Bem, a decisão é sua, mas eu recomendo, que pelo menos por enquanto, o melhor seria aceitar um agente nosso com você. Nós já trabalhamos em diversas situações como essa, não estamos dando essas instruções por prazer. Mas é a sua vida que está em jogo, se você quiser arriscá-la, fique a vontade – ela falava e era como se me desse uma bofetada com essa declaração cheia de desdém

- Está bem, mas eu gostaria de ver os indícios que vocês tem, e entender como anda o rumo dessas operações.

- Ok, podemos te mostrar isso na filial da Massive Dynamcs em Boston, montamos uma espécie de força tarefa lá.

- Quando poderemos fazer isso? - perguntei

- Eu te acompanho no momento que você quiser- Anna respondeu

- Se quiserem, podem ir agora. Eu fico aqui esperando os médicos examinarem Walter, de qualquer forma, eu mesmo quero examiná-lo para avaliar se a técnica funcionou bem.

- O que acha, Peter? Vamos? – eu ainda olhei para os dois e me decidi

- Vamos.

Eu e Anna saímos e fomos até o estacionamento. Ela me indicou um carro preto com vidro escuro e blindado e nós entramos. Eu sentei no banco do passageiro á frente. Ela estava prestes a dar partida no carro, quando falei:

- Não deveria ter algum agente me protegendo? – Anna parou o estava fazendo e riu

- Acho que eu sou esse agente – ela levantou um pouco a jaqueta dos seu terninho preto e me mostrou uma arma na cintura – Acho que terá que se contentar comigo.

- Ok, Anna. Ou devo chamá-la de Olivia? – falei abordando um assunto que realmente queria esclarecer, foi bom dispor desse tempo sozinho com ela

- Anna, ou senhorita Palmer, como você preferir. E eu devo chamá-lo de Peter ou Josh? – falou ela num tom divertido

- Ahh ... isso. Josh era o nome que usava lá. Não queria qualquer ligação com os Bishops. E você, por que me deu um nome falso?

- Não sei exatamente o porquê. Talvez... Queria ser outra pessoa naquele momento. Ou melhor, aquela mulher que entrou no bar era outra pessoa. Eu estava muito triste por causa do meu pai, e solitária, não tenho o costume de fazer esse tipo de coisa, mas precisava de movimento, me distrair. Então você apareceu, e eu resolvi embarcar nessa personagem. Em vez de Anna, uma investigadora e agente de segurança, me tornei Olivia a mulher do vestido vermelho, que foi para casa de um completo estranho, coisa perigosa que realmente não recomendo a nenhum cliente meu.

- Você poderia ter me dito seu nome verdadeiro! – falei um pouco insistente

- E você poderia ter dito o seu. Então estamos quites. Devo chamá-lo de Peter ou prefere Josh?

- Peter! Esse é o meu nome ... Peter Bishop– eu resolvi deixar as desavenças de lado e peguei na mão dela, mas ela afastou a mão da minha

- Espero que não fique com ressentimentos ou conte o que aconteceu a outros. Aquela foi uma aventura de uma noite. Com dois estranhos que não deveriam se ver mais. Espero que isso não interfira em meu trabalho, pois se for esse caso, eu prefiro me retirar e ceder essa investigação a outra pessoa – ela falou de forma profissional

- Não irá interferir no seu trabalho, Anna. Não sei por que interferiria. – eu deixei um sorriso transparecer em meus lábios, com esse sorriso já havia conquistado várias garotas – Mas talvez hoje, seja eu que esteja precisando de um consolo. Talvez esteja precisando de alguém como você precisou naquele dia. – ela levou a mão até meu rosto e me fez um carinho como se me preparasse para algo ruim, finalizou esse gesto e falou compreensiva

- Não entenda mal, Peter. Os momentos que passei com você foram muito bons, mas não tinha intenção de encontrá-lo novamente. Além do mais, sou uma profissional séria e não me envolvo com clientes, você é meu cliente agora. Eu sei que já aconteceu algo entre a gente. Mas não pretendo repetir isso. Espero que compreenda e não fique magoado, pois se tiver alguma coisa contra, reitero, prefiro passar esse caso para outro- mais uma vez ela me dispensava de maneira sensata

- Não, de forma alguma. Não vou dizer que meu ego não ficou um pouco machucado com mais esse fora – eu ri tranqüilo- Mas quero que você continue no caso.

- Então agora que está tudo esclarecido. Podemos ir? -Anna perguntou

Eu confirmei com a cabeça, ela deu partida no carro e em alguns minutos chegamos à filial da Massive Dynamics, a sede ficava em Nova York, lá era onde estava grande parte da pesquisa e o centro de inovação da empresa. Mas em Boston, também aconteciam algumas pesquisas e iniciativas. Ainda mais que o laboratório de Walter, e grande parte das iniciativas desse eram feitas na cidade, já que ele se recusava a mudar e se distanciar muito de Harvard que marcou o começo das suas descobertas e do qual ele contratava grande parte dos funcionários e estagiários.

Anna me levou até uma sala onde 2 rapazes e uma moça trabalhavam. Ela os cumprimentou, se sentou numa mesa onde havia um computador. O ligou e me mostrou uma série de documentos e relatórios. Depois ela se virou para mim e disse:

- Peter, nós acreditamos que de alguma forma, esse atentado foi executado por uma pessoa ou um grupo de pessoas que se acham ou foram prejudicadas pela Massive Dynamics. Pensamos em antigos funcionários.

- Não vi nada que indicasse isso.

- Isso é porque não te mostrei tudo. Há algo que nem mesmo a polícia tem conhecimento, somente minha equipe, Nina Sharp e William Bell. E agora você, Peter. –isso atiçou a minha curiosidade, ela deu play em um vídeo

- Esse vídeo foi enviado para Bell e seu pai um dia antes do atentado.

Eu comecei a ver um homem, num lugar mal iluminado de modo que só notava a sua sombra, ele falava:

- Vocês acham que por causa do dinheiro que tem, estão livres do que fizeram? Vocês criaram essa empresa imoral, fizeram coisas horríveis e inimagináveis. Acham que podem posar como empresários genais, e esbanjar o seu dinheiro? Mas podem esperar, o acerto de contas está prestes a acontecer! E ninguém estará seguro!

- Um dia depois seu pai levou um tiro.

- O garçom pode ter feito e enviado o vídeo.

- Poderia, se dias depois do ataque, enquanto ele estava preso e sendo vigiado. William Bell não tivesse recebido mais um – ela colocou outro vídeo

Nele o mesmo homem fazia mais ameaças, ainda escondido pela falta de iluminação:

- Então o doutor Bishop ainda está vivo. È apenas um desvio em nosso caminho. Mas não se preocupem, nós estamos a espreita de vocês. Cidadãos exemplares que vivem do lucro, da dor alheia, que dão rasteiras, que fingem serem de respeito, mas são piores do que demônios, são farsas! Seus fantasmas e seus medos virão à tona. Vocês sofrerão como já fizeram muitos sofrer. Responsáveis por empresa imunda, todos vocês não perdem por esperar.

Aquilo realmente estava mais perigoso do que imaginava, podia ser um monte de arruaceiros, mas pelo o que eles já tinham feito ao quebrar a segurança e atingir Walter, eles pareciam mais organizados e perigosos do que se poderia imaginar no primeiro vídeo.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Realmente espero que tenha gente acompanhando e comentando. Isso realmente faz diferença ao escrever uma história.



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