Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 30
Capítulo 30 - Briga Entre Irmãos.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a minha demora para postar. Tenho estudado feito uma doida para o Enem e coisas do tipo - -' Só deus sabe o como eu estou esgotada!
Espero que vocês possam me perdoar!

Agradeço aos reviews de: Laladhu ; Leth ; The Black Hat Girl ; Helo Chan ; Gabi ; NairTeddyBear ; Beatriz Santo ; Ayla Costa ; Mrs Saint Clair ; Lik ; fefenunes

E parabéns para aqueles que acertaram!!
Lik e laladhu! Vocês ganharam uma barra de chocolate... Que eu comi =3

Beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/258238/chapter/30

Capítulo 30 – Briga entre Irmãos.

- Você... aprontou alguma coisa? – Hyde me perguntou.

- Er... Defina “aprontar” – eu pedi, lhe mostrando um sorriso amarelo.

Hyde ergueu uma sobrancelha e ouvimos gritos do lado de fora. Luc logo se calou e depois, os gritos de Clarice preencheram o nosso pequeno apartamento.

- Ah! Luc! Não! Por favor, Fred! Tenha piedade! Piedade! Foi tudo ideia da Lyne! Eu juro! Eu juro! – ela gritava, dando-me até medo.

Essa imbecil resolve espioná-lo e ainda é culpa minha?! Você mente que nem sente né Clarice McMurray! E, acredite, minha raiva só foi aplacada depois que Hyde me mostrou o olhar de quem espera que eu faça alguma coisa. Ele queria que eu fosse defender a minha melhor amiga, minha irmã de alma.

E o pior é que eu ia.

Sabem por quê? Porque eu sou uma idiota retardada... E porque aquela garota também é uma idiota retardada. Eu havia prometido à tia Ângela que a manteria viva e era isso o que eu iria fazer até voltarmos à Utah para o dia de ação de graças.

- Vamos ver se nossos amigos ainda estão vivos – eu pedi com um tom de cansaço.

- Vamos ver se a meu amigo está vivo, porque estamos ouvindo que a sua está bem viva e com os pulmões funcionando – Hyde respondeu com diversão, fazendo-me perguntar se havia alguma coisa que apagava o seu brilho.

Ah, sim. Tinha: o seu aniversário.

- Depois você me explica como é que Fred fez para não ter o rosto coberto por fita isolante – ele me pediu.

Eu dei um sorriso débil.

- Quando eu te contar, você verá que ele fez por merecer... – murmurei abrindo a porta do quarto.

...--...

- Então... Vocês duas simplesmente se travestiram para me espionar em meu almoço de negócios? – Fred perguntou, gesticulando para mim e Clarice.

Fred estava incrivelmente chateado. A cena era, no mínimo, muito estranha. A mais estranha de toda a minha vida. Hyde estava oferecendo um copo de água para Luc, que estava furioso com Clarice, afinal, a SUA NAMORADA havia saído travestida para saber como ia o relacionamento DE OUTRO HOMEM.

Depois, meu irmão estava parado à nossa frente. Com os braços cruzados e a expressão furiosa. Eu talvez fosse a pessoa mais relaxada do apartamento. Ah, qual é! Minha consciência estava limpa e clara como a água! Eu não havia feito nada para me envergonhar ou que pudesse me fazer sentir culpada!

- Na verdade, Fred, foi só a minha amiga quem se travestiu. Eu estava de Lady Gaga e ela é mulher – eu respondi, tentando fazer comédia.

Acho que se Clarice não estivesse tão tensa, ela teria rido.

- Mas... Ei, como você soube que nós te seguimos?! Fomo o cúmulo da discrição! – eu perguntei cruzando os braços.

- Se vestir de Lady Gaga e se fazer passar por ela não é nada discreto, Lyne – ele respondeu com sarcasmo. – E, depois, eu só conheço uma pessoa que se atreveria a me chamar pelo nome completo daquele jeito no meio de um restaurante elegante.

É... Erro meu. Encolhi-me no sofá.

- Vocês têm ideia do que fizeram? – ele perguntou com raiva. – Não só se fizeram passar por outras pessoas, mas estavam me espionando! Estou indignado! Acho que isso é caso para ligar para a tia Ângela.

Clarice se enrijeceu ao meu lado quando o viu sacando o celular. De repente, ela estava apavorada. E agarrou o meu braço me pedindo com os olhos para que eu o impedisse. Então eu fiquei dividida. Se havia algo que enfurecia Fred totalmente, era alguém que invadia o seu espaço, coisa que eu nunca fiz.

No entanto, acho que eu podia me sujar um pouco, não? Clarice não só perderia parte do respeito do meu irmão, quanto também acabaria brigando feio com o namorado. Eu não queria isso, pois Luc a deixava feliz.

- Não foi culpa de Clarice, Fred. Ela só veio comigo porque eu a arrastei – eu disse, antes que ele completasse a ligação. – Eu só queria ter certeza de que... Sei lá... Você não ia mais fazer nenhuma besteira. Se envolver com uma garota maluca.

Ele me olhou com os olhos duros. Um sorriso sarcástico apareceu em seu rosto.

- Fazer nenhuma besteira? Me envolver com uma garota maluca? – ele repetiu como se não acreditasse naquilo. – Logo você está me dizendo isso, Lyne? Você está saindo com o porra loca aqui! – Ele gesticulou para Hyde. – Você saiu com o seu pr-...

- Frederick Tyson Ferry! – eu gritei, levantando-me do sofá em ameaça.

Será que ele tinha de remexer em águas tão passadas?!

Como se percebesse que havia ido longe de mais, ele se refreou e respirou fundo. Tentando se acalmar. Se bem que nossa família toda era formada por pessoas bem estouradas. Talvez ser “cabeça-quente” fosse algo genético.

- Escute... Nunca mais se meta na minha vida, ouviu sua baixinha? Se não eu vou te quebrando até ter te feito desaparecer, entendeu? – ele ameaçou.

Eu concordei com a cabeça, respirando pesadamente. Meu coração quase parara.

Ele bufou e saiu para o meu quarto. Perguntei-me se eu havia guardado o álbum de fotografia, mas então eu me lembrei de que o havia deixado sobre a cômoda. Acho que meu irmão não ia notá-lo ali.

- Lyne... – Clarice começou.

- Vai falar com o seu namorado, vai – eu disse com secura. – Depois a gente conversa.

Ela deu de ombros e foi para a parte da cozinha, onde Luc estava com raiva. A cozinha ficava separada da sala de estar, mais havia somente uma meia-parede que não impedia as pessoas de verem e ouvirem tudo o que se passava na sala de estar. Hyde, liberado de seu serviço de babá, veio até mim e se jogou no sofá. Puxou-me para o seu colo.

- Que barraco, hein? – perguntou-me ele.

- Ah, cala a boca. Imbecil – resmunguei.

- Sua criatura terrível e bipolar – ele murmurou. – Que mau humor terrível. Será que posso curar isso?

- Hyde, eu estou cansada. Quero dormir – resmunguei.

Não era mentira. Eu me sentia como se não houvesse dormido nada, minhas costas doíam e essa briga de agora a pouco acabara com o pouco bom humor que Hyde havia me trazido lá no meu quarto.

- Hm... Já que você falou em dormir... Onde é que você está dormindo Chihuahua? Quer dizer, Clarice tem o quarto dela, seu irmão está no seu quarto... E você está... ?

- Dormindo no sofá – eu respondi.

Ele pareceu surpreso. Acho que estava surpreso por eu ter aceitado aquilo.

- Mas que terrível lugar para se dormir – ele comentou, segurando a minha cintura com sua mão. – Por que você não...

- Não diga nada – eu o impedi antes que continuasse.

- Você nem sabe o que eu ia dizer! – ele resmungou.

- Eu sei sim! Você ia dizer “por que você não dorme em minha casa?”. E eu lhe digo por quê... É porque eu sou uma mulher direita, Sr. Deniels! – eu respondi. – Não vou dormir na casa de um garoto que eu comecei a namorar ontem!

Ele mordeu o lábio para evitar um riso.

- Caramba... Será que eu estou namorado uma dos ex-man? – ele perguntou. – Leu a minha mente, foi?

- Não. Eu li esse brilhinho que diz: “quero transar com você” nos seus olhos – eu expliquei apontando para os seus olhos lilases. – E eles estão brilhando assim desde ontem...

Hyde jogou a cabeça para trás e escondeu os olhos com as mãos.

- Eles estão assim há um bom tempo e só você não percebeu – ele confessou, parecendo, pela primeira vez, envergonhado.

- Há um bom tempo é? – perguntei com interesse. – Há quanto, exatamente?

- Desde que você bateu naquele cara na fila da pipoca – ele disse, rindo.

Eu sorri. E nem me dei conta de que ele havia conseguido fazer com que a minha raiva passasse. Apesar de o cansaço permanecer.

- Bem... De todo modo, desista. Eu não vou dormir com você tão cedo – eu comentei como quem não quer nada. – Você nunca ouviu falar da “regra dos três meses”?

Hyde me olhou com curiosidade. É, acho que ele não conhecia a “regra dos três meses”. Talvez a única regra que ele conhecesse fosse a regra de três, e talvez só a simples, pois eu não confiava em até onde ia a sua inteligência.

- Não. Eu nunca ouvi falar. Por favor, explique-me mais sobre ela – ele me pediu.

- Bem... Ela fala que, para saber o que o cara realmente quer, devemos nos fazer de difícil durante três meses – eu lhe expliquei.

Hyde me olhou com uma sobrancelha arqueada.

- Saber o que o cara realmente quer? – ele perguntou.

- É. Você sabe. Se o cara realmente quer transar ou se ele quer namorar mesmo – eu lhe expliquei brincando com os seus cabelos. – Se bem que, se depender de você, talvez eu devesse esperar um bom tempo.

Hyde levou a mão ao peito.

- Isso é muita crueldade, Chihuahua – ele murmurou ofendido. – Não basta eu ter te confessado que você é a minha primeira namorada?

- Como é que eu vou saber que é verdade? – questionei.

- Você não confia em mim?!

- Hm... Não sei. Talvez... Um pouquinho.

Hyde fez uma cara de desespero que me deu vontade de rir, mas então eu dei um beijinho em seu rosto e ele me fitou com um olhar desconfiado. Como se, só porque eu não confiava totalmente nele, ele deveria desconfiar de mim também.

- Você parece me ver como um lobo prestes a te devorar – ele resmungou.

- E você não é isso? – eu perguntei de brincadeira e ele fez um beicinho. – Podemos matar esse assunto? Eu não vou dormir na sua casa enquanto meu irmão parasita ainda morar aqui. Nem que eu acabe com as minhas costas.

Ele riu e concordou com a cabeça.

- Tá bom... Você tem sorte por eu ter medo te ver com raiva – ele murmurou para mim, com um sorriso divertido brincando em seus lábios. – Acho que eu vou embora agora. Estou cansado também... O que é engraçado, pois ainda está de tarde.

- Sua festa de arromba ontem acabou conosco – eu brinquei.

Ele sorriu e se levantou do sofá, levantando-me consigo.

- Acompanha-me até à porta? Se não eu não volto – ele pediu.

Eu dei um sorriso condescendente e o guiei até a porta. Onde ele se despediu com um beijo constrangedor (para mim) e foi embora. Deixando o seu amigo que havia sumido na cozinha com a minha amiga. Sinceramente, pelos sons que eu ouvia, achava que eles estavam se pegando lá, mas estava escuro demais para eu ver.

Sinceramente, eu não queria ver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!