Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 25
Capítulo 25 - Bombonzinho e a Garota Azeda.


Notas iniciais do capítulo

Como eu não estou parando de escrever, posso agradá-las com mais um capítulo agora! EEEEEEEE. Recém chegado da betagem (eu sei que não existe esse verbo u.u)

Bem, eu espero que agrade.

E agradeço aos reviews de: lik ; NairAlves ; Lais Santos ; Sofia Ragel ; Pam Lage ; Andréa ; leitoracompulsiva ; Laladhu ; fefenunes ; Mrs. St Clair ; Pokéjohnny ; daphne ; Daiane Souza.

Beijos!



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Capítulo 25 – Bombonzinho e a Garota Azeda!

Meu irmão estava no meu quarto (bem que eu tinha me perguntado onde ele se metera), porém, não estava dormindo. Na verdade, ele estava com uma ruiva falsa (por favor, Clarice era mais ruiva que aquela lá!) montada nele feito uma vagabunda... NA MINHA CAMA!

- FRED?! O quê-...?

- Chihuahua... – Hyde tentou me segurar.

- Hyde?! – Fred nos notou, surpreso.

- Stephanie! – a retardada se chamou erguendo os braços.

Ela parecia uma líder de torcida e parecia estar bêbada.

Hyde, que tentava me segurar, olhou para aquele busto despido da outra e vacilou. Ah, claro. Porque homens adoram ver uma mulher burra e siliconada, mas nenhum namorado meu de sete horas iria me trair olhando para o corpo cirúrgico de uma vadia qualquer!

 - O que você tá olhando cretino?! – perguntei dando um tapa na sua cabeça. – Quer fazer um ménage com os dois aí?!

Ele despertou e olhou para mim confuso, antes de perceber o que fazia e tapar os meus olhos!

- Ei! Por que você tá tapando os meus olhos?! Era você quem estava secando os silicones da garota! – briguei.

- De todos os presentes, você é a única inocente aqui – Hyde me respondeu. – Vamos para fora.

Ele me arrastou para fora.

- Não! Ainda não! Eu não o estrangulei ainda! – gritei me debatendo. – Eu vou te matar Fred! EU VOU TE MATAR! EU VOU CASTRAAAAAAR! Eu vou! Eu vou...

Hyde fechou a porta e me liberou.

Numa velocidade incrível, minha raiva mudou de alvo. Não era mias Fred, agora era Hyde.

- Como você pôde ficar encarando os seios dela na minha frente?! Estamos namorando só há sete horas e você faz isso comigo?! – briguei furiosa.

Ele me olhou como se não esperasse que minha raiva não se voltasse para ele. E então... Ele riu. Isso mesmo: ele riu.

- Tá rindo do quê?! Eu tenho cara de palhaça agora?!

- Não, Chihu. Você não tem – ele respondeu. – Mas até parece que, se não tivesse um cara mais bonito que eu lá, você não ficaria olhando...

Eu bufei. Apesar de eu saber que aquilo era verdade (ah, que garota não olharia?!), eu ainda estava chateada.

- Até parece possível que-...

Eu me interrompi, dando-me conta do que eu ia falar. “Até parece possível que exista alguém mais bonito que você”, mas eu não podia dizer isso e inflar o seu ego daquele jeito!

- Que... ? – ele instigou, segurando as minhas mãos.

- Que... Eu seria tão vulgar ou baixa assim!

- Baixa você é com certeza! – ele brincou.

Fitei-lhe furiosa e ameacei dar um soco na sua carinha linda, mas ele conseguiu segurar o meu punho (seus reflexos estavam ficando muito bons! Ou ele havia conseguido me conhecer o suficiente para saber quando eu ia lhe bater). Ele sorriu, divertindo-se com o tom vermelho do meu rosto.

- Você ficou com ciúmes? – perguntou-me.

Não respondi, só tentei puxar o meu punho, mas ele o segurava com força.

- Ficou? Ficou? – ele insistiu.

- T-talvez – respondi com a voz trêmula.

Ele sorriu de um jeito que me intrigou.

- Que sorriso é esse? – perguntei incomodada.

Ele soltou o meu punho, mas a essa altura eu já estava sem vontade de lhe dar uma merecida surra, e me agarrou pela cintura.

- Você tem ciúmes de mim – ele cantarolou com sua voz melódica.

Eu desviei o olhar.

- Eu tenho ciúmes de você – eu disse com esforço. – Ainda mais quando...

Eu me interrompi de novo. Perguntando-me o que era que eu estava dizendo naquele momento.

Soltei-me de seus braços, aquele era um lugar perigoso para mim, e fui para a sala de estar. Sentei-me na ponta do sofá e abracei minhas pernas com os braços. Fiquei olhando para o céu escuro da madrugada. Ciente de que Hyde ficou paralisado no corredor por um tempo, antes que viesse atrás de mim.

- Quando... ? – ele perguntou.

Eu não respondi e fingi que ele não havia dito nada. Hyde sentou-se ao meu lado pensativo.

- “Ainda mais quando... Você é tão irresistível, Hyde”... “Quando você é tão incrível e talentoso!” – ele completava.

Viram? Para quê alimentar o enorme ego dele? Ele mesmo tinha ideia do como ele era. Mesmo assim, toda aquela presunção estava me irritando.

- “Ainda mais quando você é tão galinha” – eu disse relutante. – Era o que eu ia dizer.

Hyde riu.

- Você me acha galinha? – ele perguntou, divertido.

- Você nunca parou com garota nenhuma... Porque pararia comigo? – Dei de ombros.

Ele sorriu e passou o braço sobre os meus ombros. Sinto sua mão puxar o meu rosto para que eu o olhasse nos olhos. Merda. Ele tinha olhos bonitos. Violetas e intensos... E naquele momento eles brilhavam com uma sinceridade assustadora.

- Vai ver é porque você é especial – ele murmurou.

Eu duvidei suas palavras, apesar de seu olhar ser de quem fala alguma coisa séria, mas, quando eu abri a boca para dizer algo... Ele me beijou. E acho que ele já percebeu que esse se tornou um dos meus pontos fracos.

Era um beijo sincero. Um roçar suave de seus lábios nos meus. Ele beijou meu lábio inferior primeiro, e depois o mordiscou. Um arrepio percorreu a minha espinha dorsal. E quando ele segurou-me pela nuca e infiltrou sua língua ousada por minha boca, eu sentia como se a sala houvesse desaparecido.

Tomei seu rosto em minhas mãos ao menos para me certificar de que ele ainda havia permanecido. Apesar de continuar a sentir o gosto dele, sentia que aqueles momentos não eram reais.

Eu não percebi que Hyde, aos poucos, ia me deitando no sofá. Só percebi quando senti a almofada sob a minha cabeça e sua mão em minha perna. A outra, apertou a minha cintura. Mas, só dei-me conta do perigo quando ele deslizou a sua boca para o meu pescoço e a mordiscou. E o verdadeiro perigo, estava numa parte de mim que gostou daquilo e deixou escapar um arfar de prazer.

- Ooh, acabou a nossa brincadeira e começou a deles! – Stephanie gritou, realmente bêbada.

Num rompante, Hyde se afastou de mim, para encarar o olhar assassino do meu irmão, que segurava a bêbada pelo braço. Mas, ao invés de ficar intimidado (como qualquer outro rapaz ficaria), Hyde deu um sorriso provocante para o meu irmão.

- Alguém aí tá a fim de um swing? Quero pegar o novinho um pouco hehehe – Stephanie continuou.

Eu corei, mas Hyde nem pareceu incomodado. Mas, meu irmão ficou.

- Espere um instante, Steph. Preciso ter uma conversa em família. – Fred jogou a garota dentro do armário de casacos!

Aproveitando a atenção de Hyde para o meu irmão, empurrei-o para poder me sentir mais segura para responder a altura.

- O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM A MINHA IRMÃZINHA?! – Ele gritou.

Eu abri a boca para responder, mas quem falou foi Hyde.

- Dando uns amassos.

Eu corei e recriminei-o com o olhar. Ele estava provocando o meu irmão? Por quê? Está certo que os dois tinham uma antipatia mútua um pelo outro, mas será que era por algum outro motivo?

- VOCÊ NÃO VAI FICAR COM ELA! VOCÊ NÃO VAI FICAR COM A MINHA IRMÃ! – Fred esbravejou me puxando pelo braço. – Contente-se com aquela vadia que você roubou de mim há dois anos!

- Aquela vadia não me interessa e se acostume em me ver com a sua irmã por que eu sou o NAMORADO dela! – Hyde respondeu me puxando pelo outro braço.

De repente, e me sentia brincando de “Cabo de Guerra”. Confesso que já fui aliada, já fui inimiga, já até brinquei disso com cachorros quando eu trabalhei num canil... Mas era a primeira vez que eu era a corda! E isso não era bom!

- Ei! Ei! Me soltem! – eu briguei me soltando dos dois. Apontei para Fred: - Você não tem o direito de me dizer com quem eu devo ou não namorar e muito menos o direito de se meter na minha vida! Sou maior de idade e sei me defender sozinha! Você me ensinou muito bem!

Ele ergueu as mãos num gesto ofendido. Então eu me virei para Hyde.

- E você... Por que você não me contou que roubou a namorada do meu irmão?!

Ele fez um gesto de pouco caso com as mãos.

- Porque, antes de tudo, ele me pediu – ele disse apontando para Fred. – Segundo, porque já faz DOIS ANOS! Quem é que ainda guarda mágoas por algo que aconteceu há dois anos?! Ainda mais quando envolve uma garota que nem vale a pena!

Agora tudo estranhamente fazia sentido: a má atmosfera quando eles se reconheceram no provador daquela loja no Shopping e a aversão mútua que um tinha pelo outro. Sentido mais intensamente por Fred, já que Hyde parecia estar numa boa.

- Fred! Fred! – a bêbada chamou do armário. – Me tira daqui! Está escuro... E frio!

Olhei para a porta incrédula. Ela estava num “armário de casacos” e reclama do frio? Não lhe passou pela cabeça vestir qualquer um deles?

- Bela Einstein você arrumou – eu zombei.

- Você sabe o que dizem: “Deus dá peitos ou cérebros, nunca os dois” – Fred respondeu, indo até a porta do armário e a abrindo.

Acho que isso foi uma indireta para mim, mas não me importei.

A garota caiu no chão, sem coordenação nenhuma, mas não me preocupei em perguntar se ela estava bem. Afinal, airbags foram feitos para amortecer impactos, certo? Já que ela havia instalado dois, provavelmente viveria para ver o amanhecer.

- Vamos. Vou te levar para casa – Fred disse pondo-a de pé.

- Você disse isso no bar – ela comentou com malícia. – Tchau, Tchau Bombonzinho! Tchau garota azeda!

Fred revirou os olhos, fechando a porta de casa.

- Bombonzinho? – Hyde repetiu incrédulo.

- Garota azeda? – repeti sem acreditar.

Trocamos um breve olhar e começamos a rir.

- Parece que viramos uma dupla de super-heróis muito tosca! – ele disse rindo. – Será que tudo isso é álcool o seu irmão acabou batendo a cabeça dela na cabeceira da cama?!

Eu concordei com a cabeça, rindo também. E então, soltei um suspiro e me chateei somente com uma coisa: Hyde certamente ficava com os melhores adjetivos para ele.

- Sou chamada de Maria-macho pela Ellie, meu irmão sugeriu que eu não tenho seios e sou apelidada de “garota azeda” por essa líder de torcida maluca... Que dia! – eu zombei de mim mesma.

Hyde revirou os olhos.

- O seu irmão não sabe nada sobre os seus seios – ele disse cessando as risadas.

- E o que você sabe sobre os meus seios? – perguntei zombeteira.

Ele pôs as mãos nos bolsos do casaco e se aproximou de um jeito provocante.

- Eu lembro... De uma garota em sua primeira bebedeira que se despiu no estacionamento, na minha frente, do meu prédio porque havia vomitado em seu vestido e exigiu que eu lhe emprestasse a minha maravilhosa regata cinza...

Eu corei e o acertei com um tapa. Não foi por querer! Foi reflexo!

- Ei! – ele reclamou levado ao rosto vermelho. E então, ele riu. – Pelo menos foi um tapa e não um soco... Um tapinha não dói... e Já é um passo para a feminilidade.

Eu cruzei os braços e o encarei sem achar graça.

Ele mordeu o beiço e eu, tocando o seu rosto, puxei-o para um beijo.

Como poderia existir alguém que suportasse o meu jeito rabugento?


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