Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 21
Capítulo 21 - É O JASON!


Notas iniciais do capítulo

TO VIVA GEEEEEEEENTE!
Desculpem a demora para postar, eu juro que tinha terminado o capítulo, mas o problema foi que minha beta e eu andamos meio desencontradas. a vida não tá facil para ninguém. Desculpem por fazê-las esperar tanto e prometo que vou responder aos reviews assim que possível, mas primeiro... LEIAM ESSE CAPÍTULO PORQUE EU O FIZ COM MUITO CARINHO >3

Agradeço aos reviews de: Andréa; Bell ; leitoracompulsiva ; lik ; pam lage ; nairalves ; d_autora ; beatriz ; thatai ; paulinha165 ; brooke maia ; ava fabian ; mrs st. clair (você já leu Anna e o beijo francês? O.o tem um cara chamado de St. Clair) ; Ellie Cooper ; Daphne!

Muito obrigada!
e vamos matar a minha beta! grrr....



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Capítulo 21 – É o Jason!


 

- Para! – eu digo empurrando Hyde de cima de mim.

Ele se afasta e me olha confuso, ou talvez apreensivo, mas mais confuso do que ele deveria estar se sentindo, estava eu. Ele parecia estar tomando o ar que deveria vir para os meus pulmões, e sua presença enorme era no mínimo intimidante.

Levanto-me e respiro fundo. Minha cabeça girava confusa, ou era somente a falta de oxigenação do cérebro. Sentei-me na cama porque parecia um lugar mais seguro do que ao lado do Hyde. Eu precisava pensar no que diabos eu estava fazendo agarrando aquele quem eu sinto repulsa...

- O que foi? – ele pergunta.

- Me dá um segundo – mando erguendo a mão num gesto de silêncio.

Ele entende e, pasmem, ele simplesmente se volta para a televisão desliada na frente da cama e se recosta na cama. Pela primeira vez eu vi Hyde ficar quieto? Ele me obedeceu? Então, acho que só para me provocar, ele canta:

- I can be wrong

I can be right.

I can be black,

I can be white

- Hyde, cala a boca! – eu mando irritada.

Caramba, onde estava o garoto que a pouco estava se lamentando pela perda da mãe e que havia vindo com toda aquela conversa mansa para cima de mim? Eu gostaria muito de tê-lo de volta, mesmo que eu não goste de chorões...

- O que eu posso fazer se você reage de forma tão fofa? – ele provoca.

Eu solto um suspiro e dou um sorriso complacente para mim mesma. Para o meu reflexo num espelho que eu descobri existir ao lado da porta e que agora estava à minha frente.

- Bem, espero que você esteja pronto então para descer, se desculpar com todo mundo, principalmente Luc, e curtir a sua festa de aniversário – eu digo com maldade.

Percebo que o assunto lhe causa desconforto.

Ele sabe que fez algo de errado, mas duvido que em algum momento a frase “pedir desculpas” tenha passado pela sua cabeça. Hyde não era do tipo que pedia desculpas, acho que ele não gostava de dá-las, talvez. Você sabe que ele está legal com você porque ele sabe ser bem grosso com quem ele não gosta.

- Eu quero hibernar – ele resmunga esperando que eu não escute.

- Mas nem pensar! – eu digo irritada e, sem pensar, bato na sua cabeça.

- Ai – ele resmunga.

- E é pra doer sim! – eu digo chateada. – Não sei de que religião você é, mas acha que a sua mãe gostaria de te ver agindo desse jeito? Não era ela que gostava de fazer uma enorme festa de aniversário para você?! Se ela estiver no céu ou no inferno, nos Campos Elíseos, Valhallah, ou, sei lá onde mais, você acha que ela vai estar em paz sabendo que acabou com o grande motivo para você comemorar um aniversário?

Ele não diz nada, mas se ele pudesse ser um cachorro estaria com as orelhinhas baixas esperando por um carinho de “reconciliação” na cabeça.

- É só um aniversário – ele se defende quase sem voz.

- Não é “só um aniversário” – eu continuo. – É o seu aniversário! Certamente deve ser importante para Luc e para os seus irmãos...

Ele me olha com a cabeça baixa parecendo um cachorrinho sem dono, isso me faz desviar o olhar.

- É importante para você? – ele pergunta mais para si mesmo do que para mim.

Eu soltei um suspiro e voltei minha atenção para ele. Ele me encarava de cabeça baixa, mas havia muita intensidade e ansiedade naquele olhar. Sem coragem de pronunciar uma palavra eu concordei com a cabeça, firmemente.

Hyde, então, olha para a televisão de novo, solta um suspiro e se levanta do chão.

- Então acho que temos um aniversário para comemorarmos – ele diz relutante.

Meu coração involuntariamente deu um pulo no peito.

Hyde agora parecia um ser de outro planeta. Será que quando ele subira aqui ele fora abduzido por naves espaciais? Olhei ao redor, primeiro procurando me acalmar porque toda a situação estava me deixando nervosa (“é importante para você?” *confirmação* “então acho que temos um aniversário para comemorarmos”), depois para procurar alguns vestígios de luta ou seres de outro planeta.

- O que foi? – ele pergunta olhando também.

- Não sei de que planeta você veio ou porque substituiu o Hyde que eu conheço, mas, por favor, nem precisa se preocupar em devolvê-lo – eu disse mantendo uma distância segura daquele ser de outro planeta.

Ele revirou os olhos, me segurou pelo braço e me puxou de encontro a ele. Na minha cabeça, foi como se soasse um alarme que dizia constantemente: “área de segurança invadida; área de segurança invadida”, no entanto, esse mesmo alarme soou incrivelmente abafado pelas batidas de meu coração.

- Só quero mostrar que... Por que é importante se eu sou “certo” ou “errado”? - ele disse passando as costas de seu dedo indicador no meu rosto. Causando-me arrepios agradáveis. - Só o fato de eu gostar de você não é o suficiente?

Eu abaixei o olhar.

Sabia o que ele queria dizer, e era uma ótima colocação, no entanto, a pergunta era: será que eu gostava dele? Mas... E se Hyde me ferisse? E se ele me usasse como o outro? E se suas palavras fossem vazias? Eu... não estava pronta para sofrer de novo por namorar um “paquerador”. Eu não estava pronta para cair numa relação assim e... me foder de novo. E se ele me magoasse... Ai! De Harry Deniels!

- Não gosto do seu olhar assassino – ele diz engolido em seco e se afastando.

- É melhor você se acostumar com ele – eu digo com um sorriso sarcástico. - Pois se você me magoar e pisar em mim, Harry Deniels, eu juro que vai ser com esse olhar que eu vou esquartejar o seu corpo com você ainda vivo!

Ele olhou para mim, primeiro com receio e, depois, sorriu.

- Se você continuar me olhando assim, eu me apaixono – ele provoca fazendo biquinho.

- Tsck – solto desviando o olhar. - Eu acabei de fazer uma ameaça e você zomba de mim desse jeito? Diga-me o que você viu em mim porque eu, sinceramente, não vi nada em você.

Ele riu incrédulo.

- Então eu vou te fazer ver – ele avisou.

Olhei confusa e ele me pegou no colo de repente e me beijou. Agora eu via a diferença entre o Hyde que me agarrou em “The Red House”. O Hyde que eu mal conhecia, aquele que não queria nada comigo e tão pouco se importava com os meus sentimentos. Ele era presunçoso. Beijou-me porque queria e presupôs que, por eu ser quem era, eu iria querer também.

Mas agora ele entendia que não é só porque eu sou uma garota, que eu iria gostar dele também. E, ouso dizer, que ele meio que me respeita por isso.

Quando ele se afastou eu fiquei vermelha. Seus olhos liláses estavam intensos e quase refletindo uma vitória. Virei o rosto para o lado e pedi:

- Me põe no chão. Isso é humilhante.

- Não – ele negou.

Ai que vontade de enfiar um soco naquele rosto prepotente...!

- Estou com uma vontade extrema de enfiar um soco na sua cara – eu confessei.

- Se você continuar a dizer isso, vou te pedir em casamento – ele provocou.

Fiquei vermelha e me debati até que ele me colocasse no chão, o que aconteceu depois de eu acertar o seu rosto “acidentalmente”. Ele riu, porque foi só de raspão e me soltou. Mas quando eu ergui a mão para acertá-lo de verdade... Congelei.

De repente, alguém desligou a luz do quarto.

Hyde olhou ao redor, e eu também e então... o percebemos. Um vulto de sombra recortada na moldura da porta que chamou nossa atenção. A única coisa que percebemos, foram as roupas surradas, rasgadas e deterioradas que ele vestia e a sua máscara de róquei.

- AI MEU DEUS HYDE! É O JASON! - gritei agarrando-me nele de novo.

Ele olhou para mim, provavelmente me achando patética, e cruzou os braços. Percebi então que deveria haver algo de errado ali, pois já vira aquela reação antes. Ele soltou um suspiro cansado e disse com calma:

- Ellie... Você não consegue me assustar.

- Ellie? - perguntei confusa. E então me lembrei. - Ellie... - murmurei com rancor.

Ela acendeu as luzes do quarto de Hyde e deu um pisão no chão que uma criança mimada daria e cruzou os braços com raiva.

- Tudo bem, o medo da sua amiga já foi o suficiente! - ela disse rindo, tirando a máscara branca e furada.

E lá estava ela. A garota de cabelos loiros avermelhados presos num coque frouxo, de lábios rosados e zombeteiros, olhos claros e cara pálida. Rindo de mim novamente... E para zombar de mim, ela jogou a máscara para cima de mim e fez um “ouuuuhhhh” fantasmagórico que a fez se matar de rir.

Ah, mas se ela ria agora era porque ela não conhecia o meu lado sombrio.

Eu olhei para aquela máscara e olhei para ela, rosnando.

- Lyne... - Hyde me chamou percebendo que eu estava furiosa.

Mas ele não pôde me segurar. Eu avancei em cima dela e gritei:

- EU VOU ENFIAR ESSA MÁSCARA GOELA ABAIXO E TE FAZER CAGÁ-LA SUA PIRRALHA!


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