Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 17
Capítulo 17 - "Encontro"


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está um pouco sem graça, eu achei, mas prometo que o próximo está muito melhor do que esse (e muito mais fofo também *-*) e também muito mais deprimente Ç.Ç Sinto muito não andar fazendo piadinhas ultimamente, mas eu não estou em achando engraçada (ou é só o clima de quem está de recuperação em todas as matérias!)
De acordo com a Bell: Como é que você conseguiu ficar de recuperação em redação?! Marie, é só escrever!!!
Ç.Ç
De todo modo, divirtam-se suas lindas!
Beijos,
MC - MISS TRUBLION
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Agradeço aos reviews de: Enzaaa / NairAlves / lik / Caele / Thatai / mayyy / 1moreHistory
Muito obrigada!



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Capítulo 17 – “Encontro”

Hyde ficou estranho a semana toda. Meio (totalmente) mandão, sem paciência e insuportável. Por um instante, algo menos do que um milésimo de segundo, eu senti saudades do “velho e infantil Hyde”. E não importava o quanto eu dissesse “eu não quero sair com você”, ele só me ignorava.

O que está acontecendo com o seu amigo? - eu perguntei para Luc na hora do almoço. - Ele está insuportável essa semana! Nem está mais almoçando conosco!

Luc, na verdade, era o único que não parecia nervoso. Eu e Clarice já estamos ficando preocupada em saber se Hyde bateu com a cabeça em algum lugar, mas ele apenas sorriu naquele momento.

É só o famoso E. S. M. ou, como eu chamo, Estresse Sobre o Maricas. Isso acontece todo ano, nessa mesma época – ele responde. - Mas não se preocupe. Logo passa. É só você ignorar essa semana.

E por que isso acontece? - eu perguntei.

Bem...

Do que vocês estão falando? - Clarice perguntou se juntando a nós na mesa.

Eu a ignoro e viro o rosto para o outro lado. Preciso dizer que eu estou chateadíssima por ela ter feito aquela lavagem cerebral em Hyde? Bem, eu estava fula da vida. Graças à isso, ele havia me obrigado a sair com ele nessa quinta.

Eu já disse que eu não falei nada além da verdade! - ela diz como se lesse minha mente.

Eu reviro os olhos.

Tanto faz. Por sua culpa, Hyde quer porque quer sair comigo essas quinta-feira!

Luc me olhou surpreso.

Na quinta?! - ele pergunta surpreso e eu concordo com a cabeça em resposta. - Muito bem Lyne... Você precisa ir. Você precisa ir e diverti-lo muito, tipo, fazê-lo rir. Só assim ele volta ao normal!

Eu olho para ele confusa. O quê? Luc era louco também?

Do que você está falando? - eu pergunto assustada.

Uma pesquisa realizada no Japão mostrou que rir alivia o estresse. É disso que Hyde precisa nessa quinta-feira!

Eu acho que essa é uma ideia absurda. Por que sou eu quem precisa “desestressá-lo” quando ele tem um bando de garotas que fariam isso de bom grado? Fácil, porque – por alguma conspiração cósmica – ele havia cismado que “gostava de mim”.

De toda forma, o que Luc disse faz sentido. Era óbvio que, por algum motivo desconhecido, Hyde estava nervoso com alguma coisa (ele estava até fumando com mais frequência do que eu já tinha visto). Mas não entendo porque eu deveria me meter nisso. Eu não me importo com ele. Emporto-me?

Pensei na vez que ele me consolou na festa.

Mesmo acabando por me levar à bebedeira naquela noite... Eu tinha que admitir que ele havia sido muito... “surpreendente” não rindo de mim nem fazendo graça sobre o meu dedo podre. Acho que devia uma a ele.

.

Eu posso fazer isso – Tento me convencer enquanto visto uma roupa comum (ele não me disse onde me levaria). - É só o Hyde Mandão e eu... Num encontro.

A última parte me desesperou.

A palavra “encontro” fazia uma ligação com a palavra “relacionamento” e eu tenho tempo de vida o suficiente para saber que “relacionamentos” nunca são bons... Para ninguém. Vejam meus pais! Minha mãe abandonou a família e fugiu de casa! Enquanto eu própria... Parece que eu não nasci para ter um namorado – fato.

Eu não podia sair com Hyde.

Além de ser estranho, iria ser insuportável. Não concordávamos em nada e acabaria passando a noite toda com brigas e provocações. Seria melhor dispensá-lo... É, eu faria isso. Ele não pode me sequestrar, pode?

Lyne! Aquele cara tá te esperando lá em baixo! - Fred avisou atrás da porta do banheiro sem esconder a surpresa na voz.

Perguntei-me o que um irmão razoavelmente rico fazia ainda morando casa que eu dividia com a minha amiga. Era desagradável ter Fred por perto e não era só porque ele dava em cima de Clarice direto, ou porque ele era o único homem num apartamento de dois quartos entre duas garotas.

Acodei-me com o pensamento de que naquela noite ele iria se encontrar com um corretor para ver uma casa nova e uma loja.

Quando eu saí do banheiro para encarar o seu rosto surpreso e depois fuzilar Clarice que estava sentada no sofá, esperando por Luc (os dois também iam sair hoje). Lembrei-meque ela passou a tarde toda “tentando me fazer ver o óbvio: que Hyde e eu nascemos para ficarmos juntos”.

Você provocou isso! - eu a acusei.

Eu não fiz nada. Fui só uma psicóloga. Ele concluiu isso sozinho! - ela respondeu.

Eu revirei os olhos.

Eu vou lá dispensá-lo – eu digo pegando o meu casaco.

O quê?! Ah, não! Lyne... - Eu fui embora.

Peguei o elevador, odiando o como seues espelhos um de frente para o outro criava reflexo de vários espelhos. Os japoneses acreditavam que isso era uma porta para outra dimensão. Alguns acreditavam que essa dimensão podia ser o inferno, ou somente um mundo paralelo e confuso.

Quando eu saio, eu cumprimento o porteiro e vou para a rua.

Hyde está encostado na sua moto, vestindo aquele casaco de couro com uma camiseta branca e justa por dentro, calça jeans preta e botas de motoqueiro também pretas. Há algo de estranho e distante no seu olhar.

Hyde, eu não vou com você – eu começo.

Ele me olha com diversão e um sorriso provocativo surge em seus lábios. Como se ele achasse engraçado eu achar que tinha alguma escolha. Querendo me proteger e demonstrar que eu estava infelexível, eu cruzei os braços.

Por que para você é impossível cogitar em sair comigo? - ele perguntou cruzando os braços também.

Não sei... Por que eu não quero confundir as coisas? - minha resposta soa como uma pergunta, e isso me irritou.

Mais confusas do que já estão? - ele pergunta com sarcasmo, puxando um cigarro.

Era verdade. Até eu estava confusa agora.

Não bastava eu ter sido dispensada por um cara gay, e estranhamente ter sido consolada por Hyde; eu ainda tinha que ficar bêbada e ter trocado uns amassos com ele. O cara deveria ser só o meu “melhor amigo insuportável” e não algo como “amizade colorida insuportável”.

Ao me lembrar disso, percebo que eu devia alguns pontos a ele.

Já estava meio tarde para não confundir as coisas.

Não sabia que você fumava – eu mudei de assunto.

Ele olha para o cigarro em sua mão.

Eu não fumo sempre. Só quando estou nervoso – ele explicou.

Concordo com a cabeça; entendendo o que ele querai dizer. Tinha muita gente que fumava quando fica nervosa. Esse era o priemeiro passo para ficar viciado em cigarro. Eu odiava admitir isso, mas isso de certo modo combinava com Hyde.

Eu puxei o cigarro da sua mão e joguei no chão.

Não fume na minha frente. Acho nojento – eu mandei. Aproveitando para encontrar a caixa no seu bolso dianteiro e jogar no lixo ao lado do meu prédio. - Não tem nada pior do que falar com alguém que cheira a cigarro... Depois, você sabe o que dizem sobre isso? Tenho certeza que a sua fama iria por àgua abaixo depois dessa.

Ele me olhou com choque e incredulidade. E riu.

A garota que não quer nem sair comigo está preocupada se eu fico ou não “ativo”?

Dou de ombros.

O que eu posso fazer se eu tenho essa “tensão sexual mal resolvida” por você? - eu respondo com falsa inocência.

Ele riu novamente e parece bem mais leve. Os japoneses sabem do que falam!

Você está flertando comigo – ele alertou.

Não. Eu não estou flertando com você. Eu estaria se dissesse: “e aí gato de couro? Você vem sempre aqui?”.

Se eu quiria pagar mico, eu atingi o meu objetivo agora. Atingi ao máximo da minha cota de pagação de mico. Foi tão ridículo que ele riu.

Essa é a sua melhor cantada? Para começar, mais ninguém fala “gato” hoje em dia, depois, perguntar “você vem sempre aqui?” é a coias mais ridícula que pode fazer – ele me critica.

Cruzo os braços, um pouco irritada.

Então faça algo melhor! - eu mando.

O sorriso se desfaz de seu rosto com rapidez. Ele segurou o meu rosto pelo queixo e, olhando-me intensamente, diz:

Você não faz ideia... do quanto eu sinto... ciúmes do seu travesseiro, porque toda noite você dorme abraçada nele – ele diz pondo intensidade em cada palavra.

Quando você pensa em Hyde sentindo ciúmes de um travesseiro, a ideia é totalmente ridícula. Mas quando ele diz daquela forma, pondo daquela maneira e com aquelas palavras... Isso soa tão amável! Os pelos do meu corpo eriçaram e acho que ele percebeu isso.

Como você...

Experiência - ele responde se afastando. - As mulheres naturalmente se acham mais esperta que os homens, então enfatizar “não faz ideia” faz com que pareça que é algo tão grande que nem mesmo elas são capazes de pensar... Enquanto ao enfatizar o “sinto” é algo haver com a questão emocional que tanto as toca.

Eu concordo lentamente com a cabeça. Entendendo o ponto. De repente, eu me toco de que nunca devo acreditar em um flerte de Hyde. Todas as palavras dele eram friamente calculadas para mexer com o sentimental de uma garota.

Então... Para onde vamos hoje? - eu perguntei.

Então você mudou de ideia? - ele perguntou achando engraçado. - Achei que você tivesse medo de “confundir as coisas”.

Admitamos que elas já estão confusas – eu digo. - Além disso, por algum motivo, Luc contou-me que você tem andando com E. S. M. esses dias. Seja lá o que isso seja...

Ele fica sério por um instante e volta a cruzar os braços.

E. S. M. ? Ele deu até nome para isso?

O que aconteceu, Harry Deniels? - eu pergunto com o meu melhor olhar de “I'm so curious, yeah!”. - Você está estranho essa semana... Para não dizer “mais insuportável do que o comum”.

Ele me olhou seriamente.

Admita que você só está falando isso porque eu te forcei a fazer algo do qual você não queria – ele disse.

Talvez – eu respondo incerta. Tinha certa lógica o que ele disse.

De fato, para começar eu não gostava de pessoas mandando em mim. Principalmente quando essa pessoa se tratava de Hyde, que é alguém a quem você estende a mão e já quer o braço, como diz o ditado. Mesmo assim, sinto que há algum tempo, talvez no dia da festa, ele não estava muito bem.

Naquele momento, ele suspirou e pôs as mãos no bolso da jaqueta.

Sabe... Quando algo de ruim acontece num dia que devia feliz... E, quando esse dia chega, você não consegue sentir a mesma feliciadade que sentia antigamente porque agora ele perdeu todo o significado para você e te lembra só coisas tristes? - ele tentou.

Eu não entendi o que ele quis dizer.

Seu texto verbal está me parecendo uma das porcarias filosóficas que eu odeio.

Desculpe... Acho que não entendi – eu respondo.

Ele revira os olhos e vejo um sorriso triste brotar nos seus lábios. Ele me passa um capacete fazendo um gesto para que eu esquecesse.

Deixa para lá. Eu te explico mais tarde – ele responde. - Temos um lugar para irmos agora e vai ser, mais ou menos, uma viagem longa.

Eu ponho o capacete e monto atrás dele na moto. Depois que eu já estava um pouco mais confiante de que ele não ia me derrubar – e que a sensação de se sentir voando (literalmente) era melhor e menos assustadora do que parecia – eu já não tinha mais tanto medo de uma moto... Nem de Hyde.


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