Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 1
Capítulo 1 - Morte aos Homens!


Notas iniciais do capítulo

Não posto sem reviews!

Espero que gostem!

Beijos,

Miss Trublion.



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Capítulo Um – Morte aos Homens!



Eu vi as gêmeas Triss e Liss quase matarem uma à outra.

Não somente eu, mas todo os que estavam no refeitório viram. Afinal, era difícil comer sem prestar atenção às gêmeas univitelinas, loiras e peitudas brigando por entre as mesas e cadeiras. Acho que os garotos devem ter realizado seus sonhos naquele momento, e as namoradas devem ter ficado indignadas pela falta de pessoas com vontade de apartar a briga.

E tudo por culpa de um garoto: Matthew Uppington.

O dito cujo, estava parado em um canto... Rindo! Com o ego inflado por ter dormido com uma e depois com a outra e agora vendo as duas brigarem para ficar com ele. Mal elas sabiam que ele estava pronto para dispensar quem quer saia viva dali. Para ele tanto fazia, já que não fazia diferença de quem era quem.


– Não foi assim que eu imaginei que seria entrar para a faculdade – confessei a Clarice, minha melhor amiga, quando deixamos o refeitório para não sermos testemunhas de um assassinato. - Imaginei que os garotos fossem mais maduros, mas continuam uns idiotas!

Ela riu concordando com a cabeça.

– Acho que eles só crescem e viram aqueles homens bonitos depois que começam a trabalhar – ela murmurou para mim. - Mas todo homem adora ver mulheres brigando por eles.

Revirei os olhos.

Correção: oscanalhasadoram ver mulheres brigando por eles.

– Mas pensando pelo lado positivo, ao invés de ser elas, poderia ser você! - ela continuou enquanto nos dirigíamos à nossa sala de aula. - Lembra-se de o como ele te dava bola quando você chegou aqui?

Senti calafrios. Ah, se me lembrava.

Esse garoto me perseguiu para tudo quanto era lado, o que gerou muito falatório, pois sou somente uma caloura ainda. No entanto, aos poucos ele foi percebendo o como eu era um saco e me deixou em paz. É. Eu não faço o tipinho dele. Para começar, não uso decotes na universidade, não fico bajulando-o e preferiria ficar trancada em um quarto com livros do que com ele em seu quarto!

– Ainda bem que eu não dou confiança para esse tipinho – eu respondi entrando na sala de biologia avançada. - Ele é ridículo e...

Parei porque eu percebi que falava para o nada.

Quando entramos na sala de aula, Clarice sorria e piscava para Luc, um garoto que vinha paquerando ela há uma semana. Quer dizer, ele nunca chegou até ela e disse um “oi” (pelo o que eu saiba!), somente fica olhando com um olhar estreito que o faz parecer ter um problema de vista e um sorriso de canto.

E eu começo a acreditar piamente que ele tenta ser como Edward Cullen.

Sinceramente, eu não sei qual é a qualidade que atraí Clarice para esse tipo de cara. Afinal, o garoto é um delinquente! Tem o corpo tatuado, a cabeça raspada, um corpo grosseiro e musculoso e dirige a sua moto ou carro como um louco!

Revirei os olhos e a puxei para que nos sentássemos no nosso lugar quando um idiota passou por entre Clarice e eu, esbarrando-se em nós, e quase nos derrubando no chão. Oh, e era Hyde! Um amigão de Luc! Outro louco, rebelde sem causa.

– Ei! Sua mãe não te deu educação, não?! - briguei irritada.

Eu odiava homens! Ah, como odiava!

Acho que isso tem algo haver com o pai bêbado e os meus irmãos briguentos que eu tive, os quais eu deixei para trás ao vir para essa universidade. A verdade era que eu nem hesitei em escolher a mais distante de onde eu havia nascido. Assim, eu não precisaria ir visitá-los todo o fim de semana e só nos feriados prolongados.

Ele olhou para mim como se eu fosse pouca coisa e, ao invés de responder “desculpe”, ele apenas deu um sorriso debochado e disse:

– Não. Minha mãe não me de educação.

E foi se sentar ao lado de Luc. Fazendo aquela saudação muito estúpida de tentar dar uma chave no pescoço do outro. Homens! Quando não pensam em briga, pensam em sexo. E isso é minha experiência falando.

– Liga não, Lyne. Luc disse que Hyde sempre foi muito grosseiro com todo mundo – ela disse me puxando para a minha cadeira ao lado da sua.

– Luc disse? Desde quando você fala com esse tipo de cara delinquente?! - perguntei irritada. - Espere, isso tem algo haver com a vez em que eu fiquei te esperando durante meia hora ao lado do seu carro?!

Clarice mordeu o lábio e deu um sorrisinho, desculpando-se.

Fui traída pela minha amiga?

– Desculpe-me, Lyne. É que... Tyler estava me enchendo o saco, de novo, quando eu saía da aula de cálculos e Luc meio que deu um chega para lá nele. Conversamos um pouco e ele disse:“Sei cuidar desse cara porque Hyde é meio grosseiro como ele” -ela explicou.

– Tyler deu em cima de você de novo?! E a senhorita quer me explicar onde foi parar o nosso pacto de contar tudo uma a outra? - perguntei irritada.

– Ai, eu só não contei porque você é como um chihuahuazinho nervoso! - ela exclamou. - Você é muito metida à valentona para o seu tamanhozinho de um metro e meio, Madelaine! Você iria querer puxar Tyler para dar um acerto de contas como você fazia com os seus irmãos! Mesmo eles sendo mais velhos!

Fiquei brava e cruzei os braços com força. Irritada.

Ela também não ia perder aquela briga, cruzou os braços dela e virou o rosto para o outro lado.

Mas eu sabia que bastaria Clarice me pedir um marcador durante a aula para voltarmos a ser amigas. Éramos como irmãs e brigávamos por coisas bobas, mas, ao fim do dia, sempre voltávamos rindo e cantandoVivre à En Creverno seu Shelby velho e de segunda mão; em direção do apartamento que dividíamos.

E foi o que aconteceu. Ao fim da aula, já havíamos voltado a ser amigas inseparáveis.

Quando acabou a aula de Biologia, tivemos que nos separar. Eu tinha aula de anatomia, pois eu havia decidido fazer medicina, enquanto Clarice ainda não sabia o que ia fazer, então ela fazia aula de tudo um pouco para saber do que ela mais gostava.

Minha maior surpresa, no entanto, foi quando Luc chegou até ela, sem se intimidar com a presença do “chuauazinho nervoso” aqui.

– Oi, Clarice – cumprimentou-a parando na frente dela. No nosso caminho e no caminho do nervosinho número dois, Hyde.

– Luc! Oi.

Anotei mentalmente que eu tinha que dar uma aula para ela. Seu tom não soou natural.

– Ér... Aquele filme francês que você disse que queria ver está passando, então eu pensei se você não iria querer assistir comigo esse sábado – chamou ele.

Revirei os olhos, sem saber como Clarice podia gostar tanto de filmes bobocas franceses. Tudo para ela era francês e ela (por algum motivo desconhecido) os achavam muito elegantes. Mas devemos admitir que, os filmes produzidos na Europa, são quase pornôs.

Porém, resolvi me preocupar ao ver que o tom de voz dele soou tão natural e sem medo algum. Quantas garotas será que aquele cara já havia chamado para sair antes? Quantas garotas com amigas nervosas aquele cara já havia chamado para sair?

Eu sorri ao ver que Clarice se lembrou do nosso outro pacto.

– Desculpe-me, Luc. É que eu e Lyne temos um pacto. Não posso sair em um “primeiro encontro” com um cara se ela não for comigo – ela comentou passando o braço sobre meu ombro.

Eu não saberia dizer se ele ficou chocado ou surpreso. Acho que os dois.

– É que Clarice tem um sério problema com os homens que ela escolhe – eu comentei.

Eué que tenho um sério problema com os homens, Madelaine? - ela desdenhou.

– Bem, eu tenho um sério problema com os homensno geral,você só tem um sério problema com os garotos que você escolhe. Precisa que eu te lembre do Brad, oalcoólatra? Ou quem sabe do Frank,o estrupador? Devo comentar oPsicopata Stuart?

Ela ficou vermelha e acabou tapando a minha boca, quase tirando meus óculos.

– Er... É. Digamos que é mais ou menos isso – ela acabou cedendo. Virou-se para Luc e disse: - Sinto muito.

– E por acaso é ochihuahuazinho nervosoaí quem te defende desses caras? - desdenhou Hyde, soltando um riso de incredulidade.

Eu fiquei com raiva e disse, mesmo que a mão de Clarice ainda estivesse me amordaçando:“escute aqui moleque, é melhor não me provocar. Tenho faixa preta em caratê! O que não era bem verdade, pois ela já havia se sujado de vermelho com o sangue de todos os que me irritaram!”.

– Bem... Eu não vejo problemas da sua amiga ir junto. Mas acho que seria chato ela ir sozinha e ficar segurando vela, não é? - ele comentou. - Ela consegue arrumar alguém para ir com ela?

Clarice olhou para mim e eu quase a ouvi dizer um “duvido muito”.

É. Para quê eu queria encontrar um homem para ir comigo? Eles ficariam me adulando só pelo fato de eu estar com vestido!

– Bem, então acho que eu posso pedir para um amigo meu ir também. Assim ela não precisaria ficar sozinha – ele sugeriu dando um meio sorriso para Clarice.

Ela sorriu toda derretida, acabando por soltar a minha boca. Nunca senti tanto nojo da minha amiga. Como ela podia ser tão fraca e se derreter com um sorriso idiota daqueles?!

– Isso seria maravilhoso! - ela exclamou.

– Então eu pego vocês às sete horas? - ele sugeriu.

– Meu filho, você não vai pegar nada antes da sobremesa. E muito menos nós duas! Pode ir tirando o cavalinho da chuva! - eu briguei e, Clarice voltou a tapar a minha boca.

– Lyne, assim você me envergonha – ela murmurou para mim.

Dei de ombros. Ela me conhecia. Sabia que eu era assim: com problema para manter a boca fechada quando eu ficava indignada com algo.

Luc, no entanto, riu e disse:

– Gostei da sua amiga. Vejo vocês mais tarde, então.

Ele passou, e quando Clarice ia passar à frente de Hyde, eu segurei o seu braço.

– Clarice, que falta de educação é essa? Já não te disse que deve serprimeiro as damas? - provoquei. - Ou quer queelate derrube desta vez?

Hyde olhou para mim com um ódio contido, mas seguiu o seu amigo.

– Você é incorrigível, Lyne – ela disse rindo. - Acho que ele pensou em vinte maneiras de te assassinar agora.

Dei de ombros.

– Fazer o quê? Eu sou assim! Vamos. Já estou atrasada para a aula de anatomia. Medicina não é fácil!


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Notas finais do capítulo

Chihuahua é aquele cachorrinho pequenininho.



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