Never Forget You escrita por KaahEvans


Capítulo 8
Melhor para quem?


Notas iniciais do capítulo

Heeey meninas *-*
Então, estou passando muuuuuito mal, mas vim aqui postar um capítulo novinho pra vocês!
Espero que gostem e me desculpem pelos erros de ortográficos.
[aaa] Quero agradecer e dedicar esse capítulo para a ThaySalvatoreCullen que recomendou a fic! Obrigado pela indicação, liinda!
E também dedico para a Cicy Cullen ... essa chata que adora bancar a cupida pra cima de mim .. rún (tô de olho em você)
Curtam o capítulo ..



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Rosalie foi a primeira a sair do transe e perguntou algo que só ela não sabia.

- Qual o seu sobrenome?

Bella não estava entendendo nada, mas deu de ombros e respondeu.

- King. Isabella King!

Rosalie POV

Se eu pudesse chorar, estaria em prantos agora. Eu mal podia acreditar no que via, ainda mais com a ardência das lágrimas acumuladas em meus olhos. Lágrimas que nunca poderão ser derramadas.

Eu não acreditava no que estava acontecendo. Aqui a minha frente era a Bella. Minha pequena Bella.

Eu sempre sonhei com o dia em que nos encontraríamos, mas eu nunca poderia imaginar que a emoção de olhar naqueles olhos castanhos outra vez fosse tão intensa.

Eu queria falar algo, queria abraçá-la, mas não conseguia me mover. O que uma mãe poderia dizer a sua filha depois de mais de setenta anos separadas? Eu não tinha a menor idéia.

Eu abri minha boca algumas vezes, mas nenhum som saía.

Bella olhava para todos com a expressão confusa. Ela provavelmente pensava que éramos loucos. Ninguém havia despertado ainda, todos estavam perdidos em seus próprios pensamentos.

Eu queria contar a ela quem eu era. Queria que ela soubesse o quanto eu estava arrependida por ter dito aquelas coisas horríveis há ela décadas atrás, mas como eu diria isso? Como eu contaria que era a mãe que supostamente a odiava?

- Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – Bella praticamente exigiu. Ela não estava com raiva pelo nosso silêncio, só estava confusa e curiosa.

- Bella. – foi a única coisa que eu consegui dizer depois de abrir a boca tantas vezes. Ela me olhava com uma sobrancelha erguida, esperando que eu contasse o que estava acontecendo. Ela tinha que saber que eu era sua mãe. E isso tinha que ser dito agora. Mas antes que eu pudesse dizer algo Edward levanta-se e para na frente de Bella, ficando de costas para mim e tapando-a de minha vista.

- Não é nada Bella! – Edward falou e deu de ombros. – Todos ficaram surpresos com a coincidência. Rosalie também morava em Rochester. É só isso! Venha. Vou te mostrar o resto da casa. – Bella não parecia muito convencida pela história que Edward contou, mas concordou com um encolher de ombros. Ele pegou a mão dela e a guiou até as escadas.

COMO ASSIM NÃO ERA NADA? Essa informação mudaria completamente tudo em minha vida a partir de agora. Ela precisava saber.

Enquanto subia as escadas Edward me lançou um olhar que dizia claramente que ele estava com raiva. Qual era o problema desse idiota? O que ele estava armando e por que não queria que eu contasse a ela?

- Rosalie. – olhei para Carlisle e esperei que ele falasse. – O que pretende fazer?

- Não acho uma boa idéia conversar aqui. – Alice falou lançando os olhos até as escadas antes que eu pudesse falar algo. Carlisle assentiu concordando com ela.

- Reunião de família mais tarde. – Carlisle mexeu a boca sem fazer nenhum som, mas todos entenderam e assentiram com a cabeça.

- Eu preciso sair um pouco. – falei com o olhar um pouco perdido. Não estava conseguindo processar nada direito. Era muita coisa na minha cabeça.

- Eu vou com você ursinha! – Emmett me seguiu até a porta e eu corri para fora o mais rápido que pude, deixando-o para trás.

Depois de vários minutos correndo parei me jogando contra uma árvore e sentando no chão da floresta. A árvore se inclinou um pouco para trás, mas continuou de pé. Alguns segundos depois Emmett chegou e parou a minha frente.

Ele ficou parado e em silêncio, sem fazer nenhum ruído. E eu agradeci por isso. Precisava de um pouco de silêncio, um pouco de paz. Eu não queria que Emmett tentasse me animar, pois sabia que com meu humor acabaria dando um fora nele.

Suspirei pesadamente balançando a cabeça. Por mais que eu quisesse mudar o rumo dos meus pensamentos não conseguia, parecia impossível desviar minha mente do que aconteceu mais cedo. O destino era algo tão complexo. Eu procurei por Bella durante tantos anos e nunca consegui nem mesmo uma pista dela, com o passar dos anos desisti de minha busca, mas meu coração sempre se apertava quando eu pensava nela.

FLASHBACK

Eu andava mais uma vez pelas sombras de uma das escuras ruas de Nova Iorque. Era engraçado pensar que foi em uma dessas que eu morri e renasci em uma vida completamente diferente da primeira. Já fazia três anos que eu não pisava em Nova Iorque, e voltar a essa cidade não me trazia mais lembranças ruins, mas renovavam minhas esperanças de que em uma dessas ruas eu podia encontrar minha filha.

- Isabella! – ouvi uma mulher gritar atrás de mim. Virei-me automaticamente. Era a mesma coisa sempre que ouvia o nome dela.  A ansiedade, a esperança e depois a decepção.

Observei a mulher correr até alcançar a menina. A mulher discutia com a menina em um tom baixo para não ser ouvida pelas poucas pessoas na rua, mas eu podia ouvir tudo, é claro.

- Como você tem coragem de sair na rua com esse vestido horrível? – a mulher ralhou com a jovem que abaixou a cabeça.

A menina era ruiva e tinha os olhos pretos como à noite, seu corpo era meio rechonchudo, mas não deixava de ser bonita.

- Como quer que alguém se interesse por você, já não é tão bonita, e ainda fica colocando esse tipo de roupa...

Eu tinha pena da garota. Eu mesma passei por algo parecido com minha mãe antes de Isabella nascer. E também tive pena dessa senhora. Se ela soubesse como é a sensação de perder um filho...

Já haviam se passado 13 anos desde que fui transformada. 13 anos sem ver a minha filha. Era inexplicável o sentimento de perda que eu sentia desde a fatídica noite em que Royce me estuprou.

Quando acordei de minha transformação eu só podia sentir ódio por Royce e esse ódio me fazia enxergar tudo vermelho, depois de alguns minutos o ódio foi substituído por desejo de vingança. Meses depois quando finalmente me vinguei de Royce minha única preocupação era procurar Bella.

E eu ainda estava procurando, mas a cada ano que passava minha esperança ia se esvaindo e agora, uma década e três anos depois eu estava aqui de volta à cidade que só me fazia lembrar o quão desgraçada minha vida é – como se eu pudesse esquecer –, só para procurar minha menina. E mesmo com pouca esperança eu não desistiria. Eu a procuraria até encontrá-la.

Caminhei na velocidade humana até a casa dos Cullen. Eu ainda não conseguia dizer que aquela era minha casa, mesmo depois de tantos anos.

Logo avistei a frente da casa. Estranhei na hora quando vi Emmett e Edward parados ao lado da porta de entrada. Os dois estavam em silêncio, observei que Emmett trocou de pés desconfortavelmente quando me viu caminhando até eles. Edward mal olhou para mim, passei por ele o ignorando completamente e parando na frente de Emmett.

Enlacei o pescoço de meu amado marido e o beijei na frente de Edward. Eu sabia o quanto ele ficava desconfortável com isso, eu não sei por que, mas adorava irritá-lo.

Abri um de meus olhos e sorri contra os lábios de Emmett ao ver Edward fazer uma careta e desviar o olhar de nós dois.

Desvencilhei-me de Emmett e meu sorriso morreu na hora. Emmett estava sério, o habitual sorriso bobo que acentuava suas covinhas tinha sido substituído por uma carranca. Isso não era bom.

- O que aconteceu meu amor? – perguntei olhando em seus olhos, mas quem me respondeu foi Edward.

- Rosalie. Acho que devemos entrar, Carlisle quer falar com você. – disse sem emoção.

Edward passou por nós e entrou na casa. Olhei para Emmett, mas ele continuava com o semblante sério, então ele colocou a mão nas minhas costas e me guiou até a porta da frente. Sentamos no sofá, Carlisle estava de pé ao lado de Esme bem a minha frente e Edward estava em um canto atrás de mim e de Emmett.

- Rosalie. Eu gostaria de falar com você sobre algo. – Carlisle se pronunciou. Notei que Esme apertou seu braço quando ele deu um passo se aproximando de mim.

- Fale Carlisle. – falei sem emoção. Se eu tinha aprendido algo em todos esses anos sofrendo em silêncio, era esconder minhas emoções.

- Querida, não queremos que fique chateada. Sabemos o quanto isso é importante para você. – Esme falou um pouco temerosa. Eu não estava entendendo onde eles queriam chegar, mas não estava com paciência para ser enrolada.

- Falem logo o que querem! – falei em um tom um pouco rude, mas não importava. Todos sabiam como eu era e nada me faria mudar.

- Acalme-se! – Carlisle falou calmamente. Eu já cheguei a pensar que nem se vampiros sádicos ameaçassem arrancar sua cabeça Carlisle levantaria a voz. Ele sem duvidas era a pessoa mais calma que eu conhecia.

- Então? – falei mais calma agora.

Carlisle abriu a boca para falar, mas foi interrompido por Edward.

- Rose, eu acho... – ele trocou um olhar com Carlisle e se corrigiu. – Nós achamos que já está na hora de parar.

Olhei atônita para Edward. Eu acho que não entendi o que ele quis dizer. Ele não poderia estar dizendo o que eu estava pensando que ele estava.

- É exatamente isso Rosalie. – ele respondeu meus pensamentos em voz alta. – Achamos que deve parar de procurá-la.

Eu queria gritar com ele e dizer que nada disso era de sua conta, mas antes que pudesse fazer algo Carlisle começou a falar novamente.

- Rose, todos nós conversamos e achamos que isso é o melhor para você. – fiz uma careta para ele. Ninguém aqui tinha o direito de opinar sobre minha vida.

- É claro que temos o direito Rosalie. – Edward disse ferozmente. – Somos sua família, devemos cuidar de você.

- Eu não preciso que ninguém cuide de mim. – me levantei e andei a passos largos até ele.

- Você não pode me impedir. – apontei o dedo indicador na cara dele. Edward não respondeu, mas me deu um sorriso torto que me deu vontade de vomitar.

- Rosalie. – Carlisle se aproximou de nós e se postou ao lado de Edward e colocou a mão no meu ombro. – Querida, é o melhor!

Eu não agüentava mais essa frase!

- É o melhor para quem? – gritei me virando para encarar Carlisle. – Para você ou para o Edward? A vida é minha e ela é MINHA filha! Vocês não podem me obrigar a parar de procurá-la! – Carlisle não demonstrou nenhuma emoção enquanto eu gritava, mas eu podia ver em seus olhos que ele me entendia... Mais do que se pudesse ler minha mente.

Edward bufou quando ouviu meus pensamentos.

- Ursinha... Não queremos te obrigar a nada! Só achamos que é melhor parar de procurar agora. Já se passaram 13 anos Rosalie. Ela provavelmente nem está viva. – me encolhi diante as palavras de Emmett. Ele não as disse de forma dura, mas sim de um jeito doce que ele sabia que sempre me acalmava. Não dessa vez.

Só de pensar que ela poderia estar morta... E que era tudo culpa minha...

- Eu preciso sair um pouco. – e corri para fora de casa. Por que era isso que eu sabia fazer quando algo me afetava... Eu fugia.

Parei em uma clareira e desabei no chão soluçando em seco. Minutos depois Emmett me encontrou. Ele não disse nada. Só me segurou e isso bastava.

Quando voltei, a primeira pessoa que encontrei foi Esme. Me aproximei dela e perguntei:

- Acha que estou errada em procurá-la? Acha que devo parar? - ela me olhou com seus doces olhos dourados e respondeu:

- Eu não pararia se fosse você! - sorri para isso, mas meu sorriso morreu quando ela continuou. - Mas é o melhor!

E foi nesse dia que desisti de procurar minha filha. Foi nesse dia que desisti de viver, e continuei existindo.

FLASHBACK OFF

- Rose. – Emmett tocou meu ombro para chamar minha atenção. O olhei pelo que parecia a primeira vez desde que chegamos aqui, mas na verdade eu estava olhando para ele o tempo todo.

- O que vai fazer em relação à Bella? - perguntou baixinho.

Suspirei pesadamente e desviei o olhar. Por um momento eu queria esquecer tudo o que estava acontecendo. Parecia ser algo feliz, mas eu estava com medo. Medo de ser rejeitada por ela. Depois de tudo o que eu fiz, isso seria muito justo.

- Eu não sei. – respondi com um suspiro. – Não tenho a menor idéia.

- Vamos resolver isso! – falou pegando minha mão.

Olhei para nossas mãos juntas e conseqüentemente vi as horas em seu relógio de pulso.

Já estávamos há uma hora aqui? Parecia que só haviam passado alguns segundos.

- Devemos voltar. Acho que Carlisle quer falar com todos nós. – falei me levantando. Ele copiou meu movimento e logo estávamos correndo pela floresta de volta a casa.

----

Passamos pela porta e dei logo de cara com Edward parado ao lado de Carlisle. Não havia nenhum sinal de Bella na casa, ela já havia ido embora, agradeci mentalmente por isso. Era verdade que eu queria passar um tempo com ela, mas com ela longe eu teria tempo para pensar melhor.

Levantei meu queixo e soltei minha mão da de Emmett. Aproximei-me lentamente e fiquei cara a cara com Edward.

- Por que não me deixou contar a ela? – exigi uma resposta. Seu olhar no meu não vacilou, ele não se sentia ameaçado. Nenhum de nós piscava, a tensão na sala era palpável.

Senti uma mão apertar meu ombro, reconheci como a de Jasper, já que instantaneamente uma névoa de calma me tomou.

- Reunião de família... Agora! – Alice falou um pouco desanimada. Isso não era bom.

Seguimos todos juntos para a sala de jantar e sentamos na grande mesa que havia bem no centro.

Olhei para Edward novamente que estava sentado bem a minha frente na mesa e comecei a falar.

- Por que você não me deixou contar que sou mãe dela? – falei cada palavra pausadamente, tentando controlar minha raiva.

Todos estavam olhando para Edward agora, mas ele não mostrava nenhuma emoção em seu rosto.

- É simples. – ele falou olhando de mim para Carlisle, mas depois prendeu os olhos nos meus. – Eu não quero que minha companheira saiba que você é mãe dela.

Por um momento meu cérebro ficou entorpecido, mas quando voltou a seu estado normal eu pensei que poderia ter uma dor de cabeça. E a única coisa sensata que eu podia pensar era:

"MINHA FILHA É SUA COMPANHEIRA?"


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram??? Prometo que o próximo vai ser muito melhor, hein? rs
Será que esse capítulo chega a 50 reviews?? Bem, só vai chegar se as leitoras fantasmas aparecerem né? ¬¬
Beijos e Beijos e Beijos e deixem muitos reviews e recomendações!