Never Forget You escrita por KaahEvans


Capítulo 7
FILHA???


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! tudo bem com vocês??
Vocês sabem que eu amo os comentários que vocês mandam, né? Pois é, eu AMO! Então deixem muitos reviews nesse cap. ok?
Quero agradecer a todas as minhas fies leitoras, que estão aqui comentando em todos os capítulos! AMO VOCÊS SUAS LINDAS ;)
Se o capítulo estiver confuso me falem.. eu tava meio doidona quando escrevi!
Espero que curtam o capítulo!



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Bella POV

Em nenhum momento de minha existência eu imaginei que sentiria algo tão forte como estava sentindo agora. Era um sentimento tão intenso, tão forte. E aconteceu de forma tão repentina que me assustava.

Edward Cullen.

O vampiro vegetariano que não saia de minha cabeça desde que o olhei na aula de biologia.

Foi instantâneo, só um olhar em seus olhos negros e profundos e eu me sentia perdida. Sentia como se nada mais importasse, como se nada de ruim existisse. Naquele momento só existia nós dois naquela sala, sem sede, sem humanos e sem preocupações. Nada disso importava enquanto ele estivesse ao meu lado.

Eu não entendia o que estava acontecendo comigo. Isso era tão confuso. E agora varias perguntas rodavam por minha cabeça...

“Ele sentiu também?” “O que era isso?” “O que eu faria se ele sentisse?” “Por que eu queria tanto que ele sentisse?”

Eu não tinha resposta para nenhuma dessas perguntas. Eu só sabia que eu sentia algo por ele. Algo muito forte!

Depois que ele me defendeu do vampiro loiro esse sentimento desconhecido por mim só pareceu se duplicar se isso fosse possível. Eu não podia negar que fiquei com um pouco de medo do vampiro, ele tinha muitas cicatrizes na face, no pescoço e nas mãos. Um humano só conseguiria ver as cicatrizes dele se chegassem muito perto, e eu tinha certeza que nenhum deles tinha tamanha coragem.  Eu sabia que aquelas cicatrizes só podiam significar que ele era um vampiro experiente no quesito lutar com outros vampiros e eu não seria a idiota a me meter com ele. E quando Edward o enfrentou para me defender eu juro que senti meu coração morto vibrar de alegria.

Quando cheguei a minha casa andei de um lado para o outro na esperança da ânsia que eu estava sentindo passar, mas não foi bem assim. Parecia que a cada segundo que passava eu ficava mais e mais nervosa com o encontro na casa dos Cullen.

Nem cinco minutos se passaram e eu decidi caçar para me distrair um pouco. Corri para a floresta, respirando o cheiro maravilhoso que ela exalava. Parei quando senti o cheiro de três veados do outro lado do rio, mas não eram os únicos seres que estavam ali. Tinha um vampiro próximo a eles. E não era um vampiro qualquer, era o vampiro que não saia de meus pensamentos desde que coloquei os olhos sobre ele.

Observei Edward agarrar e drenar os dois animais e quando ele ia enfiar seus afiados dentes no terceiro eu saltei sobre o rio e parei bem a sua frente.

- Se importa em dividir? – perguntei timidamente.

Eu pensei que estava parecendo uma idiota olhando para ele tão descaradamente. Mas ao ver seu sorriso torto tudo o que eu estava pensando se esvaiu e me encontrei perdida em seu olhar.

Aproximei-me lentamente dele, arreganhei os dentes e os cravei na jugular do animal. Edward ainda o segurava e ficamos assim até que não restava mais nenhuma gota de sangue ali. Edward empurrou o animal para longe e se aproximou ainda mais de mim. Ele estendeu a mão e passou no canto de minha boca, olhei para sua mão e vi que agora ela estava um pouco suja de sangue. Engoli em seco.

Ele estava tão próximo de mim que eu podia sentir sua respiração bater em meu rosto. Seu cheiro era delicioso e senti a necessidade de me aproximar ainda mais.

- Você não deveria andar sozinha pela floresta. Tem muitos perigos rondando por ai. – ele brincou. Sorri irônica.

- Eu sei me cuidar muito bem. – sussurrei o olhando intensamente.

Ele estendeu a mão e fez uma leve carícia em meu rosto. Fechei os olhos para apreciar melhor o toque. Depois de alguns segundos abri os olhos novamente.

Aproximamo-nos ainda mais e antes que eu percebesse estava em seus braços, envolvida em um beijo intenso e cheio de sentimentos que até ontem eram completamente desconhecidos por mim.

Eu me sentia segura agora. Totalmente protegida somente por estar perto dele. Parecia que antes de conhecê-lo existia um vazio dentro de mim, que só agora foi preenchido. E a partir do momento em que nossos olhos se conectaram, Edward se tornou tudo para mim.

Nos separamos e ele colou nossas testas. Permaneci de olhos fechados, mas um leve sorriso descansava em meu rosto. Nunca tinha me sentido assim antes. Tão protegida e feliz.

- Isso é tão forte e eu nem sei o que é esse... Sentimento. – sussurrei e abri os olhos. Ele sorriu e me deu um selinho.

Senti-me tonta de olhar em seus olhos antes pretos, mas que agora estavam de um dourado brilhante. Ele me olhava com um misto de felicidade, insegurança e... Amor?

Era isso... Ele me amava? Mas eu me sentia da mesma forma? Era uma pergunta idiota, é claro que eu sentia a mesma coisa. Eu o amei no segundo que o olhei. Ele se tornou o meu mundo, minha vida, depois de somente um olhar.

As palavras de Thierry sobre seus sentimentos por Jane vieram a minha cabeça me fazendo entender tudo o que eu sentia.

“Isso é tão estranho Bella. Estranho e maravilhoso ao mesmo tempo. Em um minuto eu era simplesmente eu, e no outro eu era dela.”

Agora eu só tinha certeza de uma única coisa: Edward era meu companheiro, e no que dependesse de mim ficaremos juntos por toda eternidade!

Edward POV

Deixei meus irmãos na estrada perto de nossa casa, saí do carro e Alice pegou a condução, já que estava no banco do passageiro.

Corri pela floresta apreciando a sensação de liberdade que vinha com esse ato. Se me perguntassem o que eu mais gostava em ser um vampiro eu diria que era a velocidade.

Parei no meio de um circulo de árvores. Da onde eu estava até podia ver uma ponta do rio ao longe, nenhum humano conseguiria vê-lo. Fechei os olhos e respirei fundo. Apurei meu olfato e audição. Fiquei na mesma posição sem nem me mexer até sentir o cheiro de uma manada de veados ao norte, do outro lado do rio.

Deixei meus instintos dominarem e corri até onde eles estavam. Agachei-me para não ser visto e observei um deles bebendo água do rio enquanto os outros dois estavam parados atrás. Saltei por cima do maior e cravei meus dentes em sua jugular.

 Fechei meus olhos apreciando a sensação do sangue doce e quente descendo por minha garganta. Quando o animal caiu seco aos meus pés levantei meus olhos e arrumei minha postura e saltei no outro que estava logo atrás e bebi rapidamente. Agarrei o terceiro, mas antes que eu pudesse beber dele ouço um pigarro atrás de mim. Parei meu movimento e farejei o ar. Bella.

- Se importa em dividir? – ela olhou para mim por baixo dos cílios e perguntou timidamente. Sorri torto vendo-a se aproximar.

Eu ainda estava atrás do animal o segurando, ele lutava para se libertar, mas é claro que sem nenhum sucesso. Bella veio lentamente até mim, arreganhou os dentes e mordeu a jugular do veado. Ela gemeu enquanto engolia o sangue, engoli em seco por isso. Tudo nela era tão sexy. Mas eu estava muito surpreso pelo fato de ela ter acabado de sugar um animal, e sem demonstrar nenhum nojo pelo gosto.

Quando terminou, ela olhou diretamente para mim. O animal caiu a nossos pés, o chutei para o lado e me aproximei dela. Uma gota de sangue escorria pelo canto de sua boca, mas ela parecia não notar. Lentamente ergui minha mão e passei meu polegar no canto de sua boca limpando-a. Foi à vez de ela engolir em seco.

Nossos olhos estavam presos e parecia não haver nenhuma força na terra que conseguiria desconectá-los. O olhar dela era tão intenso que me vi perdido naqueles olhos chocolate. Nossos corpos pareciam estar ligados, cada movimento que eu fazia ela repetia e era a mesma coisa comigo.

Ela era tão linda, tão delicada... Fiquei pensando na sorte que eu tinha em tê-la como companheira. Mesmo que ela não retribua meus sentimentos, eu faria tudo por ela. Cuidaria dela, e a amaria mesmo que ela não saiba nunca.

- Você não deveria andar sozinha pela floresta. Tem muitos perigos rondando por aí. – eu disse divertidamente. Ela revirou os olhos

- Eu sei me cuidar muito bem! – ela disse sedutoramente. Eu não duvidava disso.

Aproximamo-nos ainda mais, coloquei uma mão na sua cintura e a outra em sua bochecha. Fiz uma leve caricia ali, ela fechou os olhos apreciando o carinho que eu fazia em seu rosto. Aproximei nossos rostos ainda mais, ela sorriu levemente e abriu os olhos só para nos aproximar ainda mais e colar nossos lábios.

O beijo começou calmo e lento. As mãos dela voaram para o meu cabelo fazendo uma caricia que só me deixou ainda mais louco por ela.

Passei a língua em seu lábio inferior pedindo permissão para aprofundar o beijo que foi prontamente concedida. Logo o beijo se tornou ávido e cheio de promessas. Terminei dando castos selinhos em seus lábios.

Encostei nossas testas enquanto nossa respiração se acalmava. Seus olhos ainda estavam fechados, mas um leve sorriso enfeitava seu rosto perfeito.

- Isso é tão forte e eu nem sei o que é esse... Sentimento. – ela murmurou abrindo os olhos para me encarar. Sorri para ela e encostei nossos lábios outra vez por um breve momento.

Ela parecia tão bem em meus braços, como se esse fosse o lugar que ela pertencesse. E eu me peguei desejando que esse momento nunca acabasse. Que ela não me rejeitasse, eu a queria ao meu lado pela eternidade.

Ela pareceu perdida por alguns segundos, o que me preocupou. Ponderei se eu deveria balançar seus ombros para desperta-la de seu transe, mas quando eu ia balançá-la ela apertou seus braços ainda mais no meu pescoço.

 Ela me beijou. Dessa vez era um beijo sensual, mas que não deixava de ser doce. O gosto dela era ótimo. Parecia que estávamos a horas nos beijando no meio daquela floresta e parecia que eu nunca teria o suficiente dela. Separei nossos lábios e minha boca foi direto para seu pescoço, depositei vários beijos lá e fui subindo até chegar a seus lábios novamente.

- Você é meu companheiro! – ela murmurou, mas para ela do que para mim, mas respondi mesmo assim.

- Sim. – eu estava meio temeroso. E se ela me rejeitasse, e se ela já tivesse alguém? Ela comentou que vivia com um amigo na França, mas o que eu sabia sobre o relacionamento deles? Absolutamente nada.

- E o que somos agora? – ela perguntou abaixando os olhos.

Eu pude sentir seu medo e insegurança vazando pelas poucas palavras que ela proferiu. A abracei ainda mais forte lhe passando segurança. Eu não queria que ela se sentisse insegura, eu queria que ela se sentisse confortável comigo e que soubesse que eu faria tudo por ela.

- Nós seremos tudo o que você quiser. Tudo o que precisar. – eu disse com sinceridade. Ela me olhou procurando algo, depois de alguns segundos me avaliando seus olhos brilharam e ela abriu um sorriso lindo. Eu poderia ficar cego com a luminosidade de seu sorriso. Automaticamente retribui com meu sorriso torto.

Andei a levando junto até uma pedra enorme que estava caida bem de frente ao rio, me sentei ali a colocando em meu colo. Ficamos ali sem dizer nada por alguns segundos. Era tão bom estar aqui com ela, sentir que ela estava segura em meus braços.

- Você não me respondeu na aula... – ela quebrou o silêncio.

A olhei com a testa franzida, eu estava confuso sobre o que ela estava falando. Sua cabeça estava encostada em meu ombro, então ela só levando o olhar e sorriu.

- Há quanto tempo tem 17 anos? – ela citou as mesmas palavras que disse na aula de biologia.

- Isso realmente importa?

Bella não parecia ser uma vampira das antigas, na verdade ela agia como se fosse mesmo dessa geração, então supus que ela tivesse sido transformada há pouco tempo. E me perguntei se minha idade não iria incomodá-la. Bem, se eu queria que desse certo, eu deveria dizer tudo a ela.

- Eu nasci em Chicago, em 1901. – parei para ver sua reação.

Ela continuava com a cabeça deitada em meu ombro e não expressou nenhuma reação negativa a minha idade. Ela me pediu para contar como fui transformado, então comecei a contar a história de como Carlisle me encontrou.

- Carlisle trabalhava no hospital de Chicago e me encontrou morrendo de gripe espanhola. Meus pais já haviam morrido da doença, então ninguém sentiu minha falta quando ele me levou para a casa dele e me transformou. Logo depois veio Esme, e alguns anos depois Rosalie e depois dela veio o Emmett. Alice e Jasper foram os únicos da família que não foram transformados por Carlisle. Mas acho que todos eles vão querer contar suas histórias. – ela permaneceu em silencio depois que eu terminei de falar. – E você Bella, como foi transformada?

Ela não olhou para mim, mas eu senti seu corpo estremecer em meus braços.

- Não precisa contar...

- Não. – ela me interrompeu. – Eu quero te contar, só estava pensando na melhor forma. Só vou adiantar que não é uma história muito bonita. – ela falou se ajeitando em meu colo e olhando o rio a nossa frente.

Esperei pacientemente ela começar a contar.

- Não sei por onde começar! – ela suspirou.

- Que tal pelo começo? – brinquei cutucando seu braço.

A verdade era que eu estava um pouco nervoso. Ela parecia um pouco hesitante em me contar, então acreditei quando ela disse que não era uma boa história.

- Tudo começou quando eu tinha quatro anos. Eu não me lembro muito dos meus pais, mas com o passar do tempo as lembranças dos últimos momentos que passei com eles voltaram. Então, eu me lembro de minha mãe dizendo que eu estraguei a vida dela e que seria melhor se eu não tivesse nascido e saiu de casa, depois de um tempo meu pai chegou e me viu chorando na cama dela e disse que isso jamais aconteceria novamente e foi embora.

“No dia seguinte alguém me disse que minha mãe havia viajado, eu não me lembro quem disse, só me lembro que era um homem. Depois disso fui para o jardim, eu estava sozinha em casa com as empregadas, e foi aí que ele me levou.”

Ela parou de contar e fechou os olhos. Eu sabia que agora vinha a parte mais sombria de seu passado. Apertei-a ainda mais em meus braços mostrando que estava aqui para ela.

- Quem te levou? – eu queria dar confiança para ela, mas acho que não deu muito certo já que minha voz estava meio tensa.

Ela respirou fundo desnecessariamente e continuou.

- James... – ela parou novamente e estremeceu. Era como se só a menção daquele homem a trouxesse dor. – ele me seqüestrou. Ele era um vampiro. Nos primeiros anos ele me tratava bem. Ele dizia que gostava de mim e que agora eu era a família dele. As coisas mudaram quando eu fiz treze anos. Foi nessa época que começaram as torturas... Você não vai querer ouvir sobre isso.

- Bella. Eu quero saber tudo sobre você. Tudo! – sussurrei enterrando meu rosto em seu pescoço e depositando alguns beijos por ali.

- Eu não estou pronta! – declarou suavemente abrindo os olhos. Seus olhos castanhos que alguns minutos atrás brilhavam de alegria, agora tinham grossas lágrimas de veneno escorrendo por eles. Isso pareceu despertar um instinto assassino que eu nunca havia sentido antes. Eu deveria protegê-la e eu acabaria com qualquer um que se atrevesse machucar a minha Bella! Limpei as lágrimas de sua bochecha e pedi para que continuasse. – Bem, voltando à história. Quando eu fiz dezessete anos ele começou a dizer que já estava cansado de mim. Que não queria mais brincar com a humana, então me mordeu. Ele drenou boa parte de meu sangue, mas não tudo. Esse pouco que restou foi o suficiente para começar a transformação. Por culpa dele eu me tornei uma humana com medo de minha própria sombra, mas depois que eu acordei... Depois que a dor da transformação passou, todo o medo foi embora e eu prometi a mim mesma que nada, nem ninguém me trataria como algo inferior.

Seu olhar estava distante e perdido. Era obvio que o que ela passou era uma coisa terrível e naquele momento eu prometi que caçaria esse tal James e traria a cabeça para Isabella ver que mais nada poderia machucá-la agora.

- Acho que o mais difícil de tudo foi me separar da minha família. Eu não me lembro nem do nome deles, mas eu sei que meu pai me amava. Bem diferente da minha mãe... Ela me odiava!

- Não. Eu não acredito nisso. É impossivel odiar você! - beijei sua bochecha a fazendo sorrir.

- Vamos mudar de assunto! Toda sua família é vegetariana? - ela perguntou.

- Sim, todos são. - respondi. - E eu fiquei muito surpreso ao te ver beber aquele animal sem se enojar. Ca entre nós não tem um gosto muito bom!

Ela riu alto agora. Eu não entendi por que, mas não podia reclamar. Aquele som se tornou minha melodia favorita.

- Eu não sinto muita atração pelo sangue humano. Tenho um ótimo auto-controle. - ela disse orgulhosa. - Desde que acordei para essa vida bebo sangue animal.

- Quer dizer que você nunca bebeu... ?

- Não. Nunca! E você? - eu estava com vergonha de contar a ela dos meus tempos rebeldes, então decidi adiar ao máximo. 

- Sim. Mas isso é assunto para outra hora. Já está tarde! 

Eu queria poder ficar mais tempo aqui com ela, mas lembrei que deveríamos estar em minha casa daqui a dez minutos. Antes que eu pudesse falar algo ela disse:

- Acho que devemos ir. – ela disse baixinho, como se também não quisesse ir.

Sorri para ela e assenti. Ela se levantou do meu colo e ajeitou seu vestido preto que valorizava e muito suas belas curvas.

- Vamos? – chamei oferecendo minha mão. Ela assentiu e segurou minha mão enquanto corríamos para minha casa.

Paramos em frente a minha casa sem nunca soltar a mão um do outro. Daqui de fora eu já podia ouvir os pensamentos da minha família.

Era tão estranho passar todo esse tempo com Bella, sem ouvir nenhum pensamento. O silencio era bom, mas ao mesmo tempo frustrante. Ela era a única pessoa que eu queria ouvir, por que justo sua mente era um mistério pra mim?

Subimos as escadas lado a lado. A cada passo que eu dava os pensamentos ficavam mais altos.

Alice havia contado parte do que aconteceu entre eu e Bella. Na verdade, pela primeira vez Alice queria que eu contasse a história completa, então ela só falou para todos que “Bella será parte família”. Eu agradeci mentalmente por sua discrição. Não queria que Emmett contasse piadinhas de mau gosto na frente de Bella na primeira vez que ela viesse a nossa casa.

Abri a porta para ela e quando entramos demos de cara com toda minha família espalhada pela sala. Eles estavam espalhados, cada um em um lugar diferente. Mas o olhar de todos estava em nossas mãos juntas.

Os olhos de Esme estavam brilhando de felicidade, percebi que ela estava se controlando para não correr pela sala e abraçar Bella. Eu queria revirar os olhos, mas me contive.

Alice veio correndo e abraçou Bella fazendo-me soltar a mão dela. Perdi o contato na hora. Minha mão parecia tão fria sem a dela.

- Oi Bella! – disse Alice empolgada. – Não tive a oportunidade de me apresentar, sou Alice.

- Oi! – Bella retribuiu o abraço animada. Era só o que me faltava, Bella ficar amiga “intima” da Alice.

- É um prazer te conhecer. Nós seremos grandes amigas! – Alice quase gritou tamanha animação. Revirei os olhos.

- Eu não tenho duvidas! – Bella sorriu brilhantemente.

- Venha, vou te apresentar ao resto da família. – e saiu puxando Bella para longe de mim.

Fiquei parado onde estava fuzilando a parte de trás da cabeça de Alice, até que Bella se virou para mim.

- Você não vem Edward? – ela riu zombeteira. Revirei os olhos para ela e fui até ela segurando sua outra mão. Era só o que me faltava disputar minha companheira com minha irmã.

O sorriso de Esme parecia ser capaz de rasgar seu rosto, mas ela não parecia se importar. Esme se aproximou de nós e abriu os braços para abraçar Bella, mas antes nos deu um olhar para que a soltássemos.

Olhei para Alice esperando ela soltar o braço de Bella primeiro. Ela me olhou de volta e estreitou os olhos sorrindo vitoriosa. Se ela pensava que eu ia ceder...

- Me soltem! – Bella ordenou. A soltamos na hora e ao mesmo tempo. Bella abraçou Esme fortemente. E vi com o canto do meu olho Alice me mandar um olhar sujo. Virei o rosto de volta para Esme e Bella, tratando de ignorar Alice.

- Hey, eu também quero um abraço! – Emmett gritou empurrando Alice do caminho e pegou Bella em um abraço de urso a girando.

- Emmett! – o repreendi quando ele a colocou no chão. Bella não parecia constrangida, então eu relaxei.

- É um prazer te conhecer Emmett! – ela falou e depois se virou para cumprimentar Carlisle.

- É um prazer te conhecer Bella! – disse Carlisle. – Eu ouvi muito sobre você hoje. – seu olhar foi direto para Jasper, e isso não passou despercebido por Bella.

Jasper se aproximou e parou ao lado de Alice, dei um passo à frente ficando ao lado de Bella pronto para defendê-la de Jasper novamente se fosse preciso.

- Está tudo bem Edward! – Jasper ergueu as duas mãos na frente de seu corpo. – Eu queria te pedir desculpas pela minha reação no estacionamento da escola. – Jasper falou sinceramente, mas vi pelos seus pensamentos que ele só estava pedindo desculpas por causa de Alice. Jasper odiava admitir que estivesse errado, mas não havia nada que ele não fizesse por Alice.

- Ah, tudo bem. Aquilo não foi nada demais! – eu queria discordar, mas achei melhor ignorar e esquecer o comportamento rude de Jasper.

- Ah, Bella... E essa é a minha irmã, Rosalie. – Alice disse puxando Rosalie para nosso circulo.

- É um prazer te conhecer Isabella! – disse Rosalie que até agora estava calada. – Pode me chamar de Rose.

- Tudo bem. – Bella sorriu. – Me chame de Bella! – Rosalie sorriu e abraçou Bella.

Se eu dissesse que estava surpreso estaria mentindo. Eu estava espantado. Rosalie nunca gostou de alguém assim, logo de cara. Principalmente se esse alguém roubava os holofotes.

“Ela é exatamente como eu imaginei minha filha com essa idade.”

Os pensamentos de Rosalie me fizeram congelar. Bella me disse que a mãe não gostava dela e que ela foi seqüestrada com quatro anos. Seu sobrenome era King, mas era um sobrenome muito comum, não é?Não pode ser. Isso só pode ser coincidência. 

Estávamos sentados no sofá agora. Esme e Carlisle no sofá de frente para o que eu e Bella estávamos, Alice e Jasper estavam em uma poltrona um pouco afastados de nós, mas não muito. E Emmett e Rosalie estavam ao lado de Carlisle e Esme.

- Bem, nós só queríamos pedir que não caçasse humanos na região. Ou então teremos que pedir que saia de Forks, Bella! – Carlisle falou tudo calmamente, mas eu não pude conter o rosnado que saiu de minha garganta. Ninguém tiraria a minha Bella de mim.

- Não se preocupe com isso Carlisle. Eu sigo a mesma “dieta” que vocês! – Bella disse fazendo Carlisle erguer uma das sobrancelhas.

- Bom, sendo assim você é muito bem vinda a se juntar a nossa família. Se você quiser, é claro! – Carlisle convidou-a. Esme abriu um grande sorriso na expectativa de ter mais uma filha. Mas eu não precisava ler a mente de Bella ou de Alice para saber que ela não aceitaria. A expressão em seu rosto mostrava o quanto ela ficou tentada a aceitar, mas não era o que ela queria. Fiquei um pouco decepcionado com isso, mas se era o que ela queria...

- Eu não acho uma boa idéia... Pelo menos não agora, mas eu prometo que vou pensar no assunto!

- Não há problema, querida! Nossa casa sempre estará aberta para você! – Esme falou dando uma rápida olhada para nossas mãos unidas novamente, não tenho certeza se Bella viu isso.

- É Bella... Pense com carinho. A gente não morde! – disse Emmett fazendo todos na casa gargalharem.

Ficamos algumas horas conversando e contando as histórias de como todos foram transformados. Rosalie foi a única que não quis contar. Ela odiava falar sobre isso e evitava o máximo que podia. Eu sabia o quanto era doloroso para ela lembrar o que o noivo Royce a fez, mas para ela era ainda pior lembrar-se do porquê.

Rosalie passou seus primeiros anos como vampira em uma busca incansável pela sua filha, também Isabella. Se Rosalie pudesse mudar uma única coisa sobre seu passado seria o modo como tratou sua filha.

- Quando foi transformada?

- Onde você morava antes de te raptarem?

- Quantos anos você tinha quando ele te pegou?

Bella tinha acabado de contar sua história, ela tinha ocultado algumas partes que tinha contado para mim, como as palavras que sua mãe disse antes de ir embora e sua idade quando foi raptada.

- Calma. Um de cada vez! – ela riu levemente. – Bem, eu fui transformada em 1946, eu tinha 17 na época. Eu tinha quatro anos quando James me pegou e eu morava em Rochester.

Todos na sala congelaram. Ninguém conseguia nem mesmo respirar depois do que Bella disse. O silêncio na sala era quase sufocante, por um minuto eu não ouvi absolutamente nada, nem os pensamentos dos meus irmãos ou dos meus pais, e depois parecia que todos estavam gritando de uma só vez, coisas sem sentido e desconexas.

“Eu não acredito que não vi isso antes! É claro que eu sabia que ela seria importante para nossa família, mas pensei que fosse por causa do Edward...”

“Oh, minha querida Rose. Tanto tempo sofrendo e se culpando e agora depois de décadas encontrou o que ela sempre procurou!”

"Impossivel"

"Espere. Espere. Se Bella for realmente filha de minha Rose... Eu sou o novo papai urso dela? LEGAL!"

"De fato elas são muito parecidas fisicamente. Apesar de Bella ter muito  seu pai, a boca definitivamente é igual a de Rosalie."

Os pensamentos mais altos daquela sala eram os de Rose.

“NÃO PODE SER! NÃO PODE SER! NÃO PODE SER VERDADE! Depois de todo esse tempo. Eu já havia até aceitado que ela havia morrido, mas agora ela aparece aqui! Não Rosalie, não crie esperanças, pode não ser ela e você vai se decepcionar outra vez!”

Rosalie foi a primeira a sair do transe e perguntou algo que só ela não sabia.

- Qual o seu sobrenome?

Bella não estava entendendo nada, mas deu de ombros e respondeu.

- King. Isabella King!


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Então , gostaram?? Espero que sim!
Então meninas, comentem bastante e mandem recomendações.. eu fico super feliz com isso!
Pras meninas que não comentam: COMENTEM!
É sério, eu amo receber reviews, então mandem nem que seja um "gostei do capítulo" ... Ou se não podem comentar , deixem uma recomendação só pra eu saber da existência de vocês!
Então: QUEM QUER MAIS UM CAPÍTULO COMENTA! úhulll *-*
LEIAM MINHAS OUTRAS FICS!
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Wait For You (Bella/Edward/Felix) : http://fanfiction.com.br/historia/265281/Wait_For_You/
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One-shot: Sweet Dreams (Bella/Edward) : http://fanfiction.com.br/historia/271111/Sweet_Dreams/
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Leia esse troço aqui também :) http://fanfiction.com.br/historia/172134/Senti_Saudades/
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Beeeeeeeeijos minhas lindas!