Never Forget You escrita por KaahEvans


Capítulo 11
Lembranças do passado - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Viram? Não demorei pra postar dessa vez! haha
Então espero que gostem do capítulo e se tiverem dúvidas podem me perguntar por review ;D
Quero agradecer a todas que deixaram reviews, recomendaram e adicionaram a fic nos favoritos *-* Obrigada mesmo gente!
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Ah, tá! Quase esqueci! Eu queria indicar essa fic aqui pra vocês, ela é realmente ótima e eu estou apaixonada por ela!
Quem é team Jane Volturi DEVE ler essa fic: http://fanfiction.com.br/historia/257365/Os_Frios_Tambem_Amam/
NÃO ESQUEÇAM DE LER AS NOTAS FINAIS!



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No capítulo anterior:

Quando o carro parou no estacionamento da escola respirei fundo e fechei os olhos por um momento. Pelo menos por agora eu tentaria esquecer o passado e me concentraria no presente.

– Vamos lá! – Edward pegou minha mão e caminhamos pelo estacionamento em direção ao purgatório. Mais conhecido como escola!

--

Edward POV (Quando ele sai da casa dos Cullen)

Estacionei o carro em frente à casa de Bella. Não foi muito difícil encontrar, ela havia me falado que morava em uma mansão no meio da floresta, infelizmente não era tão próxima a minha casa como eu gostaria.

Encostei-me do lado de fora do meu volvo prata esperando que Bella saísse. Eu podia ouvir o falso som de seu coração em meus ouvidos, isso me fez sorrir. Ela era tão humana, se é que eu podia dizer isso.

Alguns minutos depois ela abriu a porta da casa, parecia meio distraída e sua expressão se tornou de total surpresa quando me viu. Sorri torto, ela retribuiu com um sorriso lindo enquanto se aproximava.

- O que está fazendo aqui? – ela perguntou nunca deixando de sorrir. Ela estava feliz por eu ter vindo.

- Vim te oferecer uma carona pra escola. – meu sorriso vacilou enquanto eu observava seu rosto.

Algo estava errado. Ela tinha aquele sorriso lindo e tímido estampado em seu rosto perfeito, mas esse sorriso não era um dos mais bonitos que eu já vi em seu rosto, isso por que esse sorriso não chegava a seus olhos. Ela estava triste.

- Tem algo errado? – perguntei alerta imaginando milhões de coisas que poderiam ter acontecido com ela.

Um vampiro nômade veio confrontá-la para uma briga. Um humano estava passando por perto e ela perdeu o controle, o sugando até a morte. Ela mudou de idéia em relação a nós dois e agora quer me dizer que vai embora.

Algo na minha cabeça me disse o quão idiota eram todas essas suposições, mas eu não podia deixar de tê-las. Eu estava preocupado com a minha Bella.

- Não há nada de errado, Edward! – ela me tranqüilizou alargando seu sorriso. Minha expressão suavizou um pouco. – Vamos?

- Claro! – abri a porta do passageiro para ela e fui para o lado do motorista. Ouvi o suspiro baixo de Bella e me senti mal por ver que ela não confiava em mim completamente para me contar o que a afligia.

- Não quer mesmo me contar? – insisti um pouco mais. Talvez eu pudesse ajudá-la se soubesse o que a deixava tão triste.

Ela fez uma pausa antes de responder.

- Não é que eu não queira te contar, só... Eu não to pronta! – havia dor em seus olhos e isso fez com que eu ficasse com dor também. Ela era perfeita. Uma garota como ela não deveria sentir nada parecido com dor. Mas o que me chocou mesmo foram as palavras seguintes dela.

- Sabe quando você tem um segredo importante e então você tem que dividi-lo com mais alguém, mas sente que não é o momento certo?

Eu abri e fechei a boca pelo menos três vezes enquanto a olhava embasbacado. Ela simplesmente havia descrito o que eu estava sentindo em relação à Rosalie e ela serem mãe e filha.

Eu tinha quase certeza que estava olhando para ela como um idiota, mas não pude evitar. Ela me olhava desconfiada, então virei-me para a estrada e continuei em silencio, Bella também não fez nenhuma tentativa de conversar e eu agradeci internamente por isso. Eu precisava manter meus pensamentos em ordem.

Eu precisava contar a verdade a Bella o mais rápido possível, eu não agüentava esconder nada dela, era quase doloroso omitir algo tão importante dela. Eu não poderia dizer agora, isso era certo, mas poderíamos adiantar essa conversa o mais rápido possível. Eu conversaria com Alice sobre isso. Alice me mostrou uma visão de Bella indo embora que ela teve logo após Rosalie decidir contar a ela, no momento ela escondeu isso de mim, pois achou que seria melhor me mostrar quando todos já estivessem mais calmos.

Olhei para o lado só para ter a certeza de que Bella ainda estava aqui. Eu fiz isso um monte de vezes enquanto dirigia e sabia que era ridículo, eu podia ouvir o “seu coração” e não havia como ela sair do carro sem que eu notasse.

Estacionei meu carro na minha vaga de sempre e me surpreendi ao ver o BMW vermelho de Rosalie já estacionado ao lado de minha vaga. Pensei que eles demorariam um pouco mais. Dei de ombros e sai do carro, dei a volta para abrir a porta para Bella. Ela parecia mais pensativa do que antes quando saiu do carro.

- Vamos? – perguntei enquanto pegava sua pequena mão na minha. Ela assentiu e vi um flash de determinação brilhar em seus olhos. Ela respirou fundo e sorriu. Parecia que pelo menos por enquanto ela esqueceria aquilo que a deixou mal momentos atrás.

Caminhamos calmamente pelo estacionamento sendo seguidos pelos olhares – e pensamentos – de todos os estudantes. Todos ficaram em silencio quando saímos do carro, acho que estavam em estado de choque. Tive que conter meu sorriso, mas os cantos de meus lábios teimavam em subir. Bella parecia bem com isso. Na verdade ela sorria abertamente mostrando seus dentes perfeitos. Ela definitivamente estava adorando toda essa atenção. De algum modo essa foi uma das poucas coisas em que ela me lembrava Rosalie – além da beleza estonteante. Olhando para Bella agora me fez pensar em como não soube instantaneamente que ela era filha da Rosalie, eu a conheci quando ela tinha quatro anos, pelo amor de Deus. É obvio que ela não era mais uma criança, suas curvas de mulher provavam o quanto ela mudou desde a última vez que a vi, mas mesmo assim ela ainda tinha aquela áurea alegre em torno dela, e me fazia pensar que eu não estava olhando uma garota e sim um anjo.

Flashback on

Arrumei a maleta de Carlisle enquanto ele se trocava no andar de cima. Eu realmente não entendia por que ele estava fazendo isso, ele nunca atendia os pacientes em casa, então por que ele faria isso justamente para aquela família mesquinha dos Hale?

- Eu já lhe disse Edward, Royce King II foi ao hospital essa manhã, ele parecia tão preocupado que eu soube que é realmente uma situação séria. – Carlisle respondeu a mesma coisa pela terceira vez naquele dia enquanto nós caminhávamos para seu carro.

Bufei.

Eu não conhecia os Hale ou os King pessoalmente, mas já nos "esbarramos" por aí. A família Hale era composta por três membros: a mãe Vivian Hale, o pai Johan Hale e a filha Rosalie Lillian Hale.

A família Hale pertencia à classe média, e não eram tão importante socialmente quanto queriam, mas mesmo assim eram as pessoas mais esnobes e superficiais que eu conhecia. A pior deles era a filha.

Rosalie era tão superficial que chegava a ser patético alguém pensar tantas bobagens como ela. Desde a primeira vez que li a mente dela soube imediatamente que era uma pessoa vazia por dentro. Minha sorte era que a vi poucas vezes.

“Você pode voltar para casa se continuar com essa expressão de criança birrenta.” Olhei para Carlisle surpreso, ele não costumava falar – ou pensar – esse tipo de coisa para ninguém. Ele riu calmamente sem tirar os olhos da estrada. “Está tudo bem, Edward! Se não se sente confortável não precisa ir, posso muito bem fazer isso sozinho, você sabe.”

Desde que chegamos a Rochester eu trabalhava com Carlisle como seu assistente no hospital. Ele não precisava de um assistente realmente, mas eu gostava de ajudar. Não era exatamente minha vocação, mas ajudar os seres humanos me fazia sentir como se pelo menos um pouco da minha humanidade voltasse para mim.

- Eu vou com você, é claro! – bufei novamente.

“O que eu disse antes era verdade, é melhor melhorar sua expressão, estamos indo atender uma criança. Não quer assustá-la, não é?” ele riu silenciosamente.

- Uma criança? Na casa dos Hale? – levantei uma sobrancelha confuso. Então, ele me mostrou por pensamento a história do que Royce havia lhe contado. Royce King II teve uma filha com Rosalie Hale, agora eu entendia o porquê de nunca ter ouvido falar dessa criança, é obvio que eles se preocupariam mais com a reputação da família do que com a própria filha. Permaneci o resto do passeio em silencio. Queria que acabasse logo para ir a uma rápida caçada, já fazia um bom tempo que não me alimentava. A sede não era tanta, mas já que ia ficar bem próximo a humanos é melhor me prevenir. 

Carlisle me tirou de meus pensamentos quando anunciou que finalmente chegamos à casa dos Hale.

Fomos recepcionados na entrada pelo próprio dono da casa, Johan Hale.

- Dr. Cullen, é um prazer revê-lo. – Johan apertou a mão de Carlisle e depois se virou para mim. – Jovem Edward. – o cumprimentei apenas com um aceno de cabeça. Ele pediu para que nós o seguíssemos e assim fizemos.

Paramos de frente a uma porta branca no segundo andar da casa. Dentro do quarto havia três pessoas, eu poderia dizer pelo som de seus corações batendo. Johan abriu a porta lentamente, a primeira pessoa que vi quando olhei para dentro do quarto foi Rosalie. Ela não havia nos visto ainda devido a abertura silenciosa da porta, meu rosto se transformou em uma carranca com o simples pensamento de ficar no mesmo espaço que ela. Minha carranca se intensificou quando ouvi seus pensamentos sobre a beleza invejável de minha família.

Johan havia saído do quarto junto com a criada que estava ao lado de Rosalie – que nem se deu ao trabalho de nos cumprimentar quando nos viu, enquanto isso Carlisle se adiantou em se apresentar a menina, e foi quando eu a olhei.

“Ela é um anjo!” Esse foi meu primeiro pensamento quando olhei para o rosto pálido e delicado da garotinha deitada na enorme cama do quarto.

Eu vi minha expressão pela mente de Rosalie, e era de pura admiração como ela mesma descreveu. Carlisle também ficou bastante impressionado com a menina, mas não tanto quanto eu. Mas também como não se impressionar com ela? Com tão pouca idade ela era perfeita, eu poderia imaginar como ela ficaria quando chegasse à idade adulta.

- Eu vou precisar tirar um pouco do seu sangue, tudo bem Isabella? [NA: existia isso naquela época? :O]

- Bella. – a voz doce e infantil corrigiu fazendo Carlisle rir suavemente. Carlisle aproximou a agulha de seu braço, ela imediatamente se encolheu na cama. Aproximei-me dela sendo fitado por Rosalie, ela estava observando cada movimento meu e se perguntando como eu não me interessei por ela. Tive que conter minha vontade de revirar os olhos para ela e me sentei na ponta da cama de Bella, pronto para distraí-la.

- Olá. Meu nome é Edward, então você é Bella não é? – sorri para ela.

Ela sorriu de volta e me estendeu uma de suas mãozinhas para um cumprimento. Tentei distraí-la o máximo que eu pude enquanto Carlisle tirava seu sangue. De alguma forma ele não era tão atrativo para mim do que o dos outros humanos. Eu não sabia se era por que ela ainda era muito pequena, mas eu não tinha vontade de beber seu sangue, mesmo com a sede que eu estava.

“Por que todos a olham dessa forma? É como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo!” os pensamentos de Rosalie me fizeram desviar meus olhos de Isabella para encará-la. Minha expressão sem duvidas estava dura e raivosa, eu não perdi meu tempo procurando minha aparência nos pensamentos de Rosalie.

Eu não poderia responder seus pensamentos em voz alta, mas eu queria que meu olhar expressasse tudo o que eu queria lhe dizer. Aparentemente ela pegou o recado.

Pouco tempo depois voltei para casa com Carlisle deixando a caçada que eu estava planejando de lado. Eu me sentia tão protetor à Bella, e nem mesmo entendia por que me sentia daquele jeito.

Carlisle e eu voltamos apenas mais duas vezes para ver Bella. Um mês e meio depois de vê-la pela primeira vez Carlisle encontrou Rosalie quase morrendo na rua e a transformou. Nunca mais vi Bella depois disso, e de alguma forma isso doeu por um tempo, décadas depois isso parou. Eu não havia me esquecido, é óbvio, eu simplesmente parei de pensar nela.

Flashback off

- Edward?

Balancei minha cabeça de um lado para o outro a fim de limpar minha mente. Olhei para Bella que tinha uma expressão meio estranha no rosto enquanto me olhava. Ela não era mais a criança que eu conheci, mas os olhos eram definitivamente os mesmos. Desviei meus olhos dos dela e percebi que ainda estava no corredor do colégio e nem um minuto havia se passado desde que comecei a me lembrar do nosso encontro em 1933. Eu não conseguiria tirar isso da cabeça pelo resto do dia, eu tinha certeza. O corredor estava praticamente vazio, os poucos estudantes estavam correndo inutilmente para não chegarem atrasados as suas aulas. Sorri torto para a idéia que veio a minha mente.

- Que tal matar aula hoje? – perguntei colocando o braço em seus ombros e erguendo uma sobrancelha.

Ela me olhou meio em duvida por um momento e então sorriu maliciosamente.

- E o que faremos pelo resto do dia? – devolvi o sorriso malicioso. Prensei-a contra um armário colando meu corpo ao dela e aproximando meu rosto do dela fazendo com que nossos lábios roçassem um no outro.

- Isso depende. – respondi e depositei um beijo casto em seus lábios. – O que você quer fazer?

Ela me puxou com força exagerada fazendo seu corpo se chocar com o meu. O sorriso dela se alargou enquanto ela descansou uma das mãos em meu pescoço e a outra foi para meu cabelo onde ela fazia uma suave caricia.

- Que tal isso? – ela disse antes de atacar meus lábios.

Ela me beijava ferozmente, no começo fiquei surpreso pela forma que ela havia me agarrado, era quase desesperada, o que me fez lembrar que ela estava agindo de modo estranho antes, mas logo deixei esses pensamentos para lá e retribui o beijo com toda paixão que eu tinha. Afastei-me de seus lábios apenas para distribuir beijos por todo seu rosto trilhando até seu pescoço.

- Estou interrompendo?

A voz familiar, mas que eu não reconheci no momento me fez afastar meus lábios do pescoço de Bella. Virei-me para a pessoa que tinha acabado de interromper meu momento com a minha Bella pronto para lançar um olhar mortal que faria qualquer humano correr.

Suspirei pesadamente quando vi quem estava ali nos observando com um olhar nada satisfeito pela cena que havia acabado de presenciar. Meu olhar devia estar espelhando o dela pela interrupção.

- O que você quer Rosalie?


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Notas finais do capítulo

Então meninas, gostaram? Bom, antes que perguntem, o Edward NÃO se apaixonou pela Bella em 1933, ele só sentiu uma ligação por ela! (Então, ele não é papa-anjo! haha)
Eu estou escrevendo aqui um capítulo explicando DETALHADAMENTE o real motivo de James ter sequestrado a Bella, mas esse capítulo só será postado se os reviews aumentarem por que na boa, nem metade das lindas que leem comentam, e isso é sacanagem :D
Então comentem muito e digam-me o que acharam do capítulo... Beijos
Ps. Estou aceitando recomendações, ok? kkkkk